Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA
andresa@feevale.br
HIPOTIREOIDISMO
CONCEITO
• Hipotireoidismo → estado clínico resultante de quantidade insuficiente de
hormônios circulantes da tireoide para suprir uma função orgânica normal
PREVALÊNCIA
• Mulheres, idosos
Formas:
– Doença tireoidiana primária
– Doença hipotalâmica Hipotireoidismo secundário
– Doença hipofisária
Aspectos clínicos
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• da atividade metabólica
• depósito de glicosaminoglicanos e ácido
hialurônico na região intersticial (edema)
OUTROS SINTOMAS
• Sintomas psiquiátricos → depressão,
demência, mudança de personalidade e,
raramente, psicose
• Anemia → pode ocorrer por deficiência
de ferro em razão da menorragia e, em
alguns casos, pela concomitante
deficiência de vitamina B12
• Dislipidemia → pode contribuir para
acelerada aterosclerose (níveis LDL e
HDL)
Tratamento farmacológico
• Levotiroxina
APOLIPOPROTEÍNAS
VLDL (very low density lipoprotein):
transporta triglicerídeos – do fígado para o
sangue → suprem outros tecidos com
ácidos graxos
LDL (low density lipoprotein): transporta
colesterol – retira do fígado e joga no
sangue e/ou supre tecidos extra-hepáticos
HDL (high density lipoprotrein): faz o
caminho inverso, tira colesterol dos tecidos
e devolve para o fígado, que vai excretá-lo
nos intestinos
2013: V Diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose
Metabolismo de lipoproteínas
https://www.youtube.com/watch?v=h241spqnzUk
Tratamento farmacológico das dislipidemias
Fármacos hipolipemiantes
• Administração: fora ou durante as refeições (exceção: lovastativa, que deve ser junto)
• IMPORTANTE! Tomar à noite, pois a produção de colesterol pelo fígado é mais
intensa durante a madrugada, quando o indivíduo está em jejum prolongado.
• Exceção: atorvastatina e rosuvastatina (ação mais prolongada; então não é necessário)
Aterosclerose
• lovastatina, provastatina e sinvastatina apresentam atividade anti-aterogênica
(melhora da disfunção endotelial e vasomotora, da formação de trombos
plaquetários) → do índice de mortalidade causado por doenças cardiovasculares
Inibidores da HMG CoA redutase
Estatinas
Efeitos adversos
• hepatotoxicidade: possível das transaminases TGO/AST e TGP/ALT (avaliação da
função hepática); retornam após a interrupção do tratamento
• dor muscular ou câimbras (2 a 10% dos pacientes), miopatias (fraqueza muscular)
• rabdomiólise (necrose muscular) e insuficiência renal (mais raros) (principalmente
quando associada a niacina)
• uso paralelo de estatinas com eritromicina, ciclosporina, niacina e fibratos: o risco de
miopatias em 10-30% dos pacientes
• irritabilidade, transtornos do sono, ansiedade
• efeito teratogênico
Niacina (Vitamina B3)
• vitamina hidrossolúvel, administrada por v.o. (= vitamina PP ou ácido nicotínico)
• excretada na urina de forma inalterada e na forma de niaciamida (metabólito)
• Nispan®, Niacor®, Nicolar® e Slo-Niacin®
• administração: 30 min antes de dormir
Efeitos adversos
• náuseas e dor abdominal
• intenso rubor cutâneo (sensação de calor), prurido
(efeitos mediados por PGs: pode-se tomar AAS 30 min antes para evitar)
• hepatotoxicidade
• 30% dos pacientes ocorre da glicose → diabéticos não devem usar
• inibe a secreção tubular de ácido úrico → agrava o quadro em pacientes com gota
Derivados do ácido fíbrico - Fibratos
• Genfibrozil (Lopid®), fenofibrato (Tricor®), bezafibrato (Bezalip®), clofibrato
• são bem absorvidos no TGI após a administração por v.o.
• excretados através da urina
• administração: 2x/dia: 30 minutos antes do café da manhã e antes do jantar
Indicação
• Hipertrigliceridemia (associada a níveis de HDL)
Efeitos adversos
• distúrbios GI leves
• litíase (formação de cálculos biliares)
• miosite, miopatia e rabdomiólise (genfibrozil + lovastatina)
Derivados do ácido fíbrico - Fibratos
Mecanismo de ação
• a ativação do PPARα (receptor nuclear expresso em hepatócitos e músculo cardíaco) pelos fibratos
resulta na dos níveis de triglicerídeos e dos níveis de HDL
Sequestradores de ácidos biliares
• colestiramina (Questran®)
• colestipol (Colestid®)
• colesevelam (Welchol®)
Mecanismo de ação
• Formam um complexo insolúvel com os ácidos graxos e sais
biliares → impedindo sua reabsorção → favorecendo sua
eliminação (fezes)
Efeitos adversos
• Alterações GI: constipação, náuseas e flatulência
• colestiramina e colestipol, em doses, prejudicam a absorção de vitaminas
lipossolúveis (A, D, E e K → essencial na cascata de coagulação)
da secreção de VLDL
Insulina
Antidiabéticos orais
1. Biguanidas
2. Secretagogos de insulina
- sulfoniluréias
- meglitinidas
3. Tiazolidinedionas
4. Inibidores da α-glicosidase
5. Incretinomiméticos
6. Inibidores da enzima DPP-4
7. Inibidores da SGLT2
RECEPTOR DA
INSULINA
• Após a digestão dos carboidratos, a insulina é liberada no sangue, liga-se a seu receptor
TIROSINA QUINASE
• e estimula a captação e a utilização da glicose nas células do fígado, tecido adiposo e
músculo esquelético
Diabetes mellitus
Hiperglicemia resulta:
• Defeitos na secreção de insulina
• Defeitos na ação da insulina
Diabetes
https://www.youtube.com/watch?v=nyvu2euX8tM
Hormônio peptídico que deve ser administrado por via parenteral (sofre destruição
no TGI)
Hoje: Bacteriana
- engenharia genética (introdução de segmentos do DNA humano no DNA das bactérias
→ replicação da bactéria → passam a produzir a nova proteína)
Insulina
Diferentes preparações
2. De ação intermediária (s.c.) (associada a protamina
e zinco, prolongando o efeito)
1. De ação rápida/ultra-rápida
• Insulina humana recombinante NPH
(i.v. e s.c)
