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INFLAMAÇÃO

Resposta do tecido vivo,


vascularizado à lesão
Agressão, estresse Inflamação

Defesa
Célula, Resposta Resposta
tecido Estímulo nocivo vascular celular

• Agentes físicos; AGUDA X CRÔNICA


• Agentes químicos;
• Tecidos necróticos;
• Agentes infecciosos;
• Reações imunológicas;

Objetivo: limitar ou eliminar a


disseminação do dano e reconstruir
os tecidos afetados (cicatrização
completa)
Agentes que
Esteroidais suprimem a
(AE) resposta
imune.

Inibição da
Ciclo-
oxigenase
(COX)
Tipos de
Anti-
inflamatórios
Não-
esteroidais
(AINE)
Antiinflamatórios não esteroidais
(AINES)

Agentes mais
usados
• 50 AINES diferentes
Sem • Todos têm efeitos
prescrição adversos

Dores musculares
• Inflamações
Dores menores
Ações

Anti-inflamatórios
Antipirético
Analgésico
Efeito antipirético:
Hipotálamo – centro de controle da temperatura. AINES
atuam na COX do SNC quando está descontrolada.

Efeito Analgésico:
Diminuem produção de prostaglandinas que ativam
nociceptores

Efeito antiinflamatório:
Ao inibir COX 2 = diminui vasodilatação, edema, dor,
rubor.
EICOSANOIDES

Citosólica

Secretora

Independente
de cálcio
Tipos de Cicloxigenase (COX)

COX 1 = enzima constitutiva expressa na maioria dos


tecidos – homeostasia tecidual.

COX 2 = produção dos mediadores da inflamação.

Quase todos os medicamentos inibem as duas.


Fármacos Anti-inflamatórios não esteroidais
AINES
Medicamentos

Relativamente • Aspirina, Indometacina, Piroxicam


seletivos para COX 1

Menos seletivos • Ibuprofeno, paracetamol e dipirona


para COX 1 anti-piréticos – COX em nível de SNC)

Equipotentes COX 1 •
Naproxeno, diclofenaco
e COX 2

Relativamente mais •
Nimesulida e coxibes (Vioxx)
seletivos para COX 2
Reações Adversas

Distúrbios
Efeitos renais
gastrintestinais Lesões cutâneas
(dispepsia, diarréia, (ácido mefenâmico) (PG controlam a
vasodilatação glomerular)
lesão gástrica)

Distúrbios da Distúrbios
medula hepáticos Asma
(Dipirona) (Paracetamol)
INFLAMAÇÃO

Exemplos de doenças crônicas :


•Artrite reumatóide
•Cirrose hepática
•Gota
•Enfisema
INFLAMAÇÃO
•dor leve e moderada é tratada com os fármacos
anti- inflamatórios não esteróides denominados como AINEs
(por exemplo, cefaléia, dismenorréia, dor articular e/ou
muscular).

•dor aguda intensa (devido a queimaduras, pós-


operatórias, fraturas ósseas, câncer, artrite grave) é tratada
com derivados da morfina, denominados opióides.

•dor neuropática crônica (por exemplo, devido a


amputação de extremidades) que não responde aos
opióides é tratada com fármacos antidepressivos tricíclicos.
PROSTANOIDES
COX-1 : Constitutiva
Expressa na maioria dos tecidos
Inclusive plaquetas

COX-2: Induzida por estímulo


inflamatório Alguma atividade constitutiva
fosfolipídios de membrana
FOSFOLIPASE A2

ácido araquidônico
CICLO-OXIGENASE

PGG2

broncoconstrição e
contração uterina PGH2 agregação plaquetária
vasoconstrição

PG s TXA2
(PGF2α,PGD2,PGE2) PGI2
vasodilatação vasodilatação
Inibe agregação plaquetária vasodilatação inibição agregação plaquetária
Relaxamento musculatura GI citoproteção gástrica hiperalgesia
e uterina mediador da febre
hiperalgesia
broncodilatação
Mecanismo de ação
Fosfolipídeos de membrana Fosfolipase A2

5 - lipoxigenase
Leucotrienos Araquidonato
(Broncoconstrição)

COX Prostaglandinas
(Cicloxigenase)

