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Faculdade Estácio de Belém

Disciplina Materiais da Construção Civil

Aula 6: Aglomerante Hidráulica


Cimento Portland (cont..)

Prof. Daniel Mesquita


DISCIPLINA: MATERIAIS DE COSNTRUÇÃO CIVIL
Aglomerantes
Conteúdo Programático
UNIDADE 1: Introdução
1.1 - Materiais empregados nas construções
1.2 - Propriedades físicas e mecânicas dos materiais
1.3 - Ensaios de caracterização de materiais e normas técnicas.
UNIDADE 2: Aglomerantes aéreos
2.1 - Cal
2.2 – Gesso
UNIDADE 3: Aglomerante hidráulico: cimento Portland
3.1 - Processo de fabricação.
3.2 - Componentes e compostos do cimento Portland
3.3 - Hidratação do cimento Portland
3.4 - Propriedades dos cimentos: massa especifica, finura, tempo de pega,
resistência e estabilidade de volume.
3.5 - Tipos de cimentos e aplicações
DISCIPLINA: MATERIAIS DE COSNTRUÇÃO CIVIL
Aglomerantes

OBJETIVO DA AULA

Ao final da aula, o aluno deverá ser capaz de: entender o


processo de hidratação do cimento Portland e conhecer as
principais propriedades do material como: massa específica,
finura, tempo de pega e estabilidade de volume, por exemplo.
DISCIPLINA: MATERIAIS DE COSNTRUÇÃO CIVIL
Aglomerantes

FINURA
• Corresponde ao tamanho dos grãos ou superfície
específica do cimento.

• FINURA é uma propriedade que influencia diretamente a


velocidade da reação de hidratação do cimento, pois a
hidratação ocorre em função do contato do cimento com
a água.
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Aglomerantes

FINURA
• A finura do cimento também contribui para o aumento:
 da resistência;
 da trabalhabilidade;
 da coesão de concretos;
 em função da menor quantidade de espaços vazios,
aumenta a impermeabilidade de argamassa e concreto e
 diminui o fenômeno de exsudação.
 Importância da Finura (Superfície Específica, m2/kg):

Quanto maior for a superfície específica do cimento mais fino ele será;
Quanto mais fino for o cimento mais reativo ele será;
Porém consumirá mais água para uma mesma consistência;
Quanto mais água o cimento consumir, maior será a relação água/cimento;
A Hidratação do Cimento Portland

Aspectos Físicos do Processo de Hidratação:


Finura:
• Pode ser determinada por meio dos seguintes ensaios:

Aula
04
DISCIPLINA: MATERIAIS DE COSNTRUÇÃO CIVIL
Aglomerantes

FENÔMENO DE EXSUDAÇÃO
• É a movimentação dos grãos de cimento para baixo e
afloramento do excesso de água expulso dos espaços
ocupados pelo cimento.
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Aglomerantes

FENÔMENO DE EXSUDAÇÃO
• É extremamente prejudicial ao concreto, pois ao se deslocar
à superfície da mistura a água percorre caminhos dentro da
pasta que aumentam a permeabilidade, reduzindo a
resistência do concreto.
• Além disso, uma maior concentração de água na superfície
deixa a pasta mais diluída, o que também contribui para
reduzir a resistência do concreto.
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Aglomerantes

FENÔMENO DE EXSUDAÇÃO
• O fenômeno da exsudação pode ser diminuído com o
aumento da finura do cimento, pois quanto mais fino o
cimento, menor é o número de espaços vazios, o que
dificulta o caminho da água para a superfície da peça do
concreto.
Classificação (Tipos e Classes)
 Principais exigências físicas (resistência à compressão):

Argamassa com traço de 1:3 (em massa);


Relação a/c de 0,48;
Moldes cilíndricos de 5cm x 10cm;
Areia Padrão (Areia Normal Brasileira IPT);
Parte da amostra ensaiada na fábrica e outra na ABCP;
Ensaios realizados em idades pré-estabelecidas: 3, 7, 28, 91 dias .
Classificação (Tipos e Classes)

 Principais exigências físicas (resistência à compressão):

Fonte: ABCP
Classificação (Tipos e Classes)

 Principais justificativas para o uso de adições:


Econômico (menos energia/tonelada de cimento);
Ecológico (menos emissão de CO2 na atmosfera);
Ecológico (aproveitamento de resíduos industriais);
Técnico (produçãode cimentos com propriedades variadas e
adequadas a diversas aplicações).

