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Programa de Pós-Graduação em Horticultura Irrigada - PPGHI

RELATÓRIO 5

Fotossíntese: Reações luminosas

Nilo Ricardo Corrêa de Mello Júnior

Docentes:
Elizabeth Orika Ono
João Domingos Rodrigues

Juazeiro, 19 de abril de 2023.


FOTOSSÍNTESE: REAÇÕES LUMINOSAS

A fotossíntese é a síntese luz, é também o processo mais importante da natureza.


O mais ativo dos tecidos fotossintéticos das plantas superiores é o mesofilo. As células
do mesofilo possuem muitos cloroplastos, os quais contêm os pigmentos verdes
especializados na absorção de luz, as clorofilas. Para existir fotossíntese é necessário que
ocorra uma reação de oxirredução, em que a água é o grande doador de elétrons para o
sistema e o receptor é o CO2, formando assim grandes compostos carbonados, sobretudo
açúcares.
A vida na terra depende essencialmente da energia proveniente do sol. Além das
plantas, algumas bactérias quimiofotossintetizantes são capazes de realizar fotossíntese.
Da energia solar que atinge a terra 50% são refletidas pelas nuvens e gases. A radiação
que permanece, apenas 50% estão na região espectral da luz que poderia atuar na
fotossíntese. Contudo, 40% desta é refletida pela superfície oceânica, apenas 7% chegam
à terra e desta, apenas 2% atingem as plantas, sendo que apenas 0,2% são aproveitados
no processo fotossintético.
A planta absorve carbono do ar e, na presença de luz e com água disponível no
solo e na planta o incorpora na forma de carboidratos. Os organismos fotossintetizantes
utilizam a energia luminosa para sintetizar carboidratos e liberar O2, a partir do CO2 e
H2O. Com isso, ocorre a transformação da energia luminosa em energia química, sendo
esse o princípio físico-químico da oxirredução. A síntese orgânica ocorre através dos
elétrons → H2O; Energia → Luz.

RELAÇÃO FONTE-DRENO

A translocação ocorre a partir de áreas de produção de fotossintatos, as chamadas


Fontes, para áreas de metabolismo intensivo ou órgãos de reserva, os chamados Dreno.
A fonte inclui qualquer órgão de exportação, normalmente uma folha madura e totalmente
expandida, que é capaz de produzir fotossintato além de suas necessidades. Um outro tipo
de fonte é um órgão de reserva, durante a fase de exportação. Dreno inclui órgãos não
fotossintetizantes da planta e órgãos que não produzem produtos fotossintéticos o
suficiente para o seu crescimento ou necessidades de reservas. Toda substância produzida
é distribuída por toda a planta.
FATORES DA PRODUÇÃO VEGETAL

A fotossíntese é a base de toda produção vegetal. As práticas de agronômicas de


manejo, auxiliam a atenuar os estresses sofridos pelas plantas e em consequência,
aumentam a produtividade. Os fatores do ambiente como luz, CO2, H2O, minerais,
temperatura do ar e solo, atuam diretamente nos hormônios vegetais. Toda produtividade
está regulada pelos hormônios vegetais. Para elevar as taxas de fotossíntese líquida (maior
produtividade) é necessário ter o aumento da fotossíntese bruta e diminuindo as perdas (
↓ R + FR) = C3.
Equação da produtividade:
↑ P (FL) = ↑ FT - ↓ (R) = C4
↑ P (FL) = ↑ FT - ↓ (R + FR) = C3

LOCAL DA FOTOSSÍNTESE

Nos eucariotos fotossintetizantes, a fotossíntese acontece nos cloroplastos. Os


aspectos mais marcantes da estrutura do cloroplasto é seu extenso sistema de membranas
internas conhecidas como tilacoides. Toda a clorofila está contida nesse sistema de
membranas, que é o local das reações luminosas da fotossíntese.
As relações de redução do carbono, que são catalisadas por enzimas
hidrossolúveis, ocorrem no estroma, a região do cloroplasto fora dos tilacoides. De certa
forma, os tilacoides parecem estar intimamente associados entre si. Essas membranas
empilhadas são conhecidas como lamelas granais, individualmente são chamadas de
granum.

RELAÇÃO ENTRE FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO

Quando a luz solar entra em contato com a planta ela produz açucares, esses
açucares são utilizados para armazenar a energia da luz solar nos elétrons que ligam
carbono com carbono. Contudo, para que ela possa utilizar essa energia da luz solar, ela
precisa respirar o açúcar produzido. A planta ela respira o açúcar, quebrando a molécula
de CO2 + H2O, junto com a luz solar, transformando a em uma molécula orgânica para
que na mitocôndria essa energia possa se converter em ATP.

FASES DA FOTOSSÍNTESE

As fases da fotossíntese responsáveis pelas reações luminosas são a fase I


(absorção da luz) e fase II (transformação de energia da luz em energia química). A fase
III é responsável pelas reações de carboxilação, que é a utilização da energia química para
síntese orgânica.
É importante salientar que para que ocorra a síntese orgânica são necessários 2
fatores, a presença de elétrons e energia.

