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IDENTIDADE E

INTEGRAÇÃO PROFISSIONAL

Docente: Xavier Taboada


Licenciatura em Farmácia
1º ano – 1º semestre
Ano Letivo 2022-2023

CONCEITOS GERAIS A DEFINIR

Saúde Forma Galénica


Droga Farmácia Galénica
Fármaco
Remédio
Substância ativa
Alimento
Excipiente e adjuvante
Matéria-prima Veneno

Medicamento Terapêutica

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SAÚDE

É o estado de completo bem-estar físico, mental, emocional e


social e não apenas ausência de desconforto ou doença, é
uma necessidade básica do ser humano.

Desde a Antiguidade que o homem usa os mais variados


recursos para preservar ou restaurar a saúde. De entre os
quais, as drogas.

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DROGA

De natureza animal, vegetal, mineral ou de síntese química,


constituída por um único princípio ou por uma mistura de
princípios que serve, em regra, ao fabrico de outros produtos,
estes de natureza medicinal ou química.

(Prista et all, 1996)

Termo em desuso devido à conotação


atual entre droga e toxicomania.

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FÁRMACO

Palavra com origem grega – Pharmakon.

Todas as drogas utilizadas em Farmácia e dotadas de ação


farmacológica.

Não se devem considerar fármacos as drogas inertes


empregues em Farmácia, como os excipientes e os adjuvantes
duma dada preparação.

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MATÉRIA-PRIMA

Toda a substância ativa, ou não, que se emprega na produção


de um medicamento, quer permaneça inalterável, quer se
modifique ou desapareça no decurso do processo de
produção.
(Decreto-lei nº 72/91)

Os fármacos, excipientes e adjuvantes


são as matérias-primas da Farmácia.

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SUBSTÂNCIA ATIVA

Toda a matéria de origem humana, animal, vegetal ou


química, à qual se atribui uma atividade apropriada para
constituir um medicamento.

(decreto-lei n.º 72/91)

Correspondência com o conceito


de Fármaco.

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EXCIPIENTE E ADJUVANTE

Toda a matéria-prima que, incluída nas formas farmacêuticas,


se junta às substâncias ativas ou suas associações para servi-
lhes de veículo, possibilitar a sua preparação e a sua
estabilidade, modificar as suas propriedades organolépticas
ou determinar as propriedades físico-químicas do
medicamento e a sua biodisponibilidade.

(decreto-lei n.º 72/91)

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MEDICAMENTO

Toda a substância ou composição que possua propriedades


curativas ou preventivas das doenças e dos seus sintomas, do
homem ou do animal, com vista a estabelecer um
diagnóstico médico ou a restaurar, corrigir ou modificar as
suas funções orgânicas.

(Decreto-lei nº 72/91)

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FORMA GALÉNICA
Produto final que se obtém após determinado número de
manipulações dos princípios ativos. Contém um ou mais
excipientes. Facilita a administração do fármaco e assegura a
boa conservação e eficácia da terapêutica.

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FARMÁCIA GALÉNICA

Ciência que estuda a transformação de uma


substância medicamentosa numa forma
galénica / farmacêutica.

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GALENO (129-200)
Galeno nasceu em Pérgamo (Grécia) quando esta era
colónia romana e aí estudou Medicina. Baseou-se na
Medicina hipocrática para criar um sistema de patologia e
terapêutica de grande complexidade e coerência interna.

Escreveu bastante sobre farmácia e medicamentos, apesar de nas suas


obras se encontrarem apenas cerca de quatro centenas e meia de
referências a fármacos, menos de metade do que se pode encontrar na
obra de Dioscórides.

Do ponto de vista farmacêutico, a grande linha de força do galenismo foi a


transformação da patologia humoral numa teoria racional e sistemática, em
relação à qual se tornava necessário classificar os medicamentos.

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REMÉDIO

Conceito amplo e geral, aplica-se a todos os meios usados


com o fim de prevenir ou de curar as doenças.

Não envolve apenas os medicamentos, mas também os


agentes de natureza física ou psíquica a que se recorre na
terapêutica.

Implica apenas as ideias de cura e profilaxia. Medicamentos


usados no diagnóstico não são considerados remédios.

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VENENO

Produto que quando introduzido no organismo do indivíduo


normal médio, em pequena quantidade, seja susceptível de
provocar alterações da saúde ou conduzir à morte.

(Prista et all, 1996)

Todas as substâncias medicamentosas se podem tornar tóxicas


consoante a quantidade administrada, a via de administração,
as condições do doente, entre outros.

