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Energia celular ou

Respiração celular
Origem dos cloroplastos e mitocôndrias

- Há evidências que cloroplastos e mitocôndrias se originaram de bactérias


que foram fagocitadas, escaparam dos mecanismos de digestão intracelular e
se estabeleceram como simbiontes, criando um relacionamento mutuamente
benéfico e que se tornou irreversível com o passar dos anos.
Origem dos cloroplastos e mitocôndrias

PRINCIPAIS EVIDÊNCIAS A FAVOR DESSA HIPÓTESE SÃO:

- Mitocôndrias e cloroplastos possuem um genoma de DNA circular,


como o das bactérias;
- essas organelas possuem duas membranas, sendo a membrana
interna semelhante em composição, às membranas bacterianas; já a
membrana externa é semelhante a membrana da célula hospedeira.

Além disso, a simbiose entre


bactérias e células
eucariontes continua
acontecendo.
Características em comum das duas organelas
Mitocôndrias
(mitos, filamento; condria, partícula)
A maior parte da energia usada pela célula é
fornecida pelo ATP
- Mitocôndrias são as usinas geradoras de energia;
- Captam energia depositada nas ligações covalentes das moléculas dos
alimentos e transferem-na ao ADP.
- Uma vez formado, o ATP sai da mitocôndria e se difunde pela célula (sua
energia pode ser usada para as distintas atividades celulares);
- Quando a energia do ATP é removida, o ADP reingressa nas
mitocôndrias para receber uma nova “carga” de energia.
Ultra-estrutura e organização funcional das
mitocôndrias
Ultra-estrutura e organização funcional das
mitocôndrias

- A membrana interna se invagina formando cristas, que aumenta a


superfície dessa membrana.
- A crista pode ser em forma de prateleira ou em forma de tubos
Ultra-estrutura e organização funcional das
mitocôndrias

- Os corpúsculos elementares estão inseridos na membrana interna da


mitocôndria;
- Possuem cerca de 10 nm de diâmetro, é o local onde se geram ATP e calor.
Ultra-estrutura e organização funcional das
mitocôndrias
Ruptura da organela com detergentes

ou ultras-som, demonstrou a

composição da matriz:

- complexo concentrado de centenas

de enzimas relacionadas com o ciclo

do ácido cítrico, com a β-oxidação de

ácidos graxos e com a replicação,

transcrição e tradução do DNA

mitocondrial.
Ultra-estrutura e organização funcional das
mitocôndrias
A membrana interna é a membrana celular mais rica em proteínas:
* enzimas e proteínas que constituem a cadeia transportadora de
elétrons;
* Proteínas com propriedades ATP-sintase, sem a qual a membrana não
teria a capacidade de acoplar o transporte de elétrons à síntese de ATP;

* Proteínas que fazem parte de


múltiplos sistemas de transporte
ativo.
Quantidade de mitocôndrias por células

 O seu número varia entre as células, sendo proporcional à


atividade metabólica de cada uma, indo de 500 a 1.000 ou até
10.000 por célula.
 P. ex. células do sistema nervoso (na extremidade dos
axiomas) e coração, possuem muitas mitocôndrias, pois,
apresentam maior gasto de energia.

Quanto maior a atividade


metabólica da célula, maior o
número de mitocôndrias.
Localização das mitocôndrias

- Em algumas células se distribuem por todo citoplasma;

- Em outras células, localizam-se próximos a locais onde exige grande


consumo de energia. Ex.:
* epitélio ciliado - se acumulam perto dos cílio;
* espermatozóides – ao redor da porção inicial do flagelo (onde
tem inicio a movimentação flagelar);
* nas células musculares estriadas – entre os feixes de
miofibrilas.
Reprodução das mitocôndrias
- Novas mitocôndrias são produzidas continuamente na célula para atender
ao crescimento celular e a multiplicação das células.
- As mitocôndrias (e cloroplastos) originam do crescimento e da divisão das
mitocôndrias pré-existentes.

