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Grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta

em comum a hiperglicemia, que resulta de uma deficiente ou


ausente secreção de insulina, resistência periférica à ação da
insulina, ou ambas.
Anatomia do pâncreas
 Secreta hormônios através de células das ilhotas de
Langerhans.

1. Insulina estimula a captação da glicose, formação de


glicogênio e inibe a produção de glicose.
2. Glucagon estimula a produção de glicose e a
cetogênese.
3. Somatostina inibe a secreção da insulina e do glucagon
 Diabetes tipo 1
 Diabetes tipo 2
 Diabetes gestacional
 10% a 20% dos diabéticos

 Diabetes melitus juvenil Observado em indivíduos


com menos de 20 anos de idade

Deficiência absoluta de Relativa excreção excessiva


insulina de glucagon

Lesão das células beta pancreáticas


Infecções virais ou doenças auto- Suscetibilidade genética
imunes
 O pâncreas mantém alguma
função das células β.

 Mas a secreção de insulina


é variável e insuficiente
para manter a homeostasia
da glicose.
Sintetizada como precursor (pró-insulina)

Insulina Peptídeo C

Hormônio polipeptídico
A. Liberação de insulina
 Tecnologia de DNA recombinante usando:
 Cepas especiais de Escherichia coli
 Fungos alterados geneticamente para conter o gene para a
insulina humana

Modificações da sequência de aa da insulina humana produziram


insulinas com propriedades farmacocinéticas distintas

Lispro, asparte e glulisina

Início mais rápido de ação e duração de ação mais


curta que a insulina regular
 Degradada no TGI se administrada por via oral

 Adm. por injeções SC

 A infusão SC contínua da insulina (bomba de insulina)

Liberação contínua de insulina ao longo das 24


horas, e ainda a liberação de pulsos (bolus) de
insulina, no horário das refeições ou para
corrigir uma hiperglicemia
Os sintomas de hipoglicemia são os efeitos
adversos mais graves e comuns da
dosagem excessiva de insulina
 Insulina regular (igual a insulina humana)
 Zinco cristalina solúvel e de ação curta.
 Adm por via SC (ou IV nas emergências) e baixa rapidamente a glicemia
 Insulinas lispro, asparte e glulisina são classificadas como insulinas de ação
rápida.

 Insulina lispro : absorção mais rápida ; ação mais curta


- picos de são observados em 30 a 90 min após a injeção
- insulina regular: 50 a 120 minutos
- adm. 15 minutos antes ou imediatamente após a refeição
 Insulina neutra com protamina de Hagedorn (insulina NPH)
• Suspensão de insulina zinco cristalina associada em pH neutro a
protamina (complexo menos solúvel)
• Lenta absorção
• SÓ deve ser administrada por via SC (nunca IV)
• Adm. com a insulina de ação rápida ou curta para controle na hora da
refeição
1. Insulina glargina
•precipitação no local de injeção com ação prolongada
•início é mais lento do que o da insulina NPH
•administrada por via SC

2. Insulina detemir
70% de insulina NPH mais 30% de insulina
regular;
50% de cada uma dessas e 75% de insulina NPH
mais 25% de insulina lispro
 Tratamento-padrão
• Injeção de insulina 2x ao dia

 Tratamentos intensivos
• Injeções + frequentes de insulina (3 ou mais x ao dia)
• Frequência de episódios hipoglicêmicos, coma e convulsões
• significativa das complicações (retinopatia, nefropatia e neuropatia)
• não é recomendado:
-pacientes que apesentam diabetes há longo tempo complicações microvasculares,
idade avançada e aqueles com inconsciência hipoglicêmica
 Úteis no tratamento dos pacientes que têm diabetes tipo 2,
mas que não conseguem ser tratados apenas com a dieta.

 Pacientes que desenvolveram o diabetes após os 40 anos de


idade e têm a doença a menos de 5 anos são os que tendem a
responder melhor aos hipoglicemiantes orais.

Hipoglicemiante oral + insulina


 Ação da maioria dos hipoglicemiantes orais depende da
integridade das células beta do pâncreas.

 São drogas que só tem indicação no DM tipo II

 Insulina é acrescentada devido à queda progressiva das


células beta que ocorre devido à doença ou ao
envelhecimento.
Secretagogos de insulina

Promovem a liberação de insulina das células


do pâncreas

Mais usados atualmente

glibenclamida, glipizida e glimepirida


 Estimulação da liberação de insulina das células beta do
pâncreas bloqueando os canais de K+ sensíveis ao ATP,
resultando em despolarização e influxo de Ca 2+;

 Redução na produção hepática de glicose e

 Aumento da sensibilidade periférica à insulina.


