Você está na página 1de 40

METABOLISMO

ENERGÉTICO E
GLICÓLISE

Profa. Patrícia Rodrigues Lima


METABOLISMO

 Conjunto de processos químicos que


ocorrem nas células.
 Catalisados por enzimas.
 Objetivo a obtenção de materiais e energia
para sustentar as diferentes funções vitais.
VIAS DO METABOLISMO
 Anabolismo: Obtenção de substâncias
orgânicas complexas a partir de
substâncias mais simples com consumo
de energia.
 Reação endergônica.
 Desfavorável

 Reúnem moléculas pequenas, como


aminoácidos, para formar moléculas
complexas.

 Necessitam energia, a qual, via de regra, é


fornecida pela quebra de ATP, gerando
ADP e Pi.
VIAS DO METABOLISMO
 Catabolismo: Conjunto de processos
pelos quais as substâncias complexas são
degradadas a moléculas mais simples,
gerando/ liberando energia.
 Reação exergônica.
 Favorável

 As reações catabólicas têm o propósito de


capturar a energia química, obtida da
degradação de moléculas combustíveis
ricas em energia, gerando ATP.
VIAS DO METABOLISMO
 Os três estágios do catabolismo.
AUTOTRÓFICOS
(do grego autos, próprio + trophos, alimentados)
Organismos que podem sintetizar seus constituintes celulares a
partir de moléculas simples, como H2O, CO2, NH2 e H2S.

Quimiotróficos
Organismos que obtêm sua energia
Fototróficos
livre por meio da oxidação de
compostos inorgânicos como NH2, Organismos que obtêm sua

H2S ou Fe2+ . energia livre por meio da


fotossíntese.
SERES CONSUMIDORES
(HETEROTRÓFICOS)

Não produzem seu próprio alimento e


precisam se alimentar de autótrofos ou
outros heterótrofos para obter energia
necessária à sua sobrevivência.

 Como a energia é armazenada na célula?


 Nas ligações fosfato da molécula de ATP.
ATP

 ATP = Adenosina trifosfato


 Nucleotídeo constituído de uma adenina, uma ribose e uma
unidade trifosfato.
 Complexo de ATP com Mg2+ ou Mn2+.
 Duas ligações de anidrido fosfórico.
 Armazena nas suas ligações fosfatos a energia liberada na
quebra da glicose.
 Quando a célula precisa de energia para realizar
alguma reação química, as ligações entre os fosfatos
são quebradas, energia é liberada e utilizada no
metabolismo celular.
 A hidrólise de ATP é exergônica
CARREADORES ATIVADOS DE ELÉTRONS
PARA A OXIDAÇÃO DE MOLÉCULAS
ENERGÉTICAS
 Nos aeróbios: O aceptor final de elétrons é o O2 .

 Elétrons não são transferidos imediatamente.

 Moléculas com energia transferem os elétrons para


carreadores especiais.

 As formas reduzidas desses carreadores transferem seus


elétrons de alto potencial para o O2 .
 Dinucleotídeo de nicotinamida e adenina: NAD+ (oxidado),
NADH (reduzido)
 Dinucleotídeo de flavina e adenina : FAD (oxidado) ,
FADH2 (reduzido)
ANTES DE QUALQUER MACROMOLÉCULA SER
UTILIZADA PELA CÉLULA COMO FONTE DE ENERGIA,
PRIMEIRAMENTE ELA PRECISA SER DIGERIDA E
ABSORVIDA!!!!

VAMOS FALAR DA UTILIZAÇÃO DA


GLICOSE COMO FONTE DE
ENERGIA...
DIGESTÃO E ABSORÇÃO

 A absorção dos carboidratos pelas células do


intestino delgado é realizada após hidrólise dos
dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos
em seus componentes monossacarídeos.

DISSACARÍDEOS ENZIMA MONÔMEROS


MALTOSE Maltase Glicose + Glicose
LACTOSE Lactase Galactose + Glicose
SACAROSE Sacarase Frutose + Glicose
As quebras ocorrem sequencialmente em diferentes
segmentos do trato gastrointestinal por reações
enzimáticas:

1. α-Amilase salivar: Hidrolisa as ligações glicosídicas


α(1→4), com a liberação de maltose e oligossacarídeos.

