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Eletromagnetismo

Licenciatura em Engenharia Biomédica


2021 – 2022

Experiência de Thomson:
Determinação da relação e/m do eletrão

Nome: Ana Guedes Nº: 1201489


Nome: Mafalda Gonzaga Nº: 1201497
Nome: Silvia Abreu Nª: 1200745

Turma: B
Grupo: 2

Data de entrega: 10/12/2021


1. Introdução
Nesta atividade experimental iremos observar o efeito da força de Lorentz e
determinar experimentalmente a relação carga/massa do eletrão.

Quando uma partícula de carga q, que se move com uma velocidade 𝑣⃗, entra numa
região onde existe um campo magnético 𝐵⃗, fica sob a ação de uma força (força de Lorentz),
que é perpendicular ao plano formado pela velocidade 𝑣⃗, e pelo campo 𝐵⃗, e é dada por:

F=q ⃗v × ⃗
B
 q é a carga da partícula;
 v⃗ é a velocidade:
 B⃗ é o campo magnético a que a partícula está sujeita.

Fig 1.

Caso 𝑣⃗ e 𝐵⃗ sejam ortogonais, o módulo da força é então igual a:

F=qvB
Dado que a direção da força é sempre perpendicular ao vetor velocidade, a força só vai
alterar a direção do movimento da partícula, não altera o módulo da sua velocidade. A
partícula vai então descrever um movimento circular uniforme de raio R. A força centrípeta
responsável por um movimento deste tipo é:
2
mv
F c= ên
R
Pode se determinar a razão entre a carga e amassa da partícula igualando as
expressões acima:

q v
=
m RB
Assim, desde que se consiga produzir partículas carregadas que se movam com uma
velocidade conhecida, v, num campo magnético, B, de valor também conhecido (e
perpendicular à sua trajetória) e se consiga medir o raio R dessa trajetória, é possível
determinar a razão entre a carga e a massa dessas partículas. No caso de um eletrão, o valor
para este quociente é de:

q e 11
= =1, 76 ×10 C /kg
m me
Do equipamento usado nesta experiência faz parte um tubo de raios catódicos (CRT)
colocado no meio de um conjunto de bobinas de Helmholtz. O tubo contém um filamento
alimentado por uma corrente de 2 A (AC) que emite eletrões por efeito termiónico.

Fig 2. Tubos de raios catódicos (CRT) usado nesta experiência e bobinas de Helmholtz.

Quando se estabelece uma diferença de potencial V a suficientemente elevada entre o


ânodo e o cátodo do CRT, os eletrões são acelerados. A sua velocidade à saída do ânodo é
função dessa diferença de potencial e pode ser determinada a partir da conservação de
energia: a energia cinética que adquirem é igual à sua energia potencial no campo elétrico
estabelecido entre o ânodo e o cátodo:
2
me v 2 2eVa
=e V a≤¿ e =
2 me
O feixe de eletrões sai do ânodo com velocidade constante dada pela expressão
anterior e entra numa zona do CRT onde existe um campo magnético B. Este campo é criado
pela corrente elétrica, I ,que passa nas bobinas de Helmholtz e é perpendicular à trajetória do
feixe.
Deste forma, os eletrões vão descrever um arco de circunferência que pode ser
visualizado num alvo coberto por um material fosforescente.

Fig 3(Esquerda). Trajetória do feixe de eletrões na presença de um campo magnético.

Fig 4(Direita). Determinação do raio de curvatura da trajetória dos eletrões.


O alvo possui uma escala graduada em centímetros, que pode ser utilizada para medir
o raio de curvatura da trajetória do feixe (figura 4).

2. Materiais e métodos

Materiais:
 1 Ampola de Thomson;
 1 Conjunto de Bobinas de Helmholtz;
 1 Fonte de alta tensão regulável (0 - 6 kV), com unidade de alimentação do filamento
(6,3 V);
 Uma fonte de tensão/corrente regulável;
 Cabos de ligação.

Procedimento/Métodos:
Nesta atividade, verificou-se as ligações elétricas da montagem, ligou-se a fonte de alta
tensão e regulou-se uma tensão de V a =4 , 00 kV .

De seguida aumentou-se o valor da corrente nas bobinas de modo a provocar uma


deflexão no feixe de eletrões. Ajustou-se a corrente para que o arco de circunferência passe
por um ponto bem determinado. Registou-se os valores de x be de y b , bem como o valor de I.

Depois, alterou-se o valor da corrente de forma que o arco de circunferência passe por
outro ponto bem determinado da escala e repetiu-se este processo duas vezes. Após o registo
dos valores, inverteu-se o sentido da corrente e determine os valores de I para os mesmos
valores de R do ponto anterior [que correspondem aos pontos de coordenadas ( x b, − y b )].

Por fim, repetiu-se o procedimento para uma nova tensão V a =3 ,00 kV .


3. Resultados e discussão

V x Imédio e/m Média de e/m


y (cm) I (A) R (m) B (T) Erro Erro
(kV) (cm) (A) (C/kg) (C/Kg)
1,0 0,410 1,84E-
4,0 0,435 0,085 2,46E+11 39,8%
-1,0 0,460 03
1,0 0,270 1,27E-
5,0 0,300 0,130 2,21E+11 25,7%
-1,0 0,330 03
3,00
1,0 0,190 8,88E-
6,0 0,210 0,185 2,23E+11 26,7%
-1,0 0,230 04
1,0 0,110 5,08E-
8,0 0,120 0,325 2,21E+11 25,7%
-1,0 0,130 04
2,22E+11 26,29%
1,0 0,480 2,14E-
4,0 0,505 0,085 2,43E+11 37,9%
-1,0 0,530 03
1,0 0,320 1,46E-
5,0 0,345 0,130 2,22E+11 26,3%
-1,0 0,370 03
4,00
1,0 0,220 1,04E-
6,0 0,245 0,185 2,18E+11 23,7%
-1,0 0,270 03
1,0 0,120 5,71E-
8,0 0,135 0,325 2,32E+11 32,0%
-1,0 0,150 04

Através da determinação do erro experimental, podemos comparar os valores


experimentais com o valor teórico, e perceber que a média de erro foi de 26,29%, o
que indica a existência de erros que serão discutidos na conclusão.
a) Ao inverter o sentido da corrente, é esperado que o campo também se inverta, então
o desvio do feixe também se vai inverter, ficando simétrico ao desvio aquando da
corrente não invertida em relação ao eixo dos xx.
b) O suposto era não obter diferentes valores, mas devido a erros de leitura e não ter as
melhores condições, obtivemos valores com ligeiras diferenças.

4. Conclusões
Analisando os resultados obtidos, podemos aferir que houve uma grande margem de
erro e que não foram os resultados mais satisfatórios.

Estes resultados podem ser explicados visto podem ter existido erros no ajuste da
linha, na pouca precisão do amperímetro e do campo magnético da Terra que tem impacto
nos resultados obtidos.

Contudo, foi mais uma oportunidade de trabalhar em grupo, o que nos fortaleceu a
nível pessoal e académico.

5. Bibliografia
Departamento de Física, Guião Experiência de Thomson, 2021.
R. Eisberg, R. Resnick, física Quântica, Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1979.

Laboratory Experiments in Physics, Phywe Systeme GmbH, Göttingen, 1999.

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