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Laboratório de Física III

Experiência 04 – Relatório

Indução eletromagnética

Prof: Alexandre

Alunos: Davi Bastos da Silva


Lorraine Benedicto

Turma: 01
Curso: Engenharia Química
Período: 2022/1

Rio de Janeiro
2022

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................3

OBJETIVO...........................................................................................4
MATERIAIS..........................................................................................5

METODOLOGIA...................................................................................5

RESULTADOS E DICUSSÃO..............................................................6

CONCLUSÃO.......................................................................................8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………….….8

1. INTRODUÇÃO

De acordo com a Lei de Faraday, ou Lei de Indução Eletromagnética, quando


há variação do fluxo magnético através de um circuito, surge nele uma força
eletromotriz induzida, gerando corrente elétrica no circuito. Esse circuito pode
ser uma espira, ou um conjunto de espiras (bobina ou solenóide). A fórmula
que representa a lei de Faraday para uma espira foi concebida pelo físico
2
alemão Franz Neumann e estabelece que ao variar o fluxo magnético através
de um circuito, surge nesse circuito uma força eletromotriz: ε = − ΔΦ , onde:
Δt
ε: força eletromotriz induzida, fem. (V) para uma espira
ΔΦ = variação do fluxo magnético (Wb)
Δt= intervalo de tempo (s)

No caso de uma bobina ou de um solenóide, os quais possuem mais de uma


espira, a força eletromotriz induzida por um campo magnético é:
ε = -N. ΔΦ , onde N= número de espiras
Δt

Portanto, quando um imã é aproximado ou afastado de uma espira, ou de uma


bobina, ou de um solenóide, há geração de corrente elétrica no circuito, a qual
é dada por: i= ε , onde: ε: força eletromotriz induzida (V) e R= resistência (Ω).
R

Dessa forma, observa-se que da mesma forma que a corrente elétrica cria ao
seu redor um campo magnético, também um campo magnético pode gerar uma
corrente elétrica em uma espira, bobina ou solenóide. A Lei de Lens estabelece
que o sentido do campo magnético produzido pela corrente induzida é contrário
a variação do fluxo magnético.
Quando um imã é aproximado de uma espira, há um aumento, do fluxo
magnético através da espira (mais linhas de campo magnético atravessam a
espira), logo surgirá na espira por indução magnética uma corrente que
produza um campo com sentido contrário ao campo produzido pelo imã a fim
de anular o aumento do fluxo magnético, como demonstra a figura abaixo:

Figura 1 Linhas magnéticas formadas pela indução entre o imã e a espira

E quando o imã é afastado da espira, há uma diminuição do fluxo magnético


através da espira (menos linhas de campo magnético atravessam a espira) e o
sentido da corrente será tal que o campo produzido por ela terá o mesmo
sentido do campo magnético criado pelo ímã, de forma a evitar que o fluxo
magnético diminua.

3
Figura 2 Corrente induzida em uma espira ao afastar um imã

A Lei de Faraday é aplicada, por exemplo, na produção de energia elétrica em


larga escala. Nas usinas de geração de energia elétrica, a energia mecânica
produz a variação do fluxo magnético. A partir dessa variação, surge no
gerador uma corrente induzida. A usina hidrelétrica utiliza o movimento da água
(energia mecânica) para gerar a variação do fluxo magnético.

Figura 3 Exemplo de aplicação da Lei de Faraday na geração de eletricidade

2. OBJETIVO
Observar a Lei de Faraday, pela variação do campo magnético que atravessa
uma bobina. Além disso, o experimento tem o objetivo de determinar o
coeficiente linear através da relação gráfica entre Vs e Ve, e este coeficiente
linear será equivalente a razão entre N s .
Ne

3. MATERIAIS

Para a realização do experimento, foram necessários:


 Fonte de tensão alternada
 1 bobina com 300 espiras
 1 bobina com 1200 espiras
 2 Multímetros digitais
 6 conectores

1. METODOLOGIA

Primeiramente, a bobina de entrada foi conectada a um multímetro, conectando


terminal positivo da bobina com o terminal positivo do multímetro e o terminal

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negativo da bobina foi conectado ao aterramento do multímetro. A bobina de
entrada também foi conectada na fonte de tensão alternada pelos eletrodos
positivos e negativos. A bobina de saída, posicionada ao lado da bobina de
entrada, foi ligada a um segundo multímetro, com o terminal positivo da bobina
ligado ao terminal positivo do multímetro e o terminal negativo da bobina ligado
ao aterramento do multímetro (Figura 4 e 5).
Foi então ligada a fonte de tensão alternada, na escala de 200V, e foram
medidas as tensões na bobina de entrada e na bobina de saída ao variar os
níveis de tensão aplicada na fonte, indo das posições 1 ao 10. Foi utilizada
uma bobina de entrada com 300 espiras e uma bobina de saída com 1200
espiras. Foi construído um gráfico para relacionar a voltagem na bobina de
saída (Vs) com a voltagem na bobina de entrada (Ve).

