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Farmacologia I - Assistencial
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Objetivo deste material didático é promover a introdução a farmacologia, áreas de atuação da farmacologia, conceitos e formas
farmacêuticas através de aula teórica expositiva dialogada e metodologias ativas de ensino, com material didático apoiados em
recursos computacionais e lousa.
Busca contribuir para que o(a) futuro(a) profissional esteja atento aos critérios da prescrição racional de medicamentos,
alicerçado em bases técnicas e éticas.
FARMACOLOGIA
Conceito & Definição
Pharmakon + Logos
É o estudo das substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos químicos.
Aspirina® (1899)
As diferentes áreas da farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
As diferentes áreas da farmacologia
É o caminho que o medicamento faz no organismo.
Farmacocinética Não estuda o mecanismo de ação, mas sim as etapas que a droga sofre
desde a administração até a excreção: absorção, distribuição,
Farmacodinâmica biotransformação e excreção.
etapas simultâneas, divisão apenas didática.
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
As diferentes áreas da farmacologia
Estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos
Farmacocinética Mecanismos de ação
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
As diferentes áreas da farmacologia
Estuda o preparo, a manipulação e a conservação dos medicamentos
Farmacocinética O desenvolvimento de novos produtos, relação com o meio biológico, técnicas
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
As diferentes áreas da farmacologia
Cuida da obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos a partir de
Farmacocinética produtos naturais de origem animal, vegetal ou mineral, passiveis de uso
terapêutico
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
As diferentes áreas da farmacologia
Refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das enfermidades
Farmacocinética (Farmacologia Clínica)
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
As diferentes áreas da farmacologia
Área nova que tem se desenvolvido muito graças à possibilidade de se
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
Alguns termos próprios da disciplina
Definição de Farmacologia = ―pharmakon‖ original (!)
1No original grego, pharmakon significava qualquer ato, objeto ou poção mágicos para tratar doenças.
Ação farmacológica, Efeito farmacológico
Aspirina síntese de Aspirina febre
PGE2 no hipotálamo
Abrange fés e crenças, como a bênção de um padre, ou o trabalho de uma benzedeira, desde que faça o indivíduo se sentir melhor. Preparações
caseiras também são consideradas remédios, mas não medicamentos, como um chá, uma compressa.
Ou seja, os benefícios ao indivíduo podem vir de várias formas, por meio de métodos químicos (medicamentos), físicos (massagem,
radioterapia), preparações caseiras ou qualquer outro procedimento.
• Dose: quantidade a ser administrada de uma vez a fim de produzir efeitos terapêuticos
• Dose máxima: maior quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos
• Dose mínima: menor quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos (eficácia)
Conceitos básicos em farmacologia
• Dose tóxica: maior quantidade de uma droga que causa efeitos adversos
• BIOEQUIVALÊNCIA: quando um fármaco pode ser substituído por outro sem consequências clínicas adversas.
• Idiopático: O termo idiopática se refere a sintomas ou doenças que não tenham causa definida.
Conceitos básicos em farmacologia
• Pró-droga ou pró fármaco: substância química que precisa transformar-se no organismo afim de tornar-se uma
droga ativa
• Placebo: “Vou agradar” , (latim)
Em farmacologia significa uma substância inativa administrada para satisfazer a necessidade psicológica do
paciente
• Nocebo: do latim, do verbo nocere, e significa provocar dano, prejudicar.
Demonstra os efeitos colaterais desagradáveis (nocebo) que se pode observar, em alguns casos, a partir da
utilização de placebo.
• Iatrogenia: Refere-se a um estado de doença, efeitos adversos ou complicações causadas por ou resultantes do
tratamento médico. Em farmacologia, o termo iatrogenia refere-se a doenças ou alterações patológicas criadas
por efeitos colaterais dos medicamentos. Exemplo: Doença de Addison iatrogênica por uso de corticóides.
Conceitos básicos em farmacologia
• Efeito rebote: significa a "produção de sintomas opostos aumentados quando terminou o efeito de uma droga ou o paciente
já não responde à droga; se uma droga produz um efeito rebote, a condição em que ela foi usada para tratar pode retornar
ainda mais forte quando a droga é descontinuada ou perde a eficácia".
• Efeito paradoxal: Efeito rebote, também conhecido como "reação paradoxal" do organismo, uma das ironias deste fenômeno
é que faz os pacientes experimentarem, em intensidade e/ou frequência maiores, os mesmos efeitos que esperavam fazer
desaparecer usando medicamentos com ação oposta ou contrária (enantiopática) às manifestações sintomáticas ou
fisiológicas das doenças.
