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Ciências da Natureza e suas

Tecnologias - Física
Ensino Médio, 1º Ano
Lei da gravitação de Newton
FÍSICA, 1° Ano do Ensino Médio
Lei da Gravitação de Newton

Os seres humanos, em geral, sempre se sentiram atraídos pela beleza e pelo movimento
dos corpos celestes como o sol, as estrelas, a lua e os planetas. Até os poetas, através da
sua arte, já homenagearam esses “seres do espaço”.

Ouvir Estrelas (Olavo Bilac)


"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto


A Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!


Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!

Pois só quem ama pode ter ouvido


Capaz de ouvir e de entender estrelas.“

http://www.aindamelhor.com/poesia/poesias13-
Imagem: NASA / Domínio Público. olavo-bilac.php
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Lei da Gravitação de Newton
Imagem: Brandmeister / Retrato de Johannes
Kepler / Domínio Público.

Imagem: Lookang / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.

JOHANNES KEPLER
1571 - 1630

As Leis de Kepler dão uma precisa descrição cinemática do nosso sistema solar.
Mas, do ponto de vista dinâmico, as Leis de Kepler não dizem que tipo de força
o sol exerce sobre os planetas, obrigando-os a se moverem de acordo com as
órbitas previstas. Ele suspeitava que essa força fosse de origem magnética.
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Lei da Gravitação de Newton

Imagem: Isaac Newton / Domínio Público


Imagem: Sir Godfrey Kneller / Domínio Público

Na obra Philosophiaie Naturalis


Principia Mathematica, Newton
apresentou em 1687 a Lei da Gravitação
Universal. Para estabelecer essa lei,
procurou entender o movimento da lua
com base nas três leis da dinâmica e
ISAAC NEWTON fundamentou-se também nas Leis de
1642 - 1727 Kepler.
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Lei da Gravitação de Newton

Existem duas ideias que são muito difundidas na literatura sobre o percurso geral que conduziu
Newton à Gravitação Universal:
•Newton teria desenvolvido a lei da Gravitação quase que por completo durante os anni mirabili
(1665, 1666), embora viesse a publicá-la somente em 1687, no Principia;
•a outra sustenta que a lei da Gravitação foi deduzida por Newton diretamente das Leis de Kepler.

Muitas controvérsias ainda se fazem presentes nos tempos atuais sobre quais foram os caminhos
que Newton trilhou desde as suas primeiras investidas nos assuntos da Mecânica, em particular
referente à dinâmica planetária, até a escrita do Principia, quando praticamente completou tais
assuntos. Esses caminhos foram construídos com uso de instrumentos tanto típicos do fazer
científico, quanto de natureza externa a este. Fazer, portanto, uma reconstrução de tais caminhos
não é tarefa simples nem fácil, sobretudo, porque o próprio Newton, ao que parece, com a
preocupação excessiva de firmar indelevelmente algumas das suas pegadas, resultou por
apagá-las ou, ao menos, deformá-las.

Teixeira, E. S. et al. Os caminhos de Newton para a Gravitação Universal: uma revisão do debate historiográfico
entre Cohen e Westfall. Cad. Bras. Ens. Fís., v. 27, n. 2: p. 215-254, ago. 2010 .

E A MAÇÃ?
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Lei da Gravitação de Newton

UM POUCO DE HISTÓRIA
Newton agora precisa verificar se a relação
que ele havia encontrado condizia com os
A Lei da Gravitação Universal foi desenvolvida por Isaac dados da natureza e ele parte para testá-la
Newton, durante o fechamento da Universidade de Cambridge, usando a Lua.
na Inglaterra, devido à peste que assolou Londres em 1665. Essa
Lei deu início aos pensamentos que mudariam os fundamentos
da ciência. Em 1672 foi publicado o primeiro trabalho científico
de Newton que tratava de suas descobertas sobre a natureza da
luz. Devido a críticas de alguns, dentre eles Robert Hooke,
Q’
P
Newton relutou, a partir de então, a apresentar novos
trabalhos. Mas em 1679, devido às correspondências que
trocavam, na qual Hooke sugeriu que os planetas eram atraídos Q
por uma força central que diminuía como quadrado da
distância, as ideias de Newton sobre essas questões reviveram.
Edmond Halley se interessou pelo tema e ao visitar Newton em
Cambridge em 1684 perguntou especificamente qual seria a
forma da órbita de um planeta que fosse atraído por uma força
da forma descrita por Hooke. Newton imediatamente disse que 60R 60R
era uma elipse, dizendo que havia provado esse fato há tempo.
Mais tarde Halley recebeu duas provas sobre a questão, e θ
percebendo a importância deste trabalho decidiu, com o apoio
da Royal Society, persuadir Newton a publicar suas descobertas,
o que levou a publicação, em 1687, de um dos mais importantes
livros da ciência, o Principia.