Tromboxana
PG F – Broncoconstrição e Sintase
contração do miométrio Tromboxanas
PG D – Inibe a agregação
plaquetária e vasodilatação Trombótico
Vasoconstritor
PG E – Vasodilatação e
hiperalgesia
Papel Biológico das Prostaglandinas
AINES
Efeitos Terapêuticos

 Efeitos Anti-inflamatórios:

 Vasodilatação: por redução da síntese de prostaglandinas


vasodilatadoras

 Edema: por ação indireta, uma vez que a vasodilatação


facilita e potencializa a ação de mediadores como histamina,
que aumentam a permeabilidade das vênulas

 Possuem pouco efeito na doença crônica de base

 Não atuam em outros aspectos da inflamação


AINES
Efeitos Terapêuticos

 Efeitos Antipirético:
 Temperatura é por um centro no
regulada hipotálamo
 AINEs “reajustam” o termostato

 Não afeta a temperatura normal

 Inibe a síntese de PGE2 no hipotálamo


Inibição do efeito da IL-1 no hipotálamo
AINES
Efeitos Terapêuticos
 Efeitos Analgésico:
 Eficaz contra dor leve a moderada

 Efeitos:
 Reduzem a produção de
prostaglandinas que
sensibilizam nociceptores (ex.: bradicinina)

Eficaz na artrite, bursite, dores musculares, odontalgias,


dismenorreias, dor do parto e metástase óssea
Alivia cefaleia (provavelmente devido a reduação do
efeito vasodilatador das prostaglandinas na vasculatura
cerebral
AINES
Efeitos Adversos
AINES
Efeitos Adversos
 Reações Adversas Cardiovasculares:

 Podem ocorrer com muitos AINEs e coxibes

 Relacionado cm a inibição da COX-2 na mácula densa, levando a


hipertensão

 Outros Efeitos Adversos:

 Asma sensível à aspirina

 Distúrbios da medula óssea e alterações hepáticas

 Anemia por deficiência de ferro


AINES
Efeitos Adversos
 Outros Efeitos Adversos:
• Fechamento Prematuro do Ducto Arterioso Fetal

• mantida no útero pela baixa pressão parcial de oxigênio e alta


concentração de prostaglandinas, principalmente PGE1 e PGE2,
que possuem ações vasodilatadoras.

• Sintomas podem incluir incapacidade de ganhar peso,


alimentação insuficiente, taquicardia e taquipneia.
SALICILATOS

• SALICILATO DE METILA (Calminex H) – uso externo

• SALICILATO DE SÓDIO -uso oral (em desuso)

• ASPIRINA (AAS) (Bufferin) (AspirinaPrevent)


SALICILATOS
Aspirina

 Um dos primeiros fármacos a ser sintetizado

Principal uso clínico é como fármaco cardiovascular por inibir


irreversivelmente a COX-1 plaquetária e reduzir sua agregação

 Contra-indicação: suspeita da doença Dengue, hemofílicos


ou que usam heparina ou anticoagulantes orais e em alguns
casos de idiossincrasia com a aspirina como a crise asmática.
• é contraindicada por causa de sua deficiência congênita de
glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD)  causar anemia
hemolítica.
SALICILATOS -Aspirina
 Efeitos Adversos:

 Compartilha muitos efeitos gerais dos AINEs

 Salicilismo: ocorre por superdosagem crônica


tinido, diminuição da audição, hipertemia e (vertigem,
respiratória) depressão
 Síndrome de Reye: consiste em hepatite
fulminante associada a edema cerebral que pode levar ao
óbito.

 Intoxicação aguda causa distúrbio do equilíbrio ácido-base


acidose

 hipersensibilidade  ocorrer em 20 a 25% dos pacientes


de meia idade com asma, urticária crônica ou pólipos nasais.
SALICILATOS
Aspirina

 “CARDIOASPIRINA”

 - Inibe preferencialmente a COX plaquetária (TXA2 ) e não a


COX endotelial (PGI2)  Efeito antitrombótico.