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VENENO

Dosis sola facit venenum

“Só a dose faz o veneno“

(Paracelsus, dritte defensio, 1538)

variação: "Todas as substâncias são venenos; não existe uma


que não seja veneno. A dose certa diferencia um veneno de
um remédio"

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ALIMENTO

Bromatologicamente, é toda a substância que se


ingere para manter o equilíbrio orgânico e para
atenuar a fome.

Galenicamente, pode ser usado como excipiente ou


como veículo.

Em determinadas condições, um dado alimento pode


transformar-se na substância ativa do medicamento.

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TERAPÊUTICA
Pode ser: cirúrgica - ato operatório

médica - medicamentosa 
- não medicamentosa 

 Administração medicamentos:
Há várias opiniões sobre os limites da terapêutica medicamentosa, pois para
alguns, ela não inclui a administração de substâncias próprias do organismo
(exemplos: hormonas e vitaminas) considerando assim a hormonoterapia e
vitaminoterapia um aspeto particular da terapêutica medicamentosa.

Utilizam-se agentes físicos, assim temos a:

• ELETROTERAPIA - tratamento pelas diferentes correntes elétricas


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TERAPÊUTICA (agentes físicos)

• DIATERMIA E ONDAS CURTAS - procura obter-se uma ação


analgésica pelo calor (a 1ª consiste na utilização de correntes de
baixa frequência que podem atravessar os tecidos; a 2ª são correntes
de alta frequência que exercem ação nos tecidos profundos).

• TERMOTERAPIA - utiliza os efeitos fisiológicos e terapêuticos do


calor (vasodilatadores - aumenta a temperatura na região em que
atua) - saco de água quente.

• CUROTERAPIA - tratamento das doenças pelas águas medicinais


(termais).

• CLIMOTERAPIA - são aproveitados os efeitos benéficos de certos


climas.
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TERAPÊUTICA (agentes físicos)

• HELIOTERAPIA - utilização dos efeitos terapêuticos dos raios


solares.

• ROENTEGENTERAPIA - Tratamento pelos raios x em certas


neoplasias ou para diagnóstico (radiografia, radioscopia).

• CURIETERAPIA - Terapia pelo radio.

• COBALTOTERAPIA - permite a destruição de tumores


malignos.

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TERAPÊUTICA

O medicamento constitui uma questão


essencial da nossa sociedade pelas suas três
dimensões: humana, científica e económica.

(Richard D, 2000)

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TERAPÊUTICA
Fármaco
concentrações adequadas
no local de ação

efeitos desejados
Em função:
• Dosagem administrada
• Grau de absorção
• Distribuição
• Localização dos tecidos
• Metabolização
• Excreção
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TERAPÊUTICA

Biodisponibilidade – quantidade de
princípio ativo que atinge o seu local
de ação.

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TERAPÊUTICA
A ação do medicamento exerce-se pelo contacto com as
células, mais propriamente num primeiro contacto com a
membrana celular

VIA DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLHIDA

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TERAPÊUTICA

CUIDADOS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO


DE MEDICAMENTOS

• Respeitar escrupulosamente as indicações

• Respeitar escrupulosamente as dosagens (a dose


administrada influencia a ação)

• Respeitar os horários de administração (a frequência de


administração é influenciada pelos níveis séricos).

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HISTÓRIA DA
FARMÁCIA

HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• Evolução do Homem e da sociedade
• Evolução da Farmácia:
• crenças e recurso a práticas mágicas
• auxílio aos deuses
• plantas miraculosas

 conhecimento das plantas


 capacidade de perpetuar essa informação de geração em
geração

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• as mais antigas fontes escritas médico-farmacêuticas
• civilizações da Mesopotâmia e do Egipto

 Mesopotâmia

 ensinamentos sobre plantas medicinais foram inscritos


em pequenas placas de argila as tabuinhas
Dias, J. 1988

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• Egipto
• inscrições referentes à medicina existentes em vários
monumentos
• fontes escritas – papiros

 Papiro de Ebers, datado de cerca 1550 a.C.