• REGULAR
3. De ação prolongada/lenta (s.c.)
• LISPRO (Humalog®) • GLARGINA (Lantus®)
• ASPARTE (NovoRapid®) • DETEMIR (Levemir®)
• GLULISINA (Apidra®) • DEGLUDECA (Tresiba®)
Insulina
Exemplos de diferentes esquemas de uso de preparações de insulina
Insulina
• A insulina que ainda não foi aberta deve ser guardada na geladeira entre 2 e 8ªC
• Depois de aberta, pode ser deixada à temperatura ambiente (menor do que 30°C) por
30 dias, com exceção da detemir (Levemir), que pode ficar em temperatura
ambiente por até 42 dias
• Manter todos os tipos de insulina longe da luz e do calor
• Descartar a insulina que ficou exposta a mais de 30°C ou congelada
Administrações da insulina
• A insulina identificada com U-100 significa que existem 100 unidades de insulina
por mililitro (mL) de líquido no frasco
• foram feitos experimentos com adultos com diabetes tipo 1 que estavam tendo um
episódio hipoglicêmico moderado a grave
Complicações da insulinoterapia
Hipoglicemia
Diagnóstico do DM2
Dieta + exercícios
Insulinoterapia plena
Farmacologia x Fisiopatologia
Estômago e duodeno
Entrada de glicose
Resistência à insulina
Fígado Pâncreas
Produção Secreção
hepática de HIPERGLICEMIA deficiente de
glicose insulina
Captação de glicose
periférica
Músculo esquelético
Tecido adiposo
Antidiabéticos orais
REDUÇÃO DA
GLICEMIA
Antidiabéticos orais
1. Biguanidas
Indicação: tratamento de pacientes com DM2, obesos
Metformina (6 h), metformina de ação prolongada (Glifage® XR) (24 h), fenformina
Mecanismos de ação propostos:
• Estimulação direta da glicólise nos tecidos → da remoção de glicose do sangue
• gliconeogênese hepática
• absorção de glicose pelo TGI
• níveis plasmáticos de glucagon
Metformina
1º escolha no tratamento do DM2 (especialmente pacientes obesos ou com sobrepeso) →
não associada a ganho de peso
• Combinado com a insulinoterapia para facilitar a utilização da insulina no DM1
• Efeitos adversos: náusea, dor abdominal, dispepsia (dificuldade de digestão)
Antidiabéticos orais
2. Secretagogos de insulina
A) Sulfoniluréias
As gerações de sulfoniluréias
GERAÇÃO FÁRMACOS
1º geração tolbutamida (8 h)
clorpropamida
acetohexamida
tolazanida
2º geração glibenclamida (gliburida)
glipizida (20 h)
gliclazida
Última geração glimepirida (24 h)
Mecanismo de ação:
• Facilitam a liberação de insulina por células β-pancreáticas não funcionais
(ligam-se a um receptor de alta afinidade, que está associado a um canal de K+
sensível ao ATP)
Antidiabéticos orais
2. Secretagogos de insulina
A) Sulfoniluréias
Efeitos adversos:
• hipoglicemia (grave)
• ganho de peso
Antidiabéticos orais
2. Secretagogos de insulina
B) Meglitinidas
repaglinida (1º membro do grupo, aprovado para uso clínico pelo FDA em 1998)
nateglinida
• Tem rápida ação (controle da glicemia pós-prandial) (2 h)
Pioglitazona (Actos®): efeito benéfico sobre o perfil lipídico ( LDL e TRI, HDL)
Rosiglitazona (Avanadia®, Avandamet®): não interfere em parâmetros lipídicos
• administrados em dose única diária (24 h)
Efeitos adversos:
• distúrbios GI (flatulência, distensão e desconforto abdominal)
• associados a um moderado dos níveis plasmáticos de TRI
• não estão associados à alteração do peso corporal
Antidiabéticos orais
5. Incretinomiméticos
Vildagliptina (Galvus®)
Sitagliptina (Januvia®)
Saxagliptina (Onglyza®)
Linagliptina (Trayenta®)