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Fotossíntese
Fotossíntese e o Alimento
Todas as nossas necessidades energéticas nos são fornecidas pelos vegetais, seja
diretamente, ou através dos animais herbívoros.
A Fotossíntese e a Energia
A celulose é um dos produtos da fotossíntese que constitui a maior parte da
madeira seca. Quando a lenha é queimada, a celulose é convertida em CO2 e água com
o desprendimento da energia armazenada em sua estrutura. Assim como na
respiração, a queima de combustíveis libera a energia armazenada para ser convertida
em formas de energia útil; por exemplo, quando queimamos álcool nos nossos
automóveis, estamos convertendo a energia química em energia cinética. Além do
álcool que é amplamente utilizado no Brasil como combustível, no norte do país o
bagaço de cana é largamente empregado para gerar energia nas usinas de
beneficiamento da cana de açúcar.
A Fotossíntese, as Fibras e os Materiais sintéticos
Hoje em dia fala-se muito em reciclagem de papel como forma de se evitar a
degradação do ambiente, seja no acúmulo de dejetos, seja na preservação das
florestas. A matéria-prima do papel é a celulose e a partir desta, uma gama de
materiais são sintetizados com as mais diversas finalidades: roupas, filtros, fibras
naturais e artificiais e vários outros polímeros derivados da celulose. Outros materiais
que têm como origem a fotossíntese são as borrachas naturais.
A Fotossíntese e o Ambiente
Atualmente há uma discussão em torno do efeito estufa que seria causado pelo
CO2 entre vários outros gases. Como fora dito anteriormente, durante a fotossíntese,
CO2 é convertido em carboidratos e outros compostos, com a produção de O2.
A Fotossíntese e a Eletrônica
À primeira vista, a fotossíntese tem pouca ou nenhuma associação com a
eletrônica, entretanto há potencialmente uma forte conexão entre esses dois campos
do conhecimento. Hoje, procuram-se desenvolver tecnologias de transmissão de
informação que sejam mais rápidas e compactas possíveis, chegando-se até à
dimensão molecular (nanotecnologia). Procura-se substituir os elétrons pela luz nos
processos de transmissão de informação, como hoje já é feito nos cabos de fibra
óptica na telefonia. É neste ponto em que se faz a interface entre os dois campos de
conhecimento, a fotossíntese e a eletrônica. Ao compreendermos como as plantas
absorvem luz e como controlam o movimento desta energia absorvida, da antena para
os centros de reação e como converter a luz em energia elétrica e finalmente em
energia química, nós poderemos construir computadores em escala molecular.
A Fotossíntese e a Medicina
A luz pode ser altamente maléfica se não for devidamente controlada, temos
como exemplos os inúmeros casos de câncer de pele. As plantas têm que absorver luz
com o mínimo de dano para ela mesma. A compreensão das causas dos danos
causados pela luz e os mecanismos naturais de proteção, pode beneficiar-nos em
áreas alheias à fotossíntese como a medicina.
Metodologia
A Descoberta da Fotossíntese
Na primeira metade do século 17, o médico Van Helmont cultivou uma planta em um
jarro com terra e regou a planta somente com água da chuva. Ele observou que após 5
anos, a planta tinha crescido bastante, mas a quantidade de terra no jarro quase não
decresceu. Van Helmont concluiu que o material utilizado pela planta para o seu
crescimento veio da água utilizada para regá-la. Em 1727 o botânico inglês Stephan
Hales observou que as plantas usavam principalmente o ar como fonte de nutrientes
para o seu crescimento. Entre 1771 e 1777, o químico Joseph Priestly descobriu que
quando ele colocava uma vela no interior de um jarro emborcado, a chama extinguia-
se rapidamente sem que a cera fosse completamente consumida. Posteriormente ele
observou que se um camundongo fosse colocado nas mesmas condições ele morreria.
