Você está na página 1de 50

Farmacologia

do SNC
Profª MSC Marana Soares Martins
Farmacologia do sistema
nervoso central
• Os fármacos com ação no SNC apresentam
grande importância no tratamento de
diversos distúrbios psiquiátricos.
• Depressão, ansiedade, esquizofrenia,
insônia, etc.
• No Brasil esses fármacos são classificados
como psicotrópicos e entorpecentes, o
comercio é regulado pela Portaria no
344/1998 da ANVISA.
• Neurotransmissores são pequenas
Neurotransmissão moléculas sinalizadoras sintetizadas nos
no SNC neurônios;
• São utilizadas para transmitir uma
informação fisiológica a outro neurônio,
glândula ou músculo.
• Atuam estimulando ou inibindo uma
transmissão nervosa após ativação de
um receptor específico em outro
neurônio.
• O efeito dos psicotrópicos está
relacionado a alterações nessa
neurotransmissão.
Neurotransmissão no SNC

• Os neurônios pré-sinápticos sintetizam os


neurotransmissores e os armazenam em vesículas.
• Após um estímulo do potencial de ação ocorre a
exocitose dos neurotransmissores.
• No neurônio pós-sináptico, os neurotransmissores
ativam canais iônicos regulados por ligante ou
receptores acoplados à proteína G.
• O seu efeito pode ser abreviado pela recaptação,
por uma proteína transportadora ou por inativação
enzimática.
• Aminoácidos (os excitatórios
glutamato e aspartato, e os inibitórios
GABA e glicina);
Classificação dos
neurotransmissores • Aminas biogênicas (norepinefrina,
dopamina, epinefrina, serotonina,
histamina);
• Acetilcolina;
• Purinas (adenosina);
• Neuropeptídios (opioides).
1.Glutamato: Principal neurotransmissor
excitatório do SNC.
2.Gaba: Principal neurotransmissor inibitório do
SNC.
3.Dopamina: Hormônio do prazer; Essencial para o
controle motor voluntário, participa em processos
Neurotransmissão que a motivação contribui para manter a atenção,
no SNC avaliação correta da realidade e controle do
pensamento.
4.Serotonina: Conhecida como o hormônio da
felicidade. Faz a regulagem do ritmo cardíaco, do
sono, do apetite, do humor, da memória e da
temperatura do corpo. Ter essa substância em
equilíbrio é fundamental para uma vida feliz e
bem disposta.
Os principais alvos
dos psicotrópicos:
(1) Potencial de ação na fibra pré-
sináptica;
(2) síntese do transmissor;
(3) armazenamento;
(4) metabolismo;
(5) liberação;
(6) recaptação na terminação nervosa ou
captação em uma célula glial;
(7) degradação;
(8) receptor do transmissor;
(9) aumento ou redução induzidos pelo
receptor na condutância iônica;
(10) sinalização retrógrada.
• O ácido gama-aminobutírico (GABA) é um neurotransmissor
produzido naturalmente pelo organismo.
• Principal neurotransmissor inibidor no SNC dos mamíferos.

O que é • É liberado por neurônios chamados Gabaérgicos e se conecta a


receptores específicos dos outros neurônios.
Gaba? • Os receptores são divididos em dois tipos principais: GABAa e
GABAb.
• Esses neurônios receptores passam então por uma diminuição
na condução neuronal, provocando a inibição do SNC.
• Como consequência, a pessoa pode ter sensação de:
• Relaxamento;
• Concentração;
• Sono.
• A baixa liberação de Gaba pode resultar em distúrbios
neurológicos e doenças mentais, incluindo epilepsia, ansiedade
e insônia.
• Principal neurotransmissor com atividade excitatória do SNC
• A transmissão sináptica excitatória é mediada pelo glutamato,
que está presente em concentrações muito altas nas vesículas
sinápticas excitatórias.
Glutamato • O glutamato liberado atua sobre os receptores pós-sinápticos
de glutamato e é depurado por transportadores de glutamato
presentes na glia circundante.
• Quase todos os neurônios são fortemente excitados pelo
glutamato.
• Essa excitação é causada pela ativação dos receptores
ionotrópicos (canais de íons dependente de ligante):
• o ácido α-amino-3-hidroxi-5-metilisoxazol-4-propiônico
(AMPA),
• o ácido caínico (KA),
• o N-metil-d-aspartato (NMDA).
Moduladores do GABAa

