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O FADH2 não é tão bom doador de elétrons quanto o NADH (ou seja,
seus elétrons estão em um nível de energia mais baixa), então não pode transferir seus
elétrons para o complexo I. Em vez disso, ele os leva pela cadeia de transporte até o
complexo II, que não bombeia prótons através da membrana.
Por causa desse "atalho", cada molécula de FADH2 faz com que menos prótons
sejam bombeados (e contribui menos ao gradiente de próton) do que cada molécula
de NADH.
Fora dos dois primeiros complexos, os elétrons de NADH e FADH2 percorrem
exatamente a mesma rota. Tanto o complexo I quanto o complexo II passam seus
elétrons para um pequeno e ágil carreador de elétrons chamado ubiquinona (Q), que é
reduzido para formar QH2 e atravessa a membrana entregando os elétrons ao
complexo III. Conforme os elétrons percorrem o complexo III, mais íons H + íons são
bombeados através da membrana, e os elétrons são finalmente entregues a outro ágil
carreador chamado citocromo C (cit C). O cit C carrega os elétrons até o complexo IV,
onde um último grupo de íons H+ é bombeado através da membrana. O complexo IV
passa os elétrons para o O2, que se divide em dois átomos de oxigênio que aceitam
prótons da matriz, formando água. São necessários quatro elétrons para reduzir cada
molécula de O2 e duas moléculas de água são formadas no processo.
Afinal, o que a cadeia transportadora de elétrons faz pela célula? Ela tem duas
importantes funções:
Quimiosmose
De onde vem o valor de 30-32 ATPs? Dois ATPs são produzidos na glicólise, e
mais dois ATPs (ou seu equivalente energético, GTP) são produzidos no ciclo de ácido
cítrico. Além desses quatro, os ATPs restantes vêm todos da fosforilação oxidativa.
Com base em vários trabalhos experimentais, parece que quatro íons H+ devem fluir de
volta para a matriz através da ATP sintase para fornecer energia para a síntese de uma
molécula de ATP. Quando os elétrons do NADH se movem pela cadeia de transporte,
cerca de 10 íons H+ são bombeados da matriz para o espaço intermembranar, então
cada NADH rende cerca de 2,5 ATPs. Os elétrons do FADH 2 que entram na cadeia
posteriormente, impulsionam o bombeamento de apenas 6 H+ resultando na produção
de cerca de 1,5 ATP. Com essa informação, podemos fazer um pequeno resumo da
quebra de uma molécula de glicose:
Um número nesta tabela ainda não está exato: o rendimento do ATP do NADH
produzido na glicólise. Isto se dá porque a glicólise acontece no hialoplasma, e a NADH
não é capaz de atravessar a membrana mitocondrial interna para entregar seus
elétrons ao Complexo I. Ao invés disso, ela precisa transferir seus elétrons para um
"sistema de transporte" molecular que os entrega, através de uma série de etapas, à
cadeia transportadora de elétrons.
Algumas células do organismo possuem um sistema de transporte que
entrega elétrons para a cadeia transportadora de elétrons através da FADH2. Neste
caso, apenas 3 ATP são produzidos para os dois NADH da glicólise.
Outras células do organismo possuem um sistema de transporte que
entrega elétrons via NADH, resultando na produção de 5 ATP.
Em bactérias, a glicólise e o ciclo de ácido cítrico ocorrem no citosol, portanto
não é necessário transporte e 5 ATP são produzidos.
30-32 ATP da quebra de uma molécula de glicose é uma estimativa para cima e
o rendimento real pode ser menor. Por exemplo, alguns intermediários da respiração
celular podem ser desviados pela célula e utilizados em outras vias biossintéticas,
reduzindo o número de ATPs produzidos. A respiração celular é um elo de muitas vias
metabólicas diferentes na célula, que formam uma rede maior que a via da quebra da
glicose isoladamente.