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ENGENHARIA QUÍMICA
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6
4. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 34
5. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 36
1. INTRODUÇÃO
6
Um dos motivos da nova repopularização da utilização de plantas medicinais é a
descoberta de efeitos secundários preocupantes causados pelo uso em excesso de fármacos
sintéticos. [6]
O uso seguro de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos ainda é
comprometido, pois um número ínfimo de espécies vegetais, que apresentam características
medicinais, foi avaliado por novas metodologias mais modernas. [4]
No Brasil, o controle da comercialização e a pesquisa de medicamentos natural de
plantas medicinais ou medicamentos fitoterápicos, ainda são principiantes e assim necessita de
maior atenção de orgãos públicos e privados. [1]
Medicamentos fitoterápicos podem ser vistos como a evolução para o uso de plantas
medicinais, pois não se baseiam mais em conhecimentos antigos de populações, mais sim em
estudos para confirmações de eficácia e riscos apresentados pela droga vegetal, levando a um
produto padronizado que evita contaminações com microorganismos, permitindo um uso mais
seguro. [7]
1.2. Fitoterápicos
7
valores inferiores, com efeitos mais adequados ou simplesmente como terapia complementar.
[4]
8
planta como crescimento, respiração e fotossíntese (como aminoácidos, proteínas e vitaminas).
[5,8]
As substâncias que apresentam algum efeito medicinal podem ser usadas de formas
diferentes. Suas aplicações podem ser feitas de forma isolada, na forma de um extrato bruto ou
extrato purificado. [10]
Essas substâncias podem ser classificadas de acordo com suas estruturas químicas, seus
efeitos farmacológicos e seus comportamentos físico-químicos. [10]
A divisão mais comumente utilizada para ativos encontrados em plantas são:
Glicosídeos
Saponinas
Cianogenéticos
Cumarínicos
Flavonóides
Cardioativos
Alcalóides
Taninos
9
Óleos essenciais
Outros ativos (polissacarídeos, lipídeos, terpenos, peptídeos, antibióticos etc).
[10]
1.4.1. Saponinas
As saponinas são glicosídeos, ou seja, são substâncias que formadas por parcela de
açúcar (glicona) ligada a um grupo aglicona, que demonstra caráter terapêutico. [8]
Trata-se de um grupo de substância que apresenta características emulsificantes,
detergente e dulcificante. São usados diretamente pela ação laxativa, diurética, digestivas, anti-
inflamatórias e expectantes. [8,11]
O grupo saponinico ajuda na absorção de vários medicamentos, sendo utilizadas
também em combinações com outras plantas. [8]
Uma das suas propriedades mais marcantes é a de formação de espuma persistente em
solução aquosa quando agitada. Essa espuma formada se mantém inalterável pela adição de
ácidos minerais a solução. [10,11, 12]
Essa característica é explicada por sua estrutura, que contém uma parte hidrofóbica, e
uma parte hidrofílica ou lipofílica (afinidade com lipídeos), formada por um ou mais açúcares,
apresentando característica anfifílica (apresentam diminuição na tensão superficial da água e
suas ações detergentes e emulsificantes). [10]
Doses elevadas de saponinas na corrente sanguínea podem levar a hemólise, devido à
desorganização da membrana dos glóbulos vermelhos do sangue. [8,10]
As saponinas são classificadas quimicamente pela presença de dois tipos de núcleos
fundamentais da aglicona, a saponina esteroidal ou saponina triterpênico, como está ilustrado
na Figura 1 e Figura 2. Elas também podem ser classificadas de acordo com seu caráter ácido,
básico ou neutro. [10,12]
10
Figura 1: Estrutura molecular comum da saponina
esterioidal. O ciclohexano B pode variar com uma
dupla ligação
Fonte: Autor
Figura 2: Estrutura molecular comum das saponinas triterpênicas. A estrutura molecular a direita
representa saponina triterpênica lupeol, que diverge das estruturas moleculares comuns.
Fonte: Autor
1.4.2. Taninos
11
Figura 3: Estrutura molecular de taninos
condensados
Fonte: Autor
1.4.3. Flavonóides
Ativos flavonóides são substâncias que apresentam 15 carbonos em sua estrutura base.
Existem aproximadamente 200 flavonóides identificados. Podem se apresentar no estado livre
[8,11]
ou na forma heterosídica.