• Efeito “like”: reação/efeito similar. Exemplo: Dissulfiram. Reações similares às do dissulfiram em presença de
álcool ocorrem com o uso de alguns medicamentos: rubefação, cefaléia, náuseas e vômitos, e taquicardia (reação
Antabuse).
• Viés terapêutico: erro/falha terapêutica. É um erro decorrente de falha na metodologia do trabalho.
Conceitos básicos em farmacologia
Reações Adversas qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre com medicamentos
• Tipo B (Bizarre): Apresentam efeitos farmacológicos completamente inesperados (imprevisíveis) e anormais, com alta
mortalidade, não dependem da dose, portanto o tratamento consiste em suspender a administração do fármaco. Possíveis
causas para a ocorrência destas reações são alterações na formulação farmacêutica, como a decomposição dos princípios ativos
ou outros componentes da fórmula.
Ex: Síndrome de Stevens-Jonhson por docetaxel; Reação anafilática por β lactâmicos.
Conceitos básicos em farmacologia
• Tipo C (cronic): é detectada em estudos farmacoepidemiológicos
Relacionado à dose e ao tempo de uso
Relacionada ao efeito cumulativo do fármaco
Exemplos: Perfuração gastrointestinal, 13 a 16 dias após o primeiro ciclo do medicamento paclitaxel (Seewaldt et
al, 1993); carcinogênese; Tumor de esôfago com bisfosfonatos
Conceitos básicos em farmacologia
• Reação adversa tipo E (end of use)
Relacionado a abstinência
Ocorre logo após a suspensão do medicamento
Síndrome de abstinência à opiáceos; Isquemia Miocárdica, por suspensão de β bloqueadores.
A tetraciclina, por exemplo, se for armazenada em altas temperaturas, degrada-se e transforma-se em uma massa viscosa marrom,
produzindo a síndrome do tipo Fanconi, que é caracterizada por aminoacidúria, glicosúria, fotossensibilidade, acetonúria, elevação do nitrogênio
Outros exemplos de reações do tipo B são o lúpus eritematoso sistêmico induzido por hidralazina e a síndrome de Riley-Day (doença
hereditária que produz distúrbios no sistema nervoso autônomo e perda de neurônios sensoriais e acomete principalmente judeus).
Conceitos básicos em farmacologia
• Evento adverso: Quando um paciente apresenta alguma condição indesejável durante um tratamento
medicamentoso, dizemos que ele teve um Evento Adverso.
O evento adverso é qualquer ocorrência médica desfavorável que ocorra durante o uso de um medicamento,
não sendo, necessariamente, causada pelo medicamento em questão. Esse evento somente é considerado
como reação adversa se for realmente comprovado que o medicamento consumido foi o responsável pela
reação.
• Efeito Colateral efeito diferente daquele considerado como principal por um fármaco.
Esse termo deve ser distinguido de efeito adverso, pois um fármaco pode causar outros efeitos
• Superdosagem relativa: ocorre quando um fármaco é administrado em doses terapêuticas, porém apesar disso apresenta
concentrações superiores às normais.
Como exemplos pode-se citar a maior ocorrência de surdez em pacientes com insuficiência renal tratados com
antibióticos aminoglicosídeos como a amicacina, e a intoxicação digitálica em pacientes com insuficiência cardíaca tratados com
digoxina, pois em ambos os casos ocorrem alterações funcionais, como função renal diminuída, que podem provocar aumento do
risco de concentrações elevadas do fármaco no organismo.
• Efeitos secundários: ocorrem como conseqüência do efeito desejado do medicamento. Um exemplo é a tetraciclina, ela é um
antimicrobiano de ação bacteriostática e pode depositar-se nos dentes (descolorindo o esmalte) e ossos (provocando redução do
crescimento ósseo), se utilizada na pediatria.
Conceitos básicos em farmacologia
• Idiossincrasia: esse efeito, de ocorrência mais rara, está relacionado com a sensibilidade anormal, peculiar a
alguns indivíduos a certos medicamentos.
Essa sensibilidade anormal está geralmente relacionada a defeitos enzimáticos e é hereditária.
São reações que não dependem de dose e nem de exposição anterior do indivíduo ao medicamento.
