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INTRODUÇÃO AO METABOLISMO
METABOLISMO
• Do grego, mudança – transformações químicas.
• Conjunto total de reações químicas de um sistema biológico.
• O processo de transformação de energia ocorre através do metabolismo.
CATABOLISMO
• Quebra/lise/degradação.
• Vai de uma molécula rica em energia para uma molécula pobre em energia.
• MOLÉCULA INICIAL → LIBERA ENERGIA → PRODUTOS FINAIS.
• Ocorre uma reação exergônica (liberação de energia).
MUITA ENERGIA
OXIDAÇÃO DA GLICOSE
• Degradação da glicose em: CO2 (Ciclo de Krebs) e H2O (forma ATP – energia).
Oxidação aeróbica: produz ↑ ATP Oxidação anaeróbica: produz ↓ ATP
SISTEMA DE ANTIPORTE
• ATP sai da mitocôndria e entra ADP para ser recarregado em ATP novamente.
MUITA ENERGIA
SÍNTESE DE ATP
• Fosforilação oxidativa (processo aeróbico).
• Algumas reações enzimáticas produzem ATP a partir de ADP.
• Reação da adenilato quinase: catalisa a fosforilação do AMP a ADP na presença de ATP.
CICLO ATP-ADP
COENZIMAS
• Coenzima é uma parceira molecular não proteica da enzima.
• Enzima + coenzima: coenzima aceita os elétrons e transporta esses elétrons. Depois se
solta da enzima.
PROCESSO DE OXIRREDUÇÃO
SUBSTRATO PRODUTO
OXIDADO REDUZIDO
LIPÍDIOS
• Oxidação.
• Síntese.
• Estoque (triglicerídeos).
AMINOÁCIDOS
• Oxidação.
• Síntese de proteínas.
• Síntese de compostos nitrogenados.
C6H12O6
GLICÓLISE: VISÃO GERAL
• Quebra de uma molécula de GLICOSE em duas moléculas de PIRUVATO.
• Ocorre em todas as células no CITOSOL.
PIRUVATO VAI P/
MITOCÔNDRIA
• GLICOSE → 2 PIRUVATO
• CONDIÇÕES AERÓBICAS: PIRUVATO SE TRANSFORMA EM ACETIL-COA NA MITOCÔNDRIA.
• CONDIÇÕES ANAERÓBICAS: MÚSCULO TRANSFORMA PIRUVATO EM LACTATO (SEM
GANHO DE ATP).
• CONDIÇÕES ANAERÓBICAS: LEVEDURA TRANSFORMA PIRUVATO EM ETANOL.
• SALDO FINAL: 2 MOLÉCULAS DE ATP (ENERGIA TIRADA DO PIRUVATO).
• Piruvato entra na mitocôndria para ser transformado em Acetil-CoA.
VIA GLICOLÍTICA
FASE PREPARATÓRIA
HEXOQUINASE
GLICOSE GLICOSE-6-P
2+
Mg
ATP ADP
• Glicose é transformada em Glicose-6-P através da enzima HEXOQUINASE (Mg2+ é cofator).
• No fígado, utiliza a glicoquinase.
• ATP libera um fosfato para fosforilar o sexto carbono da Glicose, tornando Glicose-6-P.
• Glicose pode sair da célula, mas Glicose-6-P não pode sair por ter recebido grupo fosfato,
por conta das cargas iguais da membrana e da molécula.
• Caminhos da Glicose-6-P: Glicólise, via das pentoses ou síntese de glicogênio.
• ΔG Negativo: Reação termodinamicamente favorável (tende a favorecer G→G6P), por isso
é uma reação irreversível.
• Enzima Hexoquinase pode ser controlada.
• Fosforilação da glicose sem necessidade pode gerar ausência de estoque de fosfato (célula
controla e só fosforila quando houver necessidade).
• Somente o fígado (bonzinho) consegue retirar o grupamento fosfato (G6P → G). Fígado só
realiza essa reação quando o glucagon está circulando (ou seja, pouquíssima glicose).
• -1 ATP.