Por possuírem uma grande variação química, os flavonóides são subdivididos em
classes específicas de acordo com suas estruturas químicas com forme a Figura 4, Figura 5 e
Figura 6. Cada subgrupo apresenta propriedades físico-químicas levemente diferentes. São
elas:
Flavonas: Apresenta um benzeno na posição orto
Antocianidinas: Apresenta ressonância
Isoflavonas: Possui um benzeno na ligação meta
Catequinas: Dispõe de uma função éter no carbono 3
Chalconas: É um grupo de substâncias muito oxigenadas e apresentam maior
reatividade
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Figura 6: Da esquerda para a direita, estrutura molecular das catequinas, chalconas e flavonóis
Fonte: Autor
1.4.4. Alcalóides
Fonte: Autor
O termo “aloe” provavelmente foi derivado das três palavras ou de uma delas, do grego
“alóe”, do árabe “alloeh” e/ou do hebraico “halal” e em todas as palavras tem como definição
“substância amarga e brilhante”. [14]
As Aloes têm como característica folhas suculentas, mantendo um grande acúmulo de
água, fazendo delas adaptáveis a ambientes áridos. [9]
O gênero Aloe é formado por uma variedade de mais de 400 espécies vegetais distintas,
porém o uso medicinal dessas plantas como medicamentos é restrito há algumas espécies que
não causam danos à saúde humana. A exploração dessas espécies na indústria farmacêutica tem
crescido exponencialmente, principalmente as espécies: Aloe barbadensis Miller, Aloe ferox,
Aloe arborensis e a Aloe Perryi Baker. A mais utilizada na indústria de cosméticos e de
14
fitoterápicos é a espécie Aloe barbadensis Miller que apresenta uma maior quantia de
princípios ativos, tanto no parênquima de reserva, quanto no parênquima clorofiliano. [9,14]
A Aloe vera (L.) Burm. F., Aloe barbadensis Miller, ou simplesmente babosa (como é
popularmente conhecida no Brasil), é uma espécie vegetal da família Asphodelaceae, que é
dividida em 785 espécies vegetais, distribuídos em 18 gêneros diferentes. [5]
Aloe vera do latim “Aloés verdadeiro”, é uma planta que apesar de ter alcançado uma
boa adaptação no Brasil, trata-se de uma espécie natural do continente africano, provavelmente
da África do Sul, tendo a sua introdução no período colonial. [9]
Essa espécie vegetal apresenta inúmeras propriedades medicinais distintas, encontradas
nos extratos, tanto do parênquima de reserva, quanto do parênquima clorofiliano, situadas nas
suas folhas. Por essa pluralidade de substâncias com efeitos benéficos a saúde, o uso dessa
planta em produtos apresenta um leque grande de aplicações na área da saúde, em mercados
como o farmacêutico, da beleza e alimentício (em alguns países como o Brasil, ainda não é
[5,15]
regularizado sua ingestão).
A comercialização de produtos derivados da babosa vem apresentando uma grande
evolução no mercado mundial, aumentando a necessidade de matéria vegetal, levando a uma
crescente nas áreas de cultivo dessa planta. [5]
No Brasil o uso da Aloe Barbadensis Miller ainda é limitado por órgãos reguladores,
(como a ANVISA), principalmente pela falta de uma total compreensão dos efeitos do seu
consumo. [15]
A babosa é uma planta de cor verde, ocasionalmente apresentam manchadas, com folhas
que apresentam uma face ventral plana, e uma fase dorsal convexa, com textura lisa, expondo
espinhos ao redor das suas bordas, com comprimentos que variam de 30 a 75 cm, relativamente
grossas, com formato de lança, distribuídas em formas de rosetas basais. Trata-se de uma planta
que se adapta a vários tipos de solo, adaptando-se melhor em solos arenosos e leves (drenado),
não exigindo muita irrigação. É uma planta que necessita de luz solar intensa e constante,
adaptando-se bem a regiões agressivas a maioria das plantas, como regiões desérticas ou
cerrado, como ocorreu no Brasil. [9,14,16]
15
Essa espécie perene, quando adulta apresenta por volta de 50 folhas que podem atingir
até 75 cm de altura e peso de 1,4 a 2,3 kg cada. No verão, o vegetal floresce, como
exemplificado na Figura 8, em uma haste floral de meio metro que sustenta uma espiga de