Ele mostrou então que o ar que fora consumido pela vela e pelo camundongo, poderia
ser restaurado por uma planta. Em 1778, Jan Ingenhousz repetiu os experimentos de
Priestly e observou que era a luz a responsável pela restauração do ar. Ele observou
também que somente as partes verdes das plantas tinham essas propriedades. Em
1796, Jean Senebier mostrou que o CO2 era quem consumia o ar e que o mesmo era
fixado pelas plantas durante a fotossíntese. Logo em seguida, Theodore de Saussure
mostrou que o aumento da massa das plantas durante o seu crescimento não poderia
ser devido somente à fixação de CO2, mas também devido à incorporação da água.
Assim a reação básica da fotossíntese foi concluída:
nCO2 + nH2O + luz ---> (CH2O)n + nO2
onde “n” é o número de mol das espécies moleculares envolvidas.
O que é fotossíntese?
Equação 6H2O + 6CO2 -> 6O2 + C6H12O6 Equação 12H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6 + 6H2O
simplificada não simplificada clorofila
A água e o CO2 são pouco energéticos, enquanto que os carboidratos formados são
altamente energéticos. Portanto a fotossíntese transforma energia da radiação solar
em energia química.
As etapas da fotossíntese
Com estas técnicas, descobriu-se, por exemplo, que a fotossíntese ocorre ao longo de
duas etapas:
A fase fotoquímica, fase luminosa ou fase clara (fase dependente da luz solar) é a
primeira fase do processo fotossintético. A energia luminosa é captada por meio de
pigmentos fotossintetisantes, capazes de conduzi-la até o centro de reação.
Plantas jovens consomem mais dióxido de carbono e libertam mais oxigénio, pois o
carbono é incorporado a sua estrutura física durante o crescimento.
A clorofila é responsável pela absorção de energia luminosa que será utilizada numa
reação complexa na qual o dióxido de carbono reage com a água, formando-se glicose
(base dos hidratos de carbono), que é armazenada e utilizada pelas plantas,
libertando-se, como resíduo desta operação, moléculas de oxigênio.
É importante realçar que a fase escura não ocorre apenas à noite ou na ausência de
luz, o nome refere-se ao fato desta fase não necessitar da luz para funcionar. Ela
acontece logo após a fase clara numa reação em cadeia até que o substrato se esgote.
Estrutura do cloroplasto
Ao invés de ser transferido para o NADP+ o elétron emitido pela P700 excitada vai para
ferredoxina e para a cadeia transportadora de elétrons, entre o FS1 e o FS2 e descem
através de outra cadeia até a molécula aprisionadora do FS1, estimulando o transporte
de íons H+ e promovendo a produção de ATP. Os aceptores da cadeia transportadora
são chamados de citocromos e o aceptor final chama plastocianina. Quando o elétron
chega na plastocianina, ele retorna à P700, formando um ciclo.
Fotofosforilação acíclica
O aceptor Q transfere seu elétron para a plastocianina, porém antes passa por
aceptores, liberando de forma gradativa sua energia para bombear os íons H+
presentes no estroma para o lúmen do tilacóide.
Nessa fase chamada de ciclo de Calvin ou ciclo das pentoses, que ocorre no estroma
do cloroplasto, o tilacóide fornece ATP e NADPH2 ao estroma do cloroplasto, onde se
encontra a pentose (ribulose fosfato), essa pentose ativada por um fosfato, fixa
o carbono que provém do dióxido de carbono do ar sob a ação catalisadora da
"rubisco" (ribulose bifosfato carboxilase-oxidase) e em seguida é hidrogenada pelo
NAPH2 formando o aldeído que dará origem à glicose. Para a síntese de uma molécula
de glicose são fixadas seis de dióxido de carbono, permitindo que o processo recicle a
ribulose fosfato. A devolvendo ao estroma. Desta fase resulta a formação de
compostos orgânicos como a glicose, necessária à atividade da planta. Esta fase é
denominada fase escura, no entanto é um termo utilizado de forma inadequada, pois
para a "rubisco" entrar em atividade determinando a fixação do CO2 atmosférico para
a formação de moléculas de glicose, ela precisa estar num estado reduzido, e para isso
acontecer é necessário que a luz esteja presente.
Equação: 6CO2 + 12NADPH2 + 18ATP -(enzimas)-> 12NADP + 18ADP + 18P + 6H2O + C6H12O6