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CIMENTO PORTLAND

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

PROFª ULIANE BORTOLOTI MARTINEZ

2016
DEFINIÇÃO
• RELEMBRANDO...
• Cimento Portland: Aglomerante hidráulico artificial, obtido pela
moagem de clínquer Portland, sendo geralmente feita a adição de
uma ou mais formas de sulfato de cálcio.
TIPOS DE CIMENTO PORTLAND
TIPOS DE CIMENTO PORTLAND
• CP = Cimento Portland
• Algarismos Romanos: I, II, III, IV, V
• Resistência a Compressão (classe MPa): 25, 32, 40
TIPOS DE CIMENTO PORTLAND
• As classes de resistência apontam os valores mínimos de
resistência à compressão (expressos em megapascal –
MPa), garantidos pelos fabricantes após 28 dias de cura.
TIPOS DE CIMENTO PORTLAND
TIPOS DE CIMENTO PORTLAND
Qualquer um dos tipos de cimento Portland anteriormente
citados podem ser classificados como resistentes a sulfatos,
desde se enquadrem dentro de uma das características abaixo:
• Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de
adições carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa,
respectivamente;
• Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70%
de escória granulada de alto-forno, em massa;
• Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40%
de material pozolânico, em massa;
• Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios
de longa duração ou de obras que comprovem resistência aos
sulfatos.
É recomendado para meios agressivos sulfatados, como redes
de esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e em
alguns tipos de solos.
TIPOS DE CIMENTO
COMPOSTOS DO CLÍNQUER DO
CIMENTO PORTLAND
• Clínquer: quatro compostos principais – 2 silicatos e 2
aluminatos
COMPOSTOS DO CLÍNQUER
• Silicato Tricálcico (𝐶3 𝑆): Conhecido como Alita, representa de 50%
a 70% do clínquer. Um dos compostos mais reativos do cimento,
responsável pelo endurecimento e ganho de resistências iniciais
do concreto.
• Silicato Dicálcico (𝐶2 𝑆): Conhecido como Belita, representa de 15%
a 30% do clínquer. O 𝐶2 𝑆 é menos reativo que o 𝐶3 𝑆, então, ele é
responsável ganho de resistência do concreto em idades
posteriores.
• Aluminato Tricálcico (𝐶3 𝐴): Representa de 5% a 10% no clínquer.
O aluminato tricálcico é responsável pela pega do cimento.
• Ferroaluminato Tetracálcico (𝐶4 𝐴𝐹): Representa de 5% a 10% no
clínquer. A velocidade de hidratação é alta no início e diminui em
idades posteriores, sendo intermediária entre a Alita e a Belita
PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS
DO CLÍNQUER
PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS
DO CLÍNQUER
PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS
DE CLÍNQUER
ADIÇÕES
Segundo Metha e Monteiro (1994), as adições minerais
podem ser classificadas em quatro grupos:
• Cimentante: escória de alto-forno resfriada rapidamente;
• Cimentante e pozolânica: cinza volante com alto teor de
cálcio (> 10% de CaO);
• Pozolanas altamente reativas: sílica ativa, metacaulim e a
cinza de casca de arroz produzida com queima
controlada;
• Pozolanas comuns: cinza volante de baixo teor de cálcio
(<10% de CaO) e os materiais naturais;
• Pozolanas pouco reativas: escória de alto-forno resfriada
lentamente, cinza de grelha, escória e cinza de casca de
arroz sem queima controlada.
ADIÇÕES
• POZOLANA
• Material silicoso ou sílico aluminoso que em si mesmo possui pouca
ou nenhuma propriedade cimentante, mas numa forma finamente
dividida e na presença de umidade, reage quimicamente com o
hidróxido de cálcio [Ca(OH)2], a temperaturas ambientes, para formar
compostos com propriedades cimentantes (MEHTA e MONTEIRO,
1994)
• Aspectos importantes da reação pozolânica:
• A taxa da reação é lenta e, portanto, a taxa de liberação de calor e de
desenvolvimento da resistência serão lentos;
• Os produtos da reação, como exemplo, o C-S-H que tem uma área
específica maior do que o Ca(OH)2, são eficientes no preenchimento
dos espaços capilares grandes, melhorando a resistência e a
impermeabilidade do sistema.
ADIÇÕES
ESCÓRIA DE ALTO FORNO
• A escória de alto-forno é um subproduto da fabricação do
ferro-gusa (ou ferro fundido) em alto-fornos.
• Em 1882 surgiu o primeiro cimento Portland com escória,
na Alemanha, sendo o seu uso oficializado em 1909
• No Brasil, o primeiro cimento Portland de Alto-forno foi
produzido em 1952, pelo Cimento Tupi S.A., em Volta
Redonda.
ESCÓRIA DE ALTO FORNO
• Subproduto da fabricação do ferro-gusa em alto fornos

Composição das Escórias Brasileiras


5%
15%

CaO
45% SiO2
Al2O3
MgO

35%
ESCÓRIA DE ALTO FORNO
• O processo de hidratação da escória é lento;
• Ativadores:
• Físicos:

Velocidade
Área Temperatura
específica de cura
de
hidratação
ESCÓRIA DE ALTO FORNO
Ativadores Químicos
Sulfatos
(ativador)

Cal Soda NaOH


(ativador) (Catalisador)

Aceleração
do
processo
de
hidratação

O calor de hidratação do cimento diminui com a adição


de escória de alto forno em sua composição
ADIÇÕES
• FILER
• Filer ou filer calcário é o material obtido através da moagem fina de
calcário, basalto, materiais carbonáticos, etc. O filler possui uma
granulometria muito fina, o que faz desse material uma ótima
associação para aumentar a trabalhabilidade, diminuir a
capilaridade e a permeabilidade de argamassas e concretos.
HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
PORTLAND
HIDRATAÇÃO DO CIMENTO

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