 O mais importante para a história da farmácia

 livro relativo à preparação dos remédios para todas as partes do


corpo humano
 tem mais de vinte metros de comprimento e relata pela
primeira vez 800 receitas diferentes com 700 fármacos
 fórmulas egípcias são quantitativas

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA

• séc. XII - comércio de especiarias

• antes séc. XIII - profissionais especializados


na preparação ou comércio de medicamentos

• séc. XIII - aparecem os 1ºs boticários em Portugal

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• Presença árabe na Península Ibérica influenciou a
emergência de profissionais especializados na
preparação e comercialização de medicamentos

• “Código das Sete Partidas”, datado de 1263

Afonso X e a sua corte


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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• ESPECIEIRO: vendedor ambulante de drogas e especiarias

• aparecimento de um estabelecimento fixo de venda de


medicamentos

BOTICA: significado etimológico


de “armazém” ou “depósito”

 BOTICÁRIO: proprietário da botica


 referências a boticários a partir do século XIII

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• Utilização de especiarias para fins terapêuticos constituía uma
prática generalizada na Idade Média

• Como drogas ativas ou corretivos de sabor

• Manipulação em pequena escala de fármacos de origem animal e


vegetal para consumo local e personalizado, por receita médica

• Médico também podia preparar


e vender medicamentos

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Boticário vs. Médico

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA

• Uma particularidade de Portugal:

• 1326 – registo da existência de uma mulher boticário em Lamego

• Séc. XV e XVI – existência de outras referências a mulheres boticários, senhoras


ligadas à alta nobreza.

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA

 1338 – 1º diploma respeitante à profissão

 obrigatoriedade de serem examinados pelos


médicos do Rei todos os que exercessem os
ofícios de médico, cirurgião e boticário na cidade
de Lisboa

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• Primeiro documento com referências aos boticários (1338)
• promulgado por Dom Afonso IV

• Meados do século XV
• promovida a vinda de Ceuta de Mestre Ananias e de outros
boticários
• D. Afonso V concedeu, em 1449, a regulamentação da separação
entre as profissões médica e boticária
• esta vedava aos médicos e cirurgiões a preparação de
medicamentos
• boticários eram impedidos de aconselhar qualquer
medicamento

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
Meados do séc. XV
• Carta de D.Afonso V (1449):

“pela muita míngua, que houve no tempo da peste, das


mezinhas, e boticas em que pereceram muitas gentes, e das que
se achavam, estão faltas de mesteres, fizeram vir de Ceuta ao
Mestre Ananias, trazendo muitas à sua custa, e com elas alguns
boticários aptos para este Reino, prometendo-lhe da nossa
parte certos privilégios, Liberdades e Isenções”

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• 1461 - regulamentação da separação entre os
profissionais de medicina e de farmácia

• O diploma vedava:
• aos médicos e cirurgiões a preparação de medicamentos para
venda;
• qualquer outra pessoa de vender medicamentos compostos ao
público onde houvesse um boticário;
• os boticários de aconselhar qualquer medicamento aos doentes

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
Finais do séc. XV

• final do século XV e princípios do século XVI, foram


criadas três grandes instituições de assistência:
• Misericórdia de Lisboa
• Caldas da Rainha
• Hospital Real de Todos-os-Santos

• Os dois últimos dispuseram desde o início de boticários


próprios

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• HOSPITAL DAS CALDAS DA RAINHA
• um boticário, que estava “obrigado a ir a todas as
visitações dos enfermos, seja duas vezes por dia,
com o físico, para melhor se informar nos remédios
e mezinhas que houver de fazer”

• quando estivesse muito ocupado é que poderia


enviar um auxiliar em seu lugar, com o livro próprio
para o registo do receituário ordenado pelo médico

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• HOSPITAL REAL DE TODOS-OS-SANTOS
• no hospital deveriam viver um boticário e três ajudantes
• o boticário estava obrigado a estar presente “às
visitações que os físicos e cirurgiões fizerem aos
enfermos em cada dia”
• durante estas visitas deveria levar uma ementa comprida
de papel, uma para cada mês do ano, onde assentaria as
purgas e outros medicamentos compostos receitados em
cada dia a cada um dos doentes

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• HOSPITAL REAL DE TODOS-OS-SANTOS
• esta ementa serviria de base à composição de
medicamentos, que deveriam sair da botica com a
indicação do nome do doente, a sua enfermaria e
cama
• era da função do boticário a administração dos
xaropes, purgas e outros medicamentos aos enfermos
• deveria verificar se a alimentação e dieta dos doentes
correspondiam às ordenadas pelos médicos

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA

primeiras regras de distribuição de medicamentos a nível hospitalar

• distribuição de medicamentos
existentes na atualidade.