GLICOSE-6-P FRUTOSE-6-P
FOSFOHEXOSE
ISOMERASE
4. CLIVAGEM DA FRUTOSE-1,6biP
ALDOLASE DIIDROXIACETONA GLICERALDEÍDO-3-P
FRUTOSE-1,6biP + (G3P)
-FOSFATO (DHAP)
4. CLIVAGEM DA FRUTOSE-1,6-biP
• Enzima: Aldolase – reversível -2 ATP
5. INTERCONVERSÃO DAS TRIOSES FOSFATO 2 G3P
• Enzima: Triose Fosfato Isomerase – reversível (DUAS REAÇÕES)
VIA GLICOLÍTICA
FASE COMPENSATÓRIA
6. OXIDAÇÃO DO GLICERALDEÍDO-3-P
• Enzima: Gliceraldeído-3-P Desidrogenase (GAPDH) – Reversível (DUAS REAÇÕES) – Forma 2NADH
GLICÓLISE
• Glicólise libera apenas 5% da energia potencial da glicose.
• Piruvato ainda retém grande parte da energia química potencial da glicose.
• Para no piruvato se não tiver mitocôndria.
• Piruvato pode ter múltiplos desfechos:
1. Anaeróbica: Fermentação até etanol (leveduras).
2. Anaeróbica: Fermentação até lactato (músculos).
3. Aeróbica: Na mitocôndria, transforma em Acetil-CoA que vai para o Ciclo de Krebs.
FERMENTAÇÃO LÁTICA
• Lactato desidrogenase: carrega coenzima e regenera o NADH para permitir que continue
a via glicolítica (NADH reduzido → NAD+ oxidado, alimenta enzima na via glicolítica).
• Necessidade da fermentação lática é formar NAD+ oxidado a partir de um NADH reduzido.
TECIDOS DEPENDENTES DA GLICÓLISE ANAERÓBICA
• Olhos, hemácias, medula do rim e músculos.
CICLO DE CORI
• Lactato é uma molécula danosa, músculo põe para fora na corrente sanguínea e o fígado
capta esse lactato. Lactato se transforma em glicose (regenera - gliconeogênese).
• A partir de um produto que não é carboidrato consegue produzir glicose.
• Fígado libera e músculo pega.
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
↑ GLICOSE, ↑ INSULINA
• Ativa fosfatase que retira grupamento fosfato (Fosfoenolpiruvato → Piruvato).
• Retira fosfato inorgânico, enzima desfosforilada aumenta sua atividade.
CICLO DE KREBS
(CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO)
INTRODUÇÃO
• Ocorre dentro da mitocôndria
• Cristas da mitocôndria aumenta superfície da membrana (↑ produção de ATP).
• Piruvato vai para o interior da mitocôndria, na presença de oxigênio (condição aeróbica).
2. ACONITASE
• Citrato é transformado em Isocitrato (ambos com 6 carbonos).
• Ação da enzima aconitase.
• Ocorre isomerização.
• Reação reversível.
3. ISOCITRATO-DESIDROGENASE
• Isocitrato (6 carbonos) é transformado em α-Cetoglutarato (5 carbonos).
• Ação da enzima isocitrato-desidrogenase.
• Liberação de CO2.
• Formação de um NADH (reduzido).
• Reação irreversível (ponto de regulação).
4. α-CETOGLUTARATO-DESIDROGENASE
• α-Cetoglutarato (5 carbonos) é transformado em Succinil-CoA (4 carbonos).
• Ação da enzima α-Cetoglutarato-desidrogenase.
• Liberação de CO2.
• Formação de um NADH (reduzido).
• Reação irreversível (ponto de regulação).
5. SUCCINIL-CoA-SINTETASE
• Succinil-CoA é transformado em Succinato.
• Ação da enzima Succinil-CoA-Sintetase.
• Produz molécula energética (GDP ganha um fosfato e se transforma em GTP).
• Reação reversível.
6. SUCCINATO-DESIDROGENASE
• Succinato é transformado em Fumarato.
• Ação da enzima Succinato-desidrogenase.
• Formação de um FADH2 (reduzido).
• Reação reversível.
7. FUMARASE
• Fumarato é transformado em Malato.
• Ação da enzima fumarase.