- Os fosfolipídios das membranas mitocondriais são


produzidos pelo REL e transferidos por proteínas
transportadoras.
Respiração celular
- Células necessitam de energia para realizar todas as suas atividades;
- Células utilizam-se de diferentes fontes de energia (lipídeos, proteínas e
carboidratos), extraem energia destes componentes e usa esta energia
para produzir ATP.
- Ou seja, converte diferentes fontes de energia em uma moeda
energética só ATP

Produção de ATP é o objetivo da


respiração celular!!!!!!
Respiração celular
Onde a energia fica armazenada?
- Nas ligações químicas entre os fosfatos do ATP.
- A energia que existe entre ligações carbônicas nas moléculas de glicose
é transferida para as moléculas de ATP;

Estrutura de um ATP
ATP: adenosina tri-fosfato ou
Trifostato de adenosina.

Respiração celular é
transferência de
energia.
Respiração celular
Como o ATP armazena energia?
- A energia liberada na quebra de glicose é armazena nas ligações fosfato;
- Quando a célula precisa de energia, o ATP é quebrado em ADP + P,
liberando energia.
Respiração celular
Degradação inicial dos alimentos
- Realizado por inúmeras enzimas no tubo digestório (extracelular).
- Carboidratos se degradam em mossacarídeos - especialmente glicose
- Lipídeos em ácidos graxos e glicerol.
- Proteínas em aminoácidos.
Respiração celular

A respiração celular é um processo dividido em 3 etapas:


Etapas Onde ocorre? Gasto de
O2
1) Glicólise citosol Anaeróbico
2) Clico de Krebs ou ciclo do ácido Matriz Aeróbico
cítrico mitocondrial
3) Cadeia respiratória ou Crista Aeróbico
Cadeia de transferência de elétrons mitocondrial
Respiração celular
1. Glicólise
- Ocorre no citosol
- Quebra (oxida) da molécula de glicose (hexose) para produção de ATP;
- Processo anaeróbico;
- Tem gasto de energético (gasta 2 ATPs)

Glicose
Cada piruvato ou
ácido pirúvico
contém 3 moléculas
de carbono

Quando ocorre esta quebra a energia é liberada na forma de elétrons.


Respiração celular
1. Glicólise
A energia liberada na quebra da glicose produz 4 ATP e 2 NADH2

Gasto energético

Glicose piruvato

piruvato

Ganho energético

- Como muita energia foi liberada uma parte desta energia é armazenadas
nos NADH2.
- ATPs não armazenam energia. A energia do ATP é para ser utilizada
logo.
- Estocar energia para usar a longo prazo gordura.
- NADHs servem como armazenadores de elétrons.
Respiração celular
1. Glicólise
ATP, NADH2 e FADH2 comportam-se como uma “baterias” carregadas de
energia.

Ao transferirem os elétrons rico em


energia para o seu destino final
tonam-se ADP, NAD+ e FADH,
respectivamente. Seriam como
“baterias descarregadas.”

NADH2 e FADH2 serão usados na última etapa do processo – a cadeia


transportadora de elétrons.
Respiração celular
1. Glicólise

São 4 os eventos principais da Glicólise:


1) No início ela consome 2 ATPs;
2) produz 4 ATPs, terminando com saldo positivo de 2 ATPs;
3) Oxida as moléculas de glicose, extrai os elétrons rico em energia e
os transferem para o NAD+ que se converte em NADH;
4) A molécula de glicose termina como 2 moléculas com 3 carbonos
cada, chamada PIRUVATO.