2. α-Amilase pancreática: O amido e o glicogênio são


hidrolisados no duodeno produzindo maltose e
oligossacarídeos dextrinas.

3. Enzimas da superfície intestinal: maltase,


dextrinase, isomaltase, sacarase e lactase.
CAPTAÇÃO DA GLICOSE: LIMITA O
METABOLISMO
Família GLUT de transportadores de glicose.
 GLUT1, GLUT2: Hepatócitos, pâncreas.
 GLUT3: Neurônios.
 GLUT4 (vesículas intracelulares): Músculo esquelético, músculo
cardíaco e tecido adiposo.

 A captação da glicose depende da liberação normal de insulina pelas


células β do pâncreas em resposta à glicemia elevada- GLUT4;
https://www.youtube.com/watch?v=dQwSIW37DYY
GLICÓLISE
 Processo essencialmente irreversível;
 1 glicose 2 piruvatos (3 carbonos cada);
 10 etapas;
 2 fases com 5 etapas cada:
 Primeira Fase: Fase Preparatória (Gasto de 2 ATPs);
 Segunda Fase: Fase de Compensação (Fosforilação de 4
moléculas de ADP à ATP: Geração de 4 ATPs).
 Saldo de ATP na Glicólise: 2 ATPs.
 Todos os intermediários são fosforilados:
 Membrana plasmática não transporta açúcares fosforilados;
 Compostos de fosfato de alta energia (doam grupos fosforil
para a formação de ATP).
 Ligação de grupos fosfatos às enzimas: Especificidade,
complexos de ADP/ATP ao Mg2+.
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS

Carboidratos
Glicose Glicose-6-fosfato Glicólise
Alimentares

Ácido pirúvico

Ciclo de Krebs

Cadeia respiratória

Produção de CO2,
H2O e energia (ATP)
GLICÓLISE
FASE PREPARATÓRIA
1. FOSFORILAÇÃO DA GLICOSE (C-6)
 A glicose é ativada para reações subsequentes

 O ATP é o doador de grupos fosforil

 Enzima: Hexoquinase (Requer Mg2+ para sua atividade)


FASE PREPARATÓRIA
2. CONVERSÃO DE GLICOSE-6-FOSFATO A FRUTOSE-6-FOSFATO.
 Enzima: Fosfohexose-isomerase;
 Reversível;
 Aldose Cetose
 Rearranjos necessários para as próximas etapas.
FASE PREPARATÓRIA
3. FOSFORILAÇÃO DA FRUTOSE-6-FOSFATO À FRUTOSE 1,6-
BIFOSFATO.
 Enzima: Fosfofrutoquinase-1 (PFK-1)

 Transferência de um grupo fosforil do ATP para a Frutose-6-fosfato.

 Etapa de comprometimento: Glicose-6-fosfato e frutose-6-fosfato possuem


outros destinos possíveis. Frutose 1,6-bifosfato é direcionada para a glicólise.
FASE PREPARATÓRIA
3. FOSFORILAÇÃO DA FRUTOSE-6-FOSFATO À FRUTOSE 1,6-
BIFOSFATO.

Regulação alostérica da PFK-1:


 Atividade Aumentada: Sempre que o suprimento de ATP estiver
prejudicado; excesso de ADP ou AMP.

 Atividade inibida: Célula rica em ATP ou bem suprida por outro


combustível, como ácidos graxos.
FASE PREPARATÓRIA

4. CLIVAGEM DA FRUTOSE 1,6-BIFOSFATO.


 Enzima: Frutose 1,6-bifosfato aldolase/ Aldolase;

 Formação de duas trioses fosfatos diferentes:


 Gliceraldeído 3-fosfato e Dihidroxiacetona fosfato
FASE PREPARATÓRIA
5. INTERCONVERSÃO DAS TRIOSES-FOSFATO.
 Apenas o Gliceraldeído 3-fosfato pode ser diretamente degradado nas
fases seguintes;
 Enzima: Triose-fosfato-isomerase

 Completa a fase preparatória

IMPORTANTE: Tudo em dobro a partir daqui!!!


