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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CURSO ODONTOLOGIA
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA
DISCIPLINA FARMACOLOGIA II

ANESTÉSICOS GERAIS

Prof. Natália Brucker

Setembro, 2023
ANESTESIA GERAL

Depressão do SNC – de
modo previsível e reversível
–possibilitando a realização
de cirurgias.

Etapas: pré-operatória (avaliação e administração pré-anestésica


de medicamentos), intraoperatória (medicamentos para indução
e manutenção) e pós-operatória (recuperação da anestesia).
Anestésicos gerais
Aspectos históricos

▪Historicamente, a anestesia era feita somente com um fármaco,


inicialmente com um gás volátil e, depois, com um fármaco
intravenoso (ex tiopental).

▪Qualidade da anestesia não era ideal e nenhum fármaco


conseguia dar imobilidade e estabilidade hemodinâmica durante a
cirurgia.

▪1926: combinação de anestésicos regionais e fármacos


hipnóticos;

▪1947: introdução de agonistas opioides como medicação pré-


anestésica

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Anestésicos gerais

“É uma completa, contínua e reversível depressão das funções


do SNC, leva a perda da consciência, eliminação da dor e perda
da atividade muscular”

Depressão reversível do SNC


perda de resposta e percepção aos estímulos externos

Ajuste nível anestesia: ↑ dose, ↑ inibição do SNC


↑ insuficiência respiratória.

(Rang, Goodman, Wannmacher)


O que faz um anestésico geral?

❑ Induz depressão generalizada do SNC


❑ Provoca perda da percepção de todas as sensações
❑ Perda da consciência, amnésia e imobilidade (ausência de
resposta a estímulos nocivos)
❑ Relaxamento da musculatura esquelética
❑ Sedação e diminuição da ansiedade
❑ Analgesia
❑ Supressão dos reflexos autônomos

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Efeitos no Sistema Nervoso

• Principais alvos SNC afetados: córtex, tálamo, hipocampo, a


formação reticular do mesencéfalo e a medula espinhal.

❑ Os principais alvos moleculares envolvidos na ação


anestésica que têm sido estudados são os canais iônicos
neuronais que medeiam a condução do impulso no SNC.

❑ Os canais de cloreto (GABAa e glicina) e os canais de


potássio (principais canais iônicos inibitórios)

❑ Os canais iônicos excitatórios como alvos incluem


aqueles ativados pela acetilcolina (receptores nicotínicos
e muscarínicos), pelo glutamato (AMPA, NMDA e cainato)
ou pela serotonina (receptores 5-HT2 e 5-HT3).
(Rang, Goodman, Wannmacher)
Efeitos no Sistema Nervoso

❑ Uma ação pré-sináptica pode alterar a liberação de


neurotransmissores, ao passo que um efeito pós-
sináptico pode modificar a frequência ou a amplitude dos
impulsos que saem da sinapse.

❑ Supostos alvos da ação anestésica. Os anestésicos


podem:
A) aumentar a atividade sináptica inibitória
B) diminuir a atividade excitatória.

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Mecanismos moleculares dos
anestésicos gerais

❖ Praticamente todos os anestésicos (exceção cetamina e


óxido nitroso) potencializam a ação do GABA sobre o
receptor GABAa intensificando a neurotransmissão
inibitória e deprimindo o SNC.

❖ Cetamina e óxido nitroso: Agem no Receptor NMDA (são


canais de cátion controlados por glutamato). São
antagonistas do receptor NMDA agem inibindo a
neurotransmissão excitatória.

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(Rang, Goodman, Wannmacher)
Mecanismo de ação

Atualmente estão classificadas 16 subunidades de receptores GABAA (α1-6, β1-


3, γ1-3, δ, ∈, π e θ), o que pode explicar os variados níveis de respostas
comportamentais observados com diferentes AGs. Por exemplo, a sedação
produzida pelos benzodiazepínicos é associada à presença da subunidade α1 no
receptor GABAA; a ansiólise está associada a presença da subunidade α2 no
sistema límbico.

WHALEN, Karen, FINKELl, Richard, PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada, 6th edição. ArtMed, 01/01/2016. [Minha Biblioteca].
Estágios da anestesia
❑ INDUÇÃO: período entre a administração do anestésico e o
desenvolvimento efetivo da anestesia. Depende da rapidez com que [ ]
eficazes do anestésico atinge o SNC. Ideal: fármaco de início de ação
rápido.