Saldo energético final da Glicólise:


• Gasta 2 ATP
• Produz 4 ATP + 2 NADH
Respiração celular
1. Glicólise
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico
Ocorre na matriz da mitocôndria

citosol
Os 2 piruvatos da Glicólise

quando entram na mitocôndria

perde carbono na forma de CO2

passam a se chamar de Acetil


Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico
• Acetil passa a ser composta por 2 carbonos;
• Todas vez que tem uma descarboxilação (perda de carbono), o carbono sai
na forma de CO2;
• Esta descarboxilação libera energia que é capturada pelo NAD+ NADH2;

Produz 2 NADH2

• A Acetil vai se juntar a co-enzima A e formar a ACETIL-COA.


Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico
Após a formação da Acetil-CoA, o ciclo de Krebs pode ser iniciado na
matriz da mitocôndria;

- O ácido Oxalacético (com


4 carbonos) vai se unir com
o Acetil (que tem 2
carbonos), formando o
ácido cítrico (6 carbonos).
- A co-enzima é liberada.
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico

O ácido cítrico não


pode ser quebrado
de uma só vez pq
muita energia será
liberada
rapidamente e a
mitocôndria não
conseguiria
transferir toda essa
energia para os ATP
e NAD+.
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico

Perde H2 e O1

Ácido Isocítrico
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico

Perde C1 e O2 (CO2)

Ácido Cetoglutário

Oxidou carbono,
liberou elétrons,
produziu 1 NADH.
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico
Perde C1 e O2 (CO2)

Ácido Succínico

Oxidou carbono,
liberou elétrons,
produziu 1 NADH
e 1 ATP.

Os 2 carbonos do
Acetil foram
oxidados, assim, não
tem mais carbono
que veio da Glicose.
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico
O processo agora é
transformar ácido succínico
em ácido oxalacético

Não tem perda de


carbono, somente
de hidrogênio e de
O2.
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico
Ácido succínico

Ácido fumárico

Perde H2

Produz FADH2
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico

Ácido fumárico

Ácido málico

Adição de H2O
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico

Ácido málico

Perda de H2

Ácido oxalacético

Produz NADH
Respiração celular
2. Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico
Saldo energético do ciclo de Krebs

3 NADH2
1 ATP
1 FADH2

2 piruvatos

6 NADH2
2 ATP
2 FADH2
Respiração celular
Importância do Ciclo de Krebs na
respiração celular
• O ciclo de Krebs aumenta a chance de extração da energia da molécula
de glicose que está sendo quebrada;
• sem a junção do acetil com o ácido oxalático a molécula só poderia ser
quebrada mais uma única vez;
• graças a essa junção a molécula pode ser quebrada por mais uma vez,
aumentando a sobrevida da molécula.

Acetil
piruvato
Glicose Acetil

piruvato

O CO2 que nós exalamos vem quebra do carbono dos alimentos que
ingerimos.
Respiração celular
3. Cadeia Respiratória
- Ocorre nas cristas da membrana interna da mitocôndria;
- Função: extrair energia do NADH2 e FADH2 que foram produzidos na
glicólise e no ciclo de Krebs e transformar esta energia em ATP;
- Existem muitas proteínas na membrana interna da mitocôndria, porém,
poucas participam deste processo.
Respiração celular
Respiração celular
3. Cadeia Respiratória
Respiração celular
3. Cadeia Respiratória
Respiração celular
3. Cadeia Respiratória
Respiração celular

• Combustível alternativo;
• Convertidos em Acetil-CoA na
mitocôndria;
Respiração celular
Respiração celular
Saldo da cadeia respiratória:

• Glicólise – 4 ATP + 4 NADH


 NADH – produz 3 ATP
• Ciclo de Krebs – 2 ATP + 6 NADH + 1 FADH2
 FADH2- produz 2 ATP
• Cadeia de elétrons – 38 ATP – 2 ATP= 36 ATP

O ATP formado sai da


mitocôndria e se
difunde pela célula (sua
energia pode ser usada
para as distintas
atividades celulares
célula)
Cloroplastos
Cloroplastos
- Os plastídeos e os plastos constituem um grupo de organelas específicas
das células vegetais;
- contém membrana dupla e genoma próprio;
- Existem 2 tipos de plastos: os cromoplastos (que contém pigmento) e os
leucoplastos (sem cor).
- O nome cromoplastos é genericamente dado às organelas cujos pigmentos
não são fotossintéticos, já os cromoplastos que possuem clorofila e outros
pigmentos fotossintético, recebem o nome de cloroplastos.
- Cloroplastos contendo clorofila, ocorrem em algas verdes e nas partes
aéreas verdes das plantas e são locais de fotossíntese.

