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BIOLOGIA CELULAR

METABOLISMO MITOCONDRIAL
Todos os seres vivos precisam de energia para sobreviver. Existem vários
processos químicos que farão parte do metabolismo, e dentre eles existe o
processo de respiração celular, sendo que a mitocôndria faz um papel
primordial no metabolismo após a ingestão.

Glicose:
É um carboidrato produzido nas células eucarióticas e vegetais pela
fotossíntese, e nos eucariontes animais a glicose é obtida através da
alimentação no processo de digestão.
É uma molécula de muita energia – C6H12O6. A energia das ligações
serão utilizadas no processo de respiração celular, que consistirá em
retirar a energia da molécula de glicose e transferir essa energia para o
ATP. A respiração celular consiste em 3 etapas principais: Glicólise, Ciclo
de Krebs e Fosforilação oxidativa.

Trifosfato de adenosina (ATP)


É a principal moeda energética das células
O ATP será produzido a partir da energia da luz no caso das células vegetais
ou dos alimentos no caso das células animais.
A energia será utilizada para a manutenção da célula

Moléculas carreadoras ativadas


NAS+/NADH: dinucleotídeo de nicotinamida e adenina
FAD+/FADH: dinucleotídeo de flavina e adenina
Tais moléculas são coenzimas aceptoras, são capturadoras de elétrons e
hidrogênio. Também vão carregar energia para ser usada na fabricação do
ATP.
As formas reduzidas dessas coenzimas podem transferir prótons e elétrons
para outras moléculas reduzindo-as.
A oxidação vai se aplicar a transferência de elétrons de um átomo a outro.
A oxidação no processo de respiração celular se refere a remoção de elétrons
e tal redução significa adicionar elétrons a essas moléculas.
Esses carreadores serão importantes pois carregam elétrons e energia para
a produção de ATP.

• Metabolismo Mitocondrial
Após a alimentação, haverá a ruptura gradual das ligações covalentes de
compostos orgânicos para gerar energia em forma de ATP, originado da
Glicose ou dos Ácidos graxos

Há um fluxo contínuo de energia que vem da luz ou alimentos


Todos os organismos precisam dessa energia, que virá da luz
fotossintetizante no caso nas plantas ou bactérias ou de ligações químicas
dos alimentos.

O processo da quebra de glicose que será a Glicólise ocorrerá e a energia


será transferida para a molécula de ATP. As mitocôndrias aproveitam a
energia para produzir energias dentro delas. Sem as mitocôndrias, os seres
seriam incapazes de utilizar oxigênio para extrair o máximo de energia a
partir das moléculas de alimentos que as nutrem.

A célula é capaz de obter energia a partir de açúcares ou moléculas orgânicas


que possibilita que átomos de carbono e hidrogênio se combinem com
oxigênio, ou seja, se tornem oxidadas produzindo CO2 e água pelo processo
de respiração celular.

Quando o organismo está em repouso, as células usam a glicose


proveniente do Glicogênio.

• 3 estágios do metabolismo celular:


Estágio 1: ocorre fora das células e os compostos entrarão na célula e
depois dentro da mitocondrial. Os açúcares na forma de glicose quando
estão dentro da célula haverá reações químicas que darão origem ao
piruvato, ATP e NADH. O piruvato será encaminhado para dentro da
mitocôndria. As gorduras ingeridas serão levadas para a célula pelos
ácidos graxos e por glicerol, que entrarão na mitocôndria para serem
transformados em acetil-CoA.
Estágio 2: o piruvato produzido consiste no estágio 2
Estágio 3: O acetil está produzido, e o acetil-CoA passará pelo Ciclo do
Cítrico, assim ocorrendo a cadeia transportadora de elétrons até a
produção de ATP.

Como a glicose chaga até a célula?


A glicose presente nos alimentos cai na corrente sanguínea sendo levada
para dentro da célula com o auxílio da insulina (hormônio produzido pelo
pâncreas) e a insulina ajuda no carregamento da glicose até a célula.

• Nos animais, os ácidos graxos são uma fonte de energia mais


importante que os carboidratos. Cada um dos elementos armazenados
na célula serão utilizados metabolicamente separados.
• O Glicogênio é uma energia mais disponível, enquanto as gotas
lipídicas são estocadas para períodos mais longos.

