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Instituto de Física - Laboratório de Física 3

Mapeamento de Linhas Equipotenciais

Arthur Moreira Nunes

Isabela de Melo Cruz

Luciana Bezerra de Oliveira

04 de Dezembro de 2023
Resumo: : Neste experimento, buscou-se traçar as linhas equipotenciais e as linhas de força de um campo elétrico
entre as placas de um capacitor de placas paralelas, determinar as linhas equipotenciais do campo entre as placas
de um capacitor um anel metálico e com um anel isolante no centro do capacitor.

1. Introdução
O campo elétrico E em um dado ponto do espaço é definido como a força F por unidade de
carga de prova (positiva) naquele ponto, o que é expresso matematicamente pela equação:
(1)

Por ser proporcional à força elétrica, o campo elétrico tem sempre uma direção tangente à linha
de força que passa pelo ponto em questão. Lembremos que as linhas de força não correspondem
às trajetórias de partículas carregadas interagindo com o campo. Elas apenas indicam a direção
inicial do movimento que teria uma partícula carregada partindo do repouso de um determinado
ponto.
Embora seja experimentalmente difícil medir diretamente o campo eletrostático ponto a ponto
no espaço, é possível reconstruir as linhas de força (e, assim, as linhas de campo) a partir de
medidas de diferença de potencial elétrico, obtidas em volts (V), através de multímetros, por
exemplo.
O conceito de diferença de potencial em um campo elétrico, conforme será visto a seguir, está
relacionado com o trabalho W realizado pela força elétrica no transporte de cargas. Talvez a
principal vantagem na introdução do conceito de diferença de potencial elétrico (o qual
passaremos a chamar de V) está no fato de que o potencial é uma grandeza escalar que permite
a descrição da grandeza vetorial campo elétrico, o que constitui uma importante simplificação
operacional.
Diz-se que entre dois pontos existe uma diferença de potencial 1 volt (1 V) quando o campo
elétrico realiza um trabalho de 1 joule (1 J) para transportar uma carga de 1 coulomb (1 C) entre
esses pontos, ou seja:
(2)
Portanto, a diferença de potencial elétrico entre dois pontos A e B é uma medida do trabalho
por unidade de carga realizado pelo campo elétrico entre tais pontos (independentemente da
trajetória considerada). De fato, podemos escrever:
∆V = VB – VA = −WA → B (3)
no qual WA→B representa o trabalho realizado no deslocamento da carga q entre os pontos A
e B. O sinal negativo na equação acima expressa, por exemplo, o fato de que, quando for
mantida uma diferença de potencial entre dois pontos de um condutor, haverá um fluxo de
cargas elétricas positivas do ponto de potencial mais alto ao ponto de potencial mais baixo, de
modo que W > 0eq> 0 implicam ∆V<0.
Pode-se ainda relacionar o campo elétrico diretamente ao potencial elétrico, por meio da
relação:
(4)
Esta equação nos diz que o vetor campo elétrico aponta na mesma direção que o gradiente do
potencial elétrico, porém no sentido oposto. Por exemplo, no caso de um campo elétrico
constante na direção x, temos:
Ex = -∇V = −dVx/dx . (5)
Logo:
E = −dV/dx . (6)
Assim, se dois pontos A e B estão sobre a mesma linha equipotencial, a diferença de potencial
entre eles é nula: ∆V=0.
As superfícies equipotenciais em um campo elétrico são sempre perpendiculares às linhas de
força, porque, por definição, as linhas de força indicam a direção da força resultante atuando
sobre uma carga de prova, e não podem haver forças normais a essa direção. Não haverá,
portanto, trabalho da força elétrica no deslocamento da carga de prova em uma direção
perpendicular às linhas de força, isto é, sobre as superfícies equipotenciais, ou ao longo das
linhas equipotenciais.
2. Objetivos
Neste experimento, traçamos as linhas equipotenciais e, a partir delas, as linhas de força de um
campo elétrico produzido por um capacitor de placas paralelas condutores e não condutores
imersos em campo elétrico uniforme, além de calcular o gradiente de potencial de um campo
elétrico uniforme que permite mapear linhas equipotenciais e, a partir delas, traçar linhas de
força de campos elétricos usando várias configurações de condutores e não condutores como,
por exemplo, anéis metálicos e isolante que estão imersos em um campo elétrico uniforme
produzido por placas condutoras paralelas.
3. Materiais e Métodos
Neste experimento, foram utilizados os seguintes materiais: uma fonte DC, um multímetro
digital, um conjunto de cabos para multímetro, uma bacia transparente e fundo milimetrado
com água, dois fios de cobre com pontas descascadas, duas barras de ferro, duas folhas de papel
A4 milimetrado, uma lapiseira e uma régua metálica.