• Atuam em sítios alostéricos desse receptor e aumentam a transmissão


GABAérgica.
• Benzodiazepínicos (diazepam, alprazolam, etc).
• Barbitúricos (tiopental, fenobarbital, etc).
• O etomidato, o propofol e a alfaxalona também agem sobre o
receptor GABAa e são usados como indutores de anestesia geral.
Benzodiazepínicos

• Primeiro benzodiazepínico: clordiazepóxido


• Diazepam, alprazolam, midazolam, estazolam,
flurazepam, temazepam, clonazepam, zolpidem.
• Ação ansiolítica / hipnótica / anticonvulsivante
• Desencadeiam amnésia anterógrada
• Atuam sobre os receptores GABAérgicos
• Ação longa - Geram metabólitos ativos
Mecanismo de ação
• Aumenta as ações do GABA.
• Fixa-se em local
independente no receptor
Gabaérgico.
• Aumenta a afinidade do
GABA pelo receptor.
• Aumenta frequência de
abertura do canal.
• Não atua na ausência do
GABA.
Efeitos terapêuticos

Redução da Redução da
Sedação
ansiedade agressividade

Indução do sono Redução do Efeito


(manutenção) tonus muscular anticonvulsivante
Efeitos colaterais:
• fraqueza, visão borrada, vertigem,
desconfortos intestinais, sonolência,
prejuízo às habilidades psicomotoras,
comprometimento cognitivo.
Benzodiazepínicos
Interações medicamentosas:
• envolve a indução ou inibição de enzimas
hepáticas ou efeitos aditivos com outros
depressores do SNC, como etanol.
FLUMAZENIL

Antagonistas de • Antagonista de receptor GABAa.


receptores BDZ
• Compete pelo sítio de ação com os
benzodiazepínicos.

• Reversão da superdosagem.

• Produz melhora imediata (dentro de 1 a 5


minutos) na capacidade de obedecer a
comandos e orientar-se no tempo e no
espaço.
Barbitúricos

• Tiopental, pentobarbital, fenobarbital, secobarbital, amobarbital.

• Ação hipnótica, anticonvulsivante e sedativa.

• Depressores do SNC, inclusive do Centro Respiratório.

• Eles foram largamente substituídos pelos BZD, principalmente porque eles


induzem tolerância, induzem enzimas, causam dependência física e estão
associados a sintomas de abstinência muito graves.
Mecanismo de ação
• Semelhante aos BZD, porem se ligam
em local diferente dos BZD.
• Se ligam nos receptores GABAérgicos,
prolongando o tempo de abertura do
canal de Cl-.
• Intensificam a ligação do GABA aos
receptores GABAa.
• Provoca depressão em todos os graus
do SNC.
• Não existe antídoto.
Zolpidem
• O hipnótico zolpidem não tem estrutura
benzodiazepínica, mas atua em um subsetor da
família de receptores benzodiazepínicos, BZ1.

• O zolpidem não tem propriedades anticonvulsivantes


ou músculo-relaxantes.

• Ele apresenta poucos efeitos de abstinência, provoca


insônia de rebote mínima, e pouca ou nenhuma
tolerância ocorre com o seu uso prolongado.
Neurotransmissão serotoninérgica - Antidepressivos
AUMENTAR a disponibilidade sináptica de um ou mais neurotransmissores:
1. Inibição do metabolismo
2. Bloqueio de recaptura neuronal
3. Estimulação de receptores pré-sinápticos.

➢ TRICÍCLICOS (inibição de catecolaminas) - Clomipramina (Anafranil®)


➢ ISRS (inibidor seletivo da recaptação de serotonina) - Fluoxetina (Prozac®)
➢ IRND (inibidor da recaptação de noradrenalina e dopamina)- (Bupropiona -
Zyban®)
➢ ISRSN (inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina) - (Venlafaxina
- Efexor®)
➢ IMAO (inibidor da MAO) - Moclobemida (Aurorix®)
Antidepressivos tricíclicos (ADT)

Representantes:
➢Imipramina, nortriptilina, amitriptilina, clormipramina.

➢Além da depressão são utilizados para tratar dor neuropática, enxaqueca,


TOC, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, vômitos,
insônia, etc.

➢A maioria dos ADT atuam como antagonistas de receptores pós-sinápticos


H1, 5-HT2A, α1-adrenérgico e muscarínicos, provocando outros efeitos
farmacológicos benéficos ou não.
Antidepressivos tricíclicos (ADT)
Potentes inibidores da captação neuronal de norepinefrina
e serotonina no terminal nervoso pré-sináptico Eficácias terapêuticas similares.

Escolha: tolerância do paciente


aos efeitos adversos, respostas
prévias, condições médicas
preexistentes e duração de
ação.

