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Fotoautotrofia

É o mecanismo de realização da fotossíntese na presença de CO2, água,


luz e clorofila, produzindo hidratos de carbono com libertação de
oxigénio; isto é, o processo de transformação da energia luminosa em
energia química armazenada nas ligações de carbono.

Estas reacções bioquímicas resultam da absorção de energia solar


(luminosa) e a sua utilização para a síntese de compostos orgânicos
ricos em energia. Por outras palavras é um processo de
transformação de energia solar em energia química.
ESTRUTURA DOS CLOROPLASTOS

 Organelo presente nas plantas e outros organismos fotossintetizadores. Possui clorofila,


pigmento responsável pela sua cor verde. Delimitados por duas membranas
lipoprotéicas: Membrana externa lisa, permeável a iões e pequenas moléculas.
Membrana interna é composta por várias dobras (vesículas)
formando os tilacóides, grana e as lamelas, envolvidos por uma
porção aquosa, estroma.

Estroma – fase aquosa com a maioria das enzimas das reacções de assimilação de C.
Membranas tilacóides estão embebidos os complexos com pigmentos
fotossintetizadores e transportadores de electrões que promovem as reacções
luminosas (fotossistemas – FSI e FSII), transportadores de electrões que unem os
fotossistemas e a e ATP sintase.
A luz é uma forma de radiação electromagnética que se propaga em uma

velocidade de 3.108 m/s no vácuo. O sol erradia energia mas a atmosfera da

terra é transparente a apenas parte do infravermelho e do ultravioleta e toda

luz visível (380nm a 750nm).

A radiação fotossínteticamente activa (RFA) esta compreendida no espectro da

luz visível (400 a 700nm).

Comprimento de onda (λ): é a distância entre cristas de onda sucessivas.


Frequência (v): é o número de cristas de onda num determinado tempo.
O total de energia de fotões (E= N * h * v) absorvido por um mol de um
composto é chamado de Einstein, e se refere a quantidade de energia necessária
para iniciar uma reacção.
• A luz é emitida na forma de discretas unidades de energia, designadas de
fotões ou quanta, a energia carregada por um fotão pode ser chamada de
quantum. A energia de em quantum (E = h * c/ λ ) é directamente
proporcional a frequência de onda (v = c/ λ ) e inversamente
proporcional (E a 1/ λ ) ao seu comprimento de onda.

Legenda das abreviaturas:


N = numero de avogadro que equivale a 6,023.1023 átomos (ou moléculas por mol).
h = constante de plank que equivale a 1,584.10-37.
v = frequência da radiação em ondas ou ciclos por segundo.
c = é a velocidade da luz no vácuo (3.108 m.s-1).
λ = Comprimento de onda em manómetros.
PIGUIMENTOS FOTOSSÍNTETICOS
Pigmentos são compostos orgânicos capazes de absorver a radiação solar
visível ou radiação fotossínteticamente activa (RFA). Esses compostos são
localizados no interior dos cloroplastos, especificamente, nos tilacóides e
lamelas.

As
Principais
Classes são:
PIGUIMENTOS FOTOSSÍNTETICOS
a) Clorofilas

b) Carotenóides
PIGUIMENTOS FOTOSSÍNTETICOS

Os pigmentos fotossintéticos possuem espectro de absorção diferente


o que confere exploração e eficiência distintas do espectro de da
emissão da luz solar.
Fotossistemas FSI e FSI

• Fotossistema – é um sistema de diferentes pigmentos com a função de


captar a luz a variados comprimentos de onda e transporta-los de um
pigmento para o outro ate ao centro de reacção.
A energia luminosa absorvida por uma molécula de pigmento em qualquer lugar no
complexo antena ou complexo de coleta de luz é transferida para uma outra molécula de
pigmento, e assim por diante, até atingir o centro de reação, que tem seu par especial de
moléculas de clorofila a. (transferência de energia por ressonância).

Quando uma das duas moléculas de clorofila a do centro de reação absorve a energia, um de seus
elétrons é elevado para um nível maior de energia e é transferido para uma molécula receptora de
elétrons para iniciar o fluxo eletrônico.

Os dois tipos diferentes de fotossistemas, o fotossistema I e o fotossistema II, são ligados por uma cadeia
transportadora de elétrons. Os fotossistemas foram numerados segundo a ordem de sua descoberta. No
fotossistema I, o par de moléculas especiais de clorofila a do centro de reação é conhecido como P700. A
letra “P” diz respeito a pigmento e o subscrito “700” designa o pico ótimo de absorção em nanômetros. O
centro de reação do fotossistema II também contém um par de moléculas especiais de clorofila a. Seu
pico ótimo de absorção é de 680 nanômetros e, portanto, é chamada P680.
A clorofila excitada é extremamente instável e ela pode retornar para o estado
fundamental através dos seguintes processos:
a) Fluorescência – a molécula de clorofila re-emite um fóton de luz e retorna para
o seu estado fundamental.
b) A molécula pode converter a energia na forma de calor, sem nenhuma
emissão de fótons.
c) Transferência de energia – a molécula excitada transfere sua energia para outra
molécula por ressonância induzida.
d) Reação Fotoquímica – Neste processo a energia do estado excitado é usada
para impulsionar uma transferência de elétrons.
Fluxo não cíclico de elétrons resunta nos seguintes produtos:
 A oxidação da água para oxigênio por fotossistema II

