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Ciclo Celular/ mitose e

Meiose

Disciplina: IBCD

Professora: Janaina Rosa


Ciclo Celular
• O ciclo celular é um conjunto de processos que
ocorre no interior de uma célula desde a formação
até a divisão em duas células-filhas. Durante esse
ciclo, duas etapas acontecem, a interfase e a divisão
celular (mitótica).
Interfase
• É a fase mais longa do ciclo celular, marcada por intensa atividade
metabólica, como a síntese de proteínas, crescimento celular e a
duplicação do DNA.

• A interfase pode ser dividida nos seguintes períodos: G1, S e G2,


a abreviatura G significa “intervalo” (gap em inglês) e a abreviatura
S significa “síntese”
Interfase
- Período G1 – derivado do inglês GAP, é caracterizado pelo
crescimento das células que terminam a divisão celular e iniciam a
preparação para outra divisão, nesse período ocorre intensa síntese
de proteína.
- A fase G1 é, geralmente, curta em tecidos que apresentam grande
renovação; já nos tecidos que não se renovam, as células saem de G1
e entram numa fase chamada de G0.
Interfase
• Período S – compreende o momento que ocorre a replicação do
DNA. Ao final desse período, a célula apresenta o dobro de DNA
e os centríolos duplicados. Com isso, a célula possui DNA
duplicado para passar a mesma quantidade para as células-
filhas.
Interfase
• Período G2 – A cromatina já está duplicada e ocorrem os
preparativos finais para o início da divisão da célula. Neste momento,
a célula organiza o seu conteúdo se preparando para a fase seguinte,
ocorre a duplicação de cromossomos e o reparo de possíveis danos
no DNA
Interfase
• Período G2 – Ocorre a condensação da cromatina, onde elas irão se
enrolar com as histonas (proteínas), possibilitando a visualização do
cromossomo em formato de “X”.
Interfase
• Em G1, cada cromossomo
contém apenas uma
molécula de DNA;

• em S, ocorre a duplicação
do DNA;

• em G2, o cromossomo
está constituído por duas
cromátides-irmãs, cada
uma contendo uma
molécula de DNA; as
cromátides-irmãs
separam-se na mitose
(M).
Replicação do DNA - Semiconservativa
Replicação do DNA - Semiconservativa
Mitose
• A fase mitótica (M) compreende
a etapa que a célula divide o seu
material genético (DNA) que foi
duplicado, repartindo o seu
conteúdo de forma igualitária
entre duas novas células-filhas.

• A fase M é marcada por duas


etapas: a mitose (ou divisão
celular) e citocinese (ou divisão
citoplasmática). Durante a
mitose, os cromossomos
copiados são separados pelo fuso
mitótico e se dividem para os
núcleos das células filhas.
Mitose

• Mitose: manutenção do
número de cromossomos.

• A mitose é dividida em 4 fases


fundamentais: prófase,
metáfase, anáfase e telófase.
PRÓFASE

• Início da condensação dos


cromossomos;

• Afastamento dos centríolos


para os pólos - formação do
fuso mitótico;

• Desaparecimento dos
nucléolos e início da ruptura da
membrana nuclear.
PRÓFASE
METÁFASE
• Cromossomas dispostos no plano
equatorial da célula: formando a
placa equatorial ou metafásica;

• Cromossomos altamente
condensados.

• Neste momento que ocorre o


ponto de checagem da fase M,
para verificar se todos os
cromossomos estão ligados à
placa metafásica, garantindo que
a divisão das cromátides-irmãs
seja feita corretamente.
METÁFASE
ANÁFASE
• Divisão dos centrômeros.