- AAS em baixas doses (100-325mg)  profilaxia de doença


tromboembólica .
SALICILATOS
Aspirina

 Interações Medicamentosas:

 Potencializar o efeito de anticoagulantes orais

 Interfere com alguns agentes hipertensivos e Fármacos


uricosúricos (probenecida e sulfimpirazona)  reduzem a
eliminação de urato (não se deve utilizar na gota)
DERIVADOS DA PIRAZOLONA

 Fenilbutazona (Butazolidina®)
 Oxifembutazona (Tandrex - A®)
Dipirona ou METAMIZOL
(Anador) (Baralgin) (Novalgina ® )
FENILBUTAZONA E OXIFEMBUTAZONA

 Efeito antiinflamatório potente


 Pequeno efeito antipirético e analgésico
Uso prolongado fica limitado por
sua toxicidade  agranulocitose
DIPIRONA

 O mecanismo de ação consiste na inibição COX 1 e COX 2.

 Analgésico e antipirético.

 Proibido em países como EUA e Reino Unido efeito


depressor da medula óssea, o que poderia levar a uma anemia
aplástica e, principalmente, agranulocitose.

Efeitos Colaterais:
Hipersensibilidade
Choque
Agranulocitose
Leucopenia
DIPIRONA
EFEITOS ADVERSOS

Provocam retenção de sódio, cloro e água ao nível renal.

Mais freqüentes são: náuseas, vômitos, erupções cutâneas e


desconforto epigástrico.

Pode também ocorrer diarréia, insônia, vertigem, visão turva,


euforia ou nervosismo, e, hematúria.

Reduz a captação de iodo pela .podendo levar ao


hipotireoidismo.

Os efeitos mais graves são a agranulocitose e a


anemia
aplástica.
DIPIRONA SUPERDOSE

 Sintomas : náuseas, vômito, dor abdominal, deficiência da


função renal/insuficiência renal aguda e, mais raramente,
sintomas do sistema nervoso central (vertigem, sonolência,
coma, convulsões) e queda da pressão sanguínea , bem como
arritmias cardíacas (taquicardia).

 Após a administração de doses muito elevadas, a excreção de


um metabólito inofensivo (ácido rubazônico) pode provocar
coloração avermelhada na urina.
DERIVADOS DO PARA-AMINOFENOL
Paracetamol
 Analgésico-antipirético não narcótico

 Inibe síntese de prostaglandina no SNC Não é


classificado
 Não possui efeitos gástricos ou plaquetários como AINE

 Farmacocinética:

 Concentrações plasmáticas máximas são atingidas em


30-60 minutos

 Meia-vida de 2-4 horas

 É inativado pelo fígado


DERIVADOS DO PARA-AMINOFENOL
Paracetamol
 Efeitos Adversos:
 Efeitos colaterais incomuns em doses terapêuticas

 Doses tóxicas causam hepatotoxicidade


potencialmente fatal  Doses Tóxicas – Acima de
10g: Hepatotoxicidade Grave
O metabólito resultante é N-acetil-p-
benzoquinona, inativado por conjugação com glutationa.

é contra-indicado na deficiência congênita de glutationa


sintetase de glóbulos vermelhos.
DERIVADOS DO PARA-AMINOFENOL
Paracetamol
 Efeitos Adversos:
 Efeitos colaterais incomuns em doses terapêuticas

 Doses tóxicas causam hepatotoxicidade


potencialmente fatal  Doses Tóxicas – Acima de
10g: Hepatotoxicidade Grave
O metabólito resultante é N-acetil-p-
benzoquinona, inativado por conjugação com glutationa
DERIVADOS DO ÁCIDO FENILACÉTICO:

INDOMETACINA (Indocid)
ACECLOFENACO (Proflam)
SULINDACO (Clinoril)
DICLOFENACO (Voltaren)(Cataflam)
DERIVADOS DO ÁCIDO FENILACÉTICO:
 INDOMETACINA (Indocid)

Potente anti-inflamatório e pouco antipirético

Em neonatos prematuros a indometacina tem sido utilizada para


acelerar o fechamento do ducto arterioso .

Efeitos adversos: náuseas, vômitos, anorexia, diarréia e dor


abdominal, podendo levar a ulceração do trato gastrintestinal (TGI),
inclusive perfuração e hemorragia, cefaléia frontal, tontura, vertigem
e confusão mental.

