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PRÁTICA 3: CAMPO ELÉTRICO

NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA

3.1 OBJETIVOS

- Obter experimentalmente linhas equipotenciais em diversas configurações de eletrodos;


- Representar o campo elétrico a partir de linhas equipotenciais.

3.2 MATERIAL

- Fonte de tensão 12 VAC;


- Multímetro digital;
- Cuba transparente;
- Eletrodos metálicos com diversos formatos;
- Base metálica;
- Cabos (04);
- Garras tipo jacaré (02);
- Fios de cobre (sensores);
- Água;
- Folhas de papel quadriculado com indicação das posições dos eletrodos.

3.3 FUNDAMENTOS

A presença de uma carga numa dada região do espaço modifica o espaço em


seu entorno. Esta modificação pode ser verificada colocando-se uma segunda carga, q0,

chamada “carga de prova”, positiva por convenção, que ficará submetida a uma força F .

Dizemos que no ponto onde está a carga de prova existe um campo elétrico E , definido
por:

 F
E (3.1)
qo
O campo elétrico pode ser visualizado através das chamadas “linhas de força”.
As linhas de força são uma representação conveniente de um campo elétrico. Elas são
traçadas de forma que a tangente a uma dada linha de força esteja na direção do campo
elétrico. A intensidade do campo é indicada pela proximidade das linhas, de modo que as
linhas mais próximas indiquem campos mais intensos. As linhas de força sempre se
originam em cargas positivas e terminam em cargas negativas.

Em analogia com a energia potencial gravitacional associada ao campo


gravitacional, é também possível determinar uma energia potencial elétrica para uma carga

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de prova qo cujo valor dependa somente da posição desta carga no campo elétrico. A
variação ΔU na energia potencial elétrica U, de um objeto carregado quando este se move
de um ponto inicial, Ui, para um ponto final, Uf, é:

ΔU = Uf – Ui = - Wif (3.2)

Onde Wif é o trabalho realizado pelo campo elétrico sobre o objeto eletricamente carregado.
Tomando-se como referência a energia potencial elétrica nula no infinito, a energia
potencial elétrica U do corpo num ponto é:

U = - W (3.3)

Onde W é o trabalho realizado pelo campo elétrico quando o objeto é movido do infinito
para o ponto em questão.

Definimos a diferença de potencial (ΔV) entre dois pontos num campo elétrico
como:
W
V  V f  Vi   (3.4)
qo
Sendo qo a carga de prova sobre a qual o trabalho é realizado pelo campo elétrico. O
potencial num ponto é:
W
V   (3.5)
qo
O lugar geométrico dos pontos que possuem o mesmo potencial é chamado de
superfície equipotencial. Um conjunto de superfícies equipotenciais pode ser usado para
representar o campo elétrico numa dada região do espaço. Conhecendo-se as equipotenciais
para uma dada distribuição de cargas, é possível traçar as linhas de força que representam
o campo elétrico gerado pela distribuição.

De acordo com a Equação 3.4 o trabalho realizado pelo campo elétrico no


deslocamento de uma carga qo ao longo de uma trajetória que começa e termina sobre uma
mesma equipotencial é nulo; desta forma, concluímos que o campo elétrico é sempre
perpendicular às equipotenciais. Se o campo elétrico não fosse perpendicular à superfície
equipotencial, ele teria um componente paralelo à mesma, este componente realizaria um
trabalho diferente de zero quando uma carga qo se movimentasse sobre a superfície
equipotencial.

BLINDAGEM ELETROSTÁTICA

O campo elétrico no interior de um condutor em equilíbrio eletrostático é nulo.


Assim, para isolarmos um aparelho contra as influências elétricas externas, colocamos o

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mesmo dentro de um dispositivo chamado blindagem eletrostática que nada mais é do
que uma superfície ou rede metálica.

3.4 PRÉ-LABORATÓRIO

Na Figura 3.1 estão representadas as linhas de força para uma esfera carregada
negativamente.

Trace pelo menos 3 linhas equipotenciais nesta figura.

Figura 3.1 - Linhas de força para uma esfera carregada negativamente.

Fonte: Física. Sears.

3.5 PROCEDIMENTOS

1 - Monte o arranjo experimental (com a fonte de tensão desligada) como indicado na


Figura 3.2:
- Coloque a bandeja sobre a folha de papel quadriculado 1 (fornecida pelo professor).
- Coloque os eletrodos na bandeja como indicado no papel quadriculado.
- Conecte os eletrodos à fonte de tensão, saída 12 V AC.

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- Coloque água na bandeja de modo a formar uma lâmina de aproximadamente 1,0 cm de
espessura.
Figura 3.2 - Arranjo experimental.

Fonte: Autoral.

2 - Ligue a fonte de tensão.

3 - Conecte a entrada do multímetro (COM) ao terminal (sensor) fixo à base metálica.

4 - Conecte a outra entrada do multímetro (V) ao terminal (sensor) móvel e com este,
localize pontos de mesmo potencial, isto é, procure pontos onde a diferença de potencial
seja nula (coloque a ponta do terminal móvel sempre perpendicular à superfície do líquido).
Escolha a escala de 20 V AC no voltímetro. Marque os pontos de mesmo potencial no papel
quadriculado correspondente.

5 - Forme linhas equipotenciais ligando os pontos de mesmo potencial e a partir destas,


trace as linhas de força do campo elétrico.

6 - Repita o procedimento anterior para as outras configurações de eletrodos.

7 - Repita o procedimento com as barras paralelas, mas desta vez coloque um anel metálico
sobre a linha tracejada como indicado no papel quadriculado correspondente. Observe que
o anel metálico “blinda” o campo elétrico (mesmo que parcialmente).

8 - Inclua no seu Relatório os papeis quadriculados com os traçados das linhas


equipotenciais e das linhas de força obtidas para cada configuração.

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3.6 QUESTIONÁRIO

1 - Como verificar experimentalmente se numa determinada região do espaço há um campo


elétrico?

2 - Como verificar experimentalmente se numa determinada região do espaço há um campo


gravitacional?

3 - Duas linhas de força nunca se cruzam. Por quê?

4 - Duas superfícies equipotenciais diferentes podem se interceptar? Justifique.

5 - Em qual das configurações desta prática foi obtido um campo elétrico aproximadamente
constante? Justifique.

6 - É possível isolar uma pequena região do espaço das forças elétricas? Como?

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