FASE DE COMPENSAÇÃO

 Inclui as etapas de fosforilação que conservam energia;

 Parte da energia química da molécula de glicose é conservada na


forma de ATP e NADH;

 2 Gliceraldeído-3-fosfato 2 piruvatos 4 ATPs

 Saldo final de ATP: 2 ATPs


GLICÓLISE
FASE DE COMPENSAÇÃO
6. OXIDAÇÃO DO GLICERALDEÍDO 3-FOSFATO À 1,3-
BIFOSFOGLICERATO.

 Enzima: Gliceraldeído 3-fosfato- desidrogenase;


 Grupo aldeído do Gliceraldeído 3-fosfato é oxidado com Pi (Fosfato
inorgânico). CUIDADO!!!!
 Formação de NADH (redução do NAD+): NAD+ NADH + H+
FASE DE COMPENSAÇÃO
7. TRANSFERÊNCIA DO GRUPO FOSFATO DO 1,3-
BIFOSFOGLICERATO PARA O ADP.

 Enzima: Fosfoglicerato cinase;


 Transfere o grupo fosforil de alta energia para o ADP;
 Forma ATP e 3-fosfoglicerato.
FASE DE COMPENSAÇÃO
8. CONVERSÃO DE 3-FOSFOGLICERATO A 2-FOSFOGLICERATO.

 Enzima: Fosfoglicerato mutase;


 Reversível;
 Mg 2+ é essencial.
FASE DE COMPENSAÇÃO
9. DESIDRATAÇÃO DE 2-FOSFOGLICERATO A
FOSFOENOLPIRUVATO.

 Enzima: Enolase (remoção de uma molécula de H2O);


 Gera uma molécula com alto potencial de transferência do grupo
fosforil:
 Energia livre padrão de hidrólise:
 2-fosfoglicerato: -17,6 kJ/mol;
 Fosfoenolpiruvato: - 61,9 kJ/mol;
FASE DE COMPENSAÇÃO
10. TRANFERÊNCIA DE GRUPO FOSFORIL DO
FOSFOENOLPIRUVATO PARA O ADP.

 Enzima: Piruvato- cinase;


 Formação de Piruvato e ATP.
GLICÓLISE
EFEITO PASTEUR: Relaciona o rendimento de ATP em condições
aeróbias e anaeróbias.

 A velocidade e a quantidade de glicose consumida é muitas vezes


maior em condições anaeróbicas do que em condições aeróbicas.

 Anaeróbica: 2 ATPs por glicose


 Músculo em contração vigorosa
 Eritrócitos
 Células cancerígenas
 Algumas células microbianas

 Aeróbica: 30 ATPs por glicose


 Animais
 Vegetais e
 Muitas células microbianas
DESTINOS DO PIRUVATO

EM CONDIÇÕES AERÓBIAS:
 O piruvato formado na etapa final da glicólise é oxidado a
Acetil-coA, que entra no ciclo de Krebs e é oxidado a CO2 e
H2O.
 O NADH formado é reoxidado à NAD+ pela transferência dos
seus elétrons ao O2 na respiração miotocondrial.

 Hipóxia: O NADH não pode ser reoxidado à NAD+ pelo O2.


DESTINOS DO PIRUVATO EM CONDIÇÕES ANAERÓBIAS
FERMENTAÇÃO LÁCTICA: O Piruvato é o receptor final de elétrons.

 NADH + Piruvato NAD+ + Lactato.

 Lactato (sangue e músculo esquelético) Fígado Glicose

 Lactato: Ácido lático nos músculos e sangue (fadiga muscular).


DESTINOS DO PIRUVATO EM CONDIÇÕES ANAERÓBIAS.

FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA:
Piruvato Piruvato descarboxilase Acetaldeído Álcool desidrogenase Etanol + CO2

NADH + H+
NAD+

 Saccharomyces cerevisae: Piruvato descarboxilase


 Efervecência da cerveja
 Crescimento da massa do pão
GLICÓLISE- DESTINOS DO PIRUVATO:
BOM DIA!!!!

Você também pode gostar