Cimento + Água = CSH + Ca(OH)2

SiO2.Al2O3 + Ca(OH)2 + ÁGUA = CSH


Aula 02
A Hidratação do Cimento Portland

Aspectos Físicos do Processo de Hidratação:


Resistência à Compressão:

Argamassa 1:3;
Areia normal IPT;
Relação a/c = 0,48;
Corpos-de-prova
5cm x 10cm;
Ensaio em 1, 3, 7,
28, 91 dias.
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Aglomerantes

DENSIDADE

Densidade absoluta do cimento Portland é usualmente


considerada como 3,15, podendo variar para valores
inferiores.

Dado importante para a realização de cálculo de consumo de


cimento nas misturas geralmente feitas com base nos
volumes específicos dos constituintes.
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Aglomerantes

HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
A Hidratação do Cimento Portland
Definição:
É a reação química que ocorre entre o cimento anidro e a água, cujo resultado são produtos
que possuem características de pega e endurecimento. O cimento anidro não aglomera areia e pedra,
adquirindo a propriedade adesiva apenas quando misturado com a

água.
CSH (Silicatos de
Cálcio Hidratados)

Ca(OH)2 (Hidróxido
CIMENTO de Cálcio)
REAÇÃO DE Produtos de
+
HIDRATAÇÃO Hidratação
ÁGUA MONOSSULFATOS

Sulfoaliminatos de
Cálcio (ETRINGITA)
Aula 03
Transformação da Variação de Velocidade de
Matéria Energia Reação
A Hidratação do Cimento Portland
O mecanismo mais aceito para a hidratação do cimento é o de dissolução-
precipitação, que envolve a dissolução dos compostos anidros (C3S, C2S, C3A e C4AF)
em seus constituintes iônicos e em uma solução super-saturada, cujos produtos
hidratados resultantes

precipitam dando origem à um sólido. Precipitação de Hidratados

C 3S Dissolução em água
(Alita) C-S-H (silicatos de cálcio
Ca2+ hidratados)
2-
C 2S H2SiO4 Ca(OH)2 (hidróxido de cálcio)
(Belita) Al(OH) 4-
C3A
OH- ETRINGITA
(Aluminato de
Cálcio) SO42-
(trisulfoaluminato de cálcio)
C4AF
(ferroaluminato CO32- MONOSSULFATO
de Cálcio) (sulfoaluminato de cálcio)
A Hidratação do Cimento Portland
Mecanismo:
Os produtos de hidratação do cimento são formados, em sequencia, e de
acordo com a velocidade de reação dos compostos que lhes deram origem.

Aula 03
A velocidade de hidratação dos compostos do clínquer
ocorre de acordo com as suas respectivas reatividades.
A Hidratação do Cimento Portland

Hidratação da fase aluminato (C3A):


Como resultado da interação entre íons cálcio, sulfato (gipsita), aluminato e hidroxilas
e dentro de poucos minutos após a mistura do cimento com a água, começam a aparecer
cristais aciculares (em forma de agulhas) de trissulfoaluminato de cálcio hidratado,
conhecido como etringita.
[AlO4]- + 3[SO4]2- + 6[Ca]2+ + H2O = C6AS3H32 (Etringita)
Na primeira hora de hidratação, devido a alta relação
sulfato/aluminato, a reação do C3A com a água é interrompida
(período dormente), retardando o início da pega do cimento.

Os cristais de etringita permanecem estáveis até todos os íons


sulfatos serem consumidos.
A Hidratação do Cimento Portland

Hidratação da fase aluminato (C3A):


Para cimentos normalmente retardados (3% a 5% de gipsita) a precipitação da etringita contribui
para o enrijecimento (perda de consistência) e a pega (solidificação da pasta de cimento). Após o
consumo de todo o sulfato, a etringita se torna instável e é gradualmente convertida em monossulfato,
que é o produto final da hidratação da fase C3A.
[AlO4]- + [SO4]2- + 4[Ca]2+ + H2O = C4ASH18 (monossulfato)
O monossulfato se cristaliza como finasplacas exagonais.
O mesmo raciocínio deve ser levado em consideração com
relação à hidratação da fase C4AF. Nem a etriginta e nem os
monossulfatos tem relação direta com a resistência mecânica
da pasta de cimento.
Hidratação do Cimento Portland

Influência da Gipsita na pega do cimento:


A relação sulfato/aluminato irá determinar se a pega do cimento será normal,
rápida ou instantânea.