flores vistosas e densas com tonalidade avermelhada, alaranjada ou amarelada, em formato
tubular que produzem frutos com cápsulas contendo sementes. [14,16]
O período em que as flores desabrocham ocorre de agosto a setembro, sendo a
fecundação cruzada, através de insetos e pássaros, principalmente. [5]
Fonte: Autor
As folhas da Aloe vera são a parte da espécie vegetal de mais importância para a
produção de fitoterápicos, pois as substâncias extraídas delas apresentam muitas propriedades
bioativas. A Aloe vera apresenta folhas com suculência característica que atua como
reservatório de água, adaptando-a a climas desérticos (característica xerófita). [14,17]
Fazendo um corte transversal na folha da babosa, ilustrado na Figura 9, é possível
separá-la em duas partes: uma camada externa de coloração esverdeada formada pelo
16
revestimento vegetal ou parênquima clorofiliano (de onde é extraído o látex), e revestido por
essa casca vegetal, encontra-se o parênquima mucilaginoso ou de reserva (conhecido como
polpa ou gel da folha). [14]
A parte mucilaginosa da babosa é uma substância pouco consistente, que exala um odor
desagradável. Possui aspecto vítreo e gelatinoso, não apresenta coloração. [1,6,14]
Identifica-se um sabor amargo, adstringente e muito forte, apresentando pH entre 4,0 e
5,0. [6]
O parênquima de reserva se conecta diretamente com a característica da planta de
resistir a ambientes quase inférteis, visto que o gel conserva a umidade do tecido por extensos
períodos, até a próxima aguagem. [5]
A mucilagem apresenta por volta 75 compostos identificados, tendo em mente que
substâncias bioativas, e principalmente suas porcentagens sofrem muita influência de
elementos externos, como época de coleta, plantio, formas extrativas, dentre outras. [6]
O gel da Aloe vera é amplamente utilizado em medicamentos fitoterápicos e no setor
alimentício. [6]
A superfície do vegetal é formada, externamente por um revestimento de células
epidérmicas que concedem característica impermeabilizante e elástica a folha. Esse
revestimento sustenta uma próxima camada, que tem a função de conduzir a seiva (látex) pelos
canais condutores. [6]
O látex obtido das camadas internas da folha é um líquido de aparência leitosa, com
tonalidade amarela ocre, com sabor amargo e aroma rançoso. [6]
Esse líquido, que é produzido por células excretoras da planta, é formado
essencialmente por derivados antraquinônicos como a aloína e emodina, pigmentos, substâncias
inseticidas e conservantes. [1,8]
O sabor amargo do extrato do parênquima de reserva se deve a abundante concentração
de substâncias encarregadas da proteção da espécie vegetal ameaças ambientais, como
radiações, frio, calor e pragas. [6]
A presença de substâncias antraquinônicas (presentes em níveis de 0,1 até 6,6% do peso
seco da folha), que reagem como laxantes muito intensos a ingestão, fazem com que sua
utilização no setor alimentício não seja recomendada. A utilização do parênquima clorofiliano
na indústria farmacêutica é restrita a poucas aplicações. [6]
17
O revestimento vegetal da Aloe vera possui cerca de 80 constituintes, muitos ainda não
identificados. [5]
Este trabalho tem como objetivo Extração do extrato glicólico da Aloe vera para
analises físico-químicas deste, confirmação da presença dos ativos taninos, saponinas,
flavonóides e alcalóides, processamento do extrato e aplicação em medicamentos
fitoterápicos. Criação de planta piloto para a manufatura do extrato glicólico.
Fonte: Autor
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Coletou-se uma folha do ramo da Aloe barbadensis Miller, no herbário mantido pela
faculdade Univap campus Urbanova, com o auxílio de uma faca, bem como mostra a Figura 10.
Limpou-se as folhas de Aloe vera com água corrente. Para evitar alterações no produto vegetal,
coletou-se todas as folhas no mesmo horário (por volta de 13h30min), e iniciou-se processo de
extração imediatamente após a sua coleta e limpeza.