RADIAÇÃO SOLAR E PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS

A luz se propaga por ondas eletromagnéticas, a energia da luz ela é absorvida e


transformada pelos pigmentos. A propriedade das ondas permite que elas se propaguem
no espaço, suas partículas, são fótons que são emitidos e absorvidos. A energia de um
fóton, via depender da sua frequência.
A luz solar é como uma chuva de fótons de diferentes frequências. O olho humano
é sensível a apenas uma pequena faixa de frequências, a região da luz visível do espectro
eletromagnético. Luz com frequências levemente superior, comprimento de onda mais
curtos, está na faixa do ultravioleta do espectro, e luz com frequências levemente
inferiores, comprimentos de onda mais longos, estão na faixa do infravermelho. Dentro
do comprimento das ondas, da luz visível, as plantas não conseguem utilizar todo o
comprimento na fotossíntese, os comprimentos absorvidos são de 400 a 500 e de 600 a
700, não absorvendo o espectro da luz verde.
A equação de Planck refere-se aos níveis energéticos, onde E= Nh v/λ que é igual
z energia para ativar a superfície. Portanto, conclui-se que a energia de uma radiação
luminosa é inversamente proporcional ao seu comprimento, quanto maior o comprimento
de onda, menor o nível energético e vice-versa. As plantas vão absorver em maior
intensidade, da luz branca, o azul e o vermelho. A clorofila parece verde ao olho humano
porque ela absorve luz principalmente nas porções vermelha e azul do espectro. Desse
modo, apenas uma parte da luz enriquecida nos comprimentos de onda do verde, cerca de
550 nm, é refletida para o olho humano, por isso enxergarmos a cor verde nas folhas.
A distribuição de elétrons na molécula excitada é, de certa forma, diferente da
distribuição na molécula em estado-base. A absorção da luz azul excita a clorofila a um
estado energético mais elevado do que a absorção de luz vermelha, pois a energia dos
fótons é maior quando seus comprimentos de onda são mais curtos. No estado de maior
excitação, a clorofila é extremamente instável, ela rapidamente libera parte de sua energia
ao meio como calor, entrando em um estado de menor excitação, no qual vai permanecer
estável por um máximo de alguns nanosegundos.
CLOROPLASTOS

Além das membranas internas e externas, essas organelas possuem outros


sistemas de membrana, os tilacoides (fases I e II). Como falado anteriormente, os
tilacoides estão dispostos em pilhas, possuem pigmentos fotossintéticos e é onde ocorre
as reações luminosas. Estando presentes também o lúmen, que é uma cavidade entre duas
membranas dos tilacoides e as lamelas do estroma, que conectam os grana adjacentes. O
estroma encontrado também nos cloroplastos, possui material amorfo, muito parecido
com um gel e rico em enzimas, é lá que ocorre as reações de carboxilação (fase III) e,
também é possível encontrar grãos de amido.
As plantas C3 possuem apenas 1 tipo de cloroplasto, localizado no mesofilo,
enquanto as plantas C4 tem dois tipos, anatômica e fisiologicamente diferentes um do
outro e são localizados no mesofilo e na bainha do feixe vascular. Eles se diferenciam
pois os cloroplastos da bainha da C4 são ≠ morfologicamente da C3 e fisiologicamente
igual, sendo capaz de efetuar a fase 3. Os cloroplastos da C4 não possuem grana ou quando
tem são muito pouco diferenciados, no entanto, contém enormes grãos de amido no
estroma.
Os pigmentos fotossintéticos são encontrados nos tilacoides e nas lamelas, sendo
essenciais para a fotossíntese uma vez que eles absorvem a energia da luz e a direciona
para os fotosistemas. os carotenoides são pigmentos acessórios capazes de captar energia
solar e são utilizados como fotoprotetores do aparelho fotoquímico, pois dissipam o
excesso de energia. Dentre os pigmentos fotossintetizantes a clorofila a é a mais
importante, sendo o pigmento utilizado para realizar a fotoquímica (o primeiro estágio do
processo fotossintético), enquanto os demais pigmentos auxiliam na absorção de luz e na
transferência da energia radiante para os centros de reação.

PRINCÍPIO DE ABSORÇÃO DE LUZ

A luz só tem atividade fotoquímica se for absorvida através dos pigmentos. A luz
vermelha, eleva os elétrons da clorofila a um estado de energia menor, chamado de
primeiro singlete. Em seu estado de energia excitado, a clorofila é extremamente instável,
de modo que o elétron retorna ao estado basal e a energia pode ser liberada de diversas
maneiras, através da liberação de calor; a fluorescência, onde a luz é emitida em um
comprimento de onda mais longo, havendo perda de energia; ode ocorrer transferência de
energia para moléculas adjacentes à clorofila excitada e a molécula excitada pode perder
seu elétron para outra molécula que seja aceptora de elétrons e assim iniciar a etapa
fotoquímica. Vale ressaltar que esse é o processo que ocorre predominantemente.
Sendo assim, é importante salientar que que a luz vermelha é mais eficiente do
que a luz azul, pois joga mais elétron dentro do meta estado, mesmo sendo menos
energética que a luz azul.
REFERÊNCIAS

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
918p.

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