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ENFERMAGEM
NOME: ..........................................................................................................................................
2ª edição 01/2016
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ÍNDICE
REFERÊNCIAS................................................................................................................................85
FARMACOLOGIA
Conceito: Objetivo:
Estudo das substâncias que interagem com
sistemas vivos por meio de processos Entender os princípios que regem a
químicos, ligando-se especialmente a natureza dos fármacos, modos de
moléculas reguladoras e ativando ou inibindo administração, ações e eliminação pelo
processos corporais normais. organismo.
CONCEITOS
Droga: Qualquer substância química, exceto alimentos, capaz de produzir efeitos farmacológicos, ou
seja, provocar alterações em um sistema biológico.
Fármaco: São drogas dotadas de ações farmacológicas = sinônimo de droga.
Medicamento: É toda preparação farmacêutica contendo um ou mais fármacos, capazes de curar,
prevenir ou diagnosticar uma enfermidade.
Profª Msc. Enfª Elenilda Farias de Oliveira
didafarias@yahoo.com.br
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VARIAÇÃO INDIVIDUAL
PRINCÍPIOS FARMACODINÂMICOS
Tipo de interação droga-receptor:
o AGONISTA
Substância que se liga ao receptor mimetizando o efeito biológico
o ANTAGONISTA
Substância que se liga ao receptor sem produzir efeito (não simulam o efeito) por si, porém
interferem na ligação dos agonistas endógenos ou exógenos (contrapõe-se ao efeito do
agonista)
o AFINIDADE
Capacidade da substância em unir-se ao sítio receptor e produzir um complexo estável
o ATIVIDADE INTRÍNSECA
Capacidade da droga de ativar o receptor após ligada
Agonistas: têm afinidade pelo receptor e atividade intrínseca.
Antagonistas: têm afinidade pelo receptor mas não têm atividade intrínseca
Emulsão – É composta por dois tipos de líquidos imiscíveis, que não se misturam, sendo caracterizados
pelo óleo e água.
Pó – O pó apresenta-se de forma a ser diluído em líquido e dosado em colher ou em envelopes em
quantidades exatas;
Suspensão – É uma mistura não homogênea de uma determinada substância sólida e um líquido, em que a
parte sólida fica suspensa no líquido;
Xarope – É uma solução que contém um soluto e um solvente e 2/3 de açúcar.
Tintura - Solução da droga em álcool ou álcool hidratado.
Gel – É uma forma semi-sólida, colóide, que proporciona pouca penetração na pele;
Loção – São líquidos ou semi-líquidos que podem ter princípios ativos ou não, geralmente são usadas para
uso externo.
Creme – Tem uma forma semi-sólida, possui consistência macia e mais aquosa, com boa penetração na
pele.
Pomada – Possui forma semi-sólida de consistência macia e oleosa proporcionando pouca penetração na
pele.
SISTEMAS TERAPÊUTICOS
Tratamento específico
o Atua na causa da doença
Tratamento de suporte ou apoio
o Falta de diagnóstico preciso X necessidade de tratar
o Medicação sintomática, alimentação orientada, repouso, controle de ambiente, psicoterapia
Terapêutica empírica e popular
o Bom censo
Placeboterapia
o Efeito psicológico
o Usos clínicos
Controle de ensaios clínicos
Eliminação de tendenciosidade
Medicina alternativa e complementar
Homeopatia, fitoterapia
SISTEMAS EFETORES
Eventos que ocorrem desde a ativação ou inativação de receptores superficiais e intracelulares até a
resposta biológica.
Sistemas efetores:
o Adenilato-ciclase (AMPc)
o Guanilato-ciclase (GMPc)
o Fosfolipase (IP3)
2° mensageiro: substância química intracelular, formada pelo 1° mensageiro e que desencadeia
respostas intracelulares
CONCEITOS IMPORTANTES
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Concentração
20
15
10
Tempo
Nível de equilíbrio: Estado em que a taxa de eliminação de um fármaco venha a contrabalançar sua
taxa de entrada após atingir níveis plasmáticos estáveis ou tempo necessário para que a velocidade de
eliminação fique em equilíbrio com a velocidade de administração.
Estado de equilíbrio = 5,0 a 7,0 vezes a meia-vida
Concentração
25
20
15
10
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Meia-Vida
Dose: quantidade adequada de uma droga que é necessária para produzir certo grau de resposta em
determinado paciente.
Dose eficaz média (DE50): dose em que 50% da população apresenta um efeito específico.
Depende da medida de eficiência usada: DE50 da aspirina para dor de cabeça ≠ DE50 da aspirina
como anti-reumático.
Dose de ataque: dose única suficiente para elevar rapidamente a quantidade de droga no corpo até a
concentração terapêutica.
Dose de manutenção: dose menor que a dose de ataque que mantém as concentrações tissulares e
sanguíneas no nível terapêutico
Dose letal: leva o organismo a falência (morte) generalizada.
Dose máxima: é a maior quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos.
Dose mínima: é a menor quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos terapêuticos.
Dose tóxica: é a maior quantidade de uma droga que causa efeitos adversos.
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Relação entre o medicamento e uma substância ou patologia.
Sobredosagem relativa: ocorre quando um fármaco é administrado em doses terapêuticas, mas apesar
disso, atinge concentrações superiores às habituais causado por modificações na farmacocinética.
Efeitos colaterais: são efeitos inerentes a própria ação do medicamento, porém seu aparecimento é
indesejável em determinado momento.
Efeitos secundários: não se deve a ação farmacológica principal do medicamento; são sim consequência
do efeito desejado.
Hipersensibilidade: decorre de sensibilização prévia do indivíduo a uma substância estranha ao
organismo, mediada por mecanismo imunológico. Compreende reações cuja intensidade não está
relacionada com a dose administrada. Podem ser leves e benignas graves com risco para vida.
Tolerância: É o fenômeno pelo qual a administração repetida do medicamento, na mesma dosagem,
diminui progressivamente a intensidade dos efeitos farmacológicos. Assim, para a manutenção desses
efeitos há necessidade de se aumentar progressivamente a dose.
Síndrome de abstinência: necessidade contínua do uso da droga; aparece após interrupção abrupta do
fármaco que causam dependência física, podendo ser interpretada como caso particular de reação de rebote.
Dependência: necessidade contínua de usar a droga para evitar a síndrome de abstinência.
FARMACOCINÉTICA: FARMACODINÂMICA:
Estuda as ações do organismo sobre a droga. Estuda
quantitativamente a cronologia dos processos metabólicos da Estuda as ações da droga sobre o organismo.
absorção, distribuição, biotransformação e eliminação. Estuda as ações e os efeitos que o fármaco
Exemplo: Captopril: É administrado por via oral, 60 a 75% provoca no organismo, ou seja, o mecanismo
da dose se absorve no tubo digestório, alcançando de ação das drogas.
concentrações plasmáticas máximas em aproximadamente 1 Exemplo: Adrenalina: Interage com os
h. Une-se, aproximadamente, 30% às proteínas plasmáticas. receptores adrenérgicos, mediada pela proteína
A biodisponibilidade é reduzida quando se administra com G, ocorre estimulação da adenilciclase ligada à
alimentos. Atravessa a barreira placentária e se encontra no membrana plasmática que leva ao aumento do
leite materno em uma concentração de 1% das concentrações AMPc celular, resultando em estimulação
sanguíneas maternas. Se excreta, pela urina... cardíaca, glicogenólise hepática,
1. Vias de administração hiperglicemia....
2. Absorção 1. Local de ação
3. Biodisponibilidade 2. Mecanismo de ação
4. Meia vida 3. Relação entre dose e efeito
5. Distribuição 4. Efeitos
6. Biotransformação 5. Variação das respostas ás drogas
7. Eliminação
IMPORTÂNCIA
Determinação adequada da posologia
Reajuste da posologia
Interpretação de resposta inesperada do medicamento
Melhor compreensão da ação das drogas
Posologia em situações especiais (insuficiência renal, hemodiálise)
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FARMACOCINÉTICA
ADMINISTRAÇÃO ENTERAL
ORAL
Via mais comum. Sujeita a vários fatores que podem interferir na absorção do fármaco.
Absorção basicamente pelo estômago e duodeno.
Efeito da primeira passagem pelo fígado limita a ação de muitas drogas
Vantagens e Desvantagens:
Desvantagens:
o Absorção incompleta
Vantagens:
o Ação lenta, inapropriada para emergências
o Auto-administração
o Dependente da consciência do paciente
o Fácil administração
o Sabor desagradável
o Não invasivo e seguro
o Interação com nutrientes
o Não requer treinamento
o Metabolizada pelos sucos digestivos
o Não produz dor
o Pode causar náuseas e vômitos
o Baixo custo
o Não pode ser utilizada por pacientes com vômitos, não
colaborativos ou que não possam deglutir
o Certas drogas não são absorvidas
o Pode irritar a mucosa
o Efeito de primeira passagem
SUBLINGUAL
É a inserção de um fármaco sob a língua com a finalidade de absorção imediata pois a trama capilar mucosa
passa diretamente para circulação sistêmica pois a drenagem venosa se dá para a veia cava superior sendo
assim absorvido muito rapidamente.
O fármaco evita a passagem pelo intestino e fígado, não sendo inativa pelo organismo. Não sofre efeito de
primeira passagem.
Compatibilidade para drogas inativadas pelo suco gástrico
Rápida absorção- 4 a 6 minutos, tornando-se ideal para os casos de urgência.
RETAL
É a administração de um fármaco por via retal.
Finalidades: aliviar a distensão abdominal, flatulência, constipação e preparo para cirurgias e exames.
Também limita o efeito da primeira passagem hepática.
Não sofre ação das enzimas digestivas.
Indicação em casos de intolerância gástrica, doentes mentais, náuseas, vômitos
Vantagens e Desvantagens:
Vantagens: Desvantagens:
o Proporcionar conforto o Desconforto na hora da aplicação
o Após aplicação, rápida absorção o Aplicado com frequência pode causar
o Opção considerada não invasiva dependência, irritação mucosa e
quando não puder administrar por intolerância ao uso da medicação.
via oral.
ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL
SUBCUTÂNEA
Consiste na administração de um fármaco no tecido subcutâneo ou hipoderme.
A absorção é lenta, é indicada para administração de anticoagulantes (heparina e clexane), vacinas (anti-
rábica, anti-sarampo) e hipoglicemiantes (insulinas).
Locais de aplicação:
o Onde se concentra maior acúmulo de gordura, braço direito ou esquerdo, abdômen, nádega e coxas.
o Volume: < 1mL.
INTRAMUSCULAR
Consiste na administração de um fármaco no tecido intramuscular.
Liberação mais lenta que a administração intravascular.
Aplicação em “veículos” aquosos ou oleosos
Locais de aplicação:
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INTRAVASCULAR
Consiste na administração de um fármaco dentro de uma veia.
Via parenteral mais comum.
Sem efeito de primeira passagem pelo fígado.
Pronto efeito e alto grau de controle de níveis circulantes
Vantagens e Desvantagens:
Vantagens: Desvantagens:
o Absorção rápida o Risco potencial de infecções
o Volume maior de medicamentos o Complicações: flebites, obstrução, infiltração,
o Administração de substâncias que hematomas, embolias, abscessos
poderiam ser irritantes por outras o Risco de choque, alergias
vias o Impossibilidade de manobras de remoção da
o Possibilidade de administrar droga
medicamento em pacientes o Contaminação por microorganismos
impossibilitados de deglutir. o Reações adversas por altas concentrações
infundidas no paciente.
Inalatória / intra-respiratória
Tópica
Intraocular
Intravaginal
Uretral e peniana
Bioadesivos
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Pró-drogas
ESCOLHA DA VIA
2 - ABSORÇÃO
Para alcançar seu local de ação, a droga, na maioria dos casos, é obrigada a atravessar diversas barreiras
biológicas: quando essa travessia leva a droga até o sangue, temos a absorção. A absorção tem por finalidade
transferir a droga do lugar onde é administrada para fluidos circulantes, representado, especialmente, pelo
sangue. Não se deve confundir o conceito de vias de administração de drogas com a noção de absorção de
drogas. Uma droga pode ser ingerida ou mesmo injetada e não ser absorvida, isto é, não chegar até a corrente
sanguínea. Só há uma possibilidade nas quais os dois conceitos se equivalem: quando se administram drogas
por via intravenosa ou intra-arterial.
Devemos estar atentos para o fato de que o fármaco, seja em sua penetração ou em sua saída da
circulação geral, nos respectivos processos de absorção, distribuição e/ou eliminação, está repetindo sempre o
mesmo fenômeno sob aparências diversas: o de atravessar membranas biológicas. Assim sendo, em um
primeiro momento, devemos relembrar as características destas "barreiras" biológicas, bem como os
mecanismos que regem a passagem dos fármacos através delas.
Os fármacos em geral passam através das células e não dos espaços intercelulares que são diminutos.
A membrana celular é um envoltório que delimita todas as células, tanto as procariontes como as
eucariontes. Ela estabelece a fronteira entre o meio intra-celular e o meio extra celular. Nessa estrutura
encontram-se moléculas de lipídeos e proteínas unidas por intermédio de forças fracas (pontes de hidrogênio e
forças hidrofóbicas). Os lipídeos das membranas são moléculas que em soluções aquosas, formam camadas
bimoleculares extensas, pois possuem uma porção hidrofílica polar (solúvel em água), e uma parte hidrofóbica
apolar (insolúvel em água). A membrana celular não é estanque, mas uma “porta” seletiva que a célula usa para
captar os elementos do meio exterior e para eliminar as substâncias que a célula produz e que devem ser
enviadas para o exterior, sejam elas produtos de excreção ou secreções que a célula utiliza para várias funções
relacionadas com o meio.