Pacientes que não respondem a


um ADT podem aceitar outro
fármaco desse grupo.

Alternativa para pacientes


que não respondem aos ISRS.
Efeitos Colaterais dos Tricíclicos

Anticolinérgicos Anti H1 Antagonista α1 Dopaminérgicos

• boca seca • sonolência • tontura • piora da


• visão turva • sedação • nariz entupido psicose
• taquicardia • fadiga • disfunção (bloqueio da
erétil e recaptação)
• retenção • ganho de peso
urinária • hipotensão ejaculatória
• constipação
Inibidor seletivo da recaptação de serotonina
(ISRS)
Representantes:
• Fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopram, escitalopram.

Mecanismo de ação:
• Inibem seletivamente a recaptação de serotonina, aumentando a
concentração de serotonina na fenda sináptica, produzindo uma maior
atividade neuronal pós-sináptica.

Vantagens: Ao fazerem essa inibição seletiva, esses fármacos não têm efeito
anti-alfa-1, anti-histamínico ou anticolinérgico como os ADT.
Inibidor seletivo da recaptação de serotonina
(ISRS)
• Na maioria dos casos são a primeira escolha para no tratamento da depressão
maior, tem uma melhora na margem de segurança e efeitos adversos quando se
compara com os ADT e IMAO.

• Outras indicações: ansiedade generalizada, síndrome do pânico, TOC, estresse


pós-traumático, de ansiedade social, transtorno disfórico pré-menstrual e
bulimia nervosa.

• A fluoxetina e a paroxetina são potentes inibidores da isoenzima CIP450 (CIP2D6)


• Efeitos adversos:
• Náuseas, diarreia, anorexia, cefaleia, sudoração, ansiedade e agitação,
fraqueza, distúrbios do sono (insônia e sonolência), perda da libido e
frigidez.
Inibidor da recaptação de serotonina e
noradrenalina (IRSN)
Principais representantes:
• Venlafaxina, Desvenlafaxina, Duloxetina

Mecanismo de ação:
• Inibem a recaptação seletiva de serotonina e noradrenalina.

• A venlafaxina e desvenlafaxina potente inibidor da captação de serotonina e, em


dosagens médias e altas, é inibidor da captação de norepinefrina.
• A duloxetina inibe a captação de serotonina e norepinefrina em todas as
dosagens.
Inibidor da recaptação de serotonina e
noradrenalina (IRSN)
Efeitos adversos
• Venlafaxina: náuseas, cefaleia, disfunções sexuais, tonturas, insônia, sedação e
constipação. Em doses elevadas, pode ocorrer aumento da pressão arterial e da
frequência cardíaca.

• Desvenlafaxina: não tem efeitos clínicos e adversos comparado com a venlafaxina.

• Duloxetina: não deve ser administrada em pacientes com insuficiência hepática,


doença renal; náuseas, boca seca, constipação, insônia, tonturas, sonolência,
sudoração e disfunção sexual.
Inibidores Da Monoamina
Oxidase (IMAO)
Principais representantes:
• fenelzina, tranilcipromina, isocarboxazida e
selegilina

Mecanismo de ação:
• Inibidores da monoamina oxidase do neurônio
pré-sinaptico: inibem a enzima que degrada a
noradrenalina, serotonina e dopamina,
aumentando a disponibilidade destas.
Indicações terapêuticas:
• Bulimia nervosa
• Transtorno de pânico
• Transtorno de ansiedade social
• Transtorno depressivo persistente refratário a outros regimes farmacoterápicos
• Depressão maior unipolar e bipolar que não responde a vários regimes de
farmacoterapia
IMAO • Doença de Parkinson (Selegilina)

Efeitos adversos:
• A hipotensão é um efeito adverso comum. O excesso de estimulação central
pode causar tremores, excitação, mioclonia, insônia e convulsões.
• Aumento de apetite com consequente aumento de peso; disfunção sexual.
Interações medicamentosas

A síndrome da serotonina é uma situação Interações alimentares: alguns IMAOs


potencialmente fatal que resulta do aumento interagem com a tiramina, um aminoácido
da atividade serotoninérgica no SNC. Pode encontrado em vários alimentos e bebidas.
ser desenvolvida a partir do uso do IMAO Esse aminoácido é uma amina
com medicações que aumentam essa simpatomimética indireta que pode atuar
neurotransmissão: como vasopressor:

• Tramadol, ISRS, Inibidores da recaptação da • Queijo envelhecido cru ou cozido, Carne,


serotonina-norepinefrina, Sibutramina, frango ou peixe envelhecido, seco/curado
Triptofano, anfetaminas, ecstasy, cocaina. (por exemplo, bacon, carne enlatada,
• Hiperestimulação dos receptores serotonina: mortadela, pastrami, salame e salsicha,
ansiedade, agitação, tremores ou espasmos Frutas e vegetais maduros
musculares, frequência cardíaca rápida,
hipertensão arterial, sudorese, calafrios, coma.
Os antidepressivos atípicos são um
Fármacos grupo misto de fármacos que têm
anticonvulsivantes ação em vários locais diferentes

Eles não são mais eficazes do que


ANTIDEPRESSIVOS os ADT ou os ISRS, mas seus perfis
ATÍPICOS de efeitos adversos são diferentes.

bupropiona, mirtazapina,
nefazodona e trazodona.
Inibidor da recaptação de noradrenalina e
dopamina
Seu uso deve ser evitado em
Principal representante: pacientes com convulsões ou
• Bupropiona que sofrem de transtornos da
alimentação

Mecanismo de ação:
• A bupropiona é um inibidor da recaptação de noradrenalina e dopamina,
aumentando a concentração de noradrenalina e dopamina na fenda
sináptica.

Vantagens: Não sedativa, não tem ação anticolinérgica, não produz


hipotensão ortostática, não cardiotóxica, não produz disfunção sexual.
Antidepressivos Atípicos

Mirtazapina Nefazodona e trazodona


• Aumenta a neurotransmissão por • Inibidores fracos da captação de
serotonina e norepinefrina bloqueando serotonina.
os receptores a2 pré-sinápticos. • Causam bloqueio dos receptores 5HT2A
Também bloqueia os receptores 5HT2; pós-sinápticos.
• É sedativo (atividade anti-histamínica), • Os dois fármacos são sedativos.
mas não causa os efeitos adversos
antimuscarínicos dos ADT, nem • A trazodona foi associada ao priapismo.
interfere na função sexual (ISRS). • A nefazodona ao risco de
• Aumento do apetite e da massa hepatotoxicidade.
corporal.
Os transtornos psicóticos mais comuns
incluem mania (transtorno bipolar), psicose
induzida por substâncias (por exemplo,
cocaína) e esquizofrenia.
Fármacos
antipsicóticos Os fármacos disponíveis são classificados
como antipsicóticos típicos, atípicos e os
fármacos estabilizadores do humor, sendo
os últimos indicados, principalmente, no
tratamento da mania ou transtorno bipolar.
Os medicamentos antipsicóticos modificam a forma
como são transmitidas as informações entre as
células individuais do cérebro.

Os sintomas de psicose parecem ser consequência


de uma atividade excessiva das células sensíveis aos
Fármacos neurotransmissores dopamina e serotonina.

antipsicóticos Os medicamentos antipsicóticos bloqueiam os


receptores de dopamina e de serotonina com a
finalidade de reduzir comunicação entre grupos de
células.

Diferentes medicamentos antipsicóticos bloqueiam


diferentes tipos de neurotransmissores.
Estabilizadores de humor

• Uso em pacientes com transtorno bipolar.


• Mais recentemente, o conceito de estabilizador do humor foi definido de maneira
abrangente, desde “uma substância capaz de atuar como o lítio”, passando por “um
anticonvulsivante usado para o tratamento do transtorno bipolar”, até “o
antipsicótico atípico utilizado no tratamento do transtorno bipolar”.

• Existem três grupos principais de fármacos utilizados como estabilizadores do humor:


• Carbonato de lítio: o principal estabilizador conhecido.
• Alguns anticonvulsivantes: ácido valproico, lamotrigina, carbamazepina e
oxicarbazepina
• Alguns antipsicóticos atípicos: quetiapina, olanzapina, risperidona.
Estabilizadores de humor - Lítio

• Mecanismo de ação: ainda não está totalmente elucidado.


• O lítio pode simular o papel do Na+ em tecidos excitáveis, sendo capaz de penetrar canais
de Na+ controlados por voltagem que são responsáveis pela geração de potenciais de ação.
• Hipótese que o lítio estimula a neurotransmissão inibitória e inibe a transmissão excitatória

• O fator de segurança e o índice terapêutico são extremamente baixos


comparáveis aos da digoxina

• Efeitos colaterais: ganho de peso, acne, queda de cabelo, edema, diminuição da


função da tireóide, diabetes.
• Sua ação acontece por duas classes de receptores acoplados
à proteína G:
• D1 (D1 e D5) – ativa adenilil ciclase
• D2 (D2, D3 e D4) – inibe adenilil ciclase
Neurotransmissão
dopaminérgica • Existem evidências que indicam uma relação entre os
receptores D2 com a esquizofrenia.
• Outra patologia neurodegenerativa associada à
neurotransmissão dopaminérgica é a doença de Parkinson.