• Migração das cromátides para os


pólos opostos da célula → Agora
passam a se chamar cromossomos
filhos.
TELOFÁSE

• Descondensação dos cromossomos;

• Reconstituição dos novos núcleos;

• Desintegração do fuso mitótico;

• Citocinese;

• Origem a duas células filhas


idênticas a célula mãe;
TELOFÁSE
MITOSE
Meiose
• O contrário da mitose, em que uma célula diploide (2n) produz
outra célula idêntica também diploide (2n), na meiose, a célula
diploide (2n) forma quatro células filhas haploides (n), com a
metade do número de cromossomos da célula original, sendo
conhecida por divisão reducional.

• Redução do número de cromossomos;

• Resultam quatro células haploides (gametas);

• Divide-se em duas etapas, Meiose I (reducional) e Meiose II


(equacional).
Meiose
Prófase I

• Meiose I – Reducional

• Prófase I: a prófase I é a fase mais longa da meiose, nela os


cromossomos adquirem diversos aspectos característicos, que
são evidenciados em cinco subfases.
Prófase I
• Leptóteno: os cromossomos são condensados em pontos
específicos, denominados de cromômeros.

• Zigóteno: os cromossomos homólogos se colocam lado a lado


(sinapse cromossômica). 4 cromátides (tétrades ou bivalentes).
Prófase I
• Paquíteno: observação de bivalente ou tétrade (pares de
cromossomos emparelhados). Pode ocorrer o crossing-over ou
permutação (cromossomos homólogos trocam partes entre si –
importante para a variabilidade genética das espécies).
Prófase I
• Diplóteno: Ocorrem quebras casuais nas cromátides e uma troca de
pedaços entre as cromátides homólogas, fenômeno conhecido como
crossin-over (ou permuta). Em seguida, os homólogos se afastam e
evidenciam-se entre eles algumas regiões que estão ainda em contato.
Essas regiões são conhecidas como quiasmas (qui corresponde à letra
“x” em grego). Os quiasmas representam as regiões em que houve as
trocas de pedaços.
Prófase I
• Diacinese: Os pares de cromátides fastam-se um pouco mais e os
quiasmas parecem “escorregar” para as extremidades; a espiralação
dos cromossomos aumenta. Ocorre a desintegração temporária da
carioteca. Final da prófase I.
Metáfase I
• Metáfase I: em que os cromossomos alcançam o máximo de
condensação e se ligam às fibras do fuso, dispostas na célula na
região equatorial.
Anáfase I
• Anáfase I: os cromossomos homólogos migram para os polos da
célula, não havendo, no entanto, o rompimento dos centrômeros,
os cromossomos são deslocados inteiros para os polos,
diferenciando o ocorrido na mesma etapa na mitose.
• Devido ao encurtamento das fibras do fuso, os cromossomos
homólogos se separam e são movidos para os polos opostos da
célula.
Telófase I
• Telófase I: os cromossomos são descondensados, a carioteca volta a
se formar e a célula é dividida em duas células-filhas, cada uma
contendo metade dos cromossomos da célula original (célula-mãe),
por esta razão é conhecida como fase reducional.
• O citoplasma se divide (citocinese) em duas células-filhas haploide,
pois passam a ter a metade do número de cromossomos da célula
mãe.
Intercinese
• No intervalo de transição entre o final da meiose I e o início
da meiose II, há um intervalo de tempo conhecido como
intercinese, marcado pela ausência de duplicação do
material genético.
Meiose II
• A meiose II é mais simples e
semelhante à mitose, composta
pelas etapas de prófase II,
metáfase II, anáfase II e telófase
II.

• Meiose II: a etapa equacional da


meiose é bem mais rápida e
simples, ocorrendo eventos
semelhantes à mitose. Como já
ocorreu a redução do número de
cromossomos, agora esse número
se mantém. No entanto, os
cromossomos não ficam mais
duplicados, como na meiose I.
Meiose II

• Prófase II: com a


condensação dos
cromossomos e o
desaparecimento dos
nucléolos.

• Metáfase II: cromossomos


condensados no centro,
ligados às fibras do fuso
mitótico alinham-se no
plano equatorial da célula.
Meiose II

• Anáfase II: separação das


cromátides-irmãs. Os
microtúbulos começam a puxar
as cromátides-irmãs para os
polos.