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/60543906/Surpresas-Sobre-a-Lei-da-Gravitacao-Universal
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Lei da Gravitação de Newton

“Durante esse ano (1665), comecei a estender a ideia de gravidade à órbita da Lua e fiz uma comparação entre a
força que era necessária para manter esse astro na órbita e as forças de gravidade que agiam na superfície da
Terra. [...]Deduzi que as forças que mantêm os planetas em suas órbitas estão na razão recíproca dos quadrados
das distâncias aos centros do qual orbitam; e assim, comparei a força necessária para manter a Lua na sua órbita
com a força da gravidade na superfície da Terra; e verifiquei que as duas respostas são quase iguais”.
Isaac Newton
http://www.cpenelopefournier.com/index2_ficheiros/Page370.htm

d
Imagem: Roland Geider / GNU Free
Documentation License.
LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

A partir das Leis de Kepler, Newton deduziu que tipos de forças devem ser necessárias para manter
os planetas em suas órbitas. Ele calculou como a força deveria ser na superfície da Terra. Essa força
provou ser a mesma que dá à massa sua aceleração. Com isso Newton unifica a física terrestre e a
celeste, sepultando assim a teoria aristotélica do mundo sublunar e supralunar.
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CONSEQUÊNCIAS DA LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

sol


F

 
F Fc
 
Ft V
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COMO COLOCAR UM OBJETO EM ÓRBITA DA TERRA

Em seu livro de 1728, A Treatise of the System of the


World (Um Tratado do Sistema do Mundo), Isaac Newton
descreveu o que deveria acontecer se alguém atirasse uma
pedra horizontalmente do pico de uma montanha que se
projetasse acima da atmosfera. Quão maior fosse a força V
com se lançasse a pedra, ele argumentou, mais longe em
torno da Terra ela viajaria. Se atirada com força suficiente,
A
contudo, a pedra retornaria ao pico e “mantendo a mesma
velocidade, ela descreveria a mesma curva várias vezes, F
pela mesma lei”. B
Assim, Newton ilustrou o princípio de uma órbita, não
somente responsável pela senda de objetos em um G
sistema solar, mas que também explica a trajetória de
milhares de satélites e espaçonaves que foram lançadas
desde que o Sputnik 1 decolou há meio século. Na base
desse princípio está, naturalmente, a Lei do Quadrado
Inverso da Gravitação de Newton.
Robert P. Crease
Tradução: Leonardo Soares Quirino da Silva Imagem: Esta figura é apresentada no Livro III da obra de Isaac
Newton denominada "Princípios Matemáticos da Filosofia
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/fisica/0017.html
Natural". Pedras são lançadas do alto de uma montanha com
velocidades cada vez maiores, até que uma delas entra em órbita
da Terra e, portanto, não atinge mais o solo.
Fonte: http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/UAI/lua-cai.htm 
Licença: Domínio Público
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Vemos então que ao mesmo tempo que a Lua


  “- Que por intermédio das forças centrípetas os cai em direção ao centro da Terra, ela
planetas são mantidos em certas órbitas, podemos simultaneamente move-se na direção
transversal. E faz isso na medida certa de tal
facilmente entender, se considerarmos os forma a manter-se sempre acima da
movimentos dos projéteis; pois uma pedra superfície. Ou seja, de forma a manter-se em
arremessada [do alto de uma montanha] é forçada órbita na Terra.

