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ED – letra “e” - Fundamentos da Biologia Celular 4ªedição

Capítulo 14: A geração de energia em mitocôndrias e cloroplastos.

1. Comente por que se acredita que os cloroplastos possuem origem procariótica.


Acredita-se que organelas que produzem o ATP nas células eucarióticas, como os cloroplastos evoluíram a
partir de bactérias que foram incorporadas por células ancestrais há mais de um bilhão de anos. Como evidencia
da sua linhagem bacteriana, tanto os cloroplastos quanto as mitocôndrias se reproduzem de maneira semelhante
a da maioria dos procariotos. Eles também possuem maquinaria biossintética semelhante a das bactérias para
produzir RNA e proteínas, além de manter seus próprios genomas. Muitos genes de cloroplastos são
marcadamente semelhantes aos genes de cianobactérias, a bactéria fotossintetizante da qual se acredita que os
cloroplastos sejam derivados.

2. Aponte as diferenças existentes entre cloroplastos e mitocôndrias. (P.470)


Os cloroplastos são maiores que as mitocôndrias, a sua maquinaria produtora de energia não está localizada na
membrana interna, como nas mitocôndrias, mas sim na membrana do tilacoide, que é um terceiro
compartimento interno dos cloroplastos.

3. Esquematize um cloroplasto, citando as estruturas desta organela. Indique os locais onde ocorrem a
fase fotoquímica e a fase bioquímica da fotossíntese. (P.471)

4. Comente detalhadamente a respeito das membranas e dos espaços intermembranas que compõem os
cloroplastos. (P.470)
A membrana externa é altamente permeável, a membrana interna é seletiva e é onde se localiza várias proteínas
de transporte estão embebidas. Entre essas membranas fica o espaço intermembranar e juntos formam o
envelope do cloroplasto. A membrana interna circunda um grande espaço chamado estroma, análogo à matriz
mitocondrial e contém muitas enzimas metabólicas. E ainda existe uma terceira membrana, a membrana do
tilacoide, onde se encontra os sistemas de captura de luz, a cadeia transportadora de elétrons e a ATP-sintase,
que produz ATP durante a fotossíntese. O espaço interno de cada tilacoide está conectado ao de outros
tilacoides, formando um terceiro compartimento interno, o espaço do tilacoide.

5. Descreva o processo de captação da energia solar (fase fotoquímica). (P.471;427;473)


Na membrana do tilacoide dos vegetais as moléculas de clorofila são organizadas em grandes complexos
multiproteicos chamados de fotossistemas. Cada fotossistema consiste em um conjunto de complexos antena,
que capturam a energia luminosa, e um centro de reação, que converte a energia luminosa em energia química.
Quando a luz de um comprimento de onda apropriado alcança uma molécula de clorofila, ocorre a excitação
dos elétrons nessa rede difusa, perturbando a forma como os elétrons estão distribuídos. Esse estado perturbado
de alta energia e instável, e a molécula de clorofila tentara se livrar desse excesso de energia para poder retornar
ao seu estado mais estável, não excitado. Para isso, a energia é transferida aleatoriamente a partir de uma
molécula de clorofila para a próxima. Em algum momento, essa energia errante vai encontrar um dímero de
clorofila denominado par especial, que segura os seus elétrons com uma menor energia em comparação com as
outras moléculas de clorofila. Assim, quando a energia e recebida por este par especial, ela torna-se
efetivamente presa. Dentro do centro de reação, o par especial é posicionado próximo a um conjunto de
transportadores de elétrons que estão prontos para receber um elétron de alta energia da clorofila excitada do
par especial. Esses transportador móvel de elétrons é a plastoquinona, ele transfere elétrons de alta energia para
uma bomba de prótons que usa o movimento de elétrons para gerar um gradiente eletroquímico de prótons.
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Capítulo 14: A geração de energia em mitocôndrias e cloroplastos.

Essa transferência de elétrons representa a essência da fotossíntese, pois converte a energia luminosa, capturada
no par especial, em energia química sob a forma de um elétron transferível.