 Propensão de causar de massa corpórea, a hiperinsulinemia e
a hipoglicemia.

 A glibenclamida pouco atravessa a placenta e pode ser uma


alternativa razoavelmente segura como alternativa da insulina
em mulheres gestantes.
 Repaglinida e a nateglinida

 Se fixam em local diferente do receptor da sulfonilureia do


canal de K+ sensível a ATP, iniciando, assim, uma série de
reações que terminam na liberação de insulina.
 Início rápido e duração de ação mais curta

Associação com à metformina ou às glitazonas


 Embora esses fármacos possam causar hipoglicemia, a
incidência desse efeito adverso é menor do que com as
sulfonilureias.

 O aumento de massa corporal é um problema menor com as


glinidas do que com as sulfonilureias.
Esses fármacos diminuem a glicemia melhorando a
resposta da célula-alvo à insulina sem aumentar a secreção
pancreática desse hormônio
 Metformina
 Aumenta a captação e o uso de glicose pelos tecidos-
alvo, diminuindo, assim, a resistência à insulina.
 a gliconeogênese (redução do débito hepático de
glicose)
 Não causam hiperinsulinemia.
 Risco de hipoglicemia é muito menor
Farmacocinética e destino
A metformina é bem absorvida por via oral, não se liga a
proteínas séricas e não é biotransformada. A excreção é pela
urina.

Efeitos adversos

Gastrintestinais
Contraindicada em pacientes diabéticos com doença hepática
e/ou renal e naqueles com cetoacidose diabética.
Cautela em pacientes com mais de 80 anos de idade e pacientes
com história de insuficiência cardíaca congestiva ou de abuso de
álcool.
O uso combinado de álcool e Metformina pode aumentar os riscos de
hipoglicemia e acidose lática, pois o álcool diminui o clearance do lactato e a
gliconeogênese hepática e pode aumentar a secreção de insulina. 
 Acarbose e miglitol

 Mecanismo de ação

α-glicosidase ligada à borda em escova da membrana


Inibição intestinal
reversível

Hidrolisa oligossacarídeos em glicose e outros açúcares

Aumento pós-prandial de glicose

 Não estimulam a liberação de insulina nem a ação da insulina nos tecidos-alvo.


 Acarbose também inibe α-amilase pancreática, interferindo na hidrólise do amido a
oligossacarídeos.
 Os principais efeitos adversos são flatulência, diarreia e
cólicas intestinais.

 Pacientes com doença inflamatória intestinal, ulcerações


colônicas ou obstrução intestinal não devem usar esses
fármacos.

 Não apresentam interações com outros fármacos (pacientes


idosos)
 Sitagliptina e saxaglipitina

 Mecanismo de ação

Dipeptidil peptidase IV (DPP-IV)


Inativa
Inibição
Hormônios incretina como o peptídeo-1 tipo
glucagônio

Estimulam as células beta a aumentar


a liberação de insulina e modulação do glucagon

da liberação de insulina em resposta à refeição e a na


secreção imprópria de glucagon
 São bem tolerados.
 Os efeitos adversos mais comuns são nasofaringite e cefaleia.
 Pancreatite com o uso de sitaglpitina
 Inibidores potentes da CIP450 3A4/5, como nelfinavir, afazanavir,
cetoconazol e claritromicina, podem aumentar a concentração de
saxaglpitina (metabólito ativo).
Refeição

Liberação pelo intestino de hormônios incretina (GLP-1 e GIP -


polipeptídeo insulinotrópico glicose dependente)

Secreção pós-prandial
“Efeito incretina" de insulina

Glicose administrada por VO resulta em maior secreção


de insulina do que por via IV.
 Exenatida e liraglutida
 Incretinamiméticos injetáveis
 Tratamento auxiliar em pacientes que não obtiveram controle
glicêmico adequado com sulfonilureia, metformina, uma
glitazona ou a combinação destes.
 Náuseas, êmese, diarreia e constipação.

 Pancreatite

 Suspender o uso e entrar em contanto com o médico se sentir


dor abdominal intensa
Uma mulher de 50 anos acaba de ser diagnosticada como
portadora de diabetes tipo 2 e recebeu a prescrição de
metformina. Qual das seguintes afirmativas é característica dessa
medicação?

A. A metformina é inadequada para o tratamento inicial do


diabetes tipo 2.
B. A metformina diminui a produção de glicose hepática.
C. A metformina sofre biotransformação significativa pelo
sistema Citocromo P450.
D. A metformina não deve ser associada com sulfonilureias ou
insulina.
E. O aumento de massa corporal é um efeito adverso comum.

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