 O complexo do citocromo b6/f liga os fotossistemas II e I


 Síntese do ATP pelo complexo de ATP sintase
 O NADP+ é reduzido a NADPH no fotossistema I

Os prótons liberados no lúmen do tilacoide durante a oxidação da água e o


bombeamento de prótons através da membrana tilacoide para dentro do
lúmen por meio do complexo do citocromo b6/f juntos geram um gradiente
de prótons eletroquímico, que aciona a síntese de ATP.
Na luz, os elétrons fluem continuamente da água através dos fotossistemas II
e I para o NADP+, resultando na oxidação da água (H2O) a oxigênio (O2) e
na redução do NADP+ a NADPH. Esse fluxo de elétrons unidirecional da
água para o NADP+ é chamado fluxo não cíclico de elétrons, e a produção
de ATP que ocorre é chamada fotofosforilação não cíclica.

Na medida em que o fotossistema II supre elétrons para o fotossistema I, para


a eficiência da fotossíntese, as taxas de distribuição de fótons para os dois
centros de reação devem ser iguais. Quando as condições de luz favorecem
um ou outro fotossistema, a energia excedente é redistribuída entre eles,
resultando em um balanço igual de energia nos dois centros de reação.
A fotofosforilação cíclica gera apenas ATP e o fotossistema I trabalhar
independentemente do fotossistema II.

O ATP é produzido a partir do ADP pelo mesmo mecanismo quimiosmótico


da fotofosforilação, mas o oxigênio não é liberado e o NADP+ não é
reduzido.
Acredita-se que os primeiros organismos fotossintetizantes tinham apenas um
sistema como o fotossistema I, e algumas bactérias fotossintetizantes
sobreviventes também só apresentam um fotossistema I. Com apenas o
fotossistema I, a fotofosforilação cíclica constitui a única via possível de
fluxo de elétrons, visto que, na ausência de um fotossistema II, nenhuma água
é clivado para fornecer os elétrons necessários na produção de NADPH. Por
conseguinte, o único produto da fotofosforilação cíclica é o ATP.

A F.C, fornecendo ATP extra, é necessária para suprir as necessidades do


ciclo de Calvin.
Fotofosforilação: Hipótese de Mitchell/ Hipótese de
Acoplamento Quimiostático (Quimiosmótico)
A hipótese de Mitchell parte do principio de que:
 A membrana dos tilacóides é impermeável a protões H+ e que para a passagem
desses protões através da membrana precisam ou tem de existir um transportador.
 Que esses elementos transportadores de electrões devem possuir posições
assimétricas dentro da membrana.

 Forma-se um gradiente de protões no interior da membrana dos tilacóides (grande


concentração de protões no interior)
 Os protões são utilizados na formação de ATP, que ocorre num elemento especial
designado ATP . sintetase ou factor copulativo é uma enzima
 Os protões saem do interior da membrana através da ATP-sintetase por um
processo osmótico.
 É nos tilacóides dos cloroplastos onde ocorre a fotofosforilação (Formação do
ATP).
Fotofosforilação: Hipótese de Mitchell/ Hipótese de
Acoplamento Quimiostático (Quimiosmótico)
Inibição da Fotossíntese pelo Excesso de Luz
O excesso de luz pode inibir a fotossíntese através de dois processos: Foto-
inibição (reversível) e Foto-oxidação (irreversível).

A foto-inibição envolve danos aos centros de reacção, especialmente FSII, quando eles são
sobreexcitados. O que acontece no FSII é que perda da proteína envolvida na transferência de
electrões entre P680 e PQ. Esta proteína pode ser recuperada posteriormente.

Foto-oxidação é um processo irreversível e envolve directamente os pigmentos receptores de


luz. Quando estes absorvem muita luz, ficam muito tempo excitados e interagem com o CO2
produzindo radicais livres, como superóxido (O2-), o qual pode destruir os pigmentos. Há
algumas defesas bioquímicas, como a enzima superóxido dismutase (SOD) que destrói os
radicais livres, mas essas defesas são insuficientes se a exposição à alta luminosidade é
prolongada.
 Não se Esqueçam de fazer uma leitura atensiosa desta
aula para melhor percepção da proxima aula.

 Reacção de Fixação do Carbono – Fase Química


(Ciclo de Calvin-Benson)
 Síntese do amido e sacarose

 Regulação do Ciclo de Calvin

 Fotorrespiração

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