Metabolismo de conversão de energia nas mitocôndrias

As mitocôndrias podem utilizar o piruvato ou ácidos graxos como


combustível para fazer reações.

O PIRUVATO é derivado da glicose e de outros açúcares, enquanto os


ÁCIDOS GRAXOS são derivados das gorduras. Os animais armazenam
ácidos graxos na forma de gotículas de gorduras insolúveis em água, que são
os Triacilgliceróis.
- Baixos níveis de glicose no sangue, levam a degradação dos ácidos graxos.
Ou seja, quando há baixo nível de glicose, há uma hidrólise dos
triacilgliceróis, transformando as moléculas de gordura em ácidos graxos,
levando a produção de energia. Os ácidos graxos será liberados e transferidos
para as células através da corrente sanguínea. Na corrente sanguínea, tais
ácidos graxos irão se ligar a proteína albumina sérica e os transportadores
de ácidos graxos da membrana plasmática vão oxida-los.

- O piruvato será derivado da glicólise. Será produzido no citoplasma pela


oxidação da glicose através do processo de glicólise. Isso levará a produção
de 2 moléculas de piruvato além da produção de piruvato, haverá a produção
de ATP e 2 moléculas NADH. Esse processo ocorre com gasto de energia.
O ATP fornecerá o fosfato para a glicose, e isso fará com que a glicose se
quebre, liberando elétrons e prótons hidrogênios, capturando a energia pelo
NADH, assim, novas reações ocorrerão até a produção do ácido pirúvico. Na
Glicólise, não há produção de água e nem gás carbônico ou auxilio do
oxigênio, por isso é uma fase anaeróbia.
Caso não haver a participação do oxigênio carregado pela corrente
sanguínea, haverá o processo de fermentação, no caso das bactérias.
No metabolismo anaeróbio, o piruvato produzido no citosol será
transportado da mitocôndria para as células eucarióticas. O balanço final de
1 molécula de glicose são 2ATP+2NADH- H+2Piruvatos.

• Quando as moléculas energéticas de ácidos graxos e piruvato já estão


no interior das mitocôndrias, haverá novas etapas do metabolismo
para converter energia. Na mitocôndrias haverá oxidação dos ácidos
graxos, ou seja, a beta-oxidação dos ácidos graxos. Contudo, haverá
a remoção dos carbonos e uma molécula de acetil-CoA será gerada.
Então, no interior das mitocôndrias o piruvato será descarboxilado por
um complexo de 3 enzimas, chamado de Complexo piruvato-
desidrogenase, onde o piruvato passará pelas enzimas e haverá a
produção de uma molécula de CO2, de NAD e uma de acetilCoA.
O acetil-coA será um intermediário metabólico pois desencadeia reações que
consistirá no Ciclo do Ácido Cítrico, conhecido com Ciclo de Krebs

O Ciclo do ácido cítrico que ocorre na matriz mitocondrial, vai capturar a


energia de ligação liberada pela oxidação na forma de elétrons, e esses serão
carregados pelo NAD, que será gerado pela oxidação do grupo acetila.
Assim, o NAD transportará os elétrons pela cadeia transportadora de elétrons
na membrana interna da mitocôndria, onde a energia desses elétrons será
convertida em energia de ligação de fosfato no ATP. Resumindo, o NADH
transfere seus elétrons da matriz para a cadeia transportadora de elétrons e
esses vão caminhar através dela, gerando prótons, que vão entrar novamente
na matriz mitocondrial através de pontos específicos formados por canais
proteicos, onde haverá o complexo ATP sintase.