As bicamadas lipídicas das membranas são impermeáveis à maioria das moléculas polares e aos íons,
sendo entretanto, permeáveis às moléculas das drogas não polares.
Essas últimas substâncias, por terem a capacidade de atravessar a membrana lipídica, o fazem porque se
dissolvem na gordura, são lipossolúveis. Consequentemente as drogas lipossolúveis serão facilmente
absorvidas. Mas nem todas as drogas são lipossolúveis, sendo assim aquelas que não forem lipossolúveis
precisarão de processos especiais para atravessar as membranas biológicas, como por exemplo, canais
hidrofílicos funcionais, formados por proteínas da membrana ou por sistemas específicos de transporte.
Os fármacos atravessam as membranas por processos passivos ou por mecanismos que envolvem a
participação ativa dos componentes da membrana. Abaixo, teceremos algumas importantes considerações sobre
os diferentes mecanismos de transporte através de membranas.
Os processos passivos, que independem de energia celular, compreendem a difusão simples e a difusão
por poros e a filtração. O caso mais comum é a penetração do fármaco por difusão simples seguindo um
gradiente de concentração em virtude de sua solubilidade na camada lipídica. Esta transferência é diretamente
proporcional ao gradiente de concentração através da membrana.
Também intervém no processo de difusão simples o coeficiente de difusão da molécula: esta se
difundirá mais rapidamente através de uma membrana quanto menor for seu tamanho; porém o elemento mais
importante para a permeabilidade de uma molécula através de uma determinada membrana é seu coeficiente de
partição lipídeo/água: quanto maior a lipossolubilidade da molécula, maior é seu coeficiente de partição e mais
rápida será sua difusão.
Coeficiente indica a distribuição e equilíbrio da droga na fase gordurosa e na fase líquida dos sistemas
biológicos.
A difusão por poros, também conhecida como difusão aquosa, ocorre para substâncias hidrossolúveis de
pequeno tamanho (íons inorgânicos, uréia, metanol, água) e estas podem transpor a membrana através de poros
virtuais, verdadeiros canais aquosos formados entre as proteínas; essa passagem envolve fluxo de água,
resultante de diferenças de pressão hidrostática ou osmótica através da membrana, o qual arrasta pequenos
solutos. O diâmetro dos canais é variável, para a maioria das membranas, poros possuem diâmetro ainda menor,
4 a 7 Å, permitindo somente a passagem de substâncias com peso molecular muito pequeno. Já as células
endoteliais dos capilares têm poros de diâmetro maior, permitindo a passagem de moléculas maiores, mas,
impedindo a passagem de moléculas tão grandes quanto à albumina. Por isso fármacos ligados às proteínas
plasmáticas não passam, em condições fisiológicas, ao líquido intersticial. O processo de difusão por poros é
muito importante nos tecidos renal e hepáticos.
Nos casos de fármacos hidrossolúveis de maior tamanho molecular, o que os impede de transpor a
membrana pelos processos passivos, há necessidade de transportes especializados.
Os transportes especializados requerem, ou não, gasto energético. Na difusão facilitada o carreador
transporta o fármaco a favor do gradiente de concentração (sem gasto de energia), com velocidade superior a da
difusão simples.
Nesse transporte a membrana participa da seleção de partículas, moléculas ou íons.
Já no transporte ativo o movimento do fármaco se faz contra o gradiente de concentração, gradiente
elétrico ou uma combinação de ambos, com gasto energético pela célula; esta energia é fornecida por hidrólise
do ATP ou de outras ligações altamente energéticas.
Estes sistemas de transporte especializados são passíveis de competição, ou seja, substâncias similares
ao fármaco, endógenas ou exógenas, podem competir pelo mesmo carreador da membrana.
O sistema de transporte ativo pode ser saturado. Os locais de ligação dos carreadores podem estar todos
ocupados e não se modificam com o aumento da concentração do fármaco. O soluto a ser transferido deve ter
estrutura química adequada aos pontos de ligação.
Outros processos ativos que devem ser evidenciados são a endocitose e a exocitose. A endocitose ocorre
quando partículas sólidas (fagocitose) ou líquidas (pinocitose) são englobadas pela membrana, mediante sua
invaginação, seguidas de estrangulamento, formando-se vacúolos que se situam na própria membrana ou no
interior da célula. Na exocitose, após a fusão com a membrana há liberação do conteúdo vacuolar para o
exterior.
Dentre essas vias, a difusão através do lipídio e o transporte por proteínas carreadoras são
particularmente importantes em relação aos mecanismos farmacocinéticos.
Então, há duas modalidades de absorção:
Processo passivo
Processo ativo
PROCESSOS PASSIVOS
Difusão Simples ou Passiva
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Mais frequente
Segue gradiente de concentração
Gradiente: Forças responsáveis pelo fluxo de drogas através das membranas biológicas
Características da moléculas:
o Apolares (Lipossolubilidade)
o Peso molecular compatível com a bicamada lipídica
o Drogas hidrossolúveis atravessam canais (aquaporinas) – tamanho pequeno.
Difusão Facilitada
Necessita de transportador sem gasto de energia. Ex. Transportador de glicose (GLUT)
Saturação dos transportadores: disponibilidade de transportador (↑[substrato] não acelera a
velocidade do transporte)
Segue gradiente de concentração
PROCESSOS ATIVOS
Transporte ativo
Proteína transportadora com gasto de energia
Contra gradiente de concentração
Características
o Soluto movimenta-se contra gradiente de concentração ou eletroquímico
o Saturação dos transportadores: disponibilidade de transportador (↑[substrato] não acelera
a velocidade do transporte)
o Seletividade (molécula específica)
o Necessidade de energia metabólica.
Endocitose (vesicular)
Locais de absorção:
Trato respiratório: mucosa nasal, mucosa traqueal e brônquica, alvéolos pulmonares
Pele
Regiões subcutânea e intramuscular
As substâncias não polares dissolvem-se livremente em solventes não polares, como os lipídios e, por
conseguinte, atravessam livremente as membranas celulares por difusão. A difusão de moléculas através da
membrana plasmática depende de dois fatores:
• Diferença de concentração através da membrana;
• Coeficiente de Permeabilidade (P): determinado principalmente pela Lipossolubilidade da substância.
Por essa razão, a lipossolubilidade constitui um dos fatores determinantes mais importantes das
características farmacocinéticas de um fármaco, e muitas propriedades
como velocidade de absorção pelo intestino, a penetração no cérebro e em outros tecidos e extensão da
eliminação renal podem ser previstas com base no conhecimento de sua lipossolubilidade.
pH e Ionização
As drogas em sua maioria são eletrólitos fracos, isto é, a sua ionização depende do pH do meio
(diferentemente dos eletrólitos fortes quase totalmente ionizados em pH ácido ou básico).
Em solução apresentam uma parte ionizada e outra não ionizada, dissociação essa influenciada pelo
pH do meio.
A parte não ionizada é menos polar, portanto mais lipossolúvel que a forma ionizada. Sendo assim,
podemos concluir que a parte não ionizada seja do ácido ou da base é mais facilmente absorvida.
Assim, ácidos fracos em meio ácido se dissociam pouco permanecendo predominantemente em forma
molecular, mais lipossolúvel e com melhor capacidade de difusão. Na expressão geral para ácidos, abaixo, há
predomínio do primeiro termo da equação:
HA = H+ + A-
Onde, HA = Forma molecular, não ionizada.
B = +H + BH+
Onde, BH+ = Forma protonada da base, ionizada.
As bases fracas em meio alcalino, estão predominantemente na forma não ionizada, mais lipossolúvel.
Esta teoria tem extrema importância em toda a farmacocinética: no processo de absorção através do
trato gastrintestinal (TGI), por exemplo, onde são amplas as variações de pH ( 1 a 3,5 no estômago, 5 a 6 no
duodeno e próximo de 8 ao nível do íleo); ou ainda no tratamento de certas intoxicações medicamentosas, onde
a modificação do pH do meio permite a liberação da substância ativa a partir dos locais de fixação tissular e sua
eliminação; exemplificando: a alcalinização urinária acelera a excreção renal de um barbitúrico, ácido orgânico
fraco, que por estar em sua forma ionizada no pH alcalino, terá dificuldade em sofrer reabsorção tubular, o que
favorece o controle da intoxicação.
As drogas ácidas (salicilatos, barbitúricos) têm sua reabsorção diminuída por alcalinizantes da urina
como NaHCO3, acetazolamina, etc.
As drogas de caráter básico (anfetaminas, metadona, quinidina e procainamida) têm sua reabsorção
diminuída por acidificantes da urina como por exemplo, ácido ascórbico, NH4Cl.
3 - BIODISPONIBILIDADE.
A biodisponibilidade mede a velocidade e extensão com as quais um fármaco atinge a circulação
sistêmica sob sua forma inalterada.
Quantidade disponível para ser utilizada.
Repercussões clínicas
Princípio ativo + adjuvantes
Super ou sub-medicação
Insuficiência terapêutica ou reações adversas
Pequeno índice terapêutico (desfavorável)
VARIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE
Influencia no tempo gasto até a droga alcançar a circulação e na quantidade de droga que chega.
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Possibilidade da droga, antes de atingir a circulação sistêmica, sofrer ações metabólicas no fígado e
epitélio intestinal, com redução da biodisponibilidade e da resposta terapêutica.
4 - MEIA VIDA
A meia-vida é um conceito cronológico e indica o tempo em que uma grandeza considerada reduz à
metade de seu valor. Em farmacocinética ela representa o tempo gasto para que a concentração plasmática ou a
quantidade original de um fármaco no organismo se reduza à metade. A cada intervalo de tempo
correspondente a uma meia-vida, a concentração decresce em 50% do valor que tinha no início do período.
Esse conceito é operacionalizado pela observação da concentração no plasma. Para a maioria dos fármacos, a
meia vida é constante em uma larga faixa de concentrações. Já o termo vida-média exprime a duração média da
concentração e não sua meia vida.
O tempo de meia-vida ou t1/2é um importante parâmetro farmacocinético. A caracterização de um
evento farmacocinético pelo valor da meia vida possibilita uma estimativa da rapidez com que o processo
ocorre, originando dados importantes para a interpretação dos efeitos terapêuticos ou tóxicos dos fármacos, da
duração do efeito farmacológico e do regime posológico adequado.
O conhecimento do t1/2 também é de grande utilidade para se conseguir alcançar a concentração
plasmática média no equilíbrio (Css), após doses repetidas em intervalos que representam à meia-vida; a Css é a
concentração do estado de equilíbrio, orientadora do regime posológico e é obtida quando se administra um
medicamento em doses repetidas, a intervalos regulares. Tal repetição permite a manutenção desse platô de
concentração constante, por reposição da parte do fármaco que está sendo eliminado.
Diz-se que a concentração do estado de equilíbrio (Css) é alcançada após 4-6 intervalos de meia-vida;
o paciente alcançará 50% de equilíbrio dinâmico após uma meia vida do fármaco, 75% de equilíbrio dinâmico
após duas meias-vidas, 87,5% após três meias vidas e 94% após quatro meias-vidas, conforme figura abaixo.
A mais importante meia-vida em farmacocinética é aquela que descreve o processo de eliminação ou
remoção do fármaco do corpo. Esta "meia vida de eliminação", frequentemente abreviada na literatura como
t1/2b, indica como será a velocidade de desaparecimento do fármaco após administração de uma dose única ou
após o término de um longo período de terapia; normalmente esta também ocorre em um período de tempo que
varia de 4 a 6 meias-vidas do fármaco. Também aqui é necessário lembrar que os valores tabelados de t1/2 são
usualmente valores médios representativos, que como outros eventos fisiológicos e farmacocinéticos irão variar
de pessoa para pessoa e podem ser influenciados por muitos fatores como: sexo, idade, patologia, interação com
outras drogas. O t1/2 para um dado fármaco pode variar temporalmente mesmo em um mesmo indivíduo.
ÍNDICE TERAPÊUTICO
A concentração terapêutica situa-se entre as concentrações geradoras de efeito mínimo eficaz (limite
mínimo) e efeito tóxico (concentração máxima tolerada, limite máximo). A relação entra as concentrações
terapêuticas e tóxicas é chamada índice terapêutico (I.T.) do fármaco; medicamentos com amplo I.T.
apresentam uma ampla faixa de concentração que leva ao efeito requerido, pois, as concentrações
potencialmente tóxicas excedem nitidamente as terapêuticas, esta faixa de concentração é denominada "janela
terapêutica”.
Infelizmente, muitos fármacos apresentam uma estreita janela terapêutica (I.T. < 10), por apresentarem
uma pequena diferença entre as concentrações terapêuticas e tóxicas. Nestes casos, há a necessidade de
cuidadosa monitorização da dose, dos efeitos clínicos e mesmo das concentrações sanguíneas destes fármacos,
visando assegurar eficácia sem toxicidade.
Na prática, o índice terapêutico é calculado a partir da razão entre a dose letal dadroga para 50% da
população (DL50), pela dose mínima efetiva em 50% da população (DE50).
CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA
Causas
o Biotransformação, absorção, distribuição, excreção, biodisponibilidade, patologias (hepática,
cardíaca, tireoidiana, renal), interação com outras drogas
Curvas dose-efeito
o Nível terapêutico x nível tóxico
o Ajuste da posologia
Patologias
o ICC
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DC e fluxo de sangue
perfusão hepática e menor taxa de eliminação (risco para intoxicação)
5 - DISTRIBUIÇÃO
Quando dois fármacos são administrados, cada um com alta afinidade com a albumina, ocorre
competição pelos sítios de ligação disponíveis.
