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ED – letra “e” - Fundamentos da Biologia Celular 4ªedição

Capítulo 14: A geração de energia em mitocôndrias e cloroplastos.

1. Como se deu o processo evolutivo e qual a importância das mitocôndrias para os organismos
eucarióticos ? (P.491;449-451) Acredita-se que as mitocôndrias evoluíram a partir de bactérias que foram
incorporadas por células eucarióticas primitivas com as quais elas inicialmente viveram em simbiose. Sem as
mitocôndrias seria improvável a evolução de organismos multicelulares, pois apenas o processo de glicose para
a produção de ATP é relativamente ineficiente. Outro motivo da importância das mitocôndrias pode ser
observado nas consequências da disfunção mitocondrial. Pessoas com essa disfunção apresentam fraqueza
muscular, problemas cardíacos, epilepsia e muitas vezes demência.

2. O que é o ATP e qual a função desta molécula para a célula? (P.107-108)


ATP é um trifosfato de adenosina, ou seja, consiste em 3 grupos de fosfato e de uma unidade de adenosina. Essa
molécula armazena energia que é utilizada em uma grande variedade de reações químicas que ocorrem nas
células.
3. Onde as mitocôndrias estão localizadas em uma célula? Existe alguma relação das mitocôndrias com o
citoesqueleto? Porque? (P.451;) A localização das mitocôndrias na célula varia de acordo com as necessidades
do tipo celular, por exemplo, em uma célula muscular cardíaca, as mitocôndrias se situam próximas aos
aparelhos contráteis, nos quais a hidrólise de ATP fornece a energia para a contração; por outro lado em um
espermatozoide, as mitocôndrias se encontram na cauda, ao redor de uma porção do flagelo motor que requer
ATP para seu movimento. Sim, porque os filamentos do citoesqueleto fornecem vias para o movimento das
organelas e para o direcionamento do tráfego de vesículas entre elas. Esses movimentos são dirigidos por
proteínas motoras que utilizam a energia da hidrólise do ATP para propulsionar as organelas e vesículas ao
longo dos filamentos.

4. Esquematize e descreva a ultraestrutura de uma mitocôndria, informando os nomes das membranas e


compartimentos e localizando todos os complexos proteicos envolvidos na conversão de energia.
(P.452;453)

Uma mitocôndria é delimitada por duas membranas altamente especializadas – uma em torno da outra. Essas
membranas, chamadas de membranas mitocondriais externa e interna, criam dois compartimentos
mitocondriais: um grande espaço interno chamado de matriz e um espaço intermembranar muito mais estreito.
Cada uma das membranas, e os espaços que elas delimitam, apresentam um conjunto único de proteínas.
A membrana externa possui muitas moléculas de uma proteína de transporte denominada porina, a qual forma
amplos canais aquosos pela bicamada lipídica. A matriz mitocondrial, portanto, contem apenas moléculas que
são seletivamente transportadas a matriz através da membrana interna, e então o seu conteúdo e altamente
especializado.
A membrana mitocondrial interna é o local onde ocorre a fosforilação oxidativa, e ela contem as proteínas da
cadeia transportadora de elétrons, as bombas de prótons e a ATP-sintase. Ela também possui uma variedade de
proteínas de transporte que permitem a entrada seletiva de pequenas moléculas no interior da matriz.
A membrana interna forma uma série de dobramentos conhecidos como cristas – que se projetam para o
interior do espaço da matriz. Essas dobras aumentam muito a área da superfície da membrana.
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Capítulo 14: A geração de energia em mitocôndrias e cloroplastos.

5. Em relação à permeabilidade seletiva, como as membranas das mitocôndrias se comportam diante dos
diferentes constituintes, em solução, no citoplasma. (P.453)
A membrana externa e como uma peneira, permeável a todas as moléculas pequenas, incluindo pequenas
proteínas. Isso torna o espaço intermembranar quimicamente equivalente ao citosol. Em contrapartida, a
membrana interna e impermeável a passagem de íons e a maioria das pequenas moléculas, exceto onde uma
rota e fornecida por proteínas de transporte de membrana específicas.

6. Onde é gerada a energia necessária para produzir o gradiente eletroquímico? Quais moléculas são
responsáveis por esse transporte? Qual a quantidade gerada por uma molécula de glicose e por uma
molécula de palmitato (16 carbonos)? (P.448;456)
A energia é gerada na membrana mitocondrial interna. As moléculas responsáveis por esse processo são NADH
e FADH2. Uma molécula de glicose pode gerar cerca de 30 moléculas de ATP, já o palmitato 16 carbonos gera
em média 130 moléculas de ATP.