❑ MANUTENÇÃO: período em que o paciente encontra-se anestesiado.


❑Monitoramento dos sinais vitais
INDÇÃ da anestesia
❑Controle da profundidade
O
❑ RECUPERAÇÃO: período entre a suspensão do anestésico e a
recuperação da consciência e reflexos. Depende de quão rapidamente o
anestésico é removido do SNC.
❑Redistribuição
❑Monitoramento de sinais vitais (pode haver complicações)
❑Hipóxia de difusão

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(Rang, Goodman, Wannmacher)
Profundidade da anestesia

Recuperação

Ideal

EVITAR

GOLAN e (ed.), D. [Inserir ano de publicação], Princípios de Farmacologia - A Base Fisiopatológica da Farmacologia, 3ª edição,
(Rang, Goodman, Wannmacher)
Anestésicos intravenosos

Atuam mais rápido (~ 20 segundos), produzindo


inconsciência. Assim que o fármaco chega ao cérebro.

•Utilizados para indução da anestesia

Em geral não são utilizados para manutenção da anestesia

Eliminação do corpo é lenta em comparação aos agentes


inalatórios. Exceção: propofol e cetamina

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Anestésicos intravenosos
✓Indução rápida, com recuperação + lenta se comparado aos
inalatórios.

Principais efeitos indesejáveis


✓Risco de depressão respiratória e cardiovascular (cetamida)
✓Náuseas no pós-operatório (relacionados pela depressão do
centro do vômito).

HILAL-DANDAN, Randa, BRUNTON, Laurence. Manual de Farmacologia e Terapêutica de Goodman & Gilman, 2nd edição. AMGH, 01/2015. [Minha
Biblioteca].
Anestésicos intravenosos
TIOPENTAL

•Uso: indução anestésica (2,5-5,0 mg/Kg)


•Barbitúrico: ação-ultra-curta (~ 5min) - redistribuído para os tecidos
•Alta lipossolubilidade: rápida passagem pela BHE

•Recuperação e
metabolização
lentas - “ressaca”:
dor no corpo,
cefaleia.

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Anestésicos intravenosos
TIOPENTAL
Administração de doses repetidas causa anestesia por períodos mais
longos – Não é usado na manutenção
•Baixo efeito analgésico

•Possibilidade de depressão respiratória profunda (dose incapaz


de produzir inibição reflexos dolorosos)

•Causa efeitos cardiovasculares

•Injeção acidental no tecido ou artéria causa dor, necrose


tecidual e ulceração: gangrena.

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Anestésicos intravenosos
PROPOFOL
•Usos:
•Indução anestésica (150-200 μg/Kg/min)
•Manutenção anestésica (100-200 μg/Kg/min)

•Útil para cirurgias simples (alta no mesmo dia)

•Rápido início de ação (~ 30s) e distribuição (t1/2=2-4min) - pode


ser utilizado em infusão contínua: manutenção da anestesia

•Duração da ação: 3-10 min

•Rápido metabolismo: recuperação + rápida, sem efeito


cumulativo e efeito ressaca
•Biotransformação: hepática (sulfatos e glicuronato).

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Anestésicos intravenosos
PROPOFOL
Emulsão
•Efeitos adversos: (Dor aplicação, lidocaína)
➢Depressão respiratória Hiperlipemia

➢Depressão cardiovascular (hipotensão e bradicardia):


depende da dose - vasodilação e redução contratibilidade
cardíaca com administração em bolus

➢Depuração reduzida em idosos e RN.

•Síndrome da infusão do propofol: acidose metabólica,


rabdomiólise, hipercalemia, lipemia, hepatomegalia, falência renal,
arritmia e colapso cardiovascular
(pacientes doença grave, crianças)

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Anestésicos intravenosos

❑Fospropofol (pró-fármaco) é um derivado solúvel em água,


recentemente desenvolvido, menos doloroso quando injetado e
rapidamente convertido em propofol no corpo por meio de
fosfatases alcalinas.

❑Propofol pode ser tomado como uma substância de uso


abusivo, para obter um efeito sedativo.
Anestésicos intravenosos
ETOMIDATO

•Indução anestésica de pacientes sob risco de hipotensão.


