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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA EM ENGENHARIA E


SUSTENTABILIDADE
BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE

AIDES OLIVEIRA COELHO


LUCAS DA SILVA MACHADO
MARLON COELHO PITA
NOEMIA SIMPLICIO

MAPEANDO LINHAS EQUIPOTENCIAIS

FEIRA DE SANTANA
2023
AIDES OLIVEIRA COELHO
LUCAS DA SILVA MACHADO
MARLON COELHO PITA
NOEMIA SIMPLICIO

MAPEANDO LINHAS EQUIPOTENCIAIS

Relatório apresentado ao curso de Bacharelado


Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade como
requisito parcial para aprovação no componente
curricular Fenômenos Eletromagnéticos –
Prática, da Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia.

Docente: Kilder Leite Ribeiro

FEIRA DE SANTANA
2023
INTRODUÇÃO

O campo elétrico é uma grandeza física vetorial, que está definido como um ponto no
espaço. O ponto tem relação entre a força que a carga exerce e o valor da carga. O valor da
carga “q” em um ponto com um campo “E”, será calculada a força sobre esta carga conforme
a equação: 𝐹 = 𝑞 * 𝐸. A função do campo elétrico pode ser calculada quando as grandezas
𝐹
envolvidas (força e carga) são: força e a carga. 𝐸 = 𝑞 .

Pode-se calcular as medidas em um campo elétrico através da força que age


sobre uma carga conhecida, por meio do diferencial de potencial elétrico, observando-se que a
carga q é deslocada de um ponto com potencial para outro ponto, assim, o campo elétrico
realiza sobre a carga um trabalho, que é calculado pela equação: 𝑊 =− 𝑞(𝑉𝐵 − 𝑉𝐴).
Em duas superfícies equipotenciais, com o potencial elétrico constante, é possível
calcular o campo elétrico médio entre elas, porém o campo será perpendicular às superfícies
equipotenciais. Com relação aos campos eletrostáticos, suas medidas são muito difíceis de
serem obtidas diretamente, porque as cargas envolvidas, em geral, são muito pequenas.
Conforme Batalho et. al. (2014) é possível mapear as linhas de campo através de
experimentos com fluidos, neste caso, as cargas fluem dentro da solução e rapidamente são
substituídas de modo a manter o campo constante. Isto se consegue com o uso de uma bateria
ou fonte de tensão constante. Entretanto, foi utilizado um simulador PHET.
Assim, o campo elétrico será medido e mapeado conforme se esboça a linha de campo e as
superfícies equipotenciais de duas cargas pontuais circulares que formam um dipolo com cargas
opostas, como representado na figura 1.

Figura 1: Padrão de linha de campo de um dipolo


Fonte: BATALHÃO, 2014.

Outro fator a ser observado é que ao mudar o tipo de carga em uma das extremidades, a
disposição do campo elétrico também será diferente, neste caso, o presente experimento
observará as linhas e o comportamento do campo à medida que as linhas forem se
aproximando de uma barra.

OBJETIVOS

● Observar o comportamento dos campos elétricos equipotenciais;


● Mapear as linhas de campos elétricos;
● Verificar a aplicação de potencial e campo eletrostático.

MATERIAIS

● 1 Cuba plástica;
● 1 Papel milimetrado;
● 1 Fonte de tensão;
● 1 Multímetro;
● Solução eletrolítica;
● 1 Cabo banana-banana;
● 3 Cabos banana-garra ou banana-jacaré;
● Dois eletrodos circulares;
● 2 Barras de metal;
● Fita adesiva;
● 1 Ponta de prova de metal.
● Notebook
● Internet
● Site da University of Colorado Boulder/ Simulador Interativo

PROCEDIMENTO

No simulador foram realizadas 2 simulações: 1 - utilizando dois eletrodos; 2 - barra e


eletrodo. Na primeira simulação foi colocada duas cargas, espaçadas por 5 metros, para
mapear o potencial da estrutura, em seguida foi determinado o campo elétrico. A segunda
simulação foi com uma barra com um eletrodo, verificando-se cargas, por último foram
utilizadas duas barras, paralelas, anotando-se as medidas. Os pontos coletados foram para
identificar os pontos (x,y) para 1 potencial em x e 7 potenciais em y, sendo o primeiro ponto
na linha x,y e os demais pontos, colhidos são 3 negativos e 3 positivos.
Durante a aula prática, os dados foram coletados colocando-se a cuba em uma
superfície plana e dentro dela colocou-se uma folha de papel milimetrado, devidamente
marcado os pontos em 4,0 cm para x (sentido +) e 3,0 cm para y. Para iniciar o procedimento,
primeiro modificou-se a tensão nominal da fonte para 220V e ligou-a em 2,4V para teste, em
seguida regulou-se a fonte em 5V, ligou-se o multímetro em 20V, conectou-se o cabo ao
terminal de tensão da fonte com carga positiva e o cabo do multímetro foi plugado no
terminal da fonte de tensão, da fonte foi ligado o eletrodo com carga negativa. As cargas
foram fixadas com auxílio da fita adesiva nas extremidades direita e esquerda da cuba, por
fim foi colocada a solução eletrolítica.
Foram coletados 10 pontos, iniciando em xo até até o ponto 10 (40,0cm) e para y, foram
colhidos 7 pontos na vertical, iniciando-se na coordenada (x0y0), sendo os dados colhidos
com 3 medidas no sentido “+” e 3 medidas no sentido “-”.

