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BIOLOGIA

PROF. CÉSAR MATOS

Introdução ao estudo dos seres vivos

A diversidade e o número de espécies existentes são extremamente grandes. Surgiu assim a necessidade de
ordená-las, a fim de facilitar a localização e o estudo de um determinado animal dentro do todo que forma a
fauna mundial.

Da ordenação, isto é, da classificação dos animais, surgiu a taxonomia.

Taxonomia é a ciência que estuda a maneira de classificar os seres vivos segundo uma lei, obedecendo a
princípios pré-fixados.

Sistema de classificação

Classificar animais é reuni-los em grupos, de acordo com as características comuns. As primeiras classificações
baseavam-se puramente na observação de algumas poucas características, o tamanho, a forma externa, os locais
habitados, os meios de locomoção. Por exemplo:

Classificando os animais quanto à locomoção, teríamos num mesmo grupo o canário, a abelha e o morcego,
todos voadores.

Os animais saltadores incluem espécies tão distinta como canguru e a pulga. Assim por motivos óbvios, essas
classificações, chamadas artificiais, foram abandonadas.

Atualmente, são usadas as classificações naturais, baseadas principalmente na evolução dos grandes grupos
zoológicos, e que usam o maior número possível de dados morfológicos, fisiológicos, embriológicos, etc. As
classificações naturais tiveram início com o naturalista sueco Lineu.

Lineu, que viveu antes que Darwin e, portanto, antes do estabelecimento da teoria da evolução, propôs uma
classificação também considerada artificial.

Espécie: unidade de classificação

A unidade básica de classificação biológica é a espécie. Uma espécie é um grupo de indivíduos que, tendo
muitos caracteres em comum e diferindo de outros grupos em um ou mais aspectos, são férteis entre si e
produzem descendentes igualmente férteis.

Como regra geral, indivíduos de espécies diferentes não se


cruzam, embora, ocasionalmente, se produzam híbridos entre
espécies.

Outras categorias de classificação

O atual sistema de classificação dos organismos também


considera a espécie como unidade de classificação; no
entanto, o conceito tipológico de espécie não é mais aceito.
As diferentes categorias de classificação, denominadas
categorias taxonômicas, foram ampliadas. Lineu
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considerava apenas cinco categorias: espécie, gênero, ordem, classe e reino. Atualmente, os gêneros
semelhantes são reunidos em uma família; famílias semelhantes são reunidas em uma ordem; ordens
semelhantes são agrupadas em uma classe; classes semelhantes são agrupadas em um filo ou divisão, e filos ou
divisões semelhantes são agrupados em um reino.

Além dessas, muitas vezes utilizam-se categorias intermediárias, tais como subfilo, infraclasse, superordem,
subordem, superfamília, subfamília, subgênero, subespécie. O sistema natural de classificação, apesar de utilizar
basicamente as categorias taxonômicas de Lineu, passou a dar a elas um real valor evolutivo.

Para exemplificar a utilização do atual sistema de classificação, vamos ver a classificação do cão doméstico,
desde a categoria taxonômica mais geral, o reino, até a mais restrita, a espécie.

Reino - Animalia Animal


Filo - Chordata Cordados
Classe - Mammalia Mamíferos
Ordem - Carnivora Primatas
Família - Canidae Hominídeos
Gênero - canis Homo
Espécie - canis familiaris H. sapiens

Os nomes científicos correspondentes às categorias taxonômicas são escritos obedecendo a regras, chamadas
regras internacionais de nomenclatura, adotadas universalmente a partir de 1901. Essas regras baseiam-se no
trabalho feito por Lineu, no século 18.

O sistema binomial

De acordo com esse sistema, o nome da espécie deve constar de duas partes:
Nome genérico, tecnicamente denominado epíteto genérico: geralmente é um substantivo, sempre escrito com
letra inicial maiúscula;
Nome específico, tecnicamente denominado epíteto específico: geralmente um adjetivo, sempre escrito com
inicial minúscula.

Esses nomes devem ser escritos em latim; O nome da espécie deve ser grafado em itálico, ou então em letra
normal sublinhada. Canis familiaris; Canis familiaris.

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Na primeira vez que o nome da espécie é citado em um texto, ele deve ser escrito por extenso, sem abreviações.
Nas demais vezes, pode-se abreviar o nome do gênero, citando apenas a letra inicial maiúscula seguida do
epíteto específico. C. familiaris

O epíteto específico não pode ser escrito sozinho, deve sempre vir acompanhado do gênero.

Classificação geral dos seres vivos

Sistema atual de cinco reinos, proposto por Whittaker, em 1969:

Monera: organismos procariontes, unicelulares isolados ou coloniais; compreendem as bactérias, as cianofícias.

Protista: grupo heterogêneo de eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos; compreendem os


protozoários, as algas exclusivamente unicelulares e os mixomicetos.

Fungi: seres uni e pluricelulares a clorofilados; alimentam-se por absorção de matéria orgânica proveniente de
outros organismos; compreendem as leveduras, os bolores e as orelhas-de-pau.

Plantae: organismos predominantemente pluricelulares; apresentam clorofila no interior de cloroplastos e


realizam fotossíntese; compreendem as algas verdes, pardas e vermelhas, os musgos, as samambaias e as
plantas superiores.

Animalia: organismos pluricelulares, incapazes de produzir o próprio alimento; compreendem inúmeros


organismos, desde as esponjas até o homem.

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