• Telófase II: os cromossomos


passam a se descondensar, os
nucléolos reaparecem e os
envelopes nucleares se
reorganizam, e surgimento de 4
novas células.
DNA, RNA e Proteínas
Disciplina: Introdução à Biologia Celular e do
Desenvolvimento

Professora: Janaina Rosa


CONCEITO DE GENE E ESTRUTURA DO
CROMOSSOMO
• Um gene é um segmento do DNA (ácido desoxirribonucleico) que
contém a informação necessária para a produção de uma proteína
específica (código), que poderá ser utilizada em um ou mais tipos
de células.
• Assim como a célula é a unidade fundamental da vida, o gene é
considerado a unidade fundamental da hereditariedade. Um
organismo pluricelular é constituído de muitos genes.
CONCEITO DE GENE E ESTRUTURA DO
CROMOSSOMO
• Os genes estão localizados dentro dos cromossomos, em um lugar
chamado locus gênico.
CONCEITO DE GENE E ESTRUTURA DO
CROMOSSOMO
CONCEITO DE GENE E ESTRUTURA DO
CROMOSSOMO
CONCEITO DE GENE E ESTRUTURA DO
CROMOSSOMO
• Para que cada característica do nosso corpo seja expressa, temos
duas cópias de um gene (alelos) que podem dominantes (a
presença de um único alelo é capaz de expressar determinada
característica) ou recessivo (a característica somente é expressa
com os pares de alelos).
CONCEITO DE GENE E ESTRUTURA DO
CROMOSSOMO

• Os cromossomos são estruturas constituídas por uma molécula de


DNA associadas a proteínas, formadas por um complexo conhecido
por cromatina.
CONCEITO DE GENE E ESTRUTURA DO
CROMOSSOMO
• Quando os filamentos do
DNA e as proteínas estão
soltos são as cromatinas e
quando estas se unem,
enroladas ou em forma de
“X”, são denominadas
cromossomos.

• E um cromossomo é
dividido em cromátides (2),
assim, cada cromátide é um
pedaço do cromossomo.
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
GENÉTICO

• O conjunto de genes de um ser vivo é caracterizado pela


sequência completa da molécula de DNA, denominado
genoma.

• Nos seres humanos observamos 23 pares de cromossomos


(total de 46 cromossomos), sendo 22 pares de cromossomos
autossomos (não sexuais), e um par de cromossomos sexuais
ou alossômicos (representados por XX as fêmeas e XY os
machos).
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
GENÉTICO

• Nas células somáticas humanas, em cada célula, podemos


observar a presença de 46 cromossomos, dizemos que elas
são diploides (2n), ou seja, têm dois cromossomos
homólogos.

• Já as células germinativas (sexuais), são ditas haploides (n),


pois têm apenas um cromossomo, não há cromossomos
homólogos e são compostas por um total de 23
cromossomos, para que após a fecundação seja
reestabelecido o número de cromossomos humanos,
totalizando 46 cromossomos.
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
GENÉTICO
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
GENÉTICO
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
GENÉTICO

• O DNA tem formato linear e aparece em grande número nos


organismos eucariontes, onde são encontradas também
proteínas histonas, importantes para a regulação dos genes;
nos procariontes, a molécula do DNA é única e circular e
graças à ausência de núcleo, o DNA está disperso no
citoplasma.
ESTRUTURA DO DNA
ESTRUTURA DO DNA

• O modelo proposto por eles considera a molécula de DNA em


formato de dupla-hélice, constituída por dois filamentos longos
(cadeias de polinucleotídicas), enrolados em formato semelhante a
um espiral.

• Os dois filamentos em formato de dupla-hélice se mantêm unidos


pelas pontes de hidrogênio entre as bases de nucleotídeos.