As drogas com alta afinidade com a albumina podem ser divididas em 2 classes:
Classe I: se a dose da droga for menor do que a capacidade ligante da albumina, então a relação
dose/capacidade é baixa. O número de sítios de ligação excede a quantidade de droga disponível, e a fração da
droga ligada é alta. Esta classe engloba a maior parte das drogas clinicamente úteis.
Classe II: estas drogas são administradas em doses que excedem em muito o número de sítios de ligação na
albumina. A relação dose/capacidade é alta, e uma proporção relativamente alta da droga permanece na forma
livre.
6 - METABOLIZAÇÃO DE DROGAS
Para que fiquem acessíveis às células e cheguem aos seus locais de ação, os fármacos, geralmente,
devem ter propriedades químicas que lhes permitam ser transportados por um gradiente para dentro da célula.
Assim, muitos fármacos são hidrofóbicos, uma propriedade que lhes permite atravessar as camadas lipídicas
duplas e entrar nas cálulas, nas quais interagem com seus receptores-alvo. A entrada na célula é facilitada por
um grande número de transportadores presentes na membrana plasmática. Essa propriedade de hidrofobicidade
poderia dificultar e eliminação dos fármacos, acumulando-se na gordura e nas camadas fosfolipídicas duplas
das membranas celulares.
A modificação bioquímica das drogas altera sua atividade farmacológica e sua velocidade de excreção.
Embora a atividade seja frequentemente reduzida ou abolida (como no caso da oxidação de barbitúricos,
fenitoína e álcool), pode às vezes ser aumentada, através da geração de metabólitos ativos, como no caso da
conversão de hidrato de cloral em tricloroetanol, que mantém a ação anestésica.
A formação de metabólitos polares que tem menor solubilidade lipídica resulta em uma reabsorção
tubular renal reduzida, consequentemente, em velocidade maior de excreção da droga. Portanto, o metabolismo
das drogas ocorre sempre no sentido de tornar os agentes exógenos mais polares, favorecendo sua eliminação.
Enzimas responsáveis pela biotransformação de muitos fármacos estão localizadas no retículo
endoplasmático liso do fígado (fração microssômica). Tais enzimas também são encontradas em outros órgãos,
como rins, pulmões e epitélio gastrointestinal, embora em menor concentração. Os fármacos absorvidos pelo
intestino estão, portanto, sujeitos ao efeito de primeira passagem.
As enzimas metabolizadoras do xenobióticos convertem os fármacos e outros xenobióticos em
compostos que são derivados hidrofílicos e podem ser eliminados mais facilmente por meio da excreção pelos
compartimentos aquosos dos tecidos.
O metabolismo de drogas, na verdade, apresenta quatro modalidades distintas:
Bioinativação: As drogas na sua maioria e seus metabólitos são inativados ou tranformados em produtos menos
ativos. Ex.: Morfina, cloranfenicol, propranolol...
Metabólito Ativo de Droga ativa: Muitas drogas são parcialmente transformadas em um ou mais metabóltos
ativos, os efeitos observados são causados pela droga original e pelos seus metabólitos.
Ativação de Droga Inativa: Algumas drogas chamadas prodrogas ou profarmacos são inativas e necessitam ser
metabolizadas para se tornarem ativas. As prodrogas podem apresentar certas vantagens em relação a droga
ativa: maior estabilidade, melhor biodisponibilidade, menos efeitos adversos e menor toxicidade.
Ausência de Metabolismo: Certas drogas como penicilinas e anestésicos gerais inalatórios são excretadas em
forma inalterada, sem sofrer metabolismo devido ás suas propriedades físico-químicas peculiares.
7 - EXCREÇÃO DE DROGAS
A eliminação dos fármacos pode ser realizada por biotransformação ou excreção, sendo que a maioria
deles passa por ambos os processos. Por excreção se entende a passagem dos fármacos da circulação sanguínea
para o meio externo; é através deste processo que os compostos são efetivamente removidos do organismo. As
leis gerais de passagem através de membranas, também aqui se aplicam, só que em sentido contrário ao dos
processos de absorção e distribuição.
Os órgãos de excreção de fármacos são denominados vias de excreção ou emunctórios e incluem os
rins, pulmões, suor, glândulas lacrimais e salivares, mama (leite materno) e tubo digestivo (fezes e secreção
biliar); destes o rim se destaca nesta função e, os demais, afora os pulmões para as substâncias voláteis, são
quantitativamente menos importantes.
As substâncias ativas excretadas nas fezes são ingeridas por via oral e em grande parte não absorvidos
pelo trato gastrintestinal ou são metabólitos excretados ativamente pelo fígado através da bile e não
reabsorvidos pela circulação entero-hepático; a reintrodução da substância ativa na circulação sistêmica por este
circuito pode prolongar seus efeitos. Pela via biliar normalmente são excretados fármacos de alto peso
molecular, os muito polares e aqueles que são ativamente englobados em micelas de sais biliares, colesterol e
fosfolipídios.
A excreção de fármacos no leite materno é importante porque pode produzir efeitos farmacológicos
indesejados no bebê em sua fase de amamentação. Já a excreção pulmonar, por sua vez, é importante na
eliminação dos gases e vapores anestésicos.
EXCREÇÃO RENAL
Os mecanismos que asseguram a excreção renal de fármacos são os mesmos que intervém na formação
da urina; papel este que, como sabemos, é função do néfron, unidade anatomo- fisiológica dos rins. Estes
mecanismos compreendem a filtração glomerular, a secreção tubular ativa e a reabsorção tubular passiva.
Em um primeiro momento o fármaco é filtrado ou secretado para a luz tubular; em um próximo passo,
podem ser eliminados com a urina ou reabsorvidos ativa ou passivamente, pelo epitélio tubular.
A quantidade de fármaco que entra na luz tubular por filtração, bem como a velocidade com que
ocorre este processo, depende de sua fração ligada à proteína plasmática, da taxa de filtração glomerular e fluxo
plasmático renal. Já a secreção tubular ativa não é afetada pelo teor de ligação a proteínas plasmáticas, é um
transporte mediado por carreadores que apresenta alta velocidade, podendo ser saturável. Muitas substâncias de
caráter ácido são transportadas por um sistema que destinado à secreção de substâncias de ocorrência natural,
como o ácido úrico; já as bases orgânicas, são transportadas por outro sistema que secreta base endógena, como
a histamina; assim pode ocorrer competição entre ácidos ou entre bases orgânicas pelo sítio de ligação de seu
carreador; por exemplo, a probenicida retarda a excreção urinária da benzilpenicilina, o que aumenta sua vida
média no organismo e consequentemente a duração de seu efeito farmacológico. Ambos os sistemas de
transporte podem ser bidirecionais, entretanto, o transporte de substâncias exógenas é predominantemente
secretor.
A reabsorção tubular renal de ácidos e bases fracas em suas formas não ionizadas (lipossolúveis) se
processa por difusão passiva no nível dos túbulos proximal e distal, sendo potencialmente bidirecional; porém
como a água é progressivamente abstraída do lúmen tubular ao longo do néfron, o aumento da concentração
intraluminal do fármaco cria um gradiente de concentração para retrodifusão. Este mecanismo é influenciado
pelas propriedades físico-químicas do fármaco e pH urinário. Ácidos orgânicos fracos, por não se dissociarem
em pH ácido, são reabsorvidos; podemos acelerar sua excreção alcalinizando a urina, o que os converte em
formas ionizadas não livremente difusíveis. A alcalinização da urina teria efeito oposto na excreção de bases
fracas. Estes artifícios podem ser utilizados, como já comentado, em casos de intoxicação.
Fatores fisiológicos ou patológicos que aterem a função renal influenciam incisivamente a excreção de
fármacos por esta via. Em presença de insuficiência renal, fármacos e metabólitos ativos excretados
fundamentalmente pelo rim podem acumular- se, ocasionando efeitos tóxicos. Para evitar tal ocorrência, são
necessários ajustes nos esquemas terapêuticos. O fator idade figura entre os fatores fisiológicos, como um dos
principais interferentes na excreção renal de fármacos. Em recém-nascidos e prematuros, a filtração glomerular
e o fluxo plasmático renal são aproximadamente 30 a 40% inferiores aos dos adultos, somente aproximando-se
a estes aos três meses de idade, logo a cinética dos fármacos nestas crianças será totalmente diferenciada,
devendo ser levada em conta nos regimes terapêuticos de substâncias administradas no período pós-natal.
DEPURAÇÃO ("CLEARANCE")
É um termo inglês usado universalmente para indicar a remoção completa de determinada substância
de um volume específico de sangue na unidade de tempo.
Depuração é o termo em português que mais se aproxima do sentido do termo inglês.
No nível mais simples, a depuração de um fármaco do organismo pode ser compreendida como a taxa
de eliminação por todas as vias, normalizada para a concentração do fármaco (C) em um líquido biológico:
Os princípios de depuração dos fármacos são semelhantes àqueles da fisiologia renal, onde, por
exemplo, a depuração da creatinina é definida como a taxa de eliminação da creatinina na urina em relação à
sua concentração no plasma. É importante notar que a depuração não indica a quantidade do fármaco que está
sendo removida, mas, em vez disso, o volume do líquido biológico, como o sangue ou o plasma, do qual
fármaco teria sido totalmente removido. O clearance é expresso em volume por unidade de tempo (ml/min ou
L/h). A depuração por vários órgãos de eliminação é aditiva. A eliminação de um fármaco pode ser o resultado
de processos que ocorrem no rim, fígado e outros órgãos. A divisão da taxa de eliminação por cada órgão pela
concentração plasmática do fármaco, por exemplo, fornece as respectivas depurações em cada um destes
órgãos; estas quando somadas representam a depuração sistêmica total.
Quando o fármaco é parcial ou totalmente excretado pelos rins sem sofrer alterações, o clearance renal
pode ser calculado dividindo-se a velocidade de excreção urinária (mg/min) pela sua concentração sanguínea
(mg/ml). O clearance de creatinina é um índice da função renal porque esta substância endógena sofre filtração
glomerular completa e sua secreção e reabsorções tubulares são mínimas; desta forma pode também ser
utilizado na avaliação do clearance renal de fármacos.
A eliminação de um fármaco representa sua exclusão irreversível do corpo a eliminação ocorre por 2
processos:
1. Metabolismo: envolve a conversão enzimática de uma substância em outra dentro do organismo
2. Excreção: consiste da saída do fármaco (quimicamente inalterado ou de seus metabólitos) do organismo.
O metabolismo pode ocorrer em vários locais mas, o mais importante é o FÍGADO. A excreção, por sua vez,
também pode acontecer em vários locais (saliva, leite nas mulheres amamentado, suor) mas as principais vias
pelas quais os fármacos e seus metabólitos deixam o organismo são: rins- sistema hepatobiliar- pulmão.
desconjugação dos glicuronideos pelas bactérias no intestino é reabsorvida (ciclo entero-hepatíco) ocorrendo a
excreção final na urina.
Ex.: eritromicina, ampicilina, rifampicina tetraciclina e anticoncepcionais orais.
Certas drogas são excretadas diretamente no colon como por exemplo, purgativos do antraceno e metais
pesados.
Ar exalado: os gases e líquidos voláteis, anestésicos gerais, álcool, são eliminados pelos pulmões,
independente, de sua lipossolubilidade. A transferência alveolar do gás vapor depende de sua pressão parcial no
sangue. Os pulmões Tb seqüestram e eliminam qualquer material particulado injetado por via IV.
Saliva e suor: trata-se de via de excreção de menor importância para as drogas. O lítio, o iodeto de
potássio, a rifampicina e os metais pesados são encontrados nessas secreções. A maior parte da saliva
juntamente com a droga nela retida é deglutida e segue o mesmo destino da droga administrada por via oral.
Leite materno: as excreção da droga no leite não é importante para mãe, porém o lactente recebe,
inadvertidamente, a droga. A maioria das drogas penetra no leite materno por difusão passiva, por conseguinte,
as drogas mais lipossolúveis e de menor ligação as proteínas passam mais facilmente para o leite, o qual
apresenta um pH mais baixo (7,0) que o plasmo. E as drogas básicas concentram-se mais levemente no
leite.Todavia a quantidade total da droga que penetra no lactente através do leite materno é, em geral, pequena.
Entretanto, é aconselhável administrar qualquer fármaco a mulheres durante a lactação apenas quando
indispensável.
Peso molecular: Fármacos com baixo peso molecular atingem mais facilmente o leite materno.
Moléculas com pesos moleculares menores que 200 kilodaltons atravessam melhor os poros das membranas.
Moléculas pequenas como uréia e etanol atravessam o capilar endotelial materno e a célula alveolar por difusão
passiva.
Lipossolubilidade: Fármacos lipossolúveis atingem rapidamente o compartimento lácteo, pois
atravessam mais facilmente a barreira celular lipoprotéica. Há maior concentração no leite maduro devido à
maior ligação com lipídes; Exemplos: sulfonamidas e cloranfenicol.
Ligação a proteínas: Fármacos com baixa afinidade por proteínas plasmáticas podem ser excretados
com mais facilidade no leite. Exemplo: diazepam.
Grau de ionização: O leite humano é um pouco mais ácido (pH=7,1) do que o plasma (pH=7,4). Fármacos
que são bases fracas tendem a formar íons no leite, favorecendo maior concentração. Exemplo:
betabloqueadores.
