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Universidade Federal de Sergipe – Departamento de Física – Laboratório de Física B – 2021.

DATA DO RELATÓRIO: 01/11/2021


TÍTULO DO EXPERIMENTO:
Lei de Ampére
DATA DO EXPERIMENTO: 25/10/2021
TURMA E GRUPO: T01G02
EQUIPE:
Adriano Amaro Santos Ferreira
Alana Nascimento Tavares
Brenno Menezes Vaz de Melo
Gildete Leite dos Santos filha
Ítallo Lucas Costa Santana
Mateus Emanuel Dias Xavier
PROFESSOR: Rodrigo Georgetti Vieira
LOCAL: Sala 18 DFI/CCET/UFS – São Cristóvão

1. RESUMO
A lei de Ampère é análoga à lei de Gauss para o campo elétrico. Essa lei foi proposta originalmente por
André-Marie Ampère no século XVIII e diz que “a circulação do campo magnético ao longo de um
percurso fechado é igual à permeabilidade magnética no vácuo vezes a corrente total que atravessa a área
envolvida”, dada pela seguinte integral de linha: ∮ B. dl = μ0 I . A Lei de Ampère é, sobretudo, a
organização dos domínios magnéticos. Isso significa que podemos identificar a direção das correntes
produzidas no interior da matéria. O campo magnético, portanto, se alinha em um caminho uniforme.
Assim, em situações que envolvem o cálculo da integral , como no campo no interior de um cilindro
condutor , campo de um solenoide linear , entre outros , a lei de Ampére torna-se bastante precisa .
Solenoide é um fio condutor em forma de hélices cilíndricas com espirais muito próximas . No seu interior,
os campos se somam e o campo total é aproximadamente constante e uniforme., no seu exterior, os campos
se cancelam, e o campo é aproximadamente nulo. De acordo com a lei de Ampère, o módulo do campo
𝑵
magnético para um solenoide longo é dado por: B = μ0 𝑳 I . O único valor que resulta não nulo durante a
integral dos solenoides é o comprimento . Então, se pensamos nos espirais do fio, temos uma outra
constatação importante : o total final da intensidade da corrente nesse tipo de fio não é o mesmo do inicio
, porque perpassa um caminho não retilíneo. Tendo o experimento com o objetivo de contribuir para a
compreensão da Lei de Ampère , através da medição de um solenoide e seu centro juntamente com a haste
de um teslâmetro . Em seguida , medindo o valor do campo magnético em sua posição inicial e variando
a haste com relação ao centro do solenoide , medindo o campo em todas posições até possuir os valores
para construção do gráfico .

2. MATERIAS E MÉTODOS

➢ Fonte de tensão elétrica contínua;


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➢ Cabos;

➢ Teslâmetro;

➢ Solenoide com 300 espiras;

➢ Trena;

➢ Suportes diversos.

2.2 Métodos
Parte 1.
Seguindo as recomendações do roteiro experimental, foi medido o comprimento do solenoide e determinado
seu centro, em seguida a haste do teslâmetro foi inserido no interior do solenoide até que a extremidade
coincidisse com o centro da solenoide, sendo a posição x= 0. O valor do campo magnético no centro do
solenoide foi medido para 10 valores de corrente distintos, menores do que 1,5 A, por fim, foi utilizado o
display da fonte como indicador para determinar o valor da corrente.

Parte 2.

Com o teslâmetro posicionado inicialmente na posição x = 0, a fonte de tensão foi ligado e ajustado para 1
A, em seguida foi medido o valor do campo magnético na posição inicial variando a posição da extremidade
da haste com relação ao centro da solenoide, medindo o campo em cada posição, até obter os dados
necessários para construção do gráfico.
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O experimento foi dividido em duas partes, para analisar a lei de Ampere. A lei análoga a lei de Gauss
referente a campo elétrico, diz que ‘’a circulação do campo magnético ao longo de um percurso fechado
é igual a permeabilidade magnética no vácuo vezes a corrente total que atravessa a área envolvida’’, dada
pela seguinte integral de linha:

∮ 𝐵. 𝑑𝑙 = µ𝟎 . 𝑰
De acordo com a lei de Ampère, o módulo do campo magnético para um solenoide longo é dado por:
𝑵
𝑩 = µ𝟎 . . 𝑰
𝑳

Onde µ0 = permeabilidade magnética do vácuo = 4p.10-7 (T.m/A), I é a corrente elétrica que passa pelo
solenóide e N é o número de espiras em um dado comprimento L.

Na primeira parte, a intenção foi comprovar a lei de Ampere, foi necessário determinar o valor de (µ𝟎 ),
uma constante muito famosa. Para isso, a estratégia usada foi deixar algumas variáveis constantes tais como,
o comprimento (L), o número de aspiras (N) que multiplicam a constante de permeabilidade magnética do
vácuo (µ𝟎 ), após isso foi variando a corrente (I) e com isso variando (B) o modulo do campo magnético do
solenoide. Com isso, iremos obter uma reta e com o seu coeficiente angular determinar a constante de
permeabilidade magnética do vácuo (µ𝟎 ) .