18
Figura 10: Folha da Aloe vera
Fonte: Autor
19
Tabela 1: Dados experimentais
20
Tabela 3: Porcentagens dos componentes da folha
2.4. Medição do pH
Esse teste foi realizado e adaptado para o extrato glicólico da Aloe vera seguindo a
metodologia (COSTA, 1995). [19]
21
Pesou-se 2g do extrato glicólico com auxílio de um béquer de 50 mL, uma pipeta
graduada de 5 mL, uma pera e uma balança analítica, adicionou-se 10 mL de água destilada
com auxílio de uma proveta. Ferveu-se a amostra com auxílio de uma chapa aquecedora e
agitou-se até a formação da espuma.
Pesou-se 1g de FeCl3 com auxílio de um béquer de 50 mL, uma espátula e uma balança
analítica e dissolveu-se em metanol com auxílio de um bastão de vidro. Transferiu-se a solução
para um balão volumétrico de 100 mL, adicionou-se metanol até o menisco e homogeneizou-se
a solução.
Esse teste foi realizado e adaptado para o extrato glicólico da Aloe vera seguindo a
metodologia (SANTOS, 2004). [21]
Pesou-se 1g de iodo com auxílio de um béquer de 50 mL, uma espátula e uma balança
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analítica. Pesou-se também 2g de iodeto de potássio com auxílio de uma espátula e uma
balança analítica, dissolveu-se em água destilada com auxílio de um bastão de vidro e
transferiu-se a solução para um balão volumétrico de 100 mL e adicionou-se água destilada até
o menisco e homogeneizou-se a solução.
Mediu-se 1 mL de H2SO4 P.A com auxílio de uma pipeta graduada de 1 mL e uma pera.
Transferiu-se para um balão volumétrico de 100 mL e completou-se com água destilada até o
menisco.
Esse teste foi realizado e adaptado para o extrato glicólico da Aloe vera seguindo a
metodologia (COSTA, 1995). [19]
Mediu-se 4 mL do extrato glicólico com auxílio de uma pipeta graduada de 5 mL, uma
pera e um tubo de ensaio. Adicionou-se uma pitada de magnésio granulado com auxílio de uma
espátula no tubo de ensaio. Mediu-se 0,5 mL de HCl com auxílio de uma pipeta de 1 mL e uma
pera, adicionou-se no tubo de ensaio e verificou-se a coloração.
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2.9.1. Álcool em gel com extrato glicólico da Aloe vera
• Solução conservante
Para preparar a pomada a base de Aloe vera, primeiramente preparou-se uma solução de
conservantes a base de propilenoglicol, metilparabeno e propilparabeno.
Para preparação da solução de conservantes, adicionou-se 0,307g de nipazol
(propilparabeno), 0,605g de nipagim (metilparabeno) e 9,114g de propilenoglicol em um
béquer de 100 mL com auxílio de um vidro de relógio e espátula para pesar o nipazol e o
nipagim e pipeta de Pasteur para adicionar o propilenoglicol, todos pesados com auxílio de uma
balança analítica. Aqueceu-se a solução com auxílio de uma chapa aquecedora, misturando-se
com auxílio de um bastão de vidro até homogeneizar totalmente a solução.
• Preparação da pomada
Para preparação da pomada a base do extrato glicólico da Aloe vera, pesou-se 0,113g da
solução conservante com auxílio de uma pipeta de Pasteur; 5,000g do extrato glicólico da Aloe
vera com auxílio de uma pipeta de Pasteur e 50,077g de vaselina sólida com o auxílio de uma
espátula e bastão de vidro (todos os reagentes foram pesados com auxílio de uma balança
24
analítica). Homogeneizou-se com auxílio de um bastão de vidro. Transferiu-se a mistura para
um recipiente adequado.
Esse teste foi realizado seguindo a metodologia (PEREIRA, 2007), que consiste na
observação da homogeneidade do extrato (não formação de precipitados), cheiro da amostra,
coloração e todas as características possíveis no âmbito visual.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
25
Tabela 5: Dados da amostra 2
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Gráfico 1: pHs das folhas
5,4
5,2
4,8 pH folha 1
pH folha 2
4,6
pH folha 3
4,4 pH folha 4
4,2
4
25/05/2016 25/06/2016 25/07/2016 25/08/2016 25/09/2016
Fonte: Autor
5,8
5,7
5,6
pH mucilagem 1
5,5
pH mucilagem 2
5,4 pH mucilagem 3
5,3 pH musilagem 4
5,2
5,1
25/05/2016 25/06/2016 25/07/2016 25/08/2016 25/09/2016
Fonte: Autor
27
vera. [19]
O álcool em gel à base do extrato glicólico da Aloe vera se mostrou eficiente, pois o
produto se manteve homogêneo (não ocorreu separação das fases), mesmo após meses da sua
fabricação.