pela ação de seu próprio peso para fora de uma


trajetória retilínea -- a qual ela descreveria devido
apenas ao arremesso inicial --, e impelida a descrever L1 H
uma linha curva no ar; e através dessa forma tangente
arqueada é finalmente trazida para baixo, ao chão; e L2
quanto maior é a velocidade com que ela é
arremessada, tanto maior é a distância que ela C
percorre antes de cair na Terra. Podemos portanto
supor a velocidade de tal maneira aumentada que ela Terra
descreveria arcos de 1, 2, 5, 10, 100, 1000 milhas
antes de atingir a Terra, até que, finalmente,
excedendo os limites da Terra, ela passaria ao espaço,
sem tocá-la.” Imagem: A Lua se movimenta de L1 para L2.
Isaac Newton Simultaneamente ao movimento tangencial L1-H ela realiza
o movimento centrípeto H-L2 e assim progressivamente
Fonte: http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/UAI/lua-cai.htm descreve uma órbita ao redor da Terra, sem atingir a sua
superfície. Em outras palavras, ela não "cai" na Terra.
Fonte:http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/UAI/lua-cai.htm
Crédito: Domingos Soares
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COMPROVAÇÃO DAS LEIS DE KEPLER

equação

por

Imagem: Roland Geider / GNU Free


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A CONSTANTE DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

Imagem: Henry Cavendish / Domínio Público


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EXEMPLOS

1. Calcule a força de atração gravitacional entre duas pessoas de 70 kg e 80 kg de massa, separadas pela
distância de 2m. Considere G = 6,67 . 10-11 N.m2/kg2 a constante de gravitação universal.

2. O que acontece com a força de atração gravitacional entre dois corpos quando a distância entre eles é
dobrada?

3. Um satélite artificial terrestre, cuja massa é de 200 kg, descreve uma trajetória perfeitamente circular
com velocidade constante, em módulo. A aceleração centrípeta sobre o satélite é de 8 m/s 2. Qual é, em
N, o módulo da força de atração gravitacional da Terra sobre o satélite?
a)12 800 b) 1 96 0 c)1 600 d) 0,04 e) 0

4. O módulo da força de atração gravitacional entre duas pequenas esferas de massa m iguais, cujos
centros estão separados por uma distância d, é F. Substituindo-se uma das esferas por outra de massa
2m e reduzindo-se a distância entre os centros das esferas para d/2, resulta uma força gravitacional de
módulo:
a) F b) 2F c) 4F d) 8F e) 16F

5. Considere o planeta BÓSON e seu satélite natural HIGGS, cuja órbita circular tem 940 mil
quilômetros e um período de 8 dias. Calcule a massa de BÓSON, supondo que a massa de HIGGS é
desprezível, quando comparada à massa do planeta.
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NOVAS TRAJETÓRIAS POSSÍVEIS


Como as elipses são
Newton descobriu que todas as órbitas de corpos que estão em órbitas fechadas e
interação gravitacional com outro são secções cônicas: podem ser periódicas, os corpos
elipses, as únicas que são curvas fechadas, parábolas ou hipérboles. que têm esse tipo de
órbita estão “ligados”
ao corpo o qual
Hipérbole orbitam. Nas órbitas
Parábola hiperbólicas (e também
nas parabólicas, que
são a 'fronteira' entre as
Elipse órbitas elípticas e as
hiperbólicas) o corpo
Círculo orbita o outro uma
única vez: aproxima-se
vindo de distâncias
Círculo Elipse Parábola Hipérbole ilimitadas, e volta a
afastar-se, perdendo-se
nas grandes distâncias.

Imagem: formas das órbitas.


Fonte: http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo5/topico7.php
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COMETA DE HALLEY
Imagem: SITCK / Retrato de Edmond Halley / Domínio

Imagem: Fer31416 / GNU Free Documentation License

O astrônomo Edmond Halley, em 1705, conseguiu identificar que


Público

os cometas observados em 1531, 1607 e 1682 tinham suas


posições pertencentes a uma órbita elíptica de grande
excentricidade em torno do sol e que de 76 em 76 anos passa
perto da Terra. Com base nos cálculos usando a lei da gravitação,
previu que o cometa voltaria a passar pela Terra em 1758.
Infelizmente morreu em 1742. Naquele ano o cometa apareceu no
céu e foi batizado como o COMETA DE HALLEY.
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VARIAÇÃO DA INTENSIDADE DO CAMPO GRAVITACIONAL DE UM ASTRO – EXEMPLO: TERRA

Numa altitude h O corpo estando no equador terrestre (h=0) e


sem levar em conta a rotação do astro.
Terra (M)

FG
0 (m)A
C

R h

Corpo nos polos do planeta – não se percebe a


rotação.
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Corpo no interior do planeta Terra