•Vantagem: usar em pacientes propensos à instabilidade
hemodinâmica.
•Ação curta: lipossolubilidade. Eliminado mais rápido que o tiopental
•Pode causar movimentos involuntários durante a indução e tem
alta incidência de náuseas
• Efeito adverso: inibe as enzimas biossintéticas suprarrenais
(cortisol e de alguns outros esteroides).
•Deve ser evitado no caso de pacientes que apresentam risco de
insuficiência suprarrenal (ex sepse).
•Dor à injeção (lidocaína) e fasciculações musculares e
movimentos espontâneos (BDZ, opioides).
•Não recomendado em infusões prolongadas.
(Rang, Goodman, Wannmacher)
Anestésicos intravenosos
CETAMINA

•Útil para pacientes sob risco de hipotensão e broncoespasmo.


•Estabilidade cardiovascular.
•Uso procedimentos curtos
•Início de ação lento (1-2min)
•Anestésico de ação curta (1-2 minutos)
•Redistribuição para tecido muscular e biotransformação
(norcetamina)
•Efeitos adversos significativos limitam o uso.
•Produz anestesia “dissociativa”, na qual o paciente pode
permanecer consciente, embora com amnésia e insensível à dor
(Uso BDZ ↓ risco delirium)
•Recuperação: delírios, alucinações, sonhos vívidos e ilusões

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Fármaco Velocidade de indução e Efeitos adversos Observação
recuperação
Propofol Início rápido e recuperação Depressão Rapidamente
rápida cardiovascular e metabolizado. Pode
respiratória usar como infusão
contínua
Tiopental Início rápido e recuperação Depressão Dor no local da
lenta cardiovascular e aplicação
respiratória Ressaca

Etomidato Início rápido e recuperação Efeitos excitatórios Dor no local da


intermediário durante a indução e aplicação
recuperação
supressão adrenais

Cetamina Início lento Náuseas, vômitos, Produz boa


salivação, efeitos analgesia e amnésia
psicotomiméticos com baixa depressão
respiratória

RITTER, James M. et al. Rang & Dale Farmacologia. Grupo GEN, 2020. [Minha Biblioteca].
Anestésicos inalatórios

❑ Esses anestésicos são captados por meio de trocas


gasosas nos alvéolos pulmonares para então serem
distribuídos aos compartimentos do corpo.

❑ O objetivo central é que os gases inalados cheguem à


interface pulmão:sangue em concentração adequada e
de forma rápida. Quando esse equilíbrio é alcançado,
presume-se que a concentração no SNC (cérebro e
medula espinal) também foi atingida.
Anestésicos inalatórios
Administrados por via respiratória
Uso: indução e manutenção da anestesia
Máscaras, cone, vaporizador

•voláteis: líquidos que se tornam gases em vaporizadores.


Ex: halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano, desflurano
(depressão respiratória significativa, pouca ação analgésica)

•gases: principal representante é óxido nitroso - hipnótico


fraco e analgésico significativo

✓Ideal: não irritante, odor agradável, não tóxico, não alérgico, inerte, não ser
biotransformado

(Rang, Goodman, Wannmacher)


WHALEN, Karen, FINKELl, Richard, PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada, 6th edição. ArtMed, 01/01/2016. [Minha Biblioteca].
Anestésicos inalatórios

Éter

DL50/DE50= 2-4
Mecanismo de ação

WHALEN, Karen, FINKELl, Richard, PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada, 6th edição. ArtMed, 01/01/2016. [Minha Biblioteca].
Anestésicos inalatórios
✓Variam profundidade da anestesia com alteração da concentração:

•↓ doses: hipnose, analgesia, amnésia, euforia, excitação,


•↑ doses: sedação profunda, relaxamento muscular e redução
de respostas motoras e autônomas ao estímulo nocivo

✓Fatores que regulam a velocidade de indução e recuperação:

•Propriedades do anestésico:
➢Solubilidade no sangue
➢Coeficiente de partição sangue/gás
•Fatores fisiológicos
➢Taxa de ventilação alveolar
➢Débito cardíaco

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Coeficiente de partição sangue:gás: principal fator
que determina a velocidade de indução e de
recuperação, quanto menor este coeficiente mais
rápidas a indução e a recuperação. A pressão parcial
do gás no espaço alveolar rege a concentração no
sangue. Quanto mais baixo o coeficiente de partição
sangue:gás, mais rapidamente a pressão parcial do
gás no espaço alveolar se igualará à que está sendo
administrada no ar inspirado.

menor a solubilidade no
sangue, mais rápido é o
processo de equilíbrio
Coeficiente de partição óleo:gás: determina a
potência de um anestésico e também influencia a
cinética de sua distribuição no corpo, tendo como
principal efeito a elevada solubilidade lipídica,
causando seu acúmulo no tecido adiposo e
atrasando a recuperação da anestesia.