6. Descreva a fase bioquímica (ou reações de fixação de carbono) do processo de fotossíntese, indicando:
(P.471)
Na fase bioquímica da fotossíntese, o ATP e o NADPH produzidos nas reações de transferência de elétrons da
fase fotoquímica da fotossíntese são utilizados para promover a síntese de açucares a partir do CO2. Tais
reações de fixação de carbono podem ocorrer na ausência de luz e, assim, são denominadas reações de fase
escura. Elas se iniciam no estroma do cloroplasto, onde geram um açúcar de três carbonos chamado de
gliceraldeído 3-fosfato. Esse açúcar simples e exportado para o citosol, onde e usado para a produção de
sacarose e uma grande quantidade de outras moléculas orgânicas nas folhas do vegetal.
a) As três fases do ciclo, e mostre quais são as fases que necessitam de energia e qual tipo de energia é
utilizada em cada fase. (P.477)
As três fases do ciclo de Calvin são:
1) Fixação do carbono: Nesse estágio, a enzima rubisco (RuBP carboxilase-oxigenase catalisa a ligaçao do
CO2 a um açúcar co cinco carbonos chamado ribulose bifosfato (RuBP).Entretanto, a molécula de seis
carbonos resultante é instável e rapidamente se divide em duas moléculas de um composto com três carbonos
chamado 3-fosfoglicerato (3-PGA). Assim, para cada CO2,que entra no ciclo, duas moléculas de 3-PGA são
produzidas.
O rubisco, além de ser a proteína mais abundante do planeta, tem um papel crucial na fixação do carbona em
plantas e portanto toda vida na terra depende direta ou indiretamente dela.
2) Redução: O estágio de redução do ciclo de Calvin, que precisa de ATP e NADPH, converte 3-PGA
(produzida no estágio de fixação) em um açúcar com três carbonos. Este processo ocorre em duas etapas
principais:
Primeiro, cada molécula de 3-PGA recebe um grupo fosfato do ATP, tornando-se uma molécula duplamente
fosforilada chamada 1,3-bifosfoglicereato (e deixando um ADP como subproduto).
Segundo, as moléculas de 1,3-bifosfoglicerato são reduzidas (ganham elétrons). Cada molécula recebe dois
elétrons do NADPH e perde um de seus grupos fosfato, tornando-se um açúcar de três carbonos chamado
gliceraldeído-3-fosfato (G3P). Esta etapa produz NADP+e fosfato (Pi) como subprodutos.
O ATP e NADPH usados nessas etapas são produtos das reações fotodependentes (primeiro estágio da
fotossíntese). Ou seja, a energia química do ATP e o potencial redutor do NADPH, ambos produzidos com a
utilização da energia da luz, mantêm o ciclo de Calvin em funcionamento. Reciprocamente, o ciclo de Calvin
regenera o ADP e NADP+, fornecendo os substratos necessários para as reações fotodependentes.
3) Regeneração: Algumas moléculas de G3P irão fazer glicose, enquanto outras devem ser recicladas para
regenerar o receptor RuBP. A regeneração requer ATP e envolve uma rede complexa de reações.
Para que um G3P saia do ciclo (e vá para a síntese de glicose), três moléculas de CO2, devem entrar no ciclo,
fornecendo três novos átomos de carbono fixo. Quando as três moléculas de CO2, entram no ciclo, são
produzidas seis moléculas de G3P. Uma delas sai do ciclo e é usada para produzir glicose, enquanto as outras
cinco são recicladas para regenerar as três moléculas do receptor RuBP.
b) O substrato e o produto do ciclo, mencionado a importância da principal enzima do ciclo de Calvin
(ou ciclo de fixação de carbono). (P.476;477)
• Carbono:3CO2 se ligam a 3 aceptores RuBP, produzindo 6 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (G3P).
• 1 molécula de G3P deixa o ciclo e é direcionada para a produção de glicose.
• 5 moléculas de G3P são recicladas, regenerando 3 moléculas aceptoras de RuBP.
• ATP: 9 ATPs são convertidos em 9 ADP (6 durante a etapa de fixação, 3 durante a etapa de
regeneração).
• NADPH: 6 NADPH são convertidos em 6 NADP+(durante a etapa de fixação).

7. Localize, em um esquema, os sítios de produção de ATP e NADPH no cloroplasto. Onde estes dois
compostos serão utilizados? (P.470)
A membrana do tilacoide produz ATP e NADPH.
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Capítulo 14: A geração de energia em mitocôndrias e cloroplastos.

O ATP e o NADPH produzidos nas reações de transferência de elétrons


da fase 1 da fotossíntese são utilizados para promover a síntese de
açucares a partir do CO2.

8. O que é o complexo antena e o que acontece nesse complexo?


(P.472)
O complexo antena captura a energia luminosa e o transfere para um centro de reação, que converte a energia
luminosa em energia química. Em cada complexo antena, centenas de moléculas de clorofila estão dispostas de
forma que a energia luminosa captada por uma molécula de clorofila possa ser transferida para uma molécula
de clorofila adjacente no sistema. Dessa maneira, a energia é transferida aleatoriamente a partir de uma
molécula de clorofila para a próxima. Em algum momento não específico a energia que está passando pelas
clorofilas do complexo antena encontrará um dímero de clorofila, que se localiza no centro de reação,
denominado par especial. Nesse local a energia será convertida de luminosa para química.

9. Explique a importância do gliceraldeído-3-fosfato (oriundo de ciclo de Calvin) para a síntese de


carboidratos, descrevendo os dois carboidratos mais comuns que podem ser produzidos a partir deste
composto. (P.478;479)
O gliceraldeído 3-fosfato produzido pela fixação de carbono no estroma dos cloroplastos e pode ser convertido
em açúcar.
Durante os períodos de intensa atividade fotossintética, muito deste açúcar fica retido no estroma do cloroplasto
e é convertido em amido. O amido é um grande polímero de glicose que serve como reserva de carboidratos,
sendo armazenado como grânulos grandes no estroma do cloroplasto. Pode também ser convertido no citosol
em muitos outros metabolitos, incluindo o dissacarídeo sacarose. A sacarose é a principal forma na qual o
açúcar é transportado entre as células vegetais: assim como a glicose é transportada no sangue dos animais, a
sacarose e exportada das folhas, pelos feixes vasculares, para fornecer carboidratos para o restante do vegetal.

10. Existem outros organismos capazes de produção de ATP e NADPH no cloroplasto. Onde esses dois
compostos serão utilizados?
O ATP e o NADPH produzidos nas reações de transferência de elétrons da fase 1 da fotossíntese são utilizados
para promover a síntese de açucares a partir do CO2.

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