Por exemplo: a anemia hemolítica por deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) é a ocorrência de
anemia hemolítica em alguns pacientes quando tratados com antimaláricos.
Essa mudança no estado conformacional das proteínas se deve, em geral, ao polimorfismo genético, que
são as diferenças no DNA entre uma pessoa e outra que modificam certos genes cujo produto final são tais
proteínas.
• Tolerância e dependência: alguns medicamentos habituam o organismos a seus efeitos, fenômeno conhecido
como tolerância. Tal situação pode induzir ao uso de doses maiores para conseguir os mesmos efeitos, quando
o correto seria a consulta ao médico para obter um tratamento alternativo.
Exemplo comum é o uso de medicamentos para dormir. Em certas situações, o uso continuado pode levar à
dependência psíquica ou física do medicamento.
Conceitos básicos em farmacologia
• Efeito secundário: são consequências secundárias ao efeito buscado do medicamento. Por exemplo, os antibióticos, por
atuarem sobre as bactérias, causam alteração da flora bacteriana intestinal, frequentemente resultando em diarréia.
• Alergia ou hipersensibilidade: a reação alérgica também não depende da dose administrada, mas depende de
sensibilização prévia do indivíduo por exposição anterior ao medicamento.
Essas reações não são explicadas pelas propriedades farmacológicas do medicamento e estão relacionadas com
as defesas imunológicas dos indivíduos. As reações alérgicas são de diversos tipos, algumas de extrema gravidade.
De modo geral, são imprevisíveis, pois ocorrem com baixa frequência na população e, às vezes em pacientes
que já foram tratado com o mesmo medicamento sem contratempos. Alguns medicamentos jamais causam alergias, outros,
como as penicilinas e as sulfonamidas apresentam elevada incidência de reações alérgicas.
Conceitos básicos em farmacologia
No entanto, estima-se que apenas 6% de todas as RAM sejam notificadas, o que demonstra que os
profissionais de saúde precisam vencer a dificuldade em reconhecer as RAM e sua importância.
Esta dificuldade ocorre principalmente por falta de conhecimento sobre o que é uma RAM, como notificá-la e a
falta de tempo para preencher as documentações necessárias.
Biodisponibilidade
Corresponde à fração do fármaco administrada que alcança a circulação sistêmica, incluindo a sua
curva de concentração e tempo na circulação sistêmica.
Tipos de medicamentos
Medicamento similar – aquele que contém os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma
concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação.
Identificado: nome comercial ou marca.
Tipos de medicamentos
As plantas medicinais são utilizadas na medicina popular dos diversos povos, como remédios para auxiliar nos
problemas de saúde, normalmente na forma de chás e infusões.
Também são usados pela medicina atual como base para a produção dos medicamentos fitoterápicos. •
Exemplos de plantas medicinais: camomila, boldo-do-chile, alecrim, alho, arnica, carqueja, erva-cidreira, malva, e
sálvia.
Não, as plantas medicinais são espécies vegetais que possuem em sua composição substâncias que ajudam no
tratamento de doenças ou que melhorem as condições de saúde das pessoas. Já os medicamentos fitoterápicos
são produtos industrializados obtidos a partir da planta medicinal.
O QUE É ALOPATIA?
A Alopatia é a medicina tradicional, que consiste em utilizar medicamentos que vão produzir no organismo do
doente reação contrária aos sintomas que ele apresenta, a fim de diminuí-los ou neutralizá-los.
Por exemplo, se o paciente tem febre, o médico receita um remédio que faz baixar a temperatura. Se tem dor, um
analgésico. Os principais problemas dos medicamentos alopáticos são os seus efeitos colaterais e a sua
toxicidade.
A fitoterapia entra na categoria de alopáticos.
O QUE É HOMEOPATIA?
Homeopatia é uma palavra de origem grega que significa Doença ou Sofrimento Semelhante.
É um método científico para tratamento e prevenção de doenças agudas e crônicas, onde a cura se dá através de medicamentos não agressivos que
estimulam o organismo a reagir, fortalecendo seus mecanismos de defesa naturais. Os medicamentos homeopáticos podem ser utilizados com
segurança em qualquer idade, até mesmo em recém nascidos ou pessoas com idade avançada, desde que com acompanhamento do clínico
homeopata.
O medicamento homeopático é produzido por meio de diluições sucessivas de uma solução mãe concentrada até chegar a doses infinitesimais, ou
seja, concentrações muito pequenas.
