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Calcular o coeficiente de atividade iônica para os íons listados abaixo através da lei limite
de Debye-Hückel e via lei estendida. Considere os seguintes valores de força iônica (I):
0; 0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2; 1,4; 1,6; 1,8; 2,0;
Faça uma breve análise crítica dos resultados obtidos. Destacando principalmente os
regimes de baixa e alta concentrações.
Alguns Dados:
Para os cálculos do coeficiente de atividade iônica (ℽ) do íon Na+, foram utilizadas as
equações referentes a lei limite de Debye-Hückel (1) e lei estendida (2) representadas
abaixo:
𝐴 ∗ 𝑍 2 ∗ 𝐼 1⁄2
log 𝛾 = − (2)
1 + 𝐵 ∗ 𝑎 ∗ 𝐼 1⁄2
Dados utilizados na realização dos cálculos:
a = 0,4 nm = 4,0x10-10 m
Com o auxílio do programa Excel foram realizados os cálculos de ℽ para o íon Na+,
utilizando-se as constantes definidas acima e os valores de força iônica (I) sugeridos no
exercício, e foram obtidos os seguintes resultados:
Com os valores do coeficiente de atividade iônica (ℽ) e de força iônica (I) apresentados
na tabela acima, é possível plotar um gráfico de γ x I, que relaciona o modo como o
coeficiente de atividade irá variar com o aumento da força iônica da solução. Como
também comparar o desvio da lei limite de Debye-Hückel em relação a lei estendida.
Gráfico de γ x I plotado no Colab:
Em soluções, as forças de van der Waals que atuam entre as partículas neutras do
solvente e de um não-eletrólito são fracas, sendo realmente efetivas apenas quando as
distâncias entre as partículas são muito pequenas. Entretanto, as forças coulombianas
(interações eletrostáticas atrativas ou repulsivas que atuam entre os íons e entre íons e
moléculas neutras do solvente), mostram-se muito mais fortes e atuam a maiores
distâncias.
Essas previsões são confirmadas por experimentos em soluções diluídas, uma vez
que as aproximações exigidas pela teoria restringem sua validade a soluções muito
diluídas. Onde na prática, de acordo com a literatura, os desvios da lei limite se tornam
muito significativos em concentrações superiores a 0,005 mol/L (CASTELLAN, 1983,
P. 364).
Com o intuito de obter uma equação mais precisas foram derivadas equações que
estendem a lei limite a concentrações ligeiramente mais altas. Porém, até o momento não
existe uma equação teórica satisfatória que possa predizer o comportamento em soluções
de concentração superior a 0,01 mol/L (CASTELLAN, 1983, P. 364). Desta forma a lei
limite de Debye-Hückel pode ser estendida incluindo-se uma constante empírica B e o
raio iônico (a) do íon em questão, B e “a” podem ser interpretados como uma medida da
distância de aproximação máxima entre os íons, servindo como um parâmetro empírico
de ajuste para o modelo da lei estendida.
Referências:
BRÖNSTED, J. N.; MER, V. K. LA. The activity coefficients of ions in very dilute
solutions. Journal of the American Chemical Society, v. 46, n. 3, p. 555–573, 1924.