Eles permitem que as células sejam capazes de, na presença de luz, remover
carbono do dióxido de carbono do ar e incorporá-lo em suas próprias
substâncias, liberando oxigênio da célula, concomitantemente.
Cloroplastos

- Os pigmentos armazenados são do tipo carotenóide;

Os pigmentos carotenóides são responsáveis pela coloração laranja,


amarela ou vermelha de várias flores, de algumas raízes, frutos e folhas;

- Os cromoplastos recebem o nome específicos de xantoplastos, quando o


pigmento predominante é a xantofila (amarelo); ou eritroplastos, quando
neles predominam a eritrofila (vermelho).

Os cromoplastos podem se desenvolver a partir de cloroplastos pré-


existentes, como no amadurecimento de um fruto, devido a uma
transformação gradual que envolve a degradação da clorofila e das
membranas internas e o acúmulo de grandes quantidades de carotenóides.
Cloroplastos
- Os leucoplastos sintetizam e acumulam substâncias de reserva e
compreendem 3 tipos: os amiloplastos –os mais importantes (sintetizam e
armazenam grandes grãos de amido); os oleoplastos que acumulam
lipídeos ou gorduras.
- Os amiloplastos possuem um ou mais grãos de amido.
- Cada grão de amido é envolto por uma membrana que se desenvolve a
partir da membrana interna do plastídeo.

- Se expostos a luz, os amiloplastos


podem se transformar em cloroplastos;
ex. batata.

- Os oleoplastos contém grandes quantidades de óleos na forma de gotas e


podem ser originados a partir de cloroplastos.
Estrutura e composição química dos
cloroplastos
- Os cloroplastos são as maiores e mais evidentes organelas citoplasmáticas
presentes nas células vegetais;
- Apresentam forma, número e posição muito diversos;
- Na maioria das células que realizam fotossíntese ocorrem de 40 a 200
cloroplastos por célula, os quais se movimentam em função da intensidade
da luz incidente e com a corrente citoplasmática.
- São envolvidos por 2
membranas, entre elas fica o
espaço intermembranoso.
- A membrana externa contém
porinas, proteínas que formam
canais semelhantes os existentes
na membrana externa da
mitocôndria.
Estrutura e composição química dos
cloroplastos

No interior do citoplasma existe uma matriz amorfa, denominada estroma,

rica em enzimas solúveis, incluindo as responsáveis pelas reações da fase

bioquímica da fotossíntese.
Estrutura e composição química dos
cloroplastos
- Todos os cloroplastos tem membranas na forma de vesículas achatadas ou

lamelas, que constituem um sistema de membrana chamado tilacóide.

- Mergulhadas no estroma, essas lamelas, não se conectam com a membrana

interna do cloroplasto.

O grau de desenvolvimento dos


tilacóides é variável em relação ao
tipo de plasto.
Estrutura e composição química dos
cloroplastos

- Os tilacóides dão origem às lamelas discóides que ocorrem em pilhas de 10


a 20 discos (como se fossem pilhas de moedas), e recebem o nome de grana,
e aos sacos achatados que se estendem através do estroma entre os grana,
interconectando-os.

- A membrana dos tilacóides consiste


em uma bicamada lipídica;

- Nas membranas tilacóides se


localizam as clorofilas e os demais
pigmentos que participam da
fotossíntese, os quais são ausentes nas
membranas do envoltório da organela;

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