• Reação reversível.
8. MALATO-DESIDROGENASE
• Malato é transformado em Oxaloacetato.
• Ação da enzima malato-desidrogenase.
• Formação de um NADH (reduzido).
• Reação reversível (ou seja, quando vai forma NADH – quando volta forma NAD).
GLICOSE (2 PIRUVATOS)
• 6 NADH (reduzido).
• 2 FADH2 (reduzido).
• 2 GTP (Molécula energética).
COMPLEXO PIRUVATO-DESIDROGENASE
• Piruvato → Acetil-CoA
• INIBE: ATP, Acetil-CoA, NADH e Ácidos Graxos.
• ATIVA: AMP, Coenzima A, NAD e Ca2+.
CITRATO SINTASE
• Oxaloacetato → Citrato (quando acumula, inibe a fosfofrutoquinase na via glicolítica)
• INIBE: NADH, Succinil-CoA, Citrato e ATP.
• ATIVA: ADP.
ISOCITRATO DESIDROGENASE
• Isocitrato → α-Cetoglutarato.
• INIBE: ATP.
• ATIVA: Ca2+ (contração muscular, precisa de ATP) e ADP.
CICLO ANFIBÓLICO
• Anfibólico: anabolismo e catabolismo.
• Todos intermediários podem ser retirados para formar outras coisas.
CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
INTRODUÇÃO
• Cadeia transportadora de elétrons acoplada a fosforilação oxidativa é a culminação do
metabolismo produtor de energia em organismos aeróbicos.
• Redução de O2 a uma molécula de H2O, graças aos elétrons do NADH e FADH.
• Na membrana interna (bi-camada fosfolipídica) da mitocôndria.
• Não segue a sequência I, II, III e IV dos complexos.
ATP SINTASE
• Enzima que gera ATP.
• Fluxo de prótons presentes no espaço intermembrana gira o motor, permitindo que o ADP
se acople ao P e se transforme em ATP por um segmento que não gira.
• A cada 120º girados, 3 prótons se acoplam no motor giratório e 1 ATP é formado.
• ATP sai da mitocôndria e entra um ADP.
UCP1 E TERMOGÊNESE
INTRODUÇÃO
• Outra via de oxidação da glicose.
• Não requer e não produz ATP.
• Açúcares de 5 carbonos
• Ocorre no citosol de todas as células.
• Etapa oxidativa: forma Ribose-5-fosfato que formam nucleotídeos (formação de DNA).
• Etapa não-oxidativa: forma NADPH2.
• Nas hemácias, NADHP evita stress oxidativo (balanço oxirredutor), evitando a morte da
hemácia.
• ↑ poder redutor do citoplasma (pois está aumentando as moléculas reduzidas).
• Deficiência na Glicose-6-Fosfato-Desidrogenase: frequente no sexo masculino. Não forma
NADPH – dificulta oxirredução (forma radical livre) – atacam hemácias que não conseguem
controlar o stress oxidativo, matando a hemácia (anemia hemolítica).
FASE OXIDATIVA
GLICOSE-6-FOSFATO → 6-FOSFOGLUCONATO
• Enzima: glicose-6-fosfato-desidrogenase.
• Forma NADPH (reduzido).
6-FOSFOGLUCONATO → RIBULOSE-5-FOSFATO
• Enzima: gluconato-6-fosfato-desidrogenase.
• Forma NADPH (reduzido).
RIBULOSE-5-FOSFATO → RIBOSE-5-FOSFATO
• Enzima: pentose-fosfato-isomerase.
• Produto final: Ribose-5-fosfato.
INTRODUÇÃO
• Glicogênio é um polímero de glicose.
• Para síntese, é necessário excesso de glicose (estocagem).
• Glicogênio armazena glicogênio (músculo também, mas em menor quantidade).
• Molécula de glicogênio é uma molécula ramificada para quando for preciso da glicose que
está no glicogênio, vai tirando pelas pontas (ligação alfa-1,6 forma o ramo).
• Fígado consegue transformar glicose-6-fosfato e em glicose (controle de glicemia).
GLICOGÊNESE
• Insulina circulando (pois há muita presença de glicose, estocando em forma de glicogênio).