Embora raramente, pode também ocorrer pancreatite aguda,


hepatite, icterícia, neutropenia, trombocitopenia, e, anemia aplásica.
DERIVADOS DO ÁCIDO FENILACÉTICO:
INDOMETACINA
(Indocid) Interações
medicamentosas:

•Pode reduzir o efeito anti-hipertensivo dos IECA, da


prazosina, da hidralazina, do propranolol, da
furosemida e da hidroclorotiaziada.

•O uso de penicilinas (em geral) pode aumentar a


toxicidade da indometacina.
DERIVADOS DO ÁCIDO FENILACÉTICO:
 DICLOFENACO

 Equipotente para COX-1 e COX-2

 Farmacocinética, Efeito terapêutico e Efeitos colaterais,


semelhantes à AAS.

 Alguns estudos indicam que o diclofenaco potássico tem ação


mais rápida, e, que o diclofenaco sódico tem ação mais
duradoura.

 Por via oral, tem melhor absorção na presença de alimentos.


DERIVADOS DO ÁCIDO FENILACÉTICO:
 DICLOFENACO - VOLTAREN®

 Efeitos adversos: Apresenta efeitos gastrintestinais


semelhantes aos demais AINEs, e, pode provocar aumento dos
níveis de enzimas hepáticas. Síndrome de Nicolau.

 Interações medicamentosas: Aumenta o efeito dos


anticoagulantes orais, e, da heparina, e, aumenta a toxicidade
da digoxina, do lítio, e, dos diuréticos poupadores de potássio.
Diminui o efeito terapêutico de outros diuréticos. Pode
aumentar ou diminuir os efeitos de hipoglicemiantes orais.
DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO

 NAPROXENO (Naprosyn)(Flanax)

 IBUPROFENO (Artril)(Artrinid)(Dalsy)

 CETOPROFENO (Profenid)

 FLURBIPROFENO (Ocufen) (Targus)

 INDOPROFENO (Flosin)

 FLURBIPROFENO (Ocupen) (Targus)

 FENOPROFENO (Algipron) (Trandor)

 LOXOPROFENO (Loxonin) PRANOPROFENO (Difen)


DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO
provocam
• Naproxeno é um inibidor forte da COX-1 e inibição
plaquetária
inibe em 71% a COX-2
reversível.
• Ibuprofeno - inibição da COX-2 e 2
• Cetoprofeno- maior seletividade para
COX1

• Menor Efeito colateral que AAS e Diclofenaco  TGI

Não alteram os efeitos dos hipoglicemiantes orais


Pode reduzir o efeito anti-hipertensivo de diuréticos tiazídicos,
de alça, de agentes beta-bloqueadores, e, de inibidores de
ECA.
DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO ou OXICAMS

• PIROXICAM (Feldene)(Inflamene)
• TENOXICAM (Tilatil)(Tenotec)(Tenoxen)
• MELOXICAM (Inicox) (Meloxil) (Movatec) (Leutrol)
• BETA-CICLODEXTRINA-PIROXICAM (Brexin)
(Flogene)(Cicladol)
DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO ou OXICAMS
• Piroxicam e Tenoxicam são inibidores não seletivos
COX 1 e 2 e o Meloxicam é mais seletivo da cox 2

• apenas de 20% dos pacientes apresenta efeitos adversos,


entretanto, aumenta o tempo de coagulação e pode
interferir na eliminação renal de lítio.

• O piroxicam tem a meia-vida de 50 horas, o tenoxicam de


70 horas, e, o meloxicam de 20 horas.

• O piroxicam e o tenoxicam podem levar as interações


medicamentosas semelhantes as que ocorrem com o diclofenaco,
mas, o meloxicam não interage com a maioria dos medicamentos que
interagem com o diclofenaco, como a digoxina, furosemida e outros.
DERIVADOS DA SULFONANILIDA

• NIMESULIDA - SCAFLAM®

- Desenvolvida em 1980 - Muito usada no Brasil


- Afinidade para a COX-2 é 5 a 16 vezes COX-1
- Possível estabilização de basófilos e mastócitos
- Possível inibição de PDE-IV (antioxidante)
- Inibição de elastase e colagenases
- EFEITOS ADVERSOS: Risco de
hepatotoxicidade (mecanismo incerto)
- Evitar uso de álcool e hepatotóxicos
- Retirado do mercado na Finlândia (2002) e espanha
DERIVADOS DA SULFONANILIDA
• NIMESULIDA - SCAFLAM®

• Em 2004- EMAos benefícios do medicamento à saúde superam


seus riscos.