A Adenilato ciclase enzima da membrana


plasmática que catalisa a conversão da ATP em
cAMP. O cAMP é um segundo mensageiro que
possibilita a transmissão do sinal de um
neurotransmissor para dentro da célula
Fármacos antipsicóticos
• São divididos em primeira e segunda gerações.
• 1ª geração: subdivididos em "de alta“ e "de baixa
potência",
• Indica a eficácia clínica do fármaco e a sua afinidade
pelo receptor D2 da dopamina, o que, influencia o seu
perfil de efeitos adversos.

• Mecanismo de ação: Tanto os antipsicóticos típicos


quanto atípicos parecem realizar o bloqueio pós-
sináptico dos receptores cerebrais D2 da dopamina. Este
bloqueio atinge tratos dopaminérgicos causando ações
terapêuticas e efeitos adversos.
• 2ª geração de fármacos antipsicóticos têm
menos sintomas extrapiramidais (SEP) do que
os de primeira geração;
• Mas são associados com maior risco de
efeitos adversos metabólicos, como diabetes,
hipercolesterolemia e aumento de massa
corporal;
• Os de 1ª geração apresentam mais sintomas
extrapiramidais, movimentos anormais não
intencionais:
• Dificuldade para manter-se em pé;
• Tendência a queda multidirecional;
• Distúrbios da marcha;
• Dificuldade para manter o foco e para
realizar movimentos rápidos, alternados
e coordenados;
• Tremores acentuados ao final de um
movimento.
Efeitos colaterais
Precursor de Dopamina
A epilepsia corresponde a uma enfermidade crônica
caracterizada por episódios convulsivos recorrentes,
Fármacos gerado por uma descarga elétrica, hipersincrônica,
anticonvulsivantes excessiva e descontrolada de um grande número de
neurônios.

O tratamento farmacológico das epilepsias tem como


base a inibição da despolarização neuronal anômala
por meio da potencialização da ação do GABA ou
inibição da função dos canais de Na+ ou Ca2+.

Os fármacos anticonvulsivantes disponíveis podem


causar uma variedade de efeitos indesejados.
Fármacos anticonvulsivantes
• Caso as convulsões não sejam controladas, a substituição por outro fármaco é preferível
à adição de um novo. Alguns benzodiazepínicos, como clonazepam e diazepam e o
barbitúrico fenobarbital também são utilizados no tratamento de todos os tipos de
epilepsias.
Mecanismo de ação
Agentes que aumentam a inibição mediada por canais de Na+:
• Reduz a propagação dos impulsos anormais no cérebro, bloqueando os canais de
sódio, inibindo a geração de potenciais de ação repetitivos no foco epiléptico e
evitando seu alastramento.
• Ex.: fenitoína, carbamazepina, lamotrigina, ácido valproico.

Inibidores dos canais de cálcio:


• Reduz a propagação da atividade elétrica anormal no cérebro, mais provavelmente
inibindo os canais de cálcio tipo T.
• Ex.: etossuximida, pregabalina
Mecanismo de ação
Antagonistas dos receptores de glutamato:
• Não são tão importantes clinicamente como as demais classes devido aos efeitos
adversos.
• O felbamato age de forma seletiva sobre os receptores NMDA e apresenta menos
efeitos indesejáveis sobre o comportamento que outros fármacos dessa classe.
Entretanto, seu uso é restrito devido à alta incidência de casos de anemia
aplástica fatal e insuficiência hepática.

Topiramato:
• Potencialização da ação do GABA (sítio diferente do BZD / Barbitúrico);
• Inibe o início da descarga neuronal por fazer um bloqueio nos canais de Na+
Mecanismo de ação
• Gabapentina é um análogo do GABA.
• Contudo, ela não atua nos receptores GABA, não potencializa as suas ações e nem é
convertida em GABA.
• Seu mecanismo de ação preciso segue desconhecido.

• A lacosamida in vitro afeta canais de sódio disparados por voltagem resultando na


estabilização de membranas neuronais hiperexcitadas e inibição de disparos neuronais
repetitivos.

• O fenobarbital foi sintetizado em 1902 e introduzido no mercado em 1912 pela Bayer.


• Seu mecanismo de ação primário é a potenciação dos efeitos inibitórios dos neurônios
mediados por GABA

Você também pode gostar