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1. Como se deu o processo evolutivo e qual a importância das mitocôndrias para os organismos
eucarióticos ? (P.491;449-451) Acredita-se que as mitocôndrias evoluíram a partir de bactérias que foram
incorporadas por células eucarióticas primitivas com as quais elas inicialmente viveram em simbiose. Sem as
mitocôndrias seria improvável a evolução de organismos multicelulares, pois apenas o processo de glicose para
a produção de ATP é relativamente ineficiente. Outro motivo da importância das mitocôndrias pode ser
observado nas consequências da disfunção mitocondrial. Pessoas com essa disfunção apresentam fraqueza
muscular, problemas cardíacos, epilepsia e muitas vezes demência.
Uma mitocôndria é delimitada por duas membranas altamente especializadas – uma em torno da outra. Essas
membranas, chamadas de membranas mitocondriais externa e interna, criam dois compartimentos
mitocondriais: um grande espaço interno chamado de matriz e um espaço intermembranar muito mais estreito.
Cada uma das membranas, e os espaços que elas delimitam, apresentam um conjunto único de proteínas.
A membrana externa possui muitas moléculas de uma proteína de transporte denominada porina, a qual forma
amplos canais aquosos pela bicamada lipídica. A matriz mitocondrial, portanto, contem apenas moléculas que
são seletivamente transportadas a matriz através da membrana interna, e então o seu conteúdo e altamente
especializado.
A membrana mitocondrial interna é o local onde ocorre a fosforilação oxidativa, e ela contem as proteínas da
cadeia transportadora de elétrons, as bombas de prótons e a ATP-sintase. Ela também possui uma variedade de
proteínas de transporte que permitem a entrada seletiva de pequenas moléculas no interior da matriz.
A membrana interna forma uma série de dobramentos conhecidos como cristas – que se projetam para o
interior do espaço da matriz. Essas dobras aumentam muito a área da superfície da membrana.
ED – letra “e” - Fundamentos da Biologia Celular 4ªedição
Capítulo 14: A geração de energia em mitocôndrias e cloroplastos.
5. Em relação à permeabilidade seletiva, como as membranas das mitocôndrias se comportam diante dos
diferentes constituintes, em solução, no citoplasma. (P.453)
A membrana externa e como uma peneira, permeável a todas as moléculas pequenas, incluindo pequenas
proteínas. Isso torna o espaço intermembranar quimicamente equivalente ao citosol. Em contrapartida, a
membrana interna e impermeável a passagem de íons e a maioria das pequenas moléculas, exceto onde uma
rota e fornecida por proteínas de transporte de membrana específicas.
6. Onde é gerada a energia necessária para produzir o gradiente eletroquímico? Quais moléculas são
responsáveis por esse transporte? Qual a quantidade gerada por uma molécula de glicose e por uma
molécula de palmitato (16 carbonos)? (P.448;456)
A energia é gerada na membrana mitocondrial interna. As moléculas responsáveis por esse processo são NADH
e FADH2. Uma molécula de glicose pode gerar cerca de 30 moléculas de ATP, já o palmitato 16 carbonos gera
em média 130 moléculas de ATP.
7. Sobre o ciclo do ácido cítrico: a) Como e onde se inicia? b) Ocorre produção de energia nesta via
metabólica? c) Qual a importância do ciclo para a célula?
O ciclo do ácido cítrico se inicia na matriz mitocondrial ao receber piruvato do processo de glicólise.
Sim, ocorre.
O ciclo é importante para a célula porque fornece energia que será utilizada nas atividades celulares e nele são
produzidos intermediários usados como precursores na biossíntese de aminoácidos e outras biomoléculas.
10. Descreva a forma com que ATP-sintase fica disposta na membrana interna da mitocôndria e qual o
seu modo de ação para a geração de ATP. (P.457)
A região da proteína que catalisa a fosforilação do ADP tem a forma de uma cabeça de pirulito que se projeta na
matriz mitocondrial; ela está ligada por uma haste central a um transportador de H+ transmembranico. A
passagem de prótons pelo transportador promove uma rápida rotação do transportador e de sua haste,
semelhante a um pequeno motor. Quando a haste gira, ela atrita contra as proteinas da cabeca estacionaria,
alterando suas conformações e levando-as a produzir ATP. Desse modo, uma deformação mecânica e convertida
em energia de ligação química no ATP