• restringir-se ao tratamento de dores agudas e cólicas


menstruais intensas (dismenorreia primária) e não o recomenda
para casos de osteoartrite.

• contraindica o uso para crianças menores de 12 anos, pacientes com


disfunções hepáticas e/ou doenças crônicas. Seu uso também não
deve ser prolongado, nunca ultrapassando 15 dias.

• No Brasil, Anvisa autoriza a venda da nimesulida, porém alerta que


o medicamento é contraindicado para uso em pacientes que tenham
histórico de reações hepáticas ao produto ou em pacientes com
insuficiência renal e/ou hepática, além de não indicá-lo a menores
de 12 anos.8
DERIVADOS DO ÁCIDO FENILANTRANÍLICO:
• ÁCIDO MEFENÂMICO (Ponstan)

• O principal uso tem sido na dismenorréia devido a ação


antagonista nos receptores da PGE2 e PGF2alfa.

• A limitação tem sido a diarréia e inflamações


intestinais, e, tem sido relatados casos de anemia
hemolítica.
INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA
CICLOXIGENASE-2

CELECOXIB (Celebra)
ETORICOXIB (Arcoxia)
PARECOXIB (Bextra)
INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA
CICLOXIGENASE-2

 Coxibes:
 Devem utilizados empacientesemque o com
ser AINEs convencionais traria uma
tratamento
probabilidade alta de efeitos adversos gastrintestinais
 São prescritos após uma avaliação do
risco cardiovascular
 Dados clínicos que são mais propensos a
causar eventos trombóticos arteriais.
INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA
CICLOXIGENASE-2
Celecoxibe e Etoricoxibe

Utilizados para alívio sintomático da osteoartrite e artrite


reumatoide

Efeitos adversos incluem cefaleia, tonturas rashes cutâneos e


edema periférico

Devido a potencial participação da COX-2 no fechamento de


úlceras, pacientes com doença preexistente devem evitar esse
fármaco.

 Celecoxibe derivado de sulfa (sulfonamidas)


INIBIDORES SELETIVOS DA ENZIMA
CICLOXIGENASE-2
Parecoxibe

 É um prófármaco utilizado no tratamento de dor pós-operatória

 Empregado por via paraenteral

 Picos máximos no plasma são atingidos após 30-60 minutos

 Ligação à proteínas plasmáticas é alta


AINEs e COXIBES Importantes
Antiinflamatório esteróidais.

Glândula Supra-Renal (Adrenal)


➢ Esteróides:

• Glicocorticóide

Mineralocorticóide

Esteróides sexuais
Antiinflamatório esteróidais.
➢ Esteróides Adrenocorticais  efeitos distintos
• Mineralocorticóide
equilíbrio hidroeletrolítico
hormônio endógeno: aldosterona

• Glicocorticóide
metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos
atividade antiinflamatória e imunossupressora
Cortisol e corticosterona

• Esteróides Sexuais
Cortisol: glicocorticoide endógeno

A estimulação da produção deste hormônio está


relacionada a diversos fatores, são estes:

HIPOGLICEMIA

ESTRESSE EMOÇÕES

SONO FRIO
Classificação

Cortisol
Glicocorticóide
Hidrocortisona
Hormônios
Esteroidais
Mineralocorti- Aldosterona
cóide Fludrocortisona
Cortisol

Hormônio corticosteróide produzido pela


glândula supra-renal
Núcleo comum aos hormônios
derivados do colesterol:
ciclopentanoperidrofenantreno

Envolvido na resposta ao estresse, aumento da


PA e da glicemia. Estimula quebra de ptns,
gordura e metabolização de glicose no fígado –
ENERGIA! Catabólico!