O objetivo é fazer com que os princípios ativos desses medicamentos não aumentem os sintomas sentidos pelo paciente. Por esse motivo, são
considerados muito seguros e seu uso é aconselhado até para crianças em idade muito pequena e idosos, desde que com acompanhamento
adequado.
Substâncias são utilizadas como matéria-prima para o preparo dos medicamentos homeopáticos: plantas (cebola, café, coca, sabugueiro, etc.),
minerais (ouro, cobre, chumbo, ferro, mercúrio, sal marinho, petróleo, etc.), animais ou secreções animais (abelha, formiga, veneno de víbora e outras
cobras, tinta de lula, etc.).
Tipos de medicamentos
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS
AÇÃO TÓPICA: exercem ação no local de aplicação (ex.: Cremes, loções...)
• SÓLIDOS: pós, comprimidos, drágeas, pastilhas, pílulas, granulados, pellets, óvulos, supositórios
• GASOSOS E VOLÁTEIS
Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
Vias de administração
Vias de administração
Vias de administração
Vias de administração
efeito sistêmico – por outra forma que não pelo trato digestivo
FACILITAR
Objetivo das diferentes formas : a ...
FORMAS FARMACÊUTICAS PARA QUE? •Administração
•Absorção
Para facilitar a administração; garantir a precisão da dose
•Fracionamento
(evitar metabolização excessiva); proteger a substância durante •Posologia
•Conservação
o percurso pelo organismo (gastrorresistência); garantir a
presença no local de ação (inalterado para infecção urinária);
facilitar a ingestão da substância ativa (sabor)
As fórmulas farmacêuticas, que dão origem à forma farmacêutica, podem ter os seguintes constituintes:
Fármaco ou princípio ativo – responsável pela ação farmacológica. A fórmula pode conter um ou mais fármacos, dando
origem às associações. Não havendo princípio ativo na fórmula, esta é chamada de placebo.
Estabilizante/conservante – evita alterações de ordem física, química ou biológica e aumenta a estabilidade da fórmula.
Corretivo – corrige as propriedades organolépticas (cor, odor, sabor) da fórmula, para torná-la mais aceitável ao receptor.
Veículo (líquido) e excipiente (sólido) – dissolvem ou dispersam todos os componentes da fórmula farmacêutica de forma a
produzir formas farmacêuticas líquidas e sólidas.
FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS
• CÁPSULA
Forma farmacêutica sólida na qual o(s) princípio(s) ativo(s) e/ou os excipientes estão contidos em
invólucro solúvel duro ou mole, de formatos e tamanhos variados, usualmente contendo uma dose única do
princípio ativo. Normalmente é formada de gelatina, mas pode também ser de amido ou de outras substâncias.
Há casos específicos em que a cápsula pode ser aberta e administrada na forma de pó, porém, isto só
poderá ser feito com indicação médica e orientação do farmacêutico.
Em geral, não se pode abrir, quebrar ou triturar as cápsulas, pois o medicamento pode perder seu efeito.
Pode ser usada para mascarar sabor desagradável.
Abreviação: CAP As cápsulas de gelatina dura são as formas farmacêuticas de uso
As cápsulas podem ser subdivididas em: oral mais produzidas na farmácia magistral, sendo geralmente
Cápsula Dura utilizadas para liberação imediata de fármacos.
Cápsula Dura de Liberação Prolongada
Cápsula Dura de Liberação Retardada
Cápsula Mole Além disso, permitem também a produção de sistemas de
Cápsula Mole de Liberação Prolongada liberação modificada, como prolongado e entérico, através da
Cápsula Mole de Liberação Retardada utilização de excipientes ou a aplicação de um material de
revestimento
FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS
• COMPRIMIDO
Forma farmacêutica sólida contendo uma dose única de um ou mais princípios ativos, com ou sem
excipientes, obtida pela compressão de volumes uniformes de partículas. Pode ser de uma ampla variedade de
tamanhos e formatos, apresentar marcações na superfície e ser revestido ou não.
Abreviação: COMP
O revestimento é necessário para os casos em que os medicamentos, quando em contato com o líquido ácido do
estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica. Pode ser utilizado também em casos de
medicamentos que agridem a parede do estômago.
• ♦ COMPRIMIDO MASTIGÁVEL » São comprimidos preparados para terem a sua desintegração facilitada pela
mastigação. Depois de mastigados, eles são engolidos, para aí serem dissolvidos e absorvidos.