Tabela 1: Valores de campos magnéticos no centro do solenóide para diferentes correntes.


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Campo magnético central (x=0)


Corrente (A) σcorrente (A) B (mT) σcampo (mT)
i1 0,00 0,01 -0,00 0,01
i2 0,17 0,01 0,30 0,01
i3 0,33 0,01 0,59 0,01
i4 0,50 0,01 0,88 0,01
i5 0,67 0,01 1,19 0,01
i6 0,83 0,01 1,48 0,01
i7 1,00 0,01 1,78 0,01
i8 1,17 0,01 2,09 0,01
i9 1,33 0,01 2,38 0,01
i10 1,50 0,01 2,67 0,01

Com os valores da tabela 1 foi feito o Gráfico (BxI) a seguir:

Como A= 1,78 +/- 0,0066 é a coeficiente angular obtido da reta (y=ax+b) e corresponde a equação
abaixo, então para determinar a constante de permeabilidade magnética do vácuo (µ𝟎 ) basta fazer algumas
manipulações algébricas, uma vez que conhecemos as variáveis L e N e A.

𝑵
𝒂 = µ𝟎 .
𝑳

Logo, os valores encontrados foram:

Coeficiente angular = 1,786 +/- 0,007 (mT/A)


Coeficiente angular = 1,786x10-3 +/- 7x10-6 (T/A)
Aproximação para µ0=1,2502x10-6 +/- 0,0004
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Valor exato para µ0= 4π x 10-7 = 1,2566x10-6
Erro relativo= 0,5%

Já na segunda parte do experimento, o intuito foi analisar o verdadeiro comprimento (L) do


solenóide,. Para achar o comprimento experimental, foi deixado algumas variáveis fixa da equação
abaixo, tais como corrente que foi de 1A, constante de permeabilidade magnética do vácuo (µ𝟎 ) ,
número de aspiras (N) e deixou apenas o comprimento e o campo magnético variando, tanto no
sentido negativo, quanto no sentido positivo.
𝑵
𝑩 = µ𝟎 . . 𝑰
𝑳
Tabela 2: Valores de campos magnéticos ao longo do eixo central do solenoide.
Campo magnético ao longo do eixo x
Corrente=
Deslocamento direção positiva Deslocamento direção negativa
Posição B σb Posição B σb
(cm) (mT) (mT) (cm) (mT) (mT)
0,0 1,78 0,01 0,0 1,78 0,01
1,0 1,78 0,01 - 1,0 1,78 0,01
2,0 1,78 0,01 - 2,0 1,77 0,01
3,0 1,78 0,01 - 3,0 1,77 0,01
4,0 1,76 0,01 - 4,0 1,77 0,01
5,0 1,76 0,01 - 5,0 1,76 0,01
6,0 1,74 0,01 - 6,0 1,75 0,01
7,0 1,72 0,01 - 7,0 1,71 0,01
7,5 1,70 0,01 - 7,5 1,69 0,01
8,0 1,67 0,01 - 8,0 1,66 0,01
8,5 1,63 0,01 - 8,5 1,61 0,01
9,0 1,53 0,01 - 9,0 1,54 0,01
9,5 1,39 0,01 - 9,5 1,39 0,01
10,0 1,18 0,01 - 10,0 1,19 0,01
10,5 0,90 0,01 - 10,5 0,90 0,01
11,0 0,60 0,01 - 11,0 0,61 0,01
11,5 0,39 0,01 - 11,5 0,39 0,01
12,0 0,27 0,01 - 12,0 0,25 0,01
12,5 0,17 0,01 - 12,5 0,17 0,01
13,0 0,13 0,01 - 13,0 0,13 0,01
13,5 0,09 0,01 - 13,5 0,09 0,01
14,0 0,07 0,01 - 14,0 0,08 0,01
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Através resultados obtidos, foram calculados o comprimento da solenoide e o erro relativo:

Comprimento do solenoide= 21,5 +/- 0,05 cm


Erro relativo= 2,32%

4. CONCLUSÕES
Com a efetuação desse experimento, pode-se observar a validação da Lei de Ampere. Na primeira parte com
a efetuação do procedimento, foi obtido 11,2502x10-6 +/- 0,0004que quando comparado com o dado teórico
que é de 4p.10-7 obteve erro de 0,5% que foi um pouco acima do esperado mas ainda é considerado um erro
baixo levando em consideração os erros humanos como na manipulação dos equipamentos. Já na segunda
parte que teve a solenoide medida primeiramente por uma régua e obtendo o valor de 21,5 +/- 0,05 cm obtendo
erro de 2,32%. Com essas informações pode-se notar a validade da Lei de Ampère.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APOSTILA DE LABORATÓRIO DE FÍSICA B – 2020/2. Departamento de Física, Universidade Federal
de Sergipe.

ScIDAVIS. Aplicativo para análise de dados de estatística. Disponível em: http://scidavis.sourceforge.net/.

RAYMOND A. SERWAY, JOHN W. JEWETT JR, 2009.


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