▪Barreira hematoencefálica é livremente permeável aos


anestésicos, assim a concentração do anestésico no
cérebro é semelhante a do sangue arterial.
Anestésicos inalatórios

✓Potência é definida pela


concentração alveolar mínima
(CAM)

•É a concentração alveolar
de um anestésico volátil
que evita resposta ao
estímulo doloroso em 50%
dos pacientes a ela
submetidos

WHALEN, Karen, FINKELl, Richard, PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada, 6th edição. ArtMed, 01/01/2016. [Minha Biblioteca].
Anestésicos inalatórios

Fármaco CP CP óleo- CAM Indução/


sangue- gás (%v/v) Recuperação
gás
Óxido 0,5 1,4 100 Rápida
nitroso
Isoflurano 1,4 91 1,2 Média
Desflurano 0,4 23 6,1 Rápida
Sevoflurano 0,6 53 2,1 Rápida

Halotano 2,4 220 0,8 Lenta


Enflurano 1,9 98 0,7 Média
Velocidade de Potência
indução e
recuperação
WHALEN, Karen, FINKELl, Richard, PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada, 6th edição. ArtMed, 01/01/2016. [Minha Biblioteca].
Anestésicos inalatórios
HALOTANO

❖ 60-80% eliminado inalterado via pulmonar, restante fígado (CYP)


❖ Anestésico potente e analgésico fraco (administrado com opioides)
❖ Não irritante das vias aéreas
❖ Hipotensão* e arritmias *  PA dose-dependente
❖ Efeito relaxante muscular (útero) uso em obstetrícia, risco
hemorragia
❖ Efeitos adversos: hipotensão, arritmias, hepatotoxicidade (uso
repetido)
❖ ↑ Coeficiente partição sangue: gás e coeficiente partição óleo:gás →
indução e recuperação lenta
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(Rang, Goodman, Wannmacher)
Anestésicos inalatórios
ISOFLURANO
❖ Não inflamável
❖ Maior margem de segurança que halotano
❖ Rápida indução e recuperação anestésica
❖ Baixa biotransformação (99% excretado pelos pulmões)
❖ Baixa incidência de arritmias cardíacas
❖ Irritante para as vias aéreas
❖ Síndrome: produz vasodilatação coronariana em pacientes
cardiopatas isquêmicos
❖ Aumento discreto do fluxo sg cerebral, redução metabolismo e
pressão intracraniana - indicado para neurocirurgia
❖ Uso: 1-3% em O2 (Rang, Goodman, Wannmacher)
Anestésicos inalatórios
DESFLURANO
❖Baixa biotransformação hepática
❖99% do desflurano absorvido são eliminados sem alterações pelos
pulmões
❖Na manutenção permite controle preciso da profundidade anestésica e
recuperação muito rápida (5-10 min após interrupção o paciente
responde a comando verbal) - cirurgias simples (alta no mesmo dia)
❖ A menor solubilidade no sangue e na gordura significa que a titulação
da profundidade da anestesia e a recuperação são mais rápidas; uso
como anestésico em pacientes obesos
❖Irritante para as vias aéreas: tosse, salivação excessiva, espasmo
(laringe e brônquios)
❖Uso: 6-8% em O2 (Rang, Goodman, Wannmacher)
Anestésicos inalatórios

SEVOFLURANO

❖ Similar ao desflurano, mais potente.


❖ Baixo coeficiente de partição sangue-gás (baixa solubilidade
sanguínea) - indução e recuperação rápidas.
❖ Não irrita vias aéreas e produz perda rápida e agradável de
consciência – pacientes ambulatoriais
❖ Pouco usado na manutenção anestésica - custo elevado e
metabólito nefrotóxico
❖ Preserva função cardiovascular - pacientes idosos
❖ Uso: 2-4% em O2

(Rang, Goodman, Wannmacher)