• Processo anabólico.
• Fígado controla para não ter hipoglicemia durante a noite.
• Iniciador para formação de glicogênio: glicogenina.
• Para colocar a glicose para formar glicogênio, ocorre ativação através da UDP-glicose.
GLICOSE → GLICOSE-6-FOSFATO
• Enzima: Glicoquinase.
GLICOSE-6-FOSFATO → GLICOSE-1-FOSFATO
• Enzima: Fosfoglicomutase.
GLICOSE-1-FOSFATO → UDP-GLICOSE
• Enzima: UDP-Glicose Pirofosforilase.
GLICOGÊNIO → GLICOSE-1-FOSFATO
• Enzima: Glicogênio Fosforilase (fosforilação).
GLICOSE-1-FOSFATO → GLICOSE-6-FOSFATO
• Enzima: Fosfoglicomutase (isomerização).
GLICOSE-6-FOSFATO → GLICOSE
• Enzima: Glicose-6-fosfatase.
• Segue dois caminhos: vai para via glicolítica ou vai para o sangue.
METABOLISMO DO GLICOGÊNIO
DEGRADAÇÃO
• Fígado (controla a glicemia entre as refeições – jejum noturno prolongado).
• Músculo esquelético (utilização exclusiva do músculo para produzir ATP quando necessitar
de energia). Músculo não tem glicose-6-fosfatase (desfosforilação da glicose), pois ele precisa
utilizar para formar ATP. Se ele tirasse o fosfato da glicose, ela sairia para corrente sanguínea.
DOENÇA DE MC AR
• Deficiência de Glicogênio Fosforilase muscular.
• Pessoa consegue formar glicogênio, mas não consegue degradar o glicogênio.
• Entra em fadiga, pois não consegue retirar glicose do glicogênio.
REGULAÇÃO
REGULAÇÃO ALOSTÉRICA
GLICOGÊNIO FOSFORILASE (DEGRADAÇÃO)
• Positivo: AMP
• Negativo: Glicose-6-fosfato e ATP.
INSULINA
• Insulina → Proteína Fosfatase 1 – (Fazem desfosforilação).
• Glicogênio Fosfatase é desfosforilada, ficando inativa (forma b).
• Glicogênio Sintase é desfosforilada, ficando ativa (forma a).
INTRODUÇÃO
• Obtidas na dieta e absorvidas pelo intestino com os lipídeos.
• Provitaminas: modificadas pelo próprio organismo.
FUNÇÃO
• Muitas vitaminas funcionam como coenzimas e cofatores.
• Deficiência ou ingestão inadequada: sinais patológicos.
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
VITAMINA D (CALCITRIOL)
• Manter a concentração plasmática de cálcio.
• Secreção de insulina.
• Síntese e secreção de PTH e hormônios tireoidianos.
• Inibição da produção de interleucinas.
• Modulação da proliferação celular.
• Ausência: Raquitismo.
• Excesso: Contração dos vasos sanguíneos, aumento da PA, calcinose.
VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
VITAMINA B1 (TIAMINA)
• Ausência: Síndrome de Wernicke-Korsakoff.
• Ausência: Beribéri (perda de função neural).
VITAMINA B2 (RIBOFLAVINA)
• Carreadores de elétrons (Coenzima nas reações de oxidação e redução).
• Ausência: lesões nos cantos da boca, língua e lábios.
VITAMINA B3 (NIACINA)
• Coenzimas de oxidação-redução (NAD+ NADP+).
• Ausência: Dermatite, diarreia e demência.
• Excesso: efeitos hepáticos
VITAMINA B12
• Cobalamina: Coenzima nas reações de transferência de um carbono e metabolismo do
ácido fólico.
• Ausência: anemia perniciosa.
VITAMINA H (BIOTINA)
• Coenzima nas reações de carboxilação.
• Acetil-CoA carboxilase (síntese de ácidos graxos) – Piruvato carboxilase (gliconeogênese).
VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO)
• Antioxidante.
• Síntese de colágeno e aumento da absorção de ferro.
• Ausência: escorbuto.
GLICONEOGÊNESE