Cimento de Pega Normal

Cimento de Pega Normal

Cimento de Pega Rápida

Cimento de Pega Instantânea


O início do processo de pega sempre vem acompanhado de um
aumento de calor.
A Hidratação do Cimento Portland

Influência da Gipsita na pega do cimento:


Quando a reatividade do C3A é baixa e ao mesmo tempo uma grande
quantidade de gipsita está presente no cimento ocorrerá a formação de
grandes cristais desta gipsita com uma correspondente perda de consistência.
Este fenômeno é chamado de false pega pois não vem acompanhado de
liberação de calor.

Falsa Pega do Cimento (sem aumento de calor)

Obs: Um efeito colateral da adição de gipsita no cimento é a aceleração das reações do C3S
(Alita) com o seu consequente ganho de resistência mecânica.
A Hidratação do Cimento Portland

Hidratação da fase silicato (C3S e C2S):


C-S-H (Silicatos de Cálcio Hidratados)
A hidratação do C3S (alita) e C2S (belita) produz uma família de
silicatos de cálcio hidratados que são estruturalmente semelhantes.
Estes silicatos de cálcio hidratados são os principais responsáveis
pela resistência mecânica do cimento endurecido.
[C3S e C2S] + H2O = C3S2H3 ou C-S-H

A estrutura do C-S-H se apresenta como um


gel fibroso, cuja resistência mecânica é
atribuída, principalmente, às forças de Van
der Waals. O C-S-H compões de 50 a 60%
do volume de sólidos em uma pasta de
cimento completamente hidratado.
A Hidratação do Cimento Portland

Hidratação da fase silicato (C3S e C2S):


Ca(OH)2 (hidróxido de Cálcio)
A hidratação do C3S (alita) e C2S (belita) também produz, como produto
secundário, o hidróxido de cálcio Ca(OH)2 que pode ser chamado de
portlandita e que contribui apenas para o aumento da alcalinidade da pasta
de cimento hidratada.
[C3S e C2S] + H2O = C-S-H + Ca(OH)2

A estrutura do Ca(OH)2 se apresenta como grandes


cristais prismáticos hexagonais que se empilham
orientadas em uma única direção. O Ca(OH)2 compões
de 20 a 25% do volume de sólidos em uma pasta de
cimento e a sua contribuição para a resistência
Aula mecânica é quase nula.
03
A Hidratação do Cimento Portland

C-S-H
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Aglomerantes
CALOR DE HIDRATAÇÃO
• Quando o cimento entra em contato
com a água começam as reações de
hidratação que liberam calor.
• Quando as reações diminuem de
intensidade, o calor da massa
também diminui e há uma tendência
de ocorrer uma contração do volume
de concreto, o que pode levar ao
aparecimento de trincas quando a
variação de temperatura for muito
grande.
A Hidratação do Cimento Portland

Calor de Hidratação:
O calor de hidratação pode apresentar tanto, aspectos desfavoráveis como em
concretagens de grandes volumes, quanto aspectos favoráveis como a concretagem em
temperaturas ambientes muito baixas.

A) Ao se misturar o cimento com a água ocorre uma


rápida ascensão de calor.

C b) O pico em A tende a diminuir onde permanece estável


durante um tempo chamado de período dormente. Os
processos de transporte, lançamento, adensamento e
acabamento ocorrem durante esta fase.
B
C) Após o período dormente tem-se uma elevação do
calor que representa o início e o fim da pega (pico em
A Hidratação do Cimento Portland

Calor de Hidratação:
O calor de hidratação pode apresentar tanto, aspectos desfavoráveis como em
concretagens de grandes volumes, quanto aspectos favoráveis como a concretagem
em temperaturas ambientes muito baixas.

350 Composição
324 Cimento
311 C3S C3S C2S C3A C4AF
C2S I 49 25 12 8
300
Calor de Hidratação (cal/g)

II 30 46 5 13
C3A
III 56 15 12 8
250 C4AF
212

200

150
122
104
100 98 102
58 59
69
42
50
12

0
3 dias 90 dias 13 anos
A Hidratação do Cimento Portland

Pega e Endurecimento:
Enrijecimento:
Perda de consistência da pasta de cimento, argamassa ou concreto.
Está relacionado com a perda de parte da água para a reação de hidratação
(água quimicamente combinada) e à evaporação do restante da água usada
para dar trabalhabilidade ao sistema cimentício. O enrijecimento de misturas
de concreto significa perda de abatimento.

