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1. INTRODUÇÃO
(MOORE, 2015):
1 1 Λ𝑚 𝑐
= +
Λ𝑚 Λ°𝑚 𝐾𝑎 (Λ°𝑚 )2
Com essa propriedade é possível determinar informações bastante úteis, como
a constante de equilíbrio das moléculas e os pontos de equivalência de titulação,
como será realizado no experimento.
2. OBJETIVO
Esta pratica tem com finalidade analisar os aspectos gerais associados
a condutividade de soluções eletrolíticas em duas partes distintas:
A primeira parte visa verificar as leis de condutividade de Kolrausch e Ostwald,
para eletrólitos fortes e fracos, avaliando a condutividade das soluções de ácido
acético e cloreto de sódio em diferentes concentrações.
A segunda parte visa padronizar uma solução composta por uma mistura de
ácido fraco e ácido forte através da titulação (ácido acético e ácido clorídrico).
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS
Reagentes: ácido acético (0,1 mol/L), ácido clorídrico (0,1 mol/L), cloreto de
sódio (0,1 mol/L) e fenolftaleína.
Vidrarias: balão volumétricos (25 mL, 50 mL e 100 mL), pipetas graduadas,
bureta e béquer.
Equipamentos: condutivímetro e agitador magnético.
3.2 MÉTODOS
3.2.1 PARTE 1
Na primeira parte do experimento era avaliada a condutividade das soluções
de ácido acético e cloreto de sódio em diferentes concentrações. Inicialmente, foi
levado uma quantidade arbitrária do ácido acético em concentração 0,1 mol/L em um
béquer para o condutivímetro a fim de medir a condutividade da solução na
concentração inicial da solução de estoque.
Para diluir a solução em outras concentrações, primeiramente foi levado 12,5
mL do ácido para um balão de 25 mL e o mesmo foi completado com água destilada
para obter uma concentração final de 0,05 mol/L, essa solução foi levada para
medição da condutividade. Em seguida, foi utilizado uma pipeta para transferir 10 mL
do ácido 0,05 mol/L para um balão de 50 mL e o mesmo foi completado com água,
diluindo a solução para 0,01 mol/L e, assim como a primeira diluição, esta também foi
levada para o condutivímetro.
Na sequência, 10 mL da solução de 0,01 mol/L foram levados para um balão
volumétrico de 100 mL, sendo completado com água destilada, diluindo a solução
para uma concentração de 0,001 mol/L e medido, então, sua condutividade. Por fim,
foi repetido o processo de transferência de 10 mL da solução diluída de 0,001 mol/L
para um outro balão de 100 mL e o completando com água a fim de obter uma
concentração de 0,0001 mol/L para anotar a condutividade medida com o
condutivímetro. Esse procedimento foi repetido para o cloreto de sódio.
3.2.2 PARTE 2
Na parte 2 do experimento foi realizada uma titulação numa mistura de ácido
acético e ácido clorídrico. Para isso, foram colocados 2,5 mL de ácido clorídrico com
uma pipeta num balão volumétrico de 50 mL. O procedimento foi repetido para o
acético, ou seja, foram colocados 2,5 mL no mesmo balão volumétrico que estava o
ácido clorídrico. Em seguida, foi completado o volume do balão com água destilada e
transferido a solução para um béquer de 100 mL com mais 3 gotas de fenolftaleína.
Paralelo a isso, a bureta foi ambientada com a solução de hidróxido de sódio
para prosseguir com a titulação. Nesse procedimento, o béquer foi colocado em cima
do agitador magnético de modo que o condutivímetro conseguisse ficar dentro da
solução enquanto a mesma era titulada. Por fim, foi colocado o hidróxido de sódio
(0,1 mol/L) de 0,5 mL em 0,5 mL e, a cada volume adicionado, era anotado a
condutividade da mistura, sendo que, após o ponto de viragem, foram feitos mais
outros 6 pontos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.2 PARTE 1
𝐶1 ∗ 𝑉1 = 𝐶2 ∗ 𝑉2
1000 ∗ 𝑘
𝛬𝑚 =
𝐶
1000 ∗ 𝑘 (𝑆 ∗ 𝐶𝑚−1 )
𝛬𝑚 =
𝐶 (𝑚𝑜𝑙 ∗ 𝐶𝑚−3 )
𝛬𝑚 = 𝑆 ∗ 𝐶𝑚2 ∗ 𝑚𝑜𝑙 −1
𝐶 ∗ 𝛬𝑚
𝑘=
1000
𝛬∞ = 𝛬+ −
∞ + 𝛬∞
Onde temos a soma das condutividades molares iônicas limite dos cátions e
ânions, respectivamente, à diluição infinita, calculadas a partir de suas mobilidades
em diluição infinita.