A pomada à base do extrato glicólico da Aloe vera se mostrou ineficiente. O produto
não apresentou homogeneidade, expondo duas fases muito evidentes, que mesmo alterando a
metodologia (derretendo a vaselina sólida até ela se transformar em líquida e adicionando a
solução de conservantes e o extrato glicólico da Aloe vera), não houve homogeneização,
apresentando-se como um produto que necessita de maior aprimoramento.
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Após a lavagem o material vegetal passará por uma triagem, onde serão retirados todos
os espinhos e a ponta. Folhas que apresentarem alguma anormalidade também serão retiradas.
Após a limpeza, a folha da Aloe vera passará por um moinho de rolos, onde será
extraída a mucilagem do revestimento vegetal da folha. A mucilagem irá para uma calha
inclinada e o revestimento vegetal irá para um processo secundário, carregado por uma esteira
vazada, que tem como objetivo continuar separando os resquícios de mucilagem. A mucilagem
será triturada com auxílio de um moinho de facas e, posteriormente encaminhada para um vaso
agitado que sofrerá agitação a cada 8 horas, onde será adicionado o propilenoglicol e álcool de
cereais em proporções já calculadas de 1:1,19 de álcool de cereais e 1:0,1 de propilenoglicol.
Após a adição dos solventes, a amostra ficou sobre agitação intercalada de 8 em 8 horas,
no período de 10 dias. Passado esse período, a mistura é filtrada e o extrato glicólico é separado
por meio de um filtro manga para retirada dos sólidos presentes no extrato. Após esse processo
o extrato obtido é envasado em frascos âmbar de 1L e ficará em local escuro com temperaturas
amenas até ser vendido. Os resíduos do processo (folha da Aloe vera e mucilagem) são secados
por meio de um secador e depois são trituradas por meio de um moinho de impacto e são
armazenadas em um silo para posterior venda como adubo.
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Figura 11: Fluxograma de blocos do processo industrial
Fonte: Autor
31
3.8. Fluxograma de processo
32
silo para serem vendidos como adubos.
Fonte: Autor
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A Tabela 9 Identifica os equipamentos utilizados na Figura 12, relacionando com a
numeração adotada para facilitar a identificação de cada equipamento.
Tabela 9: Equipamentos do fluxograma
4. CONCLUSÃO
A Aloe vera é uma planta muito versátil e pode ser processada de várias formas
diferentes. A escolha pelo extrato glicólico se mostrou interessante para a aplicação no álcool
gel, levando em consideração que não foi feito qualquer tipo de teste da sua interação com
tecidos animais. A metodologia utilizada para fabricação de pomadas a base de Aloe vera se
mostrou inviável como produto comercial, pois há necessidades de estudos específicos.
Com relação às medidas de pH, notou-se uma leve tendência de elevação no pH da
amostra de mucilagem 1, levando a crer em mudanças na estabilidade do extrato glicólico no
decorrer com tempo. [6]
Observou-se que o pH inicial de cada amostra possuí uma leve diferença,
provavelmente em decorrência de coletas feitas em épocas diferentes, um dos maiores fatores
que influenciam nas concentrações das substâncias presentes na folha de Aloe vera. [5]
Atípico aos dados anteriores, o pH do extrato glicólico do revestimento vegetal da
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amostra 4 mostrou uma diferença visível, que tem como causador provável a época da coleta da
amostra. [6]
Nenhum dos pHs apresentou grandes discrepâncias já que todos os pHs estavam em
torno de 5,0 (o pH base do extrato glicólico da Aloe vera gira em torno de 5,0). [6]
Com relação aos testes de alcalóides, saponinas, taninos e flavonóides os resultados não
apresentaram surpresas, visto que taninos e saponinas são substâncias que conhecidamente
representam alguns dos ativos da Aloe vera. Os flavonóides nunca foram caracterizados na
Aloe vera e os alcalóides não são passíveis de extração por extrato glicólico. [5, 13, 20]
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5. REFERÊNCIAS
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