Figura 2: Ligação da Fonte com o multímetro na cuba

Fonte: Os autores, 2023.

A figura acima mostra o experimento de medida de potencial entre cargas pontuais


utilizando uma cuba. Sabendo que realizar a medição potenciais e campos eletrostáticos em
laboratórios convencionais é difícil, utilizamos uma solução aquosa de Sulfato de Cobre
(CuSO4) por ser um meio de baixa resistividade, pois possuem cargas que podem se deslocar
ao estarem sujeitas à ação de um campo.
Porém, apesar desse cuidado, esse procedimento não foi realizado com sucesso.
Durante a coleta de dados os valores encontrados apontaram um erro no experimento, pois o
voltímetro apresentava valores aleatórios e inconstantes.
Com esse fato se fez necessário a utilização de um outro recurso para obtenção dos
objetivos propostos. Foi realizada uma atividade no Site da University of Colorado Boulder/
Simulador Interativo, onde pudemos realizar a coleta de dados com mais precisão. Essa
ferramenta foi utilizada para duas cargas, espaçadas por 5,0m, como mostra a Figura 3, e o
mesmo foi realizado com uma barra e um eletrodo também separados por 5,0m, representado
na Figura 4.
Figura 3: Duas cargas espaçadas por 5,0m

Fonte: Os autores, 2023

Figura 4: Uma barra e um eletrodo

Fonte: Os autores, 2023

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após coletar as distâncias nos eixos x,y para diferentes potenciais elétricos, os quais
seguem na Tabela 1, obteve o gráfico equipotencial para duas cargas pontuais circulares com a
representação de seus vetores do campo elétrico.

Tabela 1: Mapeamento com duas cargas pontuais


Fonte: Os autores, 2023

Gráfico 1: Mapeamento com duas cargas pontuais

O comportamento do campo equipotencial para duas cargas pontuais, observa-se que as


linhas de força saíram da carga positiva para a negativa, criando um dipolo elétrico.
Em seguida substituiu-se no simulador uma das cargas pontuais por uma sequência de
10 cargas positivas, enfileiradas verticalmente para realizarem o mesmo comportamento de
uma barra, a qual interagiu com uma carga negativa representando um eletrodo, ambos
separados por uma distância de 5m. Iniciou uma nova coleta de diferencial de potencial em
diferentes coordenadas, a fim de verificar a nova configuração do gráfico.

Tabela 2: Mapeamento com uma carga pontual e um eletrodo


Fonte: Os autores, 2023

Gráfico 2: Mapeamento com uma barra e uma carga pontual

Fonte: Os autores, 2023

Na representação acima, foi utilizada uma carga pontual positiva e uma barra com carga
negativa, devido a ocupar maior espaço no campo, as linhas de força saíram da carga positiva
para a negativa, o mesmo ocorrendo com o experimento abaixo, quando utilizou duas barras.

Tabela 3: Mapeamento com duas barras

Fonte: Os autores, 2023

Gráfico 3: Mapeamento com duas barras


Fonte: Os autores, 2023
Ao analisarmos as tabelas com os dados e seus respectivos gráficos, podemos perceber
na primeira etapa do experimento que a medida em que fazemos medidas em pontos cada vez
mais afastados de uma determinada carga pontual. No primeiro experimento o valor da tensão
diminui ao longo dos eixos x e y, isso acontece até o ponto no eixo x em que as medidas
começam a sofrer influência do campo elétrico da carga que se encontra na outra extremidade.
No segundo experimento com uma carga pontual e uma barra acontece o fenômeno
semelhante, porém quanto mais próximas as medidas estavam da barra, os valores no eixo
sofreram poucas alterações e em alguns casos nenhuma. No experimento com duas barras as
alterações eram maiores ao longo do eixo x, enquanto que no y as mudanças eram bem sutis.

CONCLUSÃO

Na observação dos gráficos, pode-se perceber que os objetivos foram atingidos ao


identificar que o estudo teórico sobre o comportamento dos campos elétricos equipotenciais,
foram identificados durante a simulação e montagem dos gráficos, uma vez que as
coordenadas coletadas em x,y contribuiu para mapear as linhas de campo e verificar a
aplicação dos conceitos dados, além disso, pode-se observar as mudanças no comportamento
das linhas.
REFERÊNCIAS

HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Física III. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos,
1974.

BATALHÃO, Thiago et al. Laboratório de Física III: Livro de práticas. São Carlos:
Instituto de física de São Carlos, 2014.

YOUNG, H. D.; FREEDMANN, R. A. Sears e Zemanski física III: eletricidade e magnetismo.


São Paulo: Pearson, c2004.

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