𝛬∞𝑁𝑎𝐶𝑙 = 𝛬𝑁𝑎+
∞ + 𝛬𝐶𝑙−
∞
𝛬𝑚 = 𝛬∞ − 𝑘√𝐶
4,00E+03
2,00E+03
0,00E+00
0,0000 0,0200 0,0400 0,0600 0,0800 0,1000 0,1200
O que gera um erro experimental de aproximadamente 35% que pode ter sido
impactado por diversos fatores como a diferença de temperatura entre a Literatura e
o experimento realizado no laboratório, possíveis erros na diluição e erros gerados ao
utilizar o condutivímetro. Mesmo assim, é notável o comportamento similar a Lei de
Kohlrausch pelas soluções de NaCl.
Para o ácido acético, por se tratar de um eletrólito fraco, ele não se desassocia
completamente e por consequência possuem uma menor condutividade se
comparados com eletrólitos fortes. Ao aumentarmos a concentração dos Íons o
equilíbrio de dissociação é deslocado para formação de moléculas não dissociadas.
Assim, podemos introduzir o “ Grau de dissociação a de eletrólitos fracos.
𝛬𝑚
∝=
𝛬∞
Pela Lei de Ostwald temos:
1 1 𝛬𝑚 ∗𝐶
= +
𝛬𝑚 𝛬∞ 𝐾 ∗ (𝛬∞ )
2
Assim, gerando o gráfico de Condutividade em função da concentração para o
ácido acético temos:
CONDUTIVIDADE DA SOLUÇÃO DE
AC ACÉTICO X CONCENTRAÇÃO
0,00035
y = 0,0454x0,5111
0,00030
0,00025
0,00020
0,00015
0,00010
0,00005
0,00000
0,00000 0,00001 0,00002 0,00003 0,00004 0,00005 0,00006
Gráfico 4 – Inverso da Condutividade versus Concentração das soluções de Ácido acético com linha de ajuste
0,10000
0,05000
0,00000
0,00000 0,01000 0,02000 0,03000 0,04000 0,05000 0,06000
CONCENTRAÇÃO/ MOL L-1
Gráfico 5 – Inverso da Condutividade versus Concentração das soluções de Ácido acético com linha de ajuste
considerando todos os pontos experimentais
0,15000
/Ω MOL CM2
ΛM-1
0,10000
y = 0,0464x + 0,0578
R² = 0,0008
0,05000
0,00000
0,00000 0,02000 0,04000 0,06000 0,08000 0,10000 0,12000
CONCENTRAÇÃO/ MOL L-1
1/𝛬M X𝛬M*C
0,2
0,18 y = 0,6176x + 0,0006
0,16 R² = 0,9998
0,14
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
𝐻𝐴(𝑎𝑞) ↔ 𝐻 + + 𝐴−
[𝐻+ ][𝐴− ]
𝐾𝑎 =
[𝐻𝐴]
𝛬𝑚 2 ∗ 𝐶
𝐾𝑎 =
(𝛬∞ − 𝛬𝑚 ) ∗ 𝛬∞
Calculando temos:
Concentração /
Ka (Ac. Acético)
mol.L-1
0,00011 0,000164567
0,00106 0,000072762
0,01061 0,000063789
0,05305 0,000059878
Fonte: Os Autores
Na literatura temos que a Ka é igual a 1,8 x 10-5 mol/L para uma solução de
0,1 mol/L de concentração a 25°C. Podemos observar que a ordem de grandeza de
10-5 se manteve padrão nas demais concentrações o que mostra que este parâmetro
está condizente.
Composto Λ
LiCl 115,03
NaCl 126,45
LiNO3 110,14
NaNO3 121,56
Fonte: Os Autores (2022)
Se subtrairmos o Λ dos pares de LiCl e NaCl iremos obter 11,42; o que ocorre
também se subtrairmos de NaNO3 de LiNO3. Dessa forma na dissociação iônica os
íons se tornam independentes assim temos para o HCl os seguintes dados:
Λ = γ+ + γ−
Λ = 349,8 + 76,3
Λ = 426,1
0,002
k (S/cm)
0,0015
0,001
0,0005
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Volume de base adicionado (ml)
Além disso, a partir dos dados analisados, foi possível observar o impacto da
concentração na presença de ácidos fortes e fracos, sendo que em ácidos fortes o
impacto da concentração é bem menor comparado com o emprego de ácidos fracos.
Foi ainda observado a relação das leis de Kohlrausch e Ostwald.
ATKINS, P.; PAULA, J. de. Físico-química. v. 2, 10ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.