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FARMACOTÉCNICA I

Profª Nylza Maria Tavares Gonçalves


FARMACOTÉCNICA
Farmacotécnica

Pressupõem-se a necessidade do
conhecimento pleno das propriedades
físicas, químicas e biológicas dos produtos
utilizados nas preparações, bem como o
fim a que eles se destinam.
Farmacotécnica I

Exemplo:
Betametasona (valerato)
Faixa usual: de 0,025 a 0,1%
Faixa de pH ideal: 4, 4- 4,6
Solubilidade: Praticamente insolúvel em água, solúvel em etanol(1:16), pouso
solúvel em éter (1:4000), facilmente solúvel em acetona, ligeiramente solúvel
em ácido isopropílico.
Incompatibilidades:Incompatível com substâncias alcalinas, metabissulfitos,
metais pesados, ácido salicílico e coaltar (inativação).
Farmacopeias
O termo farmacopéia vem do grego pharmakon, que
significa “fármaco” e poien, que significa “fazer”.

Sua combinação indica uma receita ou fórmula com


indicações para fazer ou preparar um medicamento.

A palavra foi utilizada pela primeira vez em 1580, em


Bérgamo, na Itália. Desde então, foram publicadas várias
farmacopéias.
FARMACOPEIAS
 Por farmacopeia entende-se uma lista de fármacos e de
fórmulas para preparar diversos medicamentos.

É um livro oficial elaborado por uma comissão, o qual


estabelece normas farmacêuticas destinadas a assegurar,
num espaço de político-geográfico determinado, a
uniformidade da natureza, da qualidade, da composição e
da concentração dos medicamentos aprovados.
FARMACOPEIAS
Na ausência de monografia oficial de matéria-prima, formas farmacêuticas,
correlatos e métodos gerais inscritos na Farmacopeia Brasileira, poderá ser
adotada monografia oficial, última edição, de um dos seguintes compêndios
internacionais:

Farmacopeia Alemã
Farmacopeia Americana
Farmacopeia Argentina
Farmacopeia Britânica
Farmacopeia Europeia
Farmacopeia Francesa
Farmacopeia Internacional (OMS)
Farmacopeia Japonesa
Farmacopeia Mexicana
Farmacopeia Portuguesa
Veja, na íntegra, a Resolução (RDC 37/2009) que dispõe sobre as
Farmacopeias reconhecidas pela Anvisa.
Farmacopeia Brasileira
O primeiro código do Brasil colônia foi a Farmacopéia Geral para
o Reino e os Domínios de Portugal, sancionada em 1794 e
obrigatória em nosso país a partir de 1809. Após a independência
foram utilizados, além desta, o Codex Medicamentarius Gallicus
francês e o Código Farmacêutico Lusitano, hoje considerado como a
2ª edição da Farmacopeia Portuguesa.
 o Decreto n° 8.387 de 19/01/1882 estabeleceu que “para o
preparo dos medicamentos oficiais seguir-se-á a Farmacopeia
Francesa, até que seja composta uma farmacopeia brasileira.....”
Farmacopeia Brasileira
1926, as autoridades sanitárias do País aprovaram a proposta de um Código

Farmacêutico Brasileiro, apresentada pelo Farmacêutico e Professor de Farmácia Rodolpho


Albino Dias da Silva. Aprovado pelas autoridades sanitárias da época, esse Código foi
oficializado em 1929 e tornou-se a primeira edição da Farmacopeia Brasileira. Obra de um
único autor, a primeira edição da Farmacopeia Brasileira equiparava-se às Farmacopeias
dos países tecnologicamente desenvolvidos, porém diferenciava-se das demais por conter
descrições de mais de 200 plantas medicinais, a maioria delas de origem brasileira.

 A segunda edição da Farmacopeia Brasileira foi publicada em 1959 (Decreto Federal nº


45.502 de 27/02/1959) e a terceira edição saiu em 1976 (Decreto nº 78840 de 25/06/1976).
Publicada em 1988 (Decreto 96.607 de 30/08/1988), a quarta edição foi atualizada por
vários fascículos até 2005.

.
Farmacopeia Brasileira

Até 2010 as quatro edições da Farmacopeia Brasileira continuavam em vigor.


A Quinta Edição, lançada em dezembro de 2010, revogou todas as edições
anteriores e busca fazer a atualização e revisão de todos os métodos e
monografias publicados até então.

 6º Edição -http://portal.anvisa.gov.br/farmacopeia-brasileira
Transformar em medicamentos, substâncias de
origem natural (mineral, vegetal ou animal) ou de
síntese, tornando-os suscetíveis de serem
administrados aos seres vivos com fins profiláticos,
curativos ou de diagnóstico de várias doenças.
Farmacopeias
Na ausência de monografia oficial de matéria-prima, formas farmacêuticas, correlatos e
métodos gerais inscritos na Farmacopeia Brasileira, poderá ser adotada monografia
oficial, última edição, de um dos seguintes compêndios internacionais:
Farmacopeia Alemã
Farmacopeia Americana
Farmacopeia Argentina
Farmacopeia Britânica
Farmacopeia Europeia
Farmacopeia Francesa
Farmacopeia Internacional (OMS)
Farmacopeia Japonesa
Farmacopeia Mexicana
Farmacopeia Portuguesa
Veja, na íntegra, a Resolução (RDC 37/2009) que dispõe sobre as Farmacopeias
reconhecidas pela Anvisa.
DROGA, FÁRMACO e
MEDICAMENTO

 O termo droga significa produto simples ou


complexo que pode servir como matéria-prima
de uso farmacêutico, químico, etc.