Destaque: Supressão da resposta imune


Vias de ativação

Vias de inibição

RHEN; CIDLOWSKI, 2005


Efeito direto sobre
sequências de
DNA específicas
Genômicos
Efeito indireto de
repressão de genes
pró-inflamatórios
Mecanismo de
ação dos GC Integração nas
membranas
fosfolipídicas e alteração
das propriedades FQ
Não-Genômicos
Inibição da
Fosfolipase A2
Glicocorticóides

Receptores
nucleares: Regulação da
Genes alvo
Forma inativa transcrição
para ativa
Efeitos Farmacológicos dos Glicocorticóides
Diminui
leucotrie-
nos
periféricos
Diminui Supressão
produção de
de Ac Principais citocinas
efeitos dos
corticóides
na resposta
Inibe a
degranula- imune Inibição de
ção de macrofágos
mastócitos
Diminui
PG, FA2 e
COX-2
stress, frio,  
calor, opióides
lesão

Regulação
da ↑ [K+]

Secreção
Secreção de ACTH e Cortisol

Conc. pg/mL)
60

40
ACTH
20

Cortisol
Mecanismo de
Ação
✓ Receptores intracelulares:
GR (A,B) e GRb
(A,B)

✓ Repressão ou indução
de genes

✓ Efeitos não-genômicos (�)


Ação dos Glicocorticóides
Ação dos Glicocorticóides

Os glicocorticóides sintéticos são geralmente


preferidos aos hormônios naturais para o
tratamento de distúrbios não endócrinos.
Ação dos Glicocorticóides
➢ Metabolismo dos carboidratos: HIPERGLICEMIANTES
- aumento da gliconeogênese
- liberação de glicose do fígado p/ a circulação
- inibem a captação de glicose pelos músculos

➢ Metabolismo protéico: BALANÇO NEGATIVO


- ↑ a síntese de enzimas específicas: AST, ALT, G-6-Pase.
- ↑ catabolismo protéico nos músculos, epiderme e
conjuntivo.

➢ Metabolismo dos lipídeos: REDISTRIBUIÇÃO DE GORDURAS


- no tecido adiposo, aumenta a lipólise: graxos e
glicerol
- alguns tecidos, tem ação lipogênica
Exemplos de Fármacos Glicocorticóides e Mineralo-
corticóides

Medicamento Potência Duração da ação

CORTISOL 1 Curta
(hidrocortisona)

Cortisona 0,8 Curta

Prednisona 4 Intermediária

Prednisolona 4 Intermediária

Metilprednisolona 5 Intermediária

Betametasona 25 Longa

Fludrocortisona 10 Intermediária
Efeitos dos glicocorticoides
• Nas células inflamatórias:
• interagem com outro receptor que expressa citocinas pró-
inflamatórias: NF-kB. A ligação do glicocorticoide com o
NF-kB promove a perda da função deste – desestimulando,
portanto, os mediadores inflamatórios.

1) DIMINUIÇÃO do número de linfócitos B e T, monócitos e eosinófilos


2) INDUÇÃO da apoptose
3) DIMINUIÇÃO da liberação de histamina
4) INIBIÇÃO a ação da APC (célula apresentadora de antígeno)
Ação antiinflamatória e imunossupressora

da produção e ação das citocinas, incluindo muitas


interleucinas, TNF , GM-CSF;
da produção de eicosanóides.
da produção de IgG
dos componentes do
complemento do sangue.
Ação antiinflamatória e
imunossupressora :
➢Ação sobre os eventos celulares:
• nas áreas de inflamação aguda: do influxo
e da atividade dos
leucócitos ***

• Nas áreas linfóides: expansão das cels T e B e


ação das cels T secretoras de
citocinas

• aumentam a concentração de neutrófilos e a


Efeitos dos glicocorticoides

• No metabolismo intermediário (metabolismo de


carboidratos e proteínas):
1) REDUÇÃO da captura e utilização da glicose
2) AUMENTO da proteólise
3) AUMENTO do armazenamento de glicose (glicogênio)
4) AUMENTO do metabolismo lipídico, resultará:
5) AUMENTO de ácidos graxos livres
Efeitos dos glicocorticoides

• No metabolismo do cálcio:
1) AUMENTA a ação dos osteoclastos
2) DIMINUI a ação dos osteoblastos
3) DIMINUI a absorção intestinal de cálcio
4) AUMENTA a excreção renal de cálcio, resultará:
5) DIMINUIÇÃO do cálcio plasmático
6) AUMENTO do paratormônio (PTH)
Ação Fisiofarmacológicas
➢ Sobre o hipotálamo e a hipófise anterior:

retroalimentação negativa, resultando em diminuição


da liberação dos glicocorticóides endógenos.