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• Descobrimentos Marítimos:

• determinantes para o progresso da farmácia

• conhecimento das drogas medicinais exóticas

• diversas obras escritas na época

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
Início do séc. XVI

• boticários eram dos poucos portugueses com alguns


conhecimentos técnicos relativos à identificação,
determinação da qualidade, acondicionamento e
conservação de drogas
• presença portuguesa nas boticas dos hospitais de:
• fortalezas de Cochim, Cananor, Goa, Malaca e Chaúl
• devido à falta de médicos, boticários e cirurgiões, qualquer
profissional de saúde exercia as funções dos restantes

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
Séc. XVI - XVIII

• 1561 - proibição das sociedades entre médicos


e boticários e da dispensa de medicamentos pelo
boticário parente do médico que os receitara

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
Séc. XVI - XVIII
• 1563 - Colóquio dos Simples, drogas e coisas
medicinais da Índia

• Livro do médico Garcia D’Orta (1501-1568):


contributo europeu importante para o estudo
in loco das drogas orientais
• 1ª descrição rigorosa das características
botânicas, origem e propriedades terapêuticas
de muitas plantas medicinais.

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
Séc. XVI – XVIII
• 1572 - reforma do “Regimento dos Boticários” (1497)
• OBRIGAÇÕES:
• definiam quais os livros que os boticários eram obrigados a possuir
• pesos e medidas convenientes ao seu ofício
• preços dos medicamentos tinham de corresponder aos de uma tabela
registada na Câmara e deviam ser inscritos na própria receita
• os medicamentos só podiam ser vendidos pelo próprio boticário, e na
ausência deste, por um praticante com um mínimo de 2 anos de prática e
com licença na Câmara
• o boticário era obrigado a avisar o médico de que iria compor o medicamento
receitado, para que este assistisse à sua preparação
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HISTÓRIA DA FARMÁCIA

Viragem do séc. XVII para o XVIII

Farmácia Tradicional
Utilização de substâncias
de origem animal e Farmácia Química
vegetal Medicamentos
químicos

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA

• MEDICAMENTOS TRADICIONAIS

Caracterizados por:

• preparação em pequena escala pelo boticário

• de acordo com a receita médica prescrita para um


determinado doente, morador a curta distância

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA

• MEDICAMENTOS QUÍMICOS

• resultado do desenvolvimento de técnicas que visavam


obter princípios ativos puros em oposição às misturas
complexas obtidas nos preparados galénicos

• utiliza técnicas e instrumentos próprios, herdados do


laboratório alquímico e da metalurgia

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA

• MEDICAMENTOS QUÍMICOS

Caracterizados por:

• serem mais estáveis


• possibilitam a produção em larga escala
• para consumo em locais distantes

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• 1965 - aceitação pacífica da utilização dos
medicamentos químicos pela comunidade médica
portuguesa

• os medicamentos químicos constituíam uma fração


importante do total dos medicamentos consumidos na
época

• tendência para a aquisição a terceiros de substâncias já


transformadas, de forma a evitar a realização de
operações laboratoriais
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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
• A maioria das boticas não tinha nem as instalações nem
o equipamento necessários para a manipulação química
• Aparecimento dos droguistas:
• asseguravam por via da importação, o fornecimento do mercado português em
medicamentos químicos
• vendiam para as boticas todo o tipo de drogas e medicamentos, incluindo
medicamentos galénicos já preparados

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA

• Farmácia Conventual

Existiam boticas em muitos conventos e mosteiros


pelo que poucos se abasteciam fora das respetivas
ordens

Vendiam medicamentos ao público, não se limitando


a fornecer as próprias ordens

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
1ª metade do séc. XVIII

• novas atividades e ocupações - fabrico de remédios


secretos e o comércio grossista de drogas

• com os remédios de segredo nasceu a publicidade a


medicamentos, destinados principalmente ao consumo por
automedicação

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
1ª metade do séc. XVIII

• “regimentos” - folhetos que indicavam as doenças


em que podiam ser aplicados, as doses e a dieta
que devia acompanhar a sua administração

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
Última década do séc. XIX

• desenvolvimento da indústria farmacêutica

• 1892 - introdução em Portugal do fabrico de grânulos


dosimétricos de lactose, impregnados de uma solução
de p.a.

• condições para a proliferação de laboratórios

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HISTÓRIA DA FARMÁCIA
Última década do séc. XIX

• 1893 - fabrico de comprimidos



pastilhas comprimidas

Estabelecimento de diversos laboratórios que


preparavam diferentes formas galénicas

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