Ensaio do abatimento do tronco de cone (Slump Test)


A Hidratação do Cimento Portland
Pega e Endurecimento:

Tempo de Início de Pega:


Significa o início da solidificação das pasta de cimento, argamassa ou concreto. Marca o
ponto em que o sistema cimentício deixa de ser trabalhável. As operações de lançamento,
adensamento e acabamento já deverão estar finalizadas quando do início da pega.
 O tempo de início da pega é medido por meio do aparelho de Vicat, quando uma agulha
padronizada não consegue chegar a mais de 4mm do fundo de uma pasta de cimento.

Tempo de Fim da Pega:


O tempo em que uma pasta de cimento, argamassa ou concreto leva para se solidificar
completamente. Ao final da pega, a pasta de cimento tem pouca ou nenhuma resistência.
 O tempo de fim de pega também é medido por meio do aparelho de Vicat, quando não há
penetração de mais de 0,5mm da agulha.
A Hidratação do Cimento Portland

Aspectos Físicos do Processo de Hidratação:


Pega e Endurecimento:
A Hidratação do Cimento Portland

Aspectos Físicos do Processo de Hidratação:


Pega e Endurecimento:
Endurecimento:
É o fenômeno de ganho de resistência com o tempo e marca o início das reações de
hidratação do C3S. O progressivo preenchimento dos espaços vazios, na pasta, com os produtos
de hidratação resulta na redução da porosidade e no aumento da resistência.
Resistência à Compressão
Principal característica do concreto, proporcionada pelo desenvolvimento de resistência da
pasta de cimento. A resistência à compressão do cimento é determinada pelo ensaio de resistência
à compressão em datas pré-estabelecidas (1, 3, 7, 28, 91 dias).

 O ensaio é realizado a partir da moldagem de corpos-de-prova com


dimensões de 5cm x 10cm (diâmetro x altura) com uma argamassa
proporcionada com uma parte de cimento para três de areia normal
padrão e uma relação a/c de 0,48.
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Aglomerantes

ADIÇÕES
• Entre as adições mais utilizadas na fabricação do cimento
estão:
ESCÓRIA DE ALTO FORNO: é um produto resultante da
fabricação de ferro gusa. O resultado é um produto de
natureza granular que finamente moído adquire propriedades
cimentantes e quando adicionado ao cimento contribui na
redução do calor de hidratação, da exsudação e da
segregação em concretos.
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Aglomerantes

ADIÇÕES
POZOLANA: sozinhos não possuem a propriedade de
aglomerar outros materiais entre si, mas quando misturados a
outro aglomerante e na presença de umidade reagem,
formando compostos com propriedades cimentantes.
Exemplos: cinzas vulcânicas, algumas rochas ígneas, argilas
calcinadas, cinzas volantes, entre outras.
Melhora a trabalhabilidade e resistência do concreto, a
durabilidade e diminuir a vulnerabilidade aos meios agressivos,
como ambientes marítimos e expostos a sulfatos.
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Aglomerantes

ADIÇÕES
FILER CARBONÁTICO (PÓ DE CALCÁRIO):
• Inerte quimicamente–CaCO3;
• Não prejudica resistência mecânica;
• Melhora a trabalhabilidade e o acabamento;
• Redução de custos;
• 5 a 10 % do cimento.
Classificação (Tipos e Classes)

 Classificação Nacional (ABNT):


Tipo Classe
CP I (COMUM)
CP II E 32
CP II (COMPOSTO)
Cimento Resistência
Composição
Portland aos 28 dias
CP III (ALTO-FORNO)
Sufixos:
CP IV (POZOLÂNICO) • RS – Resistente a Sulfatos
• BC – Baixo Calor
CP V (ARI) • CPB – Cimento Branco

QUAL O MELHOR?
Classificação (Tipos e Classes)
Classificação Nacional (ABNT):

Classes Composição (%) Norma


Tipo Resistência Clínque Escória de Pozolana Fíler Brasileira
(MPa) +Gesso Alto-forno
CP I 25-32-40 100 - - -
NBR 5732
CP I S 25-32-40 95-99 1-5 1-5 1-5
CP II E 25-32-40 56-94 06-34 0 0-10
CP II Z 25-32-40 76-94 0 06-14 0-10 NBR
11578
CP II F 25-32-40 90-94 0 0 06-10
CP III 25-32-40 25-65 35-70 0 0-5 NBR 5735
CP IV 25-32 45-85 0 15-50 0-5 NBR 5736
CP V-ARI - 95-100 0 0 0-5 NBR 5733

Aula 02 Sufixos RS e BC: Admite-se para quaisquer tipos citados acima.