GRANULADO
São pós liofilizados ou grânulos, podem ser solúveis, resultando em soluções, ou insolúveis, resultando em
suspensões. Consiste de agregados sólidos e secos de volumes uniformes de partículas de pó resistentes ao manuseio.
Abreviatura: granu.
São preparações para substâncias que não são estáveis na presença da água (se degradam facilmente depois de
um curto tempo de contato). Assim, é necessário que as substâncias sejam acrescentadas à água filtrada ou fervida somente
no momento da administração, para se fazer a solução ou suspensão.
• Para ação local são utilizados em casos de dor, constipação, irritação, coceira e inflamação.
• Para ação sistêmica são utilizados em casos de pacientes com vômitos e que não engolem o
medicamento, ou mesmo para cortar o vômito, e para medicamentos que se degradam no líquido ácido do
estômago.
Os excipientes utilizados na sua formulação não devem irritar a mucosa retal dos bebés e crianças.
Por exemplo, as bases de polietilenoglicol (PEG) podem levar a uma irritação da mucosa retal devido à sua
natureza higroscópica, a qual pode ser minimizada através da umidificação do supositório com água antes da
sua inserção.
ÓVULO
• Um tipo de supositório de uso vaginal.
É a forma farmacêutica sólida, de dose única, contendo um ou mais princípios ativos dispersos ou dissolvidos
em uma base adequada que tem vários formatos, usualmente, ovóide. Fundem na temperatura do corpo.
FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI SÓLIDAS (PASTOSAS)
As preparações tópicas semi-sólidas são para aplicação na pele ou em certas mucosas, para ação local
ou penetração percutânea dos medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora.
POMADA OU UNGUENTO
As duas especialidades que mais utilizam essa forma farmacêutica são a oftalmologia e a dermatologia.
Apresentam características oclusiva e adesiva, o que não as torna boas para o uso em feridas abertas, pois, devido
a essas características e à sua oleosidade, podem diminuir as trocas cutâneas dos gases, favorecendo o edema e
acelerando o processo inflamatório. O unguento apresenta uma resina junto à base da pomada.
Abreviatura: pom.
PASTA
Para aplicação externa na pele. Contém maior porcentagem de material sólido, por isso são mais firmes e
espessas. Apresentam consistência macia e firme pela quantidade de sólidos, são pouco gordurosas e têm grande
poder de absorção de água ou de exsudados.
FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI SÓLIDAS
CREME
• Preparação com parte de água e parte de óleo.
• Consiste de uma emulsão semissólida, formada por uma fase lipofílica e uma fase hidrofílica.
Em comparação com as pomadas, são bem menos oleosas e se espalham facilmente. Portanto,
são mais aplicadas para áreas extensas do corpo e também em regiões com pêlos.
GEL
São preparações a base de água, portanto, não contém óleo.
São utilizadas em regiões muito úmidas. Também são utilizados para reduzir a oleosidade da pele.
FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI SÓLIDAS
CATAPLASMA - cataplasma, na maioria das vezes, são preparações magistrais, de uso
externo. Muitas das vezes, é feito com plantas medicinais esmagadas com alguma base de
sustentação mole e úmida de uma matéria sólida, por exemplo farinha de trigo úmida.
Uma das grandes desvantagens desse método é a facilidade de contaminação por micro-
organismos. Preparações para uso externo, de consistência pastosa, que se aplica entre dois
panos a urna parte do corpo dolorida ou inflamada.
Essa formulação faz com que os princípios ativos fiquem em contato íntimo com a pele, ao
mesmo tempo protegendo os fármacos do meio externo e imobilizando a área afetada.
A especialidade médica que mais utiliza esse tipo de forma farmacêutica é a ortopedia.
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS
SOLUÇÃO
É a forma farmacêutica líquida; límpida e homogênea, que contém um ou mais
princípios ativos dissolvidos em um solvente adequado ou numa mistura de solventes
miscíveis.
Abreviatura: sol.
SOLUÇÕES ORAIS
As soluções orais, necessitam de componentes que dêem cor e sabor ao líquido
para tornar o medicamento mais agradável ao gosto.
Podem ser administradas em gotas, ou com um volume bem definido, como, por
exemplo, 5 mL (uma colher de chá). Elas podem ter cor, mas devem ser transparentes.