Ciclo do Ácido cítrico – CICLO DE KREBS


• É uma das etapas da respiração celular, onde vai ocorrer a degradação
de uma molécula orgânica resultando em gás carbônico, água e
energia, que será utilizada nas demais reações da célula.
• Para 1 molécula de glicose há a produção de acetil-CoA. O piruvato
produzido no citoplasma encontra uma reação e as moléculas de
acetil-CoA dentro da mitocôndria.
• O CoenzimaA será importante pois é a partir desse que se inicia o
Ciclo do Ácido cítrico, reagindo com o acetato constituído por 4
carbonos, que formará o Citrato. A Co-A é liberada para se ligar ao
novo grupo acetil, produzindo um carreador de prótons e elétrons, o
NAD, então novas reações vão acontecer até chegar na produção de
GTP, que poderá ser convertido em ATP para ser utilizado. Há
também a produção de outro carreador, o FADH2 que será usado na
cadeia respiratória. O oxaloacetato após tais reações, será regenerado
podendo reagir novamente com o acetil-CoA, se iniciando o Ciclo.
• Haverá a produção de CO2
• Haverá a produção de 3 NAD
• Haverá a produção de GTP
• Haverá a produção de 1 FAD
• O resultado final após o Ciclo do ácido cítrico será de 2GTP +
6NADH-H + 2FADH² + 2CO²6.
Cadeia transportadoras de elétrons
• Ocorre na unidade de membrana interna, especificamente nas cristas
mitocondriais.
• Composta por processos enzimáticos
• Os elétrons serão transferidos de um complexo para o outro liberando
energia em cada etapa. Ou seja, ocorre para produzir energia
necessária para a produção de ATP.
• A principal função é produzir energia que será utilizada para bombear
os prótons para o espaço inter-membrana. O gradiente de prótons H+
será utilizado para gerar a força na síntese de ATP.

• Transferência de elétrons através dos complexos enzimáticos da


cadeia transportadoras de elétrons:

É na unidade de memb interna da mitocôndria que estão presente os


diferentes complexos da cadeia transportadoras de elétrons
A cadeia transportadora de elétrons é formada por 5 complexos
Complexo I: É o maior complexo da cadeia respiratória, chamado de NADH
desidrogenase, contendo 22 polipeptídeos e um tamanho aproximado de
800KD. É nele que se inicia o transporte de elétrons da cadeia. O íon hidreto
é removido por oxidação da NAD e há a produção de próton e elétron. Tal
próton será bombeado para um espaço intramembranoso, e então a reação
será controlada pela NAD desidrogenase. É nessa fase que ocorre a
transferência de elétrons.

Complexo II: É chamado de Succinato Ubiquinona redutase. Nesse


complexo o FAD entrará deixando elétrons, para que sejam transferidos para
o Citocromo Q, chamado de Ubiquinona. Nessa fase não há o bombeamento
de prótons e por isso o FAD carrega uma menor quantidade de energia
quando comparado com o NAD. A Ubiquinona fará o transporte de elétrons
saindo do Complexo I para o III além do transporte do FAD.
Complexo III: Chamado de Citocromo bc1, contendo 8 polipeptídeos com
tamanho de aproximadamente 500KD. Nesse complexo existe uma estrutura
chamada de Citocromo C. Esse complexo irá oxidar a Ubiquinona e então os
elétrons serão transferidos para o Citocromo C que vai remeter tais elétrons
para o próximo complexo. O NADH bombeará o próton para o espaço
intramembranoso.

Complexo IV: Chamado de Citocromo oxidase, formado por 9 polipeptídeos


e apresenta um tamanho de 300 KD. O Citocromo oxidase usará os elétrons
provenientes do Citocromo C e tais elétrons vão percorrer a estrutura
produzindo um bombeamento de 4 prótons, sendo eles 2 NAD e 2 FAD.
Além disso, o Citocromo oxidase retira os elétrons da cadeia para oxidá-los,
e a casa 2 pares eletrônicos terá associação com o hidrogênio, formando água
metabólica. Todos os elétrons liberados ao longo da cadeia respiratória
caminharão em direção ao oxigênio para chegar na mitocôndria.

Complexo V: Chamado de ATP sintase, com tamanho de 500KD. No espaço


intramembranoso, haverá muitos prótons, tornando esse espaço positivo,
enquanto a matriz mitocondrial é negativa, com isso, os hidrogênios entrarão
novamente na matriz mitocondrial por canais específico, acabando dando
força necessária para gerar energia.
A ATP sintase vai girar com a passagem dos prótons, havendo a produção
de uma molécula de energia. Na memb interna da mitocôndria haverá vários
complexos se repetindo.
*Ao longo dessa cadeia transportadora de elétrons, eles serão transferidos
nas cristas da memb interna em direção ao oxigênio, gerando prótons para
serem utilizados para direcionar a produção de ATP pela a ATP sintase. Esse
processo também é conhecido com fosforilação oxidativa que tem como
objetivo a produção de ATP, para que a célula se mantenha.

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