➢ Sobre os eventos vasculares:


• vasodilatação reduzida
• diminuição da exsudação de líquidos.
• destroem o suporte de colágeno de pequenos vasos
sanguíneos.
Ação Fisiofarmacológicas
➢ Ação antialérgica:
- impedem a liberação de histamina
➢ Ação secretória:
- aumentam a secreção de HCl e pepsinogênio.

 Destroem o suporte de colágeno de pequenos


vasos sanguíneos.
Outros efeitos adversos
Equilibro hidro eletrolítico:

• Hipernatremia

• Hipocalcemia

• Hipocalemia

• Hipocloremia
Outros efeitos adversos
➢ Catarata induzida por esteroides: Terapia de longo prazo
com alta dose de glicocorticóides tem sido associada ao
desenvolvimento de catarata subcapsular posterior, que
ocorre em cerca de 20% dos pacientes tratados por um
ano ou mais.

➢ Poliarterite nodosa: doença do tecido conjuntivo


de causa desconhecida que geralmente é tratada com
altas doses de glicocorticoides
Propriedades Farmacológicas
Efeito Efeito
antiinflamatório mineralocorticóide

Ação Curta

- Hidrocortisona 1 1
- Cortisona 0,8 0,8

Ação Intermediária

- Prednisona 4 0,3
- Prednisolona 5 0,8
- Metilprednisolona 5 0,5
- Triancinolona 5 0

Ação Prolongada

- Betametasona 30 0
- Dexametasona 30 0
- Parametasona 10 0
- Fludrocortisona 10 125 *
- Desoxicorticosterona 0 20 *
Propriedades Farmacológicas
Principais Indicações Terapêuticas
Terapia de reposição:
✓ insuficiência suprarenal (p. ex. doença de Addison)
Terapia antiinflamatória e imunossupressora:
✓Na asma (por inalação, ou, nos casos graves, por via
sistêmica)
✓topicamente, em inflamação da pele, dos olhos,
ouvidos e
nariz
✓hipersensibilidade (reações alérgicas graves a drogas
ou insetos)
✓ doenças auto-imunes ( lupus eritematoso sistêmico,
artrite reumatóide, anemia hemolítica,
púrpura trombocitopênica idiopática);
✓após transplante de órgãos
Principais Indicações Terapêuticas
Terapia de doenças neoplásicas:
✓ em combinação com agentes citotóxicos no tratamento
de malignidade especifícas (p.ex., Doença de
Hodgkin, leucemia linfocítica aguda)
✓ edema cerebral em pacientes com tumores primários
e metastásicos (dexametasona)
Outras:
✓choques
✓hipercalcemia
Efeitos Colaterais
➢ São doses dependentes:
• Osteoporose
• Imunossupressão
• Hiperglicemia
• Hipertensão
• Crescimento
• Osteonecrose
• Síndrome de Cushing
Efeitos
Colaterais
Síndrome de Cushing
Síndrome de Cushing
Corticoterapia Sistêmica
Suspensão abrupta de terapia com GC
pode resultar em Insuficiência Supra-Renal Aguda:

• Hipotensão e choque • Hipertermia


• Desidratação • Taquicardia
• Náusea e vômito • Anorexia
• Fraqueza e apatia • Hipoglicemia
• Confusão mental • Desorientação

✓ Doses >40 mg/dia por mais de 1 semana  supressão do eixo


HHA;
✓ Doses < 20 mg/diasupressão somente após 30 dias de uso

Reposição: Hidrocortisona
Considerações a serem feitas antes de
iniciar a
Corticoterapia

-Qual a gravidade da doença de base?


-Para quanto tempo está previsto o tratamento?
-Qual a preparação do GC a ser empregada?
-Qual a dose terapêutica mínima efetiva?

-Existe predisposição para efeitos colaterais ?


-Há como associar outras drogas, visando reduzir a
dose do GC e efeitos indesejáveis?
-O esquema pode ser usado em dias alternados?
ADMINISTRAÇAO DE GLICOCORTICÓIDE
Principais glicocorticoides no mercado

• Prednisolona (ação curta a


média)
• Betametasona (ação prolongada)
• Dexametasona (ação prolongada)

Vias de administração
• Oral
• Parenteral
• Oftálmica
• Inalatória
• Tópica

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