C
r
R

9,8 m/s² Ramos da


Hipérbole cúbica

gi = Kr
0 R = 6,4 . 106m
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Na superfície – numa latitude qualquer – influência da rotação

CURIOSIDADE Polo

Fcp m
Mineradores que procuravam ouro em minas
do Alaska(perto do polo) foram acusados de
roubo injustamente, pois havia uma diferença F P
no peso do ouro feito no Alaska e nos Estados Linha do φ
C
Unidos quando era pesado novamente. A Equador
diferença de gramas em alguns quilos não (φ = O)
poderia ser desprezada. Como explicar tal
R
fato?

Devido ao efeito da rotação da Terra, a força Polo (φ = 90º)


peso(leitura do instrumento) só coincide com a
força gravitacional nos polos. A aceleração da
gravidade é variável com a latitude, pois a
força gravitacional é decomposta em peso
P(aparente) e numa força centrípeta Fc.
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Alguns valores de g
Fonte - http://www.colegioweb.com.br/fisica/aceleracao-da-gravidade.html

planeta Mercúrio Vênus Terra Marte Júpiter Saturno Urano Netuno Plutão Lua

g(m/s²) 3,6 8,7 9,8 3,7 25,9 11,3 11,5 11,6 3,9 1,6

Tabela 1: valor de g na superfície dos planetas e na Lua: 

Latitude g(m/s²) h(km) g(m/s²)


0° 9,78030
0 9,806
10° 9,78186
1,0 9,803
20° 9,78634
4,0 9,794
30° 9,79321
40° 9,80166 8,0 9,782
50° 9,81066 16,0 9,757
60° 9,81914 32,0 9,708
70° 9,82606 100,0 9,598
80° 9,83058
Tabela 3: variação de g com a altitude, à latitude de
90° 9,83216 45°,nas proximidades da Terra: 
Tabela 2: variação de g com a latitude, ao nível do mar,
na superfície da Terra.
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VELOCIDADE ORBITAL – SATÉLITES EM ÓRBITA CIRCULAR

Imagem: Lookang / Creative Commons Attribution-Share


FG  FC
M .m v2
G. 2
 m.
( R  h) ( R  h)
G.M
vorb 
Alike 3.0 Unported.

Rh
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SATÉLITES EM ÓRBITA DA TERRA

Lua

Veja nos links abaixo imagens com a quantidade atual de satélites na órbita
terrestre:

http://www.youtube.com/watch?v=42amqKU2Hjo

http://www.mdig.com.br/imagens/tecnologia/satelites_terra.jpg
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VELOCIDADE DE ESCAPE – VELOC. MÍNIMA

Vamos imaginar o astro sem atmosfera, esférico V>Vesc


e que no infinito a velocidade seja nula.

V<Vesc

VELOCIDADE DE ESCAPE
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DESCOBERTA DE NOVOS
PLANETAS

Imagem: Colin Macfarquhar and Andrew Bell /


Imagem: Lemuel Francis Abbott / Retrato de
William Herschel / National Portrait Gallery,

Netuno Saturno
London / Domínio Público

Urano

Domínio Público
Júpter

WILLIAM HERSCHEL
Desde a época de Galileu, apenas 6 planetas eram conhecidos. Em 1781, WILLIAM HERSCHEL descobriu um
objeto que se movia entre as estrelas, que seria batizado de URANO. A comunidade científica ficou maravilhada
com a descoberta e se pôs a calcular sua órbita de acordo com a lei de Newton da Gravitação Universal. Com o
passar dos anos, Urano pareceu se comportar diferente das previsões, mesmo levando em consideração a
atração gravitacional de JÚPITER e SATURNO. Até o ano de 1822, Urano parecia acelerar na sua órbita e depois
começou a atrasar seu movimento em relação ao movimento previsto. Sugeriu-se então que essas divergências
poderiam estar sendo causadas por um oitavo planeta com órbita, além de Urano. o novo planeta foi então
imediatamente descoberto e batizado como NETUNO.
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AS MARÉS

Imagem: Club Yachting / Creative Commons Attribution 3.0 Unported


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A LEI DA IMPONDERABILIDADE
parábola