Ex: CP II E 32 RS ou CP II F 40 BC
Classificação (Tipos e Classes)

Principais exigências físicas (ABNT):


CIMENTO PORTLAND
CP II E - 32
Resistência mínima aos 28 dias(MPa)

Tipo de Adição (F = Fíler; Z= Pozolana; E =


Escória)

Tipo do Cimento (I, II, III, IV, V)

Cimento Portland
Aula
02
DISCIPLINA: MATERIAIS DE COSNTRUÇÃO CIVIL
Aglomerantes
DISCIPLINA: MATERIAIS DE COSNTRUÇÃO CIVIL
Aglomerantes

TIPOS DE CIMENTO
Cimento Tipo I (CP I):
Contém uma pequena adição de gesso (aproximadamente 5%) que
age como retardador da pega.
Pode receber adição de pequena quantidade de material pozolânico
(1 – 5%), recebendo a denominação de CP I-S.
É indicado para construções que não necessitem de condições
especiais e não apresentem exposição a agentes agressivos, como
águas subterrâneas, esgotos, água do mar.
Por utilizar muito clinker seu custo de produção é elevado e por isso
é pouco fabricado.
TIPOS DE CIMENTO
Cimento Tipo II (CP II):
Recebe a adição de materiais de baixo custo o que confere
propriedades especiais ao cimento.
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Aglomerantes
TIPOS DE CIMENTO
Cimento Tipo III (CP III):

Também chamado de Cimento Portland de alto-forno, caracteriza-se


por conter adição de escória em teores que variam de 35% a 70%.
Possui baixo calor de hidratação, maior impermeabilidade e
durabilidade e maior resistência a sulfatos às misturas onde é
empregado.
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Aglomerantes

TIPOS DE CIMENTO
Cimento Tipo III (CP III):
Recomendado para obras com condições de alta agressividade
(barragens, fundações, tubos para condução de líquidos agressivos,
esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados reativos,
obras submersas, pavimentação de estradas, pistas de aeroportos).
Por ser recomendado para obras de grande porte e onde haverá
grande consumo é frequentemente comercializado à granel (não em
sacos) e sob encomenda.
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Aglomerantes

TIPOS DE CIMENTO
Cimento Tipo IV (CP IV):
Também chamado de Cimento Portland Pozolânico, possui adição de
pozolana em teores que variam de 15% a 50%, que conferem alta
impermeabilidade e durabilidade às misturas em que são
empregados.
É recomendado para obras expostas à ação de águas correntes e
ambientes agressivos. Em longo prazo, eleva a resistência mecânica
de concretos, quando os mesmo são comparados a concretos
similares feitos com cimento comum.
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Aglomerantes

TIPOS DE CIMENTO
Cimento Tipo V (CP V - ARI):
O cimento tipo ARI ou alta resistência inicial, não possui
nenhuma adição especial. A capacidade de desenvolver a resistência
mais rápido é resultado do processo de fabricação diferenciado,
principalmente quanto à composição do clinker, (percentual
diferenciado de argila), e à moagem do material, (mais fina que os
demais cimentos). É indicado para obras em que seja necessária a
desforma rápida do concreto, na confecção de elementos pré-
moldados, blocos, postes, tubos, entre outros.
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Aglomerantes

TIPOS DE CIMENTO
Cimento Resistente a Sulfatos (RS):

Qualquer cimentos pode ser resistente a sulfatos, desde que possua


teor C3A do clinker inferior a 8% e teor de adições carbonáticas de
no máximo 5%.

Os cimentos de alto-forno também podem ser resistentes a sulfatos


quando contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto-
forno, em massa.
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Aglomerantes

TIPOS DE CIMENTO
Cimento Resistente a Sulfatos (RS):
Os cimentos pozolânicos que contiverem entre 25% e 40% de
material pozolânico em massa também apresentam comportamento
satisfatório quando expostos à ação de águas sulfatadas.
O cimento resistente a sulfatos é recomendado para uso em
redes de esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e
em alguns tipos de solos, ambientes onde este agente agressivo
pode estar presente.
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TIPOS DE CIMENTO
Cimento Branco estrutural

Comportamento semelhante ao cimento cinza comum, a diferença


está na matéria-prima (ausência de óxido de ferro) e no processo de
fabricação (queima com óleos ou gás)

Produto 3 vezes mais caro


Classificação (Utilização)

 Recomendações de uso por tipo:

CP III, CP IV
CP II E Z,
Classificação (Utilização)

Recomendações de uso por tipo:

CP II E, F, Z - 32
Classificação (Utilização)

Recomendações de uso por tipo:

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