Com o tempo, as partículas sólidas começam a descer para o fundo do frasco (sedimentam),
necessitando que, sempre antes do uso, uma agitação forte seja empregada para que as partículas
fiquem uniformemente distribuídas na suspensão.
Podem ser feitas para uso oral, injetável, tópico (sobre a pele) e oftálmico.
Abreviatura: sus.
É essencial informar ao paciente que ele deve agitar o frasco antes de usar.
EXTRATO FLUIDO
É a preparação líquida obtida de drogas vegetais ou animais por extração com liquido apropriado ou por dissolução do extrato
seco correspondente, em que, exceto quando indicado de maneira diferente, uma parte do extrato, em massa ou volume
corresponde a uma parte, em massa, da droga, seca utilizada na sua preparação. Abreviatura: ext. flu.
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS
ESPÍRITO
É a forma farmacêutica líquida alcoólica ou hidroalcoólica, contendo princípios aromáticos ou
medicamentosos e classificados em simples e compostos.
Abreviatura: esp.
Os espíritos são obtidos pela dissolução de substâncias aromáticas em etanol, geralmente na proporção de
5% (p/v).
TINTURA
É a preparação alcoólica ou hidroalcoólica resultante da extração de drogas vegetais ou animais ou da
diluição dos respectivos extratos.
São usadas principalmente para substâncias com sabor muito desagradável e também para
pacientes que têm dificuldade de ingerir comprimidos (crianças e idosos, por exemplo).
Abreviatura: xpe.
Enemas ou Clister → São formas farmacêuticas destinadas a serem introduzidas na porção terminal do intestino. São preparações
líquidas, soluções ou suspensões, destinadas à administração retal. Podem ter uma ação tópica ou sistêmica, ou ser utilizadas para fins de
diagnóstico. Várias doenças INTESTINAIS (hemorróidas, colite isquêmica, diverticulite, doença celíaca, infecção intestinal, síndrome do
intestino irritável, retocolite ulcerativa, câncer de intestino, doença de Crohn) resultam em perfuração de cólon NO USO DE ENEMAS,
sendo a principal a diverticulite.
O volume dos enemas deve estar relacionado com a sua função (efeito local ou sistémico) e com a idade da criança. Os volumes
aceites para estas formas farmacêuticas para crianças encontram-se entre os 1-5mL.
COLUTÓRIOS
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS
Os antissépticos bucais, colutórios ou enxaguantes bucais, são fórmulas
líquidas para bochechos, não abrasivos, utilizados na redução da placa bacteriana, da
gengivite e da cárie dental.
Os colutórios bucais com flúor são contraindicados para as crianças com idade inferior a seis anos, devido ao excesso de ingestão dessa substância
podendo causar fluorose, e aqueles que contém álcool em sua composição só devem ser utilizados em crianças acima de 12 anos.
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS
ELIXIR
São preparações líquidas contendo álcool, açúcar, glicerol ou propilenoglicol. Normalmente, apresenta
como característica, o sabor do álcool.
São menos viscosos e, devido à presença de certa quantidade de álcool, são menos utilizadas
atualmente.
É a preparação farmacêutica, líquida, límpida, hidroalcoólica, de sabor adocicado, agradável,
apresentando teor alcoólico na faixa de 20% a 50%. Os elixires são preparados por dissolução simples e devem
ser envasados em frascos de cor âmbar e mantidos em lugar fresco e ao abrigo da luz.
Não devem ser utilizados por hepatopatas e pacientes em tratamento de dependência alcoólica.
Pacientes em uso de: Metronidazol, cimetidina, cetoconazol, levamizol, glibenclamida, dissulfiram,
Griseofulvina, Tolbutamida, Fentolamina, Cloranfenicol, Quinacrina, Cefalosporinas, mebendazol, albendazol,
antifúngicos, nitrofurantoína, dissulfiran, secnidazol, tinidazol, grizeofulvina, furasolidona, clorpropamida,
clorpromazina, procarbazina, tolazolina.
EMULSÃO
É uma solução que contém pequenas partículas de um líquido dispersas em outro líquido.
Geralmente, as emulsões envolvem a dispersão de água em óleo. É necessário agitar antes de administrar
FORMAS FARMACÊUTICAS GASOSA
SISTEMAS DE GÁS COMPRIMIDO OU AEROSSÓIS
FARMACOLOGIA APLICADA A
ENFERMAGEM E CÁLCULOS DE
MEDICAÇÃO
Prof. MSc Edney Posteral S. Lima
OBRIGADO !