 Matéria-prima é toda substância ativa ou não,


que se emprega na produção de medicamento,
quer permaneça inalterável, quer se modifique
ou desapareça no decurso do processo.
DROGA, FÁRMACO e
MEDICAMENTO

 Substância ativa se define como toda a matéria-


prima de origem animal, vegetal, mineral ou
química, a qual se atribui uma atividade
apropriada para constituir um medicamento.

Fármacos são todas as drogas utilizadas em


farmácia e dotadas de ação farmacológica

ou, pelo menos, de interesse médico.


DROGA, FÁRMACO e
MEDICAMENTO

Medicamento é toda a preparação farmacêutica


contendo um ou mais fármacos, destinada ao
diagnóstico, prevenção ou tratamento de doenças e
seus sintomas ou a correção ou modificação das
funções orgânicas, quer no homem, quer nos outros
seres vivos.
Classificação de Medicamentos

Existem numerosas classificações de medicamentos, consoante o


critério adotado.

Medicamentos Simples – apresenta apenas uma substância ativa.

Medicamentos Compostos – apresenta mais de uma substância ativa.

Medicamentos para uso interno- se destina a ser administrado no


interior do organismo por via bucal, pelas cavidades naturais e
acidentais.

Medicamentos para uso externo – são de aplicação na superfície do


corpo ou em mucosas facilmente acessíveis do exterior.
Classificação de Medicamentos
Medicamentos oficinais – aqueles cuja a fórmula se
encontra oficializada.
Medicamentos especializados – preparações
farmacêuticas apresentadas no mercado em embalagem
própria, destinadas a serem entregues ao consumidor e
com designação ou marca privativa.
Medicamentos magistrais – são os que não estão inscritos
na Farmacopéia e que são preparados pelo Farmacêutico,
segundo as indicações expressas numa receita médica.
MEDICAMENTO, ALIMENTO E
VENENO

 Do ponto de vista bromatológico, o alimento tem


sido definido como toda a substância que se ingere
para manter o equilíbrio orgânico e para atenuar a
fome.
 Do ponto de vista galênico somos levados a concluir
que alguns alimentos podem ser utilizados como
excipientes ou veículos que facilitam a administração
dos fármacos.
MEDICAMENTO, ALIMENTO E
VENENO
 Excipiente é definido como toda matéria-prima
que, incluída nas formas farmacêuticas, se junta às
substâncias ativas ou suas associações para servir-
lhes de veículo, possibilitar a sua preparação.

 Veneno são produtos que introduzidos no


organismo do indivíduo normal médio, em
pequenas quantidades, são suscetíveis de
provocar alterações de saúde e conduzir a morte.
MEDICAMENTO E REMÉDIO

Remédio - todos os meios usados com o fim


de prevenir ou de curar as doenças.

Agentes Físicos

 Medicamentos

 Agentes Psíquicos
CLASSIFICAÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS

A classificação das formas farmacêuticas baseia-se na operação


principal de obtenção, ou no tipo de administração a que se
destinam.
Estão divididas em sete grupos:
Formas farmacêuticas obtidas por divisão mecânica das
substâncias medicinais; Formas farmacêuticas obtidas por
extração mecânica; Formas farmacêuticas obtidas por
dispersão mecânica; Formas farmacêuticas obtidas por
dispersão molecular; Formas obtidas por dissolução e
evaporação; Formas farmacêuticas obtidas por destilação e
Formas farmacêuticas obtidas por operações complexas ou
múltiplas.
CLASSIFICAÇÃO DE FORMAS
FARMACÊUTICAS
I Grupo – Formas farmacêuticas obtidas por
divisão mecânica das substâncias medicinais:
Espécies - formas complementares: cigarros
Pós – formas complementares: granulados,
comprimidos, drágeas, pílulas, grânulos, bolos,
chocolates, biscoitos, pastilhas, lentículas e
cápsulas.
Polpas
BOAS PRÁTICAS EM FARMÁCIA
MAGISTRAL
• Definições:

• De acordo com o Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª


edição; Resolução CFF nº 467, de 28 de novembro de 2007; Resolução RDC
nº 67, de 08 de outubro de 2007 ou outra que vier a substituí-la:

• Processo magistral

• Conjunto de operações e procedimentos realizados em condições de


qualidade e rastreabilidade de todo o processo que transforma insumos
em produtos magistrais, para dispensação direta ao usuário ou a seu
responsável, com orientações para seu uso seguro e racional.
BOAS PRÁTICAS EM FARMÁCIA
MAGISTRAL
• De acordo com RDC nº 67/2007:

• Preparação

• Procedimento farmacotécnico para obtenção do produto manipulado,


compreendendo a avaliação farmacêutica da prescrição, a manipulação,
fracionamento de substâncias ou produtos industrializados, envase, rotulagem e
conservação das preparações.

• Preparação magistral

• É aquela preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional


habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes
sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar.

• Preparação oficinal

• É aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional


ou em Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA
Planejamento da Forma
Farmacêutica
Antes que um fármaco seja formulado em uma ou mais
formas farmacêuticas, considera-se, principalmente os
seguintes fatores terapêuticos:

Natureza da doença;

 Modo como é tratada (local sistêmico);

 Idade e condição do paciente


Referências Bibliográficas
• PRISTA, Luís Vasco Nogueira; ALVES, Antônio Correia; MORGADO; Rui
Manuel Ramos. Tecnologia farmacêutica. 7.ed. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 2008. 3v

• FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia prático da farmácia magistral.


4.ed. São Paulo: Pharmabooks, 2011. 2v.

• ANSEL, Howard C.; POPOVICH, Nicholas G.; ALLEN JR., Loyd V.


Farmacotécnica: formas farmacêuticas e sistemas de liberação de
fármacos. 6.ed. São Paulo: Premier, 2000.

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