Meia-vida: Fármacos com elevada meia-vida de eliminação mantêm níveis circulantes por maior
tempo no sangue materno e, por conseguinte, no leite materno. Ficar atento aos fármacos que possuem
metabólitos ativos; por exemplo: preferir lorazepam em vez de diazepam.
Biodisponibilidade: Fármacos com baixa biodisponibilidade e pouco absorvidos pelo lactente são ideais para
uso na lactação. Exemplos: heparina, aminoglicosídeos e insulina são seguros para uso pela nutriz.
Concentração plasmática materna: A difusão passiva dos fármacos ocorre por gradiente de
concentração. Elevados níveis séricos tendem a produzir elevados níveis do fármaco no leite.
Urina: através dos rins. Trata-se da via mais importante de excreção para a maioria das drogas.
EXCREÇÃO RENAL
O rim é responsável pela excreção de todas as substâncias solúveis em água. A quantidade da droga
ou de seus metabólitos presentes, finalmente, na urina é a soma total da filtração glomerular, reabsorção tubular
e secreção tubular.
FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Os fármacos penetram nos rins através das artérias renais, as quais se dividem para formar o plexo
capilar glomerular.
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Os capilares glomerulares possuem poros maiores que o habitual, toda droga não ligada às proteínas
(solúvel ou insolúvel em lipídios) apresentada ao glomérulo é filtrada, ou seja, atravessam a rede capilar para a
cápsula de bownman, logo, a filtração glomerular depende de sua ligação às proteínas plasmáticas e do fluxo
sanguíneo renal.
A taxa de filtração glomerular declina progressiva progressivamente depois dos 50 anos de idade, e
torna-se baixa na presença de insuficiência renal.
REABSORÇÃO TUBULAR
Enquanto o fármaco se dirige para o TCD, sua concentração aumenta e excede a do espaço
perivascular. O fármaco se estiver sem carga pode difundir-se para fora da luz do néfron em direção ao sistema
circulatório.
Depende da lipossolubilidade da droga e sua ionização no pH urinário. As drogas lipossolúveis
filtradas no glomérulo sofrem difusão retrograda nos túbulos, visto que 99% do filtrado glomerular são
reabsorvidos e as drogas não solúveis em lipídios e altamente ionizadas são incapazes de fazê-lo. Logo, a taxa
de excreção dessas drogas como antibióticos, aminoglicosídios, é paralelo a TFG, ou a depuração da
creatinina.
As alterações do pH urinário afetam a reabsorção tubular de drogas parcialmente ionizadas. As bases
fracas sofrem mais ionização e são menos reabsorvidas na urina ácida, os ácidos fracos sofrem mais ionização e
são menos reabsorvidos na urina alcalina. Esse princípio é utilizado para facilitar a eliminação de uma droga,
em caso de envenenamento a urina é alcalinizada por barbitúricos e salicilatos. Sendo acidificada em caso de
envenenamento por morfina e anfetaminas.
Os efeitos das alterações do pH urinário sobre a excreção de drogas é maior para as que apresentam
valores de pka entre 5 e 8. Visto que apenas nesse caso a reabsorção passiva dependente do pH é significativa.
SECREÇÃO TUBULAR
Observam-se fatos interessantes. Até 20% do fluxo plasmático são filtrados pelos glomérulos o que
deixa cerca de 80% das drogas passarem pelos capilares peritubulares do TCP. Nesse ponto, as moléculas das
drogas são transferida para a luz tubular por dois sistemas transportadores independentes e, relativamente, não
seletivos. Um desses sistemas transporta droga ácidas e vários ácidos endógenos, como o ácido úrico. O outro
sistema transporta bases orgânicas.
O transporte ativo através dos túbulos diminui a concentração de sua forma livre, nos vasos tubulares,
e promove a dissociação da droga ligada à proteína, novamente secretada. Logo, a ligação às proteínas que
representam uma barreira à filtração glomerular da droga, não tem esse efeito, e pode ser até mesmo facilitador,
sobre a excreção por secreção tubular.
As drogas que utilizam o mesmo transporte ativo competem entre si. A probenecida é um ácido
orgânico que apresenta alta afinidade pelo transportador aniônico orgânico tubular, a droga bloqueia o
transporte ativo da penicilina e do ácido úrico, todavia a excreção final da penicilina é reduzida, mas a do ácido
úrico aumenta, o que se deve ao fato de a penicilina ser primeiramente secretada e o ácido úrico primeiramente
absorvido.
Já a secreção tubular ativa não é afetada pelo teor de ligação a proteínas plasmáticas, é um transporte
mediado por carreadores que apresenta alta velocidade, podendo ser saturável. Muitas substâncias de caráter
ácido são transportadas por um sistema que destinado à secreção de substâncias de ocorrência natural, como o
ácido úrico; Já as bases orgânicas, são transportadas por outro sistema que secreta base endógena, como a
histamina; assim pode ocorrer competição entre ácidos ou entre bases orgânicas pelo sítio de ligação de seu
carreador; por exemplo, a probenicida retarda a excreção urinária da benzilpenicilina, o que aumenta sua vida
média no organismo e conseqüentemente a duração de seu efeito farmacológico. Ambos os sistemas de
transporte podem ser bidirecionais, entretanto, o transporte de substâncias exógenas é predominantemente
secretor.
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A reabsorção tubular renal de ácidos e bases fracas em suas formas não ionizadas (lipossolúveis) se
processa por difusão passiva no nível dos túbulos proximal e distal, sendo potencialmente bidirecional; porém
como a água é progressivamente abstraída do lúmen tubular ao longo do néfron, o aumento da concentração
intraluminal do fármaco cria um gradiente de concentração para retrodifusão. Este mecanismo é influenciado
pelas propriedades físico-químicas do fármaco e pH urinário. Ácidos orgânicos fracos, por não se dissociarem
em pH ácido, são reabsorvidos; podemos acelerar sua excreção alcalinizando a urina, o que os converte em
formas ionizadas não livremente difusíveis. A alcalinização da urina teria efeito oposto na excreção de bases
fracas. Estes artifícios podem ser utilizados, como já comentado, em casos de intoxicação.
Fatores fisiológicos ou patológicos que aterem a função renal influenciam decisivamente a excreção de
fármacos por esta via. Em presença de insuficiência renal, fármacos e metabólitos ativos excretados
fundamentalmente pelo rim podem acumular-se, ocasionando efeitos tóxicos.
Para evitar tal ocorrência, são necessários ajustes nos esquemas terapêuticos. O fator idade figura entre
os fatores fisiológicos, como um dos principais interferentes na excreção renal de fármacos. Em recém-nascidos
e prematuros, a filtração glomerular e o fluxo plasmático renal são aproximadamente 30 a 40% inferiores aos
dos adultos, somente aproximando-se a estes aos três meses de idade, logo a cinética dos fármacos nestas
crianças será totalmente diferenciada, devendo ser levada em conta nos regimes terapêuticos de substâncias
administradas no período pós-natal.
DEPURAÇÃO ("CLEARANCE")
A excreção renal exerce grande influência sobre a concentração plasmática das drogas. Na verdade, a
taxa da concentração plasmática reflete a taxa de excreção da droga.
1. O Clearance é um parâmetro farmacocinético;
2. Representa um índice direto de eliminação do compartimento central, isto é, o sangue.
Indicar a remoção completa de determinada substância de um volume específico de sangue na unidade
de tempo.
É importante notar que a depuração não indica a quantidade do fármaco que está sendo removida, mas,
em vez disso, o volume do líquido biológico, como o sangue ou o plasma, do qual fármaco teria sido totalmente
removido. O clearance é expresso em volume por unidade de tempo (ml/min ou L/h).
Quando o fármaco é parcial ou totalmente excretado pelos rins sem sofrer alterações, o clearance renal
pode ser calculado dividindo-se a velocidade de excreção urinária (mg/min) pela sua concentração sangüínea
(mg/ml).
Sendo assim, o clearance e a meia-vida são inversamente proporcionais. É o volume hipotético de
líquido necessário para conter a quantidade total da droga (Q) no organismo, na mesma concentração presente
no plasma (Cp).
Apesar do volume de distribuição não ter sentido fisiológico ou físico, é útil para descrever a relação
entre a quantidade da droga no corpo inteiro e a quantidade existente no plasma.
Após a entrada no organismo, qualquer que tenha sido a via de administração, a droga tem o potencial de
distribuir-se em quaisquer dos três compartimentos funcionalmente distintos de água do organismo, ou ficar
seqüestrado em um sítio celular.
Compartimento plasmático: em casos onde a droga tem alto peso molecular ou alta ligação a
proteínas plasmáticas, esta fica restrita ao compartimento plasmático (vascular). Em conseqüência, a droga
distribui-se em volume (o plasma) que representa cerca de 6% do peso corporal, ou seja, em média 4 litros para
um indivíduo de 70 kg.
Líquido extracelular: no caso de ter baixo peso molecular, porém caráter hidrofílico, a droga
pode movimentar-se através das fendas do endotélio para o líquido intersticial, entretanto, não conseguem
atravessar as membranas celulares e penetrarem na fase aquosa intracelular. Assim este tipo de droga distribui-
se em um volume que é a soma da água plasmática e o líquido intersticial, cuja soma constitui o líquido
extracelular.
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Seu volume é cerca de 20% do peso corporal, ou aproximadamente cerca de 14 L em um indivíduo de 70 kg.
Água total do organismo: quando a droga tem baixo peso molecular e é lipossolúvel, esta pode
não somente ir para o interstício através da fenestras do endotélio, mas também para o líquido intracelular
através das membranas plasmáticas. Assim a droga se distribui em um volume de cerca de 60% do peso
corporal, ou seja, cerca de 42 L em um indivíduo de 70 kg.
FARMACODINÂMICA
1 - LOCAIS DE AÇÃO
Chave x fechadura
o Enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos e receptores.
Elevado grau de especificidade de ligação?
o Seletividade x efeitos colaterais
TIPOS DE AÇÃO
Ação x efeito
o Ação da droga: constitui a combinação inicial da droga com seu receptor
agonista X antagonista
o Efeito da droga: consiste na alteração final da função biológica, como consequência da ação da
droga
Tipos
Estimulação : atividade Ex: cafeína
Depressão: atividade Ex: atropina
Reposição: uso de metabólitos naturais Ex: insulina
Ação citotóxica: ação seletiva em parasitas ou células cancerosas
2 - MECANISMO DE AÇÃO
Ações inespecíficas
o Ação não depende de interação com receptores
Propriedade da droga
o Acúmulo da droga em ponto vital para a célula
Ex: anestésicos gerais, antifúngicos tópicos
Ações específicas
o Depende de ligação com o receptor
o Mecanismos
Agonismo ou antagonismo
Potência: É a medida de quanto do fármaco é necessário para desencadear determinada resposta. Quanto
menor a dose necessária para uma dada resposta, mais potente o fármaco.
Eficácia: É a Resposta Máxima produzida pelo fármaco. A eficácia é mais importante que a potência, visto
que ela se refere à efetividade do fármaco.
SINAPSE
Transmissão nervosa através de substância química (neurotransmissor ou neuromodulador)
Estrutura – 3 regiões
o Pré-sináptica
o Fenda sináptica
o Pós-sináptica
NEUROTRANSMISSOR
Substância química liberada pela terminação nervosa
Interage com receptores nas células pré ou pós-sinápticas
Inativados após utilização
Armazenamento em vesículas
Liberação na fenda
Interferência na síntese
Competição pela via metabólica
Bloqueio do transporte na membrana do axônio
Bloqueio do transporte através de vesículas
Estímulo da liberação do neurotransmissor das suas vesículas
Evita a liberação do neurotransmissor
Mimetiza a ação do neurotransmissor
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SINAPSE ADRENÉRGICA
Noradrenalina como neurotransmissor
o Armazenamento em vesículas
o Receptores e adrenérgicos
o Receptores
Receptores 1e 2
- Fosfolipase C
Receptores 1
- Vasoconstrição
- Resistência periférica
- da pressão arterial
- Midríase
- Estímulo da contração do esfincter superior da bexiga
Receptores 2
- Inibição da liberação de noradrenalina
- Inibição da liberação de insulina
o Receptores
Receptores 1, 2 e 3
- Acoplados à proteína G (AMPc)
Receptores 1
- Taquicardia
- da lipóllise
- da contratilidade do miocárdio
Receptores 2
- Vasodilatação
- Resistência periférica
- Broncodilatação
- Glicogenólise muscular e hep.