Anestésicos inalatórios
ENFLURANO

❖ Agente não inflamável/explosivo


❖ 80% eliminado inalterado via pulmonar 2-5% biotransformado
fígado (Indutor enzimático)
❖ Hipotensão e Bradicardia
❖ Hipnótico e relaxante muscular (mesmo sem bloqueador
neuromuscular)
❖ Indução e recuperação lentas
❖ Menor incidência de arritmias cardíacas, náuseas, vômito,
tremores pós-operatórios que halotano
❖ Uso 4% em O2 e após 1,5-3%
❖ Pode causar convulsões, ou durante a indução ou após a
recuperação da anestesia, especialmente em pacientes que
sofrem de epilepsia
(Rang, Goodman, Wannmacher)
Efeito adverso grave (fluranos)
Hipertermia maligna causada pela produção de calor no
músculo esquelético, devido à liberação em excesso de
Ca do retículo sarcoplasmático.

reação idiossincrática: mutações no gene que codifica o receptor de rianodina

• Contração muscular, acidose, ↑ metabolismo, ↑


temperatura corporal.
• Os ativadores incluem anestésicos halogenados e
fármacos bloqueadores neuromusculares
despolarizantes.
• A suscetibilidade possui base genética.
• Tratamento: dantroleno (relaxante muscular). Inibidor
dos canais de cálcio
(Rang, Goodman, Wannmacher)
Anestésicos inalatórios

ÓXIDO NITROSO
❖ Uso em associação com outros anestésicos gerais - isolado não produz hipnose
profunda.

❖ Administrar 100% O2 garantir o nível de saturação próximo a 100%, condição ideal


para iniciar o processo de sedação

❖ Não irritante as vias aéreas

❖ Rápida indução e recuperação

❖ Baixa hepatotoxicidade

❖ Baixo efeito sobre sistema cardiovascular e respiratório

❖ Mecanismo de ação: Bloqueio do receptor NMDA (glutamato)/canais de Ca →


impede a despolarização de membrana e liberação de NT, impede a condução do
impulso nervoso.
(Rang, Goodman, Wannmacher)
Aspectos gerais Anestésicos Inalatórios
Sistema cardiovascular

A maioria dos anestésicos ↓ contratilidade cardíaca.

O isoflurano e outros anestésicos halogenados inibem o fluxo


simpático, ↓ o tônus arterial e venoso e, ↓ pressão arterial.

O óxido nitroso e a cetamina ↑NA, ativação simpática, ↑ frequência


cardíaca e mantêm a pressão sanguínea.

(Rang, Goodman, Wannmacher)


WHALEN, Karen, FINKELl, Richard, PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada, 6th edição. ArtMed, 01/01/2016. [Minha Biblioteca].
Anestesia geral
Fármacos adjuvantes

❖ Ansiolíticos: benzodiazepínicos
❖ Analgésicos opioides
❖ Bloqueadores Neuromusculares
❖ Antieméticos
❖ Ondasetrona: antagonista receptor 5-HT3
❖ Dramin: uso como anti-emético e anti-vertiginoso, labirintites.
Contém o anti-histamínico dimenidrinato (inibe diretamente o
centro do vômito).
❖ Plasil: Metoclopramida uso em distúrbios na motilidade GI. É um
bloqueador dopaminérgico, antiemético e estimulante peristáltico
❖ Anti-histamínicos: difenidramina
❖ Antagonistas H2: ranitidina
❖ Anticolinérgicos: diminuir secreção e bradicardia
❖ Clonidina: antagonista alfa-2 adrenérgico: relaxamento da muscular e
sedação
❖ Anticolinesterásico: para reverter o bloqueio neuromuscular
(neostigmina) 43
(Rang, Goodman, Wannmacher)
REFERÊNCIAS

WANNMACHER, L. & FERREIRA, M. B. C. Farmacologia Clínica para Dentistas.


3. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Disponível em formato eletrônico
RANG, H.P. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro. Disponível em formato eletrônico
GOODMAN, Louis S.; GILMAN, Alfred; BRUNTON, Laurence L.; CHABNER,
Bruce A.; KNOLLMANN, Bjorn C. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de
Goodmann & Gilmann. 12. ed. Porto Alegre: AMGH. Disponível em formato
eletrônico
WHALEN, Karen, FINKELl, Richard, PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia
Ilustrada, 6th edição. ArtMed. Disponível em formato eletrônico
Katzung, Bertram, G. e Todd W. Vanderah. Farmacologia básica e clínica.
Disponível em: Minha Biblioteca, (15th edição). Grupo A, 2023.

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