Para efetuar os procedimentos necessários para a primeira parte do experimento, ambos os fios
de cobre descascados foram presos às bordas da bacia via pelas conexões dos cabos do
multímetro, de forma que passasse eletricidade pelos fios. Com a fonte configurada para o
mínimo de corrente e o máximo de tensão, são conectados os cabos a ela, passando o polo
positivo da fonte para um dos fios de cobre e do polo negativo do multímetro para o polo
negativo da fonte, com um cabo livre conectado ao polo positivo do multímetro. Este é utilizado
para realizar as medições de tensões encontradas na bacia de água que passam de um fio de
cobre descascado para o outro. Estabelecendo valores arbitrários para as tensões a serem
medidas, utiliza-se a extremidade do cabo positivo do multímetro para encontrar as coordenadas
no fundo milimetrado da bacia e anota-se na folha de papel milimetrado os dados averiguados,
que devem formar linhas curvas para um mesmo valor de tensão.

Para efetuar os procedimentos necessários para a segunda parte do experimento, repete-se a


preparação do primeiro experimento, agora com as barras de ferro, que devem formar linhas
paralelas às barras para um mesmo valor de tensão.
4. Resultados
Para a primeira parte do experimento, foram estabelecidos os valores pontuais na extremidade
dos fios de cobre sendo 6V no polo positivo e 0V no polo negativo, e como valores lineares
2.5V, 3V e 3.5V. Estes foram encontrados em linhas curvas demonstradas abaixo:
5.

Para a segunda parte do experimento, foram estabelecidos os valores nas barras de ferro sendo
6V e 0V e os valores na água como sendo 1V, 1.5V, 2V, 2.5V, 3V, 3.5V, 4V, 4.5V, 5V e 5.5V,
os quais se mantiveram constantes em posições pertencentes à mesma linha paralela às barras,
como demonstrado abaixo:
6. Discussão
Após finalizar o experimento, o grupo apresentou alguns pontos de discussão sobre o mesmo,
conseguindo assim formular perguntas e respostas sobre o processo de aprendizado deste
relatório:
Discussão 1: qual foi o maior ponto de dificuldade na parte prática do relatório?
O grupo compreende que a maior dificuldade esteve em medir corretamente todos os pontos
achados na folha, mesmo com a precisão que o papel quadriculado traz, é necessário muito
cuidado para conseguir trazer corretamente os dados

Discussão 2: qual a precisão dos dados coletados?


Os discentes do grupo compreendem que: o relatório não foi feito em perfeitas condições,
portanto é claro que nenhum resultado atingiria 100% de precisão, mas tendo baseado no
objetivo apresentado em laboratório, o alunos foram capazes de chegar a um comparativo
semelhante ao proposto, portanto, a precisão foi alta

Discussão 3: O trabalho foi bem executado?


Tendo em vista os resultados coletados em laboratório e os comparativos semelhantes ao
esperado, sim, o grupo entende que obteve um trabalho bem executado

7. Conclusões

Tendo finalizado toda parte experimental, e descrição em relatório, os alunos concluem que o
trabalho foi bem executado, os objetivos foram alcançados e além disso obteve-se êxito nos
seus resultados.
8. Referências

[1] Resistência e Corrente Elétrica pág.1, IFSC USP

[2] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física: Eletromagnetismo


(vol. 3). 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2016..

[3] NUSSENZVEIG, H. M. Curso de física básica: Eletromagnetismo (vol. 3). Editora


Blucher, 2015.

[4] Laboratório de Eletricidade e Magnetismo: “Instrumentos de Medidas Elétricas I:


Voltímetros, Amperímetros e Ohmímetros”, INSF(USP)
9. Anexo

Em anexo, o pré relatório feito pelo grupo em sala de aula:

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