- Liberação do glucagon
- Relaxamento da musc. uterina
o Inativação
Enzimático: COMT e MAO
Recaptação: transporte ativo
- Bloqueio – Anfetamina e Imipramina
Catecolaminas
o Adrenalina, noradrenalina, isoproterenol e dopamina
Alta potência para receptores e
Inativação rápida – metabolismo MAO e COMT
Não ultrapassam a barreira hematoencefálica
Rápido início de ação
Breve duração de ação
Não são administradas por via oral
Não catecolaminas
o Fenilefrina e efedrina
Derivado de grupamentos OH catecólicos
COMT não os inativa
Meia-vida longa
Lipossolúveis – maior acesso ao SNC
MECANISMO DE AÇÃO
ADRENALINA
USOS TERAPÊUTICOS
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Parada cardíaca - IV
Broncoespasmo - inalatória
Glaucoma
Choque anafilático - SC
Com anestésicos – prolonga efeito da anestesia
EFEITOS ADVERSOS
SNC:
o Ansiedade, pânico, cefaléia e tremores;
o Hemorragia
o Arritmias
o Edema Pulmonar
FARMACOCINÉTICA DA ADRENALINA
Absorção:
o VO ineficaz
o IM: aporte mais rápido ao sangue
o SC: lenta
o IV: menor latência
Metabolismo e excreção
o Degradação COMT e MAO
o Excreção na urina
Metanefrina e ácido vanilmandélico
Interações
o Cocaína: dificulta captação de catecolaminas (aumento dos efeitos)
NORADRENALINA
Ações: potente estimulante 1 e 1, fraco para 2
o Cardiovasculares: vasoconstricção RP e PA
o Reflexo barorreceptor reflexo vagal
Usos clínicos
o Tratamento do choque
o Correção de PA (hipotensão)
o Nunca na asma (broncoconstricção)
Farmacocinética
o Semelhante à adrenalina
Reações adversas
o Semelhante à adrenalina
ISOPROTERENOL
Catecolamina direta
Ação direta em 1 e 2
Ações: derivadas de estimulação -adrenérgica
o Coração, brônquios e TGI
o PA, DC (1) e fluxo muscular sanguíneo (2)
Absorção
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DOPAMINA
Importante neurotransmissor
o Relação com manifestações neurológicas – gênese de doenças mentais
Farmacocinética
o Administração IV, oral não eficaz
o Absorção no TGI, degradação MAO e COMT
Ações
o Coração
o Rins: TFG, fluxo sanguíneo e excreção de Na+
Usos clínicos
o Correção de PA (hipotensão)
o Recentemente, como cardiotônico e vasodilatador
Efeitos adversos
o Náusea, arritmia, hipertensão
DOBUTAMINA
Efeito 1 – estimula excitabilidade
Ação rápida (10 min) e t1/2 curta (2 a 3 min)
Metabolismo hepático - COMT
ANFETAMINA
Mecanismo de ação
o Liberação de NA no terminal sináptico
Ações
o PA, FC, midríase
Usos clínicos
o Poucas indicações terapêuticas
Reações adversas
o Dependência, insônia, nervosismo, fadiga após o término, tremores, taquicardia, arritmias
o Doses elevadas: reações psicóticas graves
Contra-indicações
o Pacientes com hipertireoidismo, hipertensão e cardiopatias
EFEDRINA
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SINAPSE COLINÉRGICA
Acetilcolina como neurotransmissor
o Síntese catalizada pela o-acetil-transferase
o Degradação pela acetilcolinesterase
o Armazenamento em vesículas?
o Receptores nicotínicos e musacrínicos
o Receptores nicotínicos
Sinapse entre neurônio e músculo estriado
Sinapse entre neurônio pré e pós-ganglionar
o Receptores muscarínicos
Sinapses: neuromiocárdica, neuromuscular lisa, neuroglandular
DROGAS COLINÉRGICAS
Mecanismo de ação
o Diretos – estimulam os receptores
Muscarínicos
Nicotínicos
o Indiretos – anticolinesterásicos (inibe ação da acetilcolinesterase)
Reversíveis
Irreversíveis
Colinérgicos diretos
o Farmacocinética
Ésteres da colina: fracamente absorvidos, hidrólise no TGI e ação da acetilcolinesterase
Pilocarpina, lobelina e nicotina: ampla absorção e distribuição
ACETILCOLINA
Ações
o Cardiovascular
Pequenas doses – vasodilatação, RP, PA
Doses elevadas – efeito depressor no coração, FC, condução e contração
o Respiratório
Broncoconstricção, secreção
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o Urinário
Contração e redução da capacidade da bexiga
o TGI
tônus muscular liso e força de contração
o Íris
Miose
Efeitos nicotínicos (semelhante ao simpático)
o Liberação de catecolaminas – vasoconstricção, PA, FC, força de contração,
broncodilatação, motilidade TGI
Usos clínicos
o Oftalmologia
o Cirurgia de catarata (miose rápida)
CARBACOL
Agonista nicotínico e muscarínico
Ações:
o Muscarínicas – intensas TGI, bexiga e íris
o Nicotínicas – estímulo sinapses ganglionares simpáticas e parassimpáticas
Uso:
o Retenção urinária (passado)
o Oftalmologia (glaucoma - PA)
BETANECOL
Ação muscarínica semelhante à do carbacol
Resistente à acetilcolinesterase
Bem absorvido no TGI
Uso:
o Retenção urinária – pós operatória, neurogênica
Reações adversas:
o Ruborização, sudorese, mal estar epigástrico, salivação
Contra-indicações:
o Asma, úlcera péptica, hipertireoidismo
Muscarina:
o Alcalóide natural – muscarínico
o Boa absorção TGI
o 100x mais potente que acetilcolina
o Resistente à acetilcolinesterase
o Excita o córtex cerebral
Pilocarpina
o Muscarínico – efeito em glândulas
o Ações: SNC, glaucoma
Oxitremorina
o Alcalóide sintético
o Ações no SNC: tremores
NICOTINA
Não utilizada em terapêutica
o Potencial tóxico
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Farmacocinética
o Absorção: mucosas, pele íntegra
o Acúmulo no fígado, rins e cérebro
Farmacodinâmica
o Combina-se com receptores nicotínicos
o Ações: SNC, SNA, respiratório, cardiovascular, TGI, músculos, urinário, pele
COLINÉRGICOS INDIRETOS
Farmacocinética
o Muito hidrossolúveis, exceto organofosforados
Carbamatos – pouco absorvidos na pele, músculos e conjuntiva
Organofosforados – fácil absorção (pele, pulmão e TGI)
o Excreção – bile e urina
o Mecanismo de ação – inativação da enzima acetilcolinesterase
Ações
o Potencializam ações da acetilcolina
o Sudorese, miose, lacrimejamento, visão turva, salivação, diarréia, incontinência urinária
o SNC: tremores, ansiedade, convulsão, coma
o Cardiovascular: bradicardia, DC e PA
Usos
o Anestesiologia, miastenia grave, glaucoma
Toxicidade: broncoconstricção, paralisia respiratória
ANTICOLINÉRGICOS
Farmacocinética
o Boa absorção, distribuição e excreção (80%)
Atropina, alcalóides naturais, diciclomina, tropicamida
Propanteína e glicopirrolato: pouco lipossolúveis
o Mecanismo de ação
Bloqueio competitivo pelo sítio de ação
Ações
o SNC
Atropina
- Vago – bradicardia
- Efeito sedativo lento , reduz tremores
Escopolamina
- Sedação pronunciada (sono, amnésia)
- Doses elevadas: pode causar excitação, agitação, alucinações
- Olho: midríase, paralisia do músculo ciliar
- Cardiovascular: taquicardia
- Respiratório – atropina: broncodilatação
- TGI: ação intensa inibindo motilidade e secreção
Usos
o Doença de Parkinson – adjuvantes
o Oftalmologia – exames de refração e de retina
o TGI – úlcera e hipermotilidade intestinal
o Intoxicação colinérgica
DEPRESSÃO
TIPOS DE DEPRESSÃO
Depressão leve – mudanças de vida
Depressão moderada – mudanças de vida + auxílio médico
Depressão grave – urgência no tratamento (sintomas físicos, delírios e alucinações, pensamentos
suicidas)
AGENTES ANTIDEPRESSIVOS
Estabilizadores de humor
Antidepressivos tricíclicos (TCA)
Inibidores da recaptação da 5HT
Inibidores da monoamina oxidase (IMAO)
Antidepressivos “atípicos”
ESTABILIZADORES DO HUMOR
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
Imipramina
Desipramina
Amitriptilina
Clomipramina
Protriptilina
Os ADT inibem a captação de noradrenalina e/ou da 5HT. Estão quimicamente relacionados com as
fenotiazinas. São amplamente utilizados como antidepressivos. A maioria tem ação prolongada; com
metabólitos ativos.
o Superdosagem: confusão, mania; disritmias cardíacas.
o Interagem com álcool, anestésicos, hipotensivos, AINES, não devem ser administrados com
IMAO.
o Efeitos Colaterais
Sedação (bloqueio H1)
Hipotensão postural (bloqueio adrenérgico)
Boca seca
Visão Turva
Constipação
Mania e convulsões - ocasionalmente
IMAO
Os IMAO inibem uma ou ambas as formas de MAO no cérebro, aumentando, assim as reservas de
NA, DA e 5HT
A inibição da MAO A correlaciona-se com a atividade antidepressiva.
Principais exemplos:
o fenelzina
o tranilcipromida
o iproniazida
o moclobemida.
Ação prolongada inibição irreversível da MAO
o Efeitos colaterais:
hipotensão postural (bloqueio simpático)
efeitos semelhantes a atropina (similar aos ADT)
aumento do peso corporal
estimulação do SNC
inquietação, insônia
convulsões com superdosagem
TRANILCIPROMINA – Parnate, Stelapar
MOCLOBEMIDA – Moclobemida
SELEGILINA – Elepril, Jumexil
ISRS
Os ISRS inibem seletivamente a captação de serotonina. Antidepressivos mais prescritos. Interferem
muito pouco com outros sistemas
ISRS– fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina e citalopram
Menor toxicidade que os IMAO e os ADT
o Efeitos colaterais: náusea, insônia e disfunção sexual.
o “Reação da Serotonina”: hipertermia, rigidez muscular, colapso cardiovascular
CITALOPRAM – Cipramil Parmil
FLUOXETINA – Eufor, Deprax, Fluxene, Nortec, Prozac, Verotina
NEFAZODONA – Serzone
PAROXETINA – Aropax, Pondera, Cebrilin
SERTRALINA – Zolof, Novativ, Tolrest
ISRS– fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina e citalopram
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ANTIDEPRESSIVOS ATÍPICOS
Grupo heterogêneo:
Maprotilina
Venlafaxina
Trazodona
Mianserina
Bupropiona
Não têm nenhum mecanismo de ação comum.
Alguns são bloqueadores fracos da captação de monoamina
Resposta terapêutica demorada com ADT e IMAO
Ação curta
Efeitos colaterais indesejáveis e toxicidade aguda variáveis, porém mais fracas que dos ADT.
o MAPROTILINA
inibidor seletivo da captação de NA
efeitos indesejáveis semelhantes ao da atropina
sedação
convulsões
erupções alérgicas
toxicidade aguda semelhante aos ADT
o TRAZODONA
bloqueador fraco da captação de 5 HT
bloqueia os receptores 5 HT2 e 2
sedação, confusão, hipotensão
disritmias cardíacas
o MIANSERINA
bloqueio dos receptores 2, 5 HT2 e H1
nenhum efeito sobre a captação de monoamina
sedação, convulsões, reações de hipersensibilidade
o BUPROPIONA
aumento da liberação de NA
vertigem, ansiedade e convulsões
segura em superdosagens
o VENLAFAXINA
inibidor fraco da captação de 5 HT
náusea, ansiedade e disfunção sexual (semelhante ISRS)
Vias reguladoras
o Estimulação neural do nervo vago
o Estimulação endócrina via gastrina liberada pelas células G antrais
o Estimulação parácrina pela liberação local de histamina pelas células similares às células
enterocromafins (ECL)
Causas das úlceras gástricas
o Infeccção por H. pylori
o AINES
o Malignidade
o Hipersecreção de gastrina
ANTIULCEROSOS
Inibidores da Secreção Gástrica:
o Antagonistas da Histamina (Anti H2)
o Antagonistas Muscarínicos (M1)
o Inibidores da H+/K+ Atpase
ANTI-HISTAMÍNICOS H2
Famotidina, Ranitidina, Cimetidina, Nizatidina
Inibem competitivamente a interação de histamina com os receptores H2
São altamente seletivos
Interferem pouco em funções fisiológicas outras que não a secreção gástrica
Inibição de secreção gástrica efeito dose dependente
Reduzem tanto o volume de suco gástrico secretado quanto sua concentração
Rapidamente absorvidos após administração VO
o Mecanismo de Ação:
Inibição dos receptores H2 reversivelmente nas células parietais.
o Ação Farmacológica:
Inibição da secreção gástrica produzida por histamina, alimentos, gastrina e ACh
Reduzem a secreção ácida basal produzida pela Gastrina e ACh.
Reduzem a secreção ácida fisiológica produzida por alimentos e distensão gástrica.
o Farmacocinética:
Absorção rápida por VO
Unem-se pouco a proteínas plasmáticas, atravessam a placenta e o leite materno.
o Reações Adversas:
Antiandrogénicos (ginecomastia, impotência)
Tolerância: sensibilizam outros mecanismos, produtores de ácido, independientes da
histamina
o Interações Medicamentosas:
Ao diminuir a produção de ácido, diminui a absorção de bases (cetoconazol)
Inibem o citP450 que impedem o metabolismo de muitos fármacos (teofilina, fenitoína)
o Excreção:
Cimetidina, ranitidina e famotidina 2-3 horas
ANTI-MUSCARÍNICOS M1
Pirenzepina, Telenzepina
o Mecanismo de ação:
Antagonista seletivo dos receptores muscarínicos M1
o Ação farmacológica:
Inibição da secreção ácida gástrica provocada pela ACh.
o Reações adversas:
Ressequidão oral e constipação
o Indicações:
por serem menos potentes que os anti H2, são usualmente usados em associação com estes.
ANTIÁCIDOS
São substâncias que inibem o ácido produzido, mas não impedem a produção de outras substâncias.
Reduzem imediatamente a hiperacidez e evitam a irritação da mucosa gástrica e com isso favorecem a
cicatrização das úlceras e evitam a dor.
Quimicamente, são hidróxidos ou sais.