7. Sobre o ciclo do ácido cítrico: a) Como e onde se inicia? b) Ocorre produção de energia nesta via
metabólica? c) Qual a importância do ciclo para a célula?
O ciclo do ácido cítrico se inicia na matriz mitocondrial ao receber piruvato do processo de glicólise.
Sim, ocorre.
O ciclo é importante para a célula porque fornece energia que será utilizada nas atividades celulares e nele são
produzidos intermediários usados como precursores na biossíntese de aminoácidos e outras biomoléculas.

8. Sobre a cadeira transportadora de elétrons (CTE): a) Descreva a cadeia transportadora de elétrons. b)


Como ocorre a formação de água nesta cadeia? c) Qual a importância do oxigênio na CTE?
(https://www.youtube.com/watch?v=md6JdC98dTU)
a)A cadeia transportadora de elétrons é uma série de complexos proteicos presentes na membrana mitocondrial,
os elétrons capturados de moléculas doadoras são transferidos através desses complexos. Junto a este
transferidor está a bomba de hidrogênio, essa bomba gera o gradiente usado pela ATP-sintase para sintetizar
ATP. Os seguintes complexos são encontrados na cadeia transportadora de elétrons: NADH desidrogenase,
Citocromo b-c1, Citocromo oxidase e ATP-sintase, além desses complexos duas carregadoras movéis também
estão envolvidas: ubiquinona e citocromo c. [Outros componentes-chave nesse processo são NADH e seus
elétrons, íons de hidrongênio, oxigênio molecular, água e ADP e Pi, que se unem para formar ATP] No começo
da cadeia transportadora de elétrons, dois elétrons são passados do NADH para o complexo de desidrogenase,
simultaneamente a essa transferência temos o bombeamento de um íons de hidrogênio para a cadeia de elétrons.
Depois, os dois elétrons são transferidos para a ubiquinona que os leva até o citocromo b-c1. Em seguida, cada
elétron é passado do citocromo b-c1 para o citocromo c, ele só transfere um elétron por vez juntamente com o
bombeamento de um íon de hidrogênio através do complexo Citocromo b-c1. A etapa seguinte ocorre no
complexo oxidase, ele requer quatro elétrons que irão interagir com o oxigênio molecular e oito íons de
hidrogênio. b) Esses quatro elétrons mais quatro dos íons de hidrogênio e mais o oxigênio molecular, são
usados para formar moléculas de água, já os outros quatro hidrogênios são bombeados através da membrana
gerando um gradiente eletroquímico.
O oxigênio é importante para a CTE porque ele funciona como aceptor final de H+ e de elétrons nela.

9. Descreva os complexos fixos e móveis da cadeia transportadora de elétrons de forma detalhada, e o


mecanismo de bombeamento de H+ para o espaço intermembranar da mitocôndria. (P.455;
O NADH-desidrogenase, recebe elétrons do NADH. Esses elétrons sao retirados do NADH, sob a forma de um
íon hidreto (H–), que e então convertido em um próton e dois elétrons de alta energia. Essa reação, H– → H+ +
2e, é catalisada pelo complexo NADH- -desidrogenase. Os elétrons são então transferidos ao longo da cadeia
para cada um dos outros complexos enzimáticos. Por sua vez, carreadores moveis de elétrons são utilizados
para transportar os elétrons entre os complexos.
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Capítulo 14: A geração de energia em mitocôndrias e cloroplastos.

10. Descreva a forma com que ATP-sintase fica disposta na membrana interna da mitocôndria e qual o
seu modo de ação para a geração de ATP. (P.457)
A região da proteína que catalisa a fosforilação do ADP tem a forma de uma cabeça de pirulito que se projeta na
matriz mitocondrial; ela está ligada por uma haste central a um transportador de H+ transmembranico. A
passagem de prótons pelo transportador promove uma rápida rotação do transportador e de sua haste,
semelhante a um pequeno motor. Quando a haste gira, ela atrita contra as proteinas da cabeca estacionaria,
alterando suas conformações e levando-as a produzir ATP. Desse modo, uma deformação mecânica e convertida
em energia de ligação química no ATP

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