Edward / Creative Commons Attribution


Imagem: jurvetson / Disponibilizada:
término
Início

22s
Imagem: avião simulando gravidade zero
Fonte: http://fisicamoderna.blog.uol.com.br/arch2006-
09-24_2006-09-30.html

2.0 Generic.
V

Órbita

A nave está em uma órbita onde toda aceleração da gravidade é usada para mantê- R
la em órbita, ou seja, a força da gravidade é igual à forca centrípeta. Quando estamos
em queda livre dentro de outro objeto, segundo as leis de Newton, nós flutuamos,
experimentando assim a “ausência de peso” ou gravidade nula. Mas ela existe.
Segundo Newton estar em órbita, fisicamente falando, significa que estamos caindo
em direção à Terra. O que sentimos na superfície da Terra não é a força exercida pela Terra
gravidade, mas a reação a essa força exercida pela superfície contra nossos pés.
Imagem: imponderabilidade
Fonte:http://www.if.ufrgs.br/cref/
maikida/imponderabilidade.htm
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O EFEITO ESTILINGUE

O desenho de missões espaciais é o mais moderno triunfo da gravitação newtoniana. O


Slingshot (estilingue) é uma técnica usada pela NASA e pela ESA para defletir as trajetórias de
naves espaciais sem gastar combustível. A técnica em si é muito simples de perceber e
assenta em 2 princípios gerais da mecânica newtoniana: conservação da energia e
conservação do momento. Quando falamos no sistema solar dizemos que é conservativo, isto
é, a energia é conservada. Isso quer dizer que o resultado da interação gravitacional entre
dois corpos, por exemplo Júpiter e uma missão espacial, mantém a energia do sistema
inalterada: a nave aproxima-se de Júpiter e ganha velocidade (transforma energia potencial
em energia cinética), mas como um Skate que desce de um half pipe e torna a subir, a nave
traça uma hipérbole e volta a transformar a energia cinética que ganhou em energia
potencial, quando se afasta do planeta. Do ponto de vista de Júpiter, num encontro próximo
rápido, a velocidade que a nave trazia antes de passar por si é a velocidade que a nave leva ao
afastar-se. No entanto, Júpiter não está parado. O que o Sol vê (ver figura) é que Júpiter, ao
encurvar a trajetória da nave, acelera-a, transferindo-lhe uma parte do seu momento: apesar
do momento linear do sistema Júpiter/nave ser conservado num encontro rápido, há troca de
momento entre os dois corpos. No caso mais frequente, a nave aumenta de velocidade à
custa da velocidade do planeta. Como o momento é o produto da massa pela velocidade e a
massa do planeta é muito maior que a da nave, essa perda de velocidade é desprezível.
Fonte: http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo5/topico7.php
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O EFEITO ESTILINGUE

V +U
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74.000 km/h Encontro com


Saturno
01-julho-2004
Encontro com Vênus
26-abril-1988

Encontro com Vênus Órbita de


24-junho-1999 Júpiter
Órbita de
Órbita da Terra Saturno

Imaggem:NASA / Domínio Público.


Órbita de Vênus

Lançamento
Encontro com a Terra
15-10-1997
18-agosto-1999 Encontro da Nave
Cassini e Júpiter
30-dezembro-2000

14.000 km/h Viagem total de 3,2 bilhões de km. Leva 420 kg só de


instrumentos. Leva uma segunda sonda (Huygens) que
vai pousar em Titã, uma das luas de Júpiter.
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Imagem: Terraflorin / Creative Commons Attribution-Share


EXERCÍCIOS
LISTA 1

PLANETAS EXERCÍCIOS
LISTA 2
PLANETAS
ANÕES

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A decisão estabelece três categorias principais de objetos no Sistema Solar: Planetas de Mercúrio a Netuno, planetas-anões – objetos esféricos que não sejam
dominantes em suas órbitas nem satélites e corpos pequenos – qualquer objeto que orbite o Sol. De acordo com a nova definição, um corpo celeste tem de
preencher três requisitos para que seja considerado planeta:
•tem que estar em órbita em torno de uma estrela;
•ter a forma aproximadamente esférica;
•ser o astro dominante da região de sua órbita.
Os oito planetas giram no mesmo plano e com órbitas parecidas, o que não acontece com Plutão. Além dele outros dois corpos celestes se enquadram na
classificação de planetas anões, o asteroides CERES e XENA, objeto com massa maior que a de Plutão.

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