NÃO SISTÊMICOS
São os mais recomendados visto que não absorvem e não alteram o equilíbrio ácido-base.
o SAIS DE Mg: Mg(OH)2,MgO.
Mg(OH)2 é um antiácido potente, capaz de elevar o pH a 9.
íon Mg+2 age osmoticamente retendo água.
o SAIS DE Al: Al(OH)3
É pouco potente, forma fosfato de Al no intestino provocando hipofosfatemia.
íon Al+3 é constipante.
o SAIS MIXTOS DE Al E Mg:
Menos potentes que os sais de Mg e mais potentes que os de Al. Evita diarréia e constipação.
- Neutralizam o HCl secretado pelas células parietais gástricas
- pH obtido depende da dosagem do antiácido e do fato de o estômago estar vazio
ou com alimentos
- Afetam a motilidade e as secreções
Mg: motilidade intestinal.
Al: motilidade intestinal.
Efeitos adversos
o Alcalose
o Síndrome leite-álcali
o Hipercalcemia
o Retenção de fosfato
o Insuficiência renal
o Liberação de CO2 – eructação, náuseas ocasionais, distensão abdominal e flatulência
Interações Medicamentosas
o Ferro, antibióticos, tetraciclina, isoniazida e cetoconazol.
Indicações
o Úlcera péptica
o RGE
PROTETORES DA MUCOSA
São fármacos que protegem a mucosa e aumentam suas defesas.
Em geral são utilizados para prevenir o dano das mucosas por agentes lesivos como os AINEs ou como
adjuvantes no tratamento de úlcera.
SUCRALFATO
Substância viscosa, formada pela reação do octossulfato de sacarose com Al(OH)3.
Insolúvel em água.
Mecanismo de ação:
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o pH ácido (3,5-4) forma una crosta pegajosa que se adere aos restos das proteínas, à base e às
crateras da úlcera formando uma barreira protetora.
Reações adversas:
o Constipação, boca seca, desconforto abdominal.
Interações medicamentosas:
o Deve-se reajustar as doses de fármacos que interferee em sua absorção: ciprofloxacino,
norfloxacino, fenitoína, propranolol, digoxina, aminofilina, vitaminas lipossolúveis, tetraciclinas e
warfarina.
o É necessário que exista pelo menos um período de 2 horas entre estas drogas.
Indicações:
o Cicatrização de úlceras gástricas e duodenais.
SAIS DE BI
Escasso poder antiácido.
Mecanismo de ação:
o Forma quelatos con aminoácidos e glicoproteínas. Forma una crosta esbranquiçada na superfície
ulcerada a pH=3-5 (se redissolve em pH<1)
o Baixo efeito como bactericida (H. pylori)
o Aumenta a síntese de PGs e bicarbonato.
Reações Adversas:
o Mudança de coloração das fezes e escurecimento da língua.
FÁRMACOS PROCINÉTICOS
São fármacos capazes de melhorar o trânsito do bolo alimentar através do tubo digestivo,
aumentando a motilidade e melhorando a coordenação motora.
Objetivo fundamental: aliviar os sintomas digestivos devido a alteracões da atividade motora.
BENZAMIDAS
o METOCLOPRAMIDA
o CISAPRIDE
o CINITAPRIDE
DOMPERIDONA
BENZAMIDAS
o METOCLOPRAMIDA, CISAPRIDE, CINITAPRIDE.
o Mecanismo de ação
o METOCLOPRAMIDA
Agonista 5-HT4 (presináptico): favorece a liberação de ACh no plexo mioentérico.
Antagonista D2: efeitos sobre o SNC, pouco relacionado com a atividade procinética.
Antagonista 5-HT3: relacionado com sensações dolorosas, reflexos motores e vômito.
o CISAPRIDE:
Mais potente que metoclopramida, não possui ação anti-D2
o CINITAPRIDE:
Idem a cisapride, sem efeito 5-HT3 (carece de ação antiemética)
DOMPERIDONA
o Mecanismo de ação
Antagonista D2: efecto procinético moderado. Carece de ação 5-HT4
o Reações adversas
Ressequidão da boca, diarréia
o Contra-indicações:
Rupturas gastrointestinais,
Casos de obstrução mecânica.
FÁRMACOS ANTIEMÉTICOS
RECEPTORES DO VÔMITO
D2: agonistas produzem vômitos e antagonistas são antieméticos.
5-HT3: agonistas produzem vômitos e antagonistas são antieméticos.
Opióides: produzem náuseas e vômitos
o Antagonistas D2
Benzamidas:
- Metoclopramida
Butirofenonas:
- Domperidona
- Droperidol, Haloperidol.
Fenotiazinas:
- Clorpromazina
o Antagonistas 5-Ht3
Ondansetrona
o Outros
Glicocorticoides
Benzodiazepinas
Cannabinoides Sintéticos
METOCLOPRAMIDA
Mecanismo de ação:
o Antagonista D2 e 5-HT3: efeito antiemético.
ONDANSETRONA (2ª escolha)
Mecanismo de ação
o Antagonista 5-HT3: efeito antiemético.
Efeitos Adversos:
o Cefaléia, sonolência e diarréia
FÁRMACOS LAXANTES
Laxantes Osmóticos
o Sais De Mg E Na.
o Derivados De Açúcares.
Estimulantes Por Contato
o Antraquinonas
o Azeite De Rícino
FORMADORES DE MASSA
CELULOSA
Mecanismo de ação
o São substâncias hidrófilas que absorvem água e aumentam o volume, estimulando o peristaltismo
Contra-indicações
o Obstrução intestinal
SUAVIZANTES E LUBRIFICANTES
GLICERINA
Mecanismo de ação
o Lubrifica a massa fecal.
LAXANTES OSMÓTICOS
Mecanismo de ação
o Retém grandes quantidades de água no intestino, estimulando o peristaltismo.
o Sais De Mg E Na: Fosfato, Carbonato, Citrato, Sulfato.
o Derivados De Açúcares: Lactulona, Sorbitol, Manitol.
São metabolizados pelas bactérias, originando ácidos graxos de cadeia curta que actuam como
agentes osmóticos.
Mecanismo de ação
o Irritação da mucosa: altera a motilidade intestinal
o Inibem a absorção de água e eletrólitos na luz intestinal, favorecendo a peristalse.
Usos:
o São mais ativos, podem produzir cólicas fortes.
o Usados quando se necessita uma evacuação intestinal rápida.
FÁRMACOS ANTIDIARRÉICOS
Agentes Adsorventes
o Carvão Ativado
o Pectina
o Resinas De Intercambio Iônico
o Antiinfecciosos
INIBIDORES DA MOTILIDADE
Opióides:
o Diminuem a motilidade intestinal por inibição das fibras musculares longitudinais.
o Loperamida não atravessa a BHE, tendo menos efeitos centrais que os opiáceos.
o Difenoxilato em altas doses atravessa a BHE e ocasiona efeitos centrais (euforia, dependencia
física)
Anticolinérgicos:
o BUTIL BROMETO DE ESCOPOLAMINA
o METIL BROMETO DE HIOSCINA
Mecanismo de ação:
- Antagonistas colinérgicos de ação muscarínica: inibem a ação da ACh
Não serve para diarréias que não envolvem mecanismos colinérgicos (ex: hormonais)
AGENTES ADSORVENTES
Tem capacidade de absorver substâncias tóxicas e impedir que atuem na mucosa intestinal
HAS: A hipertensão arterial ou “pressão alta” é a elevação da pressão arterial para números iguais ou maiores
que 130/80 mm/Hg.
PA = DC x RVP
NEURAIS (SNSimp)
VS x FC TÔNUS VASCULAR HUMORAIS (ADR, SRA)
LOCAIS
INO CRONO
(força) (ritmo)
PA = DC x RVP
FC x VS
PA = DC x RVP
Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma resistência (PRESSÃO), provocada pelo atrito.
Quanto mais estreita é a artéria, maior a resistência (PRESSÃO) à passagem do sangue.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS
Redução direta ou indireta da atividade simpática
1. De Ação Central
o meltildopa – clonidina
2. Bloqueadores Ganglionares
o Trimetafan
3. Antagonistas De Receptores Adrenérgicos
o – prazosina
o – propranolol – metoprolol - atenolol
o / - labetalol
1 - DE AÇÃO CENTRAL
METILDOPA
1. Metaboliza no SNC a metilnoradrenalina (falso neurotransmissor)
2. Efeito hipotensor
o Por inibidores centrais DOPA-descarboxilase
o Por antagonistas de ação central
fluxo simpático do SNC
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Ações
o RVP PA
o DC e FC
o Causa redução da resistência vascular renal
o Pouca hipotensão postural
o “Pseudotolerância” – retenção de sais e líquidos
o associação com um diurético
Farmacocinética
o Boa absorção por VO – transporte ativo no intestino
o Concentração plasmática máxima em 2-3 h
o Acesso ao SNC por transporte ativo também
o Excretada pelo rim (conjugado)
Interações contra-indicadas
o Antidepressivos tricíclicos
o L-dopa
Toxicidade e efeitos colaterais
o Sedação, depressão
o Redução da acuidade mental / esquecimento
o Distúrbios do sono
o Cefaléia
o Impotência, diarréia, visão embaçada
o Boca seca
o Perda da libido, disfunção sexual
o Dificuldade de concentração
o Edema
o Hipotensão postural
CLONIDINA
É um agonista parcial 2
Efeito hipotensor:
o Ativação central 2
o Tônus simpático
o Parassimpático
Redução da PA decorre por
o FC
o Relaxamento de vasos
o RVP principalmente na posição ereta
o Fluxo sanguíneo renal é mantido
o Há retenção de sais e líquidos
o associar com um diurético
Farmacocinética
o Boa absorção VO – altamente lipossolúvel
o Conc. plasmática e efeito hipotensor máx. 1-3 h (VO)
o Doses iniciais baixas com elevação gradual
Toxicidade e efeitos colaterais
o Sedação, depressão
o Disfunção sexual
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o Boca seca
o Dermatite de contato
o Interação com antidepressivos tricíclicos (bloq. )
o Crise hipertensiva e taquicardia na suspensão abrupta
o Causa hipotensão e bradicardia
2 - BLOQUEADORES GANGLIONARES
TRIMETAFAN
Farmacocinética
o Inibição de reflexos vasomotores simpáticos
o Taquicardia leve
o Infusão IV lenta
o Efeito em 5 min, duração de 10 a 15 min
Toxicidade e efeitos colaterais
o Simpáticos: hipotensão, disfunção sexual, transpiração
o Parassimpáticos: constipação, retenção urinária, glaucoma, visão turva, boca seca
Farmacocinética
o Boa absorção VO
o Metabolismo razoável de 1a passagem
Toxicidade e efeitos colaterais
o Efeito de 1a dose: tontura, cefaléia
o Hipotensão postural
o Taquicardia reflexa bloqueio 2 pré-sináptico
o Retenção líquido volemia
o Impotência sexual (bloqueia ejaculação)
o Obstrução nasal
o Diarreia efeito direto, liberação ACh
Farmacocinética
o Boa absorção VO
o Conc. plasmática máx. 1-3 h
o Baixa biodisponibilidade
(1a passagem)
o DC/bradicardia - PA
o Bloqueio 2 nos rins
sistema renina-angiotensina-aldosterona
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Captopril (Capoten)
Enalapril (Renitec)
o Poucos efeitos colaterais
o Boa eficácia
o Contra-indicação: gestantes
o Efeitos adversos: hipotensão, deterioração da função renal, tosse seca
NITRO-VASODILATADORES
Vasodilatação e queda da RVP
Ação direta nos vasos
1. ARTERIAIS
hidralazina (Hidralazina) - minoxidil (Loniten)
Boa absorção e metabolismo hepático
2. ARTERIAIS E VENOSOS
o nitroprussiato de sódio (Nipride)
Via parenteral, emergências hipertensivas
ANTIARRIMICOS
Verapamil (bloqueador de canais de Ca)
Epinefrina (agonista adrenérgico)
Atropina (antagonista colinérgico)
Efeitos adversos
Constipação
Vertigem
Cefaleia
Fadiga
Hipotensão
DIGITÁLICOS
Digoxina e Digitoxina
Mecanismo de ação:
o Inibidores da Bomba Sódio-Potássio ATPase
o Diminuição do Contra-transporte de Na+/Ca++
o Aumento da força de contração
o Aumenta a atividade Vagal (SN Parassimpático)
o Diminui a atividade do SNS
o Diminui a condução do Nodo Sino-Atrial e Nodo AV
Indicações:
o ICC (Insuficiência Cardíaca Congestiva)
o Fibrilação Ventricular
o Taquicardia Atrial
DIURÉTICOS
DIURÉTICOS
Importância, usos, indicações
o Hipertensão arterial
o Reduzir edema
ICC
doenças renais
doenças hepáticas
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o Glaucoma
o Diurese forçada
overdose
edema cerebral
cirurgias (manutenção diurese)
DIURÉTICOS ACETAZOLAMIDA
Atuam no TCP
Inibidores da anidrase carbônica
CO2 + H2O H2CO3 HCO3- + H+
Efeitos colaterais: acidose (retém H+, perde Na+), hipocalemia, sono
DIURÉTICOS OSMÓTICOS
Atuam no TCP e ducto coletor
Agentes osmóticos: manitol
Indicações: aumento do volume urinário (anúria), redução da PIC, glaucoma
Toxicidade: expansão do volume extracelular, desidratação e hipernatremia
DIURÉTICOS DE ALÇA
Inibe o co-transporte de Na-K-2Cl
Aumenta a excreção urinária de Ca e Mg
Tende a elevar os níveis de ácido úrico
Usos: edema pulmonar, cirrose, IR aguda e crônica, hipercalcemia, hipercalemia,
hipertensão em nefropatas e cardiopatas, edema cerebral
Efeitos colaterais: alcalose metabólica, distúrbios TGI (sangramento), desidratação,
Ototoxidade, hiperuricemia, hipotensão, hipocalemia, hipomagnesemia
Furosemida
• Sofrem rápida absorção oral (bdp 60%)
• Baixa lipossolubilidade
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