Bobina 1200 espiras


Bobina 300 espiras

Multímetro V -

~
Multímetro V

Figura 5 fonte de tensão alternada Figura 4 Bobinas de 300 e 1200 espiras juntamente com os multímetros

2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 RESULTADOS

Os dados obtidos através do experimento, segue na tabela abaixo:

Posições Ve Vs
1 1,7 5,3
2 3,8 11,6
3 5,8 18,2
4 7,9 25,2
5 10 32,3
6 12,1 39,6
7 14,2 46,7
8 16,2 53,8
9 18,3 61
10 20,4 68,2
Tabela 1- dados de Ve e Vs
5
Com isso, é possível relacionar graficamente a voltagem na bobina de saída
(Vs) com a voltagem na bobina de entrada (Ve):

Vs x Ve
65.3
55.3
45.3
35.3
Vs

25.3
15.3
5.3
1.7 3.7 5.7 7.7 9.7 11.7 13.7 15.7 17.7 19.7

Ve

Figura 6 Gráfico Vs x Ve

Os dados obtidos graficamente, obteve-se um coeficiente angular de


3,3889 com um coeficiente linear de -1,2232 e um excelente R 2,
ratificando uma boa linearidade e podendo-se fazer as seguintes
relações:
V

Y=ax +b → y = 3,3889x - 1,2232


s

N
N
¿
s
e
Equação 1; Equação 2
V
e

Correlacionando a Equação 1 com a equação da reta obtida pelo gráfico


da figura 5 (Equação 2), temos:
Ns N s
Vs=y ; Ve=x ; Ne
Coeficiente angular → N e
¿
3,3889 Equação 3
¿

O coeficiente angular equivale a razão do número de espiras de saída


pela de entrada. Com isso, é possível fazer um comparativo com a razão
dos números reais de espiras do experimento com a calculada da
equação 3:

Números de espiras reais:

Ne (Real)= 300

Ns (Real)= 1200

N s = 1200 =4
N e 300

Calculando o erro:

6
N s( R ea l)
N e( R ea l)
E
( %)
¿

( )
N s ( R e a l )
N s
N e ( R e a l ) −
N e
¿¿ ¿ x
100

5.2 DISCUSSÃO
OBSERVAÇÕES PARA A PARTE DA DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
A primeira bobina estava ligada na fonte de tensão e essa tensão foi medida
pelo multímetro. Porém a segunda bobina não estava ligada em nenhuma fonte
de tensão, estava apenas ligada ao segundo multímetro. Quando eram
variados os níveis de tensão da fonte dos níveis 1 ao 10, foram registradas
tensões nas duas bobinas, logo foram produzidas correntes nas duas bobinas.
Como a segunda bobina não estava conectada a nenhuma fonte de tensão,
isso indica que a corrente que foi produzida nela foi devido à variação do fluxo
magnético provocado pela primeira bobina, aquela conectada à fonte de
tensão. Portanto, ao aumentar o nível de tensão na fonte, aumenta a corrente
gerada na primeira bobina e, portanto, aumenta o campo magnético gerado
pela primeira bobina, e, portanto, haverá um aumento do fluxo de campo
magnético na segunda bobina, gerando, portanto, uma corrente elétrica
induzida na segunda bobina. Essa corrente produz um campo com sentido
contrário ao campo produzido pela primeira bobina, a fim de anular o aumento
do fluxo magnético.

A primeira bobina estava ligada na fonte de tensão e essa tensão foi medida
pelo multímetro. Porém a segunda bobina não estava ligada em nenhuma fonte
de tensão, estava apenas ligada ao segundo multímetro e quando eram
variados os níveis de tensão da fonte dos níveis 1 ao 10, foram registradas
tensões nas duas bobinas, que consequentemente foram produzidas correntes
nestas duas bobinas.

Vale ressaltar que a segunda bobina não estava conectada a nenhuma fonte
de tensão, isso indica que a corrente que foi produzida nela foi devido à
variação do fluxo magnético provocado pela primeira bobina.

Portanto, ao aumentar o nível de tensão na fonte, aumenta a corrente gerada


na primeira bobina que é proporcional ao aumento no campo magnético gerado
por esta bobina, e em consequência disto terá um aumento do fluxo de campo
magnético na segunda bobina, gerando, portanto, uma segunda corrente
elétrica induzida. Essa última corrente produz um campo com sentido contrário
ao campo produzido pela primeira bobina, a fim de anular o aumento do fluxo
magnético.

1. CONCLUSÃO

7
Contudo, foi observado a variação de campo magnético pelas espiras
contextualizado pela Lei de Faraday e o gráfico obtido pela plotagem de Vs
com Ve, foi obtido um excelente coeficiente de linearidade, R² = 0,9997,
confirmando um bom desempenho no experimento.

O comparativo da razão N s das espiras reais com o calculado, gerou valor


Ne
bem próximo, com uma margem de erro de 15,27%. Vale ressaltar possíveis
erros de medição devido as variações dos dados coletados pelos aparelhos no
ato do experimento, que podem ter levado a essa margem de erro de 15,27%.

2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOUVEIA, R. Lei de Faraday. Toda matéria. 2011. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/lei-de-faraday Acesso em: 01 de setembro de
2022.

BOARO, M. Lei de Lens - Indução eletromagnética Eletromagnetismo


<https://www.youtube.com/watch?
v=VKayc7OGKhU&list=PLzjR7HXQnrcd0_HOcaVJ5BNRdoIBy9A36&index=21
&t=0s>.Acesso em: 01 de setembro de 2022.

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