• No caso, os nucleotídeos são compostos de açúcares, um ou mais


grupo fosfato e uma base nitrogenada.
ESTRUTURA DO DNA
ESTRUTURA DO DNA

• No DNA, o açúcar dos


nucleotídeos é uma desoxirribose
ligada a um único grupo fosfato.

• As bases nitrogenadas podem ser:


purinas – adenina (A) e guanina
(G), ou pirimidinas – citosina (C) e
timina (T).
ESTRUTURA DO DNA

• Os nucleotídeos são os
componentes químicos do DNA,
em que cada um é composto por
um grupo fosfato, uma molécula
de açúcar desoxirribose e uma das
quatro bases nitrogenadas.
ESTRUTURA DO DNA

• Dupla hélice de DNA apresenta,


em cada filamento, uma
alternância de pentose e fosfato,
e as bases nitrogenadas ficam
voltadas para dentro, a fim de
que as bases de um filamento se
pareiem com as do outro
filamento por meio de pontes de
hidrogênio, sempre uma adenina
com uma timina e uma citosina
com uma guanina, formando uma
estrutura semelhante a uma
escada em espiral.
ESTRUTURA DO DNA
REPLICAÇÃO DO DNA E SÍNTESE DE
PROTEÍNAS
• Para que o DNA seja replicado é necessário a separação da dupla-hélice
formadora da molécula de DNA em duas fitas-molde, com auxílio da enzima
helicase de DNA, formando uma espécie de forquilha. Para iniciar a síntese, a
DNA polimerase necessita de um primer, ou seja, uma cadeia curta de
nucleotídeos que seja posicionada no local da iniciação.
REPLICAÇÃO DO DNA E SÍNTESE DE
PROTEÍNAS
• As enzimas de síntese de DNA (DNA Polimerase) não são capazes de iniciar a
produção de uma nova fita usando apenas o molde de DNA, dessa forma, é
aderido a este molde um pequeno segmento de RNA, o chamado primer-
iniciador, que foi sintetizado por uma RNA Polimerase (primase).
REPLICAÇÃO DO DNA E SÍNTESE DE
PROTEÍNAS
• As enzimas de síntese de DNA (DNA Polimerase) não são capazes de iniciar a
produção de uma nova fita usando apenas o molde de DNA, dessa forma, é
aderido a este molde um pequeno segmento de RNA, o chamado primer-
iniciador, que foi sintetizado por uma RNA Polimerase (primase).
REPLICAÇÃO DO DNA E SÍNTESE DE
PROTEÍNAS
• Os nucleotídeos das fitas-moldes precisam ser pareados por nucleotídeos
complementares livres (que ainda não foram polimerizados), para serem
incorporados à nova fita. A polimerização desta nova fita é catalisada pela
enzima DNA-polimerase, que polimeriza nucleotídeos utilizando como molde
uma fita simples de DNA.
REPLICAÇÃO DO DNA E SÍNTESE DE
PROTEÍNAS
REPLICAÇÃO DO DNA E SÍNTESE DE
PROTEÍNAS
• Com isso, cada molécula de DNA tem duas fitas que servirão de molde para a
formação de duas novas moléculas de DNA (compostas por uma fita da célula
original e uma nova fita replicada), que serão destinadas às células-filhas.
Este processo é conhecido como replicação semiconservativa. As fitas novas
de DNA, recém-sintetizadas, reestabelecem as ligações entre os nucleotídeos
com o auxílio da enzima DNA-ligase.
BIBLIOGRAFIA
• BÁSICA:
- DE ROBERTIS-HIB. Bases da Biologia Celular e Molecular.
Guanabara Koogan, 2006.
- JUNQUEIRA & CARNEIRO Biologia Celular e Molecular.
Guanabara Koogan, 2012.
• COMPLEMENTAR:
- ALBERTS et al. Fundamentos da Biologia Celular. Artmed,
2006.
- ALBERTS, et al. Biologia Molecular da Célula. Artmed,
2004.
- COOPER, G. M. A Célula – Uma Abordagem Molecular.
Artmed, 2001

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