Atuam no TRP e TCD
Inibidores do co-transporte Na e Cl, Na-KATPase
Reabsorção de Ca no TCD
Usos: ICC; HAS; diabetes insípido nefrogênica, edema: casos leves a moderados,
hipercalciúria
Efeitos colaterais: fraqueza, falta de energia, impotência sexual, arritmias, hipercalcemia
/ hipofosfatemia
Clortalidona
Hidroclorotiazida
Reposição de K
• poupadores de K
• Banana, água de coco
RELAÇÃO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-OVÁRIO
Durante a puberdade:
Secreção de hormônios
HORMÔNIOS FEMININOS
ESTROGÊNIO
Responsáveis pela fase proliferativa da regeneração do endométrio
Aumento do volume uterino
Alteração do epitélio vaginal
Abundante secreção cervical de muco
Retroalimentação (+) da adeno-hipófise:
o LH ovulação
PROGESTERONA
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Durante A Gestação
o Estimula os ductos lactíferos
o Após o parto, auxilia a prolactina na estimulação e manutenção da lactação
o Controla o desenvolvimento dos alvéolos secretórorios na glândula mamária
FARMACOCINÉTICA
Hormônios esteróides
Produção nos ovários, adrenal e placenta
o FSH estimula os folículos ovarianos
Produção de estrógeno
o LH estimula secreção de progesterona
Absorção
- Pele e membranas mucosas
- Soluções oleosas (SC e IM)
Esteróides semi-sintéticos e novos progestínicos (VO)
o Isolados ou associados: regulação do ciclo e controle da fertilidade
Ampla ligação a proteínas (albumina)
Inativação hepática
Eliminação renal
Compostos de uso oral: degradação lenta
Absorção: pele, membranas mucosas
Soluções oleosas (SUB e IM)
FARMACODINÂMICA
Efeitos potentes sobre a regulação endócrina
Adm. doses regulares de esteróides
o Inibição da ovulação
Anovulação
o Supressão dos fatores hipotalâmicos
o Secreção deficiente de gonadotrofinas
o Estrógeno + progestínico = supressão de ambas as gonadotrofinas
Terapêutica progestínica isolada
o Uso de microdoses não inibe a ovulação
o Mecanismos periféricos e eficácia anticoncepcional
Quantidade de muco cervical modificada
- Produção escassa
- Espessa
- Hostilidade à migração espermática
o Implantação irregular no endométrio
o Modificações nas secreções e motilidade das trompas
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HORMONIOS SEXUAIS
ESTROGÉNOS
Dietilestrilbestrol
Estriol
Estrona
Etinilestradiol
Mestranol
PROGESTINA
Desogestrel
Drospirenona
Levonorgestrel
Medroxiprogesterona
Noretindrona
Norgestrel
ANTICONCEPCIONAIS
Métodos
o Monofásico
Consiste do uso de um estrógeno e um progestínico
Adm. de 20 a 21 dias (5° dia do ciclo)
3 semanas de terapia, 1 semana de repouso
Anovulatória e interferência periférica sobre órgãos
o Bifásico
Dose do progestínico varia 2 vezes durante o ciclo
Componente estrogênico imutável
o Trifásico
Dose do progestínico varia 3x
Estrogênico varia 1x
- Tentativa de mimetizar o ciclo normal
o Microdose
Não é anovulatória
Doses baixas e diárias de um progestínico
Início no 1° dia do ciclo
o Injeções e implantes
Injeção IM mensal – esteróides de ação prolongada
Contracepção segura
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INDICAÇÕES
Principal
o Mulher que deseja controlar a natalidade
Eficácia
o Casal plena fase reprodutiva
o Falha do anticoncepcional
o Eficácia teórica dos combinados 99,9%
o Gradação da eficácia
Alta: índice de falha de 0 a 5 concepções
Média: índice de falha de 6 a 10 concepções
Baixa: índice de falha maiores que 11 concepções
- Barbitúricos e rifampicina: efeitos contraceptivos
EFEITOS COLATERAIS
Componente estrogênico
o Sintomas semelhantes aos da gravidez
Náusea, vômito, tontura, cefaléia, apetite
Progestínicos
o Antagonismo aos estrógenos
o Alopécia, acne
o Progesterona: letargia e depressão
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipertensão e doença cardiovascular
o Desenvolvimento de HAS após uso regular por 6 meses (reversível)
o Ação do componente estrogênico sobre o sistema renina-AII-aldosterona
Contra-indicado: hipertensas, cardiopatas
Mulheres normais: exame clínico e medida da PA
Infarto: risco 1,1 a 4 x maior; fumantes 12 x; fumantes (15 cigarros) 50 x.
Tromboflebite, embolia pulmonar
o Promovem alterações vasculares
Espessamento e proliferação das camadas média e interna dos vasos
Alterações plaquetárias e formação de microtrombos
o Neuroftalmologia – edema de retina, neurite óptica
o Risco de AVC 4 x maior
o Pacientes com propensão a trombose, doença cardíaca e HAS não devem usar
Insuficiência hepática
o Icterícia, alterações na síntese de enzimas dos hepatócitos
o Mulheres com histórico de icterícia e prurido gravídico
Diabetes
o Aparecimento de tolerância à glicose (reversível)
o Aumento da resistência à ação insulínica
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PROGRESSOS
O que se almeja?
o Fácil administração
o Baixo custo
o 100% eficácia
o Mínimo de efeitos colaterais
o Não interferência na fisiologia normal da mulher
Contraceptivos injetáveis
o Acetato de medroxiprogesterona
o Solução com baixa solubilidade, liberação lenta
o Inibe os picos de LH e FSH
o 150 mg IM 3 em 3 meses = boa segurança
Sangramento irregular
o Brasil: depo-provera
Implantes SC
o Norplant
Cápsula de silastic 34 mm comprimento e 2,4 mm
Contém 36 mg levonorgestrel
Método
- Inserção de 6 cápsulas com eficácia de 5 anos
Inconvenientes
- Necessita de anestesia para inserir e retirar as cápsulas
- Sangramento irregular
Pílula do dia seguinte
o Uso imediato até 72 após o coito
Alteração no endométrio impede implantação
Ingestão altamente nauseante e culmina com hemorragia por deprivação hormonal.
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
Αnalgésico
Αntiinflamatório
Αntipirético
Αntiplaquetário
EFEITO ANTIINFLAMATÓRIO
Redução das prostaglandinas vasodilatadoras (PG2 e PGI2)
Menor vasodilatação e permeabilidade – menor edema
Reduz dor
EFEITO ANTIPIRETICO
Redução da febre: não hipotermia – reajuste do termostato
Vasodilatação e sudorese
Ação Central Hipotalâmica
TOXICIDADE
Lesão da mucosa gástrica
Sangramento: inibição da função plaquetária
Limitação do fluxo renal: retenção de Na+ e H2O
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65
SALICILATOS
Absorção VO (estômago e intestino delgado)
o Níveis plasmáticos em 30 min; pico em 2 h.
Fatores que influenciam a absorção
o Composição, velocidade de desintegração e dissolução, alimentos, pH, tempo de esvaziamento
gástrico
Constante de dissociação (pKa = 3,5)
o pH 2,5 – 91 % não ionizada
o pH 4,5 – 91% ionizada
Distribuição: livres e ligados a proteína plasmática –albumina
Excreção renal
Indicações clínicas
o Analgesia – dores leves a moderadas
o Cefaléia, dismenorréia, mialgias, artralgias, neuralgias, desconforto pós-operatório, pós-parto,
cirurgias odontológicas, procedimentos ortopédicos
o Antitérmico
o Antiinflamatório
o Antiagregante plaquetário
Toxicidade
o TGI: mais frequentes com tratamento prolongado e elevadas doses
Intolerâncias gástricas (dor, desconforto epigástrico, náuseas, vômitos, anorexia)
Ulceração da mucosa com sangramento
Exacerbação na presença de etanol
o Nefrotoxicidade
Ingestão crônica de AAS, fenacetina e paracetamol
Diminuição da função renal
o Hepatotoxicidade reversível
Contra-indicações clínicas
o Pelos efeitos anticoagulantes
Terapia anticoagulante
Alterações na coagulação (hemofilia, hipoprotrombinemia, deficiência vitamina K)
Cirurgias
Pelos efeitos sobre o TGI
o Úlcera péptica
o Gastrite
o Sangramento TGI
Gravidez
o Gestação prolongada
o Trabalho de parto prolongado
o Risco de sangramento materno
o Síndrome de Reye: lesão hepática severa e encefalopatia.
• Uso profilático
Contra-indicação: doença GI, alteração na função renal
PIRAZOLÔNICOS – DIPIRONA
Efeitos colaterais mais frequentes
o GI: náusea, vômitos, desconforto epigástrico, diarréia
o Hipotensão, Retenção sódio, fenômenos hemorrágicos, agranulocitose, púrpura, trombocitopenia,
anemia aplástica
Contra-indicação:
o Doença GI
o Insuficiência hepática e renal
o Discrasias sanguíneas
o HAS.
PARAMINOFENOL – PARACETAMOL
Menor grau de ligação a proteína plasmática
Metabólito intermediário tóxico
Efeitos farmacológicos
o Não altera tempo de sangramento
o Menor potência antiinflamatória
Efeitos colaterais mais frequentes
o Doses terapêuticas, baixa incidência
Contra-indicações
o Sensibilidades aos salicilatos
o Insuficiências hepática e renal
Efeitos farmacológicos
o Inibição COX superior a indometacina e propiônicos
Efeitos colaterais mais frequentes
o GI (20%): sangramentos, ulcerações ou perfurações de parede
o Hepatotoxicidade (15%): aumento das transaminases
DERIVADOS DA FENOXIMETANOSSULFANILIDA
Principal representante: Scaflan (nimesulida)
Indicações clínicas
• Analgesia leve a moderada
• Superior a outros AINES
Efeitos farmacológicos
o Analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios
o Inibição COX, inibição do sistema das cininas e histamina
Efeitos colaterais mais frequentes
o GI
o Trombocitopenia, agranulocitose, prolongamento do tempo de sangramento
o Erupções cutâneas, cefaléia, tonturas
Contra-indicação
o Hipersensibilidade cruzada, doença GI
o Insuficiência hepática e renal
Substâncias: naproxeno, fenoprofeno, cetoprofeno, ibuprofeno
OXICANS – MELOXICAN
Efeitos farmacológicos
o Analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios
Efeitos colaterais mais frequentes
o GI
o Cefaléia, zumbidos, edema
o Prurido, erupções cutâneas,
o Aumento das transaminases
o Anemias, trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia
Contra-indicação
o Doenças do TGI, alteração na coagulação
Substâncias: piroxicam, tenoxicam, meloxicam
Metabolismo de Carboidratos
o Gliconeogênese
o Inibe a glicólise nos tecidos periféricos
o Glicogenólise
Resultado: Hiperglicemia
Metabolismo das Proteínas
o Degradação das proteínas e mobilização de AA dos tecidos periféricos
Metabolismo dos lipídios
o Promovem a lipólise:
Redistribuição da gordura corporal
- Tecido subcutâneo nas extremidades
- Depósito na face, pescoço e ombros (“face de lua cheia”)
Metabolismo do Cálcio:
o Inibem absorção intestinal de cálcio
o Aumento da excreção renal
Excreção de água
o Mantém a TFG normal
o Aumentam atividade secretora dos túbulos renais.
Estômago:
o Aumento da secreção gástrica e pepsina
Resposta Inflamatória é suprimida
o Base para maior parte dos usos clínicos.
Resposta Imunológicas e Alérgicas
o Mantém o equilíbrio hidroeletrolítico;
o Homeostasia CV, dos substratos energéticos, músculos esqueléticos e SN;
o Preparam o organismo para enfrentar estímulos nocivos e situações de estresse.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
• Oral
• Intra-muscular
• Endovenosa
• Conjuntival
• Nasal
• Tópica
• Aerosol
INDICAÇÕES
Crise asmática
Anafilaxia
ISR Aguda
Prevenção da síndrome do desconforto respiratório
Traumatismo crânio-encefálico e raqui-medular
Tumores cerebrais e após neurocirurgias
Meningite bacteriana
Artrite Reumatóide
LES
Doenças Oculares inflamatórias (conjuntivite alérgica)
Doenças cutâneas
Transplante
Ulcera péptica
Diabetes Mellitus
Hipertensão
Tuberculose e outras infecções
Osteoporose
Psicose
ICC
IR
EFEITOS INDESEJÁVEIS
Esses efeitos ocorrem com o uso de grandes doses ou a administração prolongada
o Supressão da resposta à infecção ou lesão
o Supressão da capacidade do paciente de sintetizar corticoesteróides
o Osteoporose
o Síndrome de Cushing iatrogênica
o Pele frágil estrias púrpuras;
o Hiperglicemia
o Suscetibilidade à infecção
o Cicatrização tardia de feridas e incisões cirúrgicas
o Sintomas dispépticos e úlcera péptica
o Osteoporose
o Glaucoma
o Retardo no crescimento
o Distúbios psiquiátricos
o Supressão do eixo hipotálamo-hipófise- adrenal
OPIÁCEOS
São substâncias que deprimem o SNC.
Atuam também nos órgãos periféricos.
5 tipos de receptores específicos para os opiáceos localizados nas regiões:
o Sensorial, límbica, hipotalâmica, amígdala e região cinzenta periaquedutal
INDICAÇÃO
A dor intensa e constante é aliviada com uso de opioides.
A dor associada ao câncer e outras doenças terminais
USO ABUSIVO
Sensação de bem-estar, euforia e prazer
Tranquilidade, sonolência, letargia
Isolamento da realidade, realidade e fantasia se misturam, sonhar acordado,
Estado sem sofrimento, embotamento mental
Hipnoanalgésicos
Alívio da dor e ansiedade
CLASSIFICAÇÃO
Agonistas opiáceos – morfina
– Agonistas primários em um ou mais receptores
Antagonistas opiáceos – naloxona
MECANISMO DE AÇÃO
Receptores Opioides pertencem à família dos receptores acoplados a proteína G.
Inibem adenililciclase e reduzem cAMP
Diminuem liberação de neurotransmissores
CONCEITOS IMPORTANTES
Opioides x tolerância e dependência
– Tolerância (necessidade de aumento da dosagem) Desenvolvimento rápido (12 a 24 h)
– Dependência (necessidade de uso contínuo para evitar síndrome de abstinência) Máximo em 2
dias ...desaparece 8 dias
Usa-se clonidina e metadona
PRINCIPAIS OPIOIDES
Diacetilmorfina (heroina): > dependência.
Codeina: bem absorvida VO, antitussígeno, constipação intensa, associação com paracetamol.
Efeitos adversos: analgesia, sedação, (euforia e tosse seca) dados controversos
Fentanil: usos em anestesia
• Tempo para o pico de efeito: 5 min
• Duração de ação: 15 a 30 min
Metadona: com menor efeito sedativo; longa duração (1/2 vida > 24 h); menor dependência;
síndrome de abstinência menos severa.
– Na presença de metadona injeções de morfina causam menos euforia e abstinência
ANTAGONISTA OPIOIDES
Naloxona: antagonista puro para todos agonistas.
– Isoladamente efeito insignificante = hiperalgesia em condições de liberação de opioides
endógenos.
– Reverte depressão respiratória por opioides
– Efeito curto (i.v. 1-2hs.)
EFEITOS ADVERSOS
Sedação
Constipação
Náusea
Retenção urinária
Potencial para dependência
Depressão respiratória
TRATAMENTO DA DOR
Terapia medicamentosa
• Uso abusivo, tolerância, dependência, abstinência
Intervenções não medicamentosas
• Calor e frio
• Estimulação elétrica
• Acupuntura
• Terapia psicológica
• Terapia fisioterápica
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Internação: 50% de chance de receber antibiótico
Uso não racional:
o morbi-mortalidade
o permanência hospitalar
o custos com saúde
Prescrição monótona na emergência:
o Impacto na internação e UTI
Riscos da receita eletrônica
Principais efeitos adversos: irritação gástrica, perda da flora corporal, diarréia, náuseas, vômitos
1 - PENICILINAS
Antibiótico beta-lactâmico
o Consiste de um anel tiazolidínico vinculado a um anel beta lactâmico
o Clivagem do anel beta-lactâmico
o Perda de atividade antimicrobiana
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
Clivagem do anel beta-lactâmico
• Perda de atividade antimicrobiana
• Produção de beta-lactamase: Staphylococcus aureus, Klebisiella pneumoniae, gram-negativos (H.
influenzae, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Salmonella sp, Shiguella sp etc)
Presença de PBP (proteína de ligação da penicilina) de baixa afinidade pelo antibiótico
Porinas que dificultam a passagem do antibiótico
CLASSIFICAÇÃO
Penicilinas naturais
o Benzilpenicilina ou Penicilina G
Penicilina G procaína, Penicilina G benzatina
Penicilina V
Penicilinas penicilase-resistentes
o Oxacilina, Cloxacilina, Dicloxacilina
Penicilinas de espectro ampliado
o De 2ª geração ou aminopenicilinas
Ampicilinas, amoxicilina
o De 3ª geração ou antipseudomonas
Carbenicilina
o De 4ª geração
Azlocilina, Mezlocilina
o Piperazinopenicilina – piperacilina
Penicilinas disponíveis
o Maior atividade contra gram +, hidrólise por penicilases e pouca atividade contra bastonetes gram –
Penicilina G
o Relativamente resistentes a beta-lactamases estafilocócicas, pouca atividade contra Gram + e
inativados contra gram –
Nafcilina e metcilina
o Atividades relativamente alta contra Gram-negativas e positivos, porém destruídas por beta-
lactamases
Carbenicilina
o Relativamente estáveis ao ácido gástrico e apropriadas para adm. VO
Penicilina V e ampicilina
PENICILINA NATURAIS:
BENZILPENICILINA OU PENICILINA G
Farmacocinética
o Adm IM
o VO podem sofrer inativação pelo suco gástrico
o Alimento retarda a absorção (2-3 h antes ou depois)
o IM: níveis plasmáticos 15 a 30 min
o Distribuição ampla e ligação a proteínas (60%)
o Excreção renal (90% urina)
Espectro antibacteriano
o Antibiótico de 1ª escolha para muitas infecções
o Indicações clínicas
Estreptococos beta-hemolíticos (faringite)
Pneumonia pneumocócica, meningite meningocócica, endocardite estreptocócica, leptospirose,
erisipela.
Desvantagens
o Eliminação rápida, instabilidade meio ácido, sensibilidade a penicilases, espectro não atinge muitas
bactérias Gram -, indução de reações alérgicas
Posologia
o Benzilpenicilina potássica
Adultos e crianças (> 12 anos) – 1.600.000 a 3.200.000 UI/dia
Crianças (< 12 anos) – 40.000 a 80.000 UI/dia
o Benzilpenicilina potássica IM ou IV
Grandes doses via IV (dose e via dependem da infecção)
o Penicilina G procaína (IM)
600.000 a 1.200.000 UI/dia
o Penicilina G benzatina (IM)
Adultos 1.200.000 UI dose única; crianças >12 anos 600.000 UI
RN e < 27 kg – dose única 50.000 UI/kg
PENICILINA V
Farmacocinética
o Vantagens em relação à penicilina G
Não é inativada pelo suco gástrico
Presença de alimento não dificulta sua absorção
o Menos ativa contra gram -
Indicações
o Faringite e pioderma estreptocócico
o Infecções brandas do trato respiratório superior
Posologia
o Adultos: 125 a 500 mg 4x / dia
Insuficiência renal grave – dose não deve exceder 250 mg (6h)
o Crianças: 25 a 50 mg / kg / dia (6, 8 h)
Cliacil, Pen-Ve-Oral
PENICILINAS PENICILASES-RESISTENTES:
OXACILINA
Adm. VO, IM, IV
o Resiste ao suco gástrico, pouca absorção TGI
o Alimentos interferem na sua absorção
o Bem distribuída, eliminação renal
Indicações
o Infecções brandas, moderadas e graves por S. aureus
o Infecções da pele, trato respiratório, urinário e articulações
Toxicidade
o Comum às penicilinas
o Não há necessidade de ajuste posológico para pacientes nefropatas
AMPICILINA
Farmacocinética
o Resistente ao suco gástrico, sensível às beta-lactamases
o Adm. VO, IV, IM - absorção TGI até 50%
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AMOXICILINA
Farmacocinética
o Resistente ao suco gástrico, sensível às beta-lactamases
Associação ao Clavulin: resistente a beta-lactamase
o Absorção TGI até 95%
Alimento não reduz absorção
o Eliminação renal 70% inalterada
Espectro similar ao da ampicilina
o Menor atividade contra espécies de Shiguella
o Inativada por beta-lactamases produzidas por S. aureus e várias enterobactérias como Salmonella sp
PENICILINAS ANTI-PSEUDOMONAS:
CARBENICILINA
Sensível a beta-lactamases e ao suco gástrico
Interações com aminoglicosídeos
Farmacocinética
o Via parenteral (não é absorvida após administração oral)
Espectro
o Maioria dos cocos gram + e gram –
Menos potente que benzilpenicilina e ampicilina
o Muitas cepas de Enterobacter, Escherichia coli, Salmonella
o Maior vantagem – atividade contra Pseudomonas aeruginosa
Toxicidade
o Reações anafiláticas, convulsões (doses IV altas)
Indicações
o Infecções por P. aeruginosa (meningite, otite, pneumonia, endocardites e infecções urinárias)
o Infecções sistêmicas causadas por enterobactérias, Escherichia coli
CARBAPENÊMICOS:
IMIPENEM
Maior espectro de todos os beta-lactâmicos
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Adm. parenteral
Atua ligando-se a proteínas que se ligam a penicilinas
o Atuam em gram + e –
o Resistente a beta-lactamases
Espectro
o Maioria das bactérias gram +
o Staphylococcus aureus (não produtores de penicilase)
o Streptococcus pneumoniae e beta-hemolíticos
o Bactérias aeróbicas (Neisseria meningitidis, N. gonorrhoeae, H. influenzae)
o Enterobactérias (Escherichia coli, Klebisiella, Salmonela)
o Potente contra anaeróbios (clostrídios, Bacteroides, Fusobacterium)
Toxicidade
o Bem tolerados
o Similar às penicilinas
o Náusea, vômito, tontura
o Convulsões em pacientes com predisposição
Indicações
o Infecções da pele, respiratórias, intra-abdominais, ginecológicas, genitourinárias
o Gram +, bacilos aeróbicos gram - e bactérias anaeróbicas.
AZTREONAM
Grande atividade contra aeróbios gram -
Grande estabilidade na presença de beta-lactamases
Adm. IV ou IM
Ação interferindo na biossíntese da parede bacteriana
Efeitos colaterais
o Dor e flebite após administração
o Desconforto GI, náuseas, vômito, diarréia
Indicações
o Infecções graves por bacilos aeróbicos gram -
2 - CEFALOSPORINAS
Primeira geração (cefalotina, cefapirina, cefalexina)
o Maioria dos estafilococos (S. aureus)
o Maioria dos estreptococos
o Enterococos são resistentes
Segunda geração (cefoxitina, cefaclor)
o Mais ativa para gram -
o Muito mais ativos para H. influenzae
o Sem atividade contra Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter, B. fragilis
Terceira geração (ceftazidima, cefotaxina, ceftriaxone)
o Maior atividade contra bacilos gram -
o Grande atividade contra enterobactérias e pseudomonas
o Apesar da resistência a beta-lactamases
Eficácia pode ser limitada pelo surgimento de resistência bacteriana
Resulta em bactérias multirresistentes
Quarta geração (cefepime, cefpiroma)
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FARMACOCINÉTICA
Absorção
o Cefalexina: bem absorvida VO
o Outras cefalsoporinas
Má absorção GI – necessidade de via parenteral
Cefazolina mais usada IM – menos dolorosa
Cefalotina e cefepirina (IV)
Distribuição
o Melhor distribuição - cefazolina
o Ultrapassam a placenta, penetram no líquido sinovial
o 1ª e 2ª gerações: baixa penetração no líquor
o 3ª geração: penetra no líquor
Preferenciais para meningites por bastonestes gram -
INDICAÇÕES
Tratamento de infecções por gram + em pacientes alérgicos a penicilina
o Septicemia estafilocócica, endocardite bacteriana, osteomielite
Infecções por bacilos gram -
o Escherichia coli, Klebisiella, Proteus mirabilis
o Prática: uso em infecções urinárias e hospitalares
3 - MACROLÍDEOS:
ERITROMICINA
Adm. VO e parenteral
o Apresentação em forma de sais ou ésteres
Surgimento de derivados semi-sintéticos
o Modificações na estrutura da molécula
o Maior espectro e melhor farmacocinética
o Azitromicina e claritromicina
Farmacocinética
o Boa absorção pelo TGI
o Inativação pelo suco gástrico
Drágeas com revestimento
Cápsulas contendo grânulos revestidos
o Presença de alimento aumenta a acidez
Retarda a absorção
o Ampla distribuição
Exceto cérebro e CSF
o Excreção: bile, fezes, urina, leite materno, placenta
Baixas concentrações na forma ativa
Mecanismo de ação
o Inibição da síntese protéica bacteriana
Impede o crescimento da cadeia peptídica
o Bacteriostático ou bactericida
Dependente da dose, concentração da droga, sensibilidade e taxa de crescimento do organismo
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80
Espectro de ação
o Gram + e -, micoplasma, clamídias, treponemas e riquétsias
o Gram +
Estreptococos dos grupos A, B, C e G
Streptococcus pneumoniae
Estafilococos
o Gram -
Neisseria gonorrheae
Campilobacter jejuni
Anaeróbios geralmente resistentes
Resistência
o Redução na permeabilidade da droga
o 40% Haemophilus influenzae, E. coli, Klebisiella sp, e Enterobacter resistentes
Indicações clínicas
o Pneumonia
Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophilla, Chlamydia pneumoniae e Chlamydia
trachomatis
o Conjuntivite e infecções pélvicas
Chlamydia
o Gastroenterites por Campilobacter jejuni
Quinolonas são preferenciais
o Tétano, sífilis, linfogranuloma venéreo, uretrites
Pacientes alérgicos a penicilina
Interações
o Elevações dos níveis de teofilina (broncodilatador)
o Uso concomitante com antiarrítmicos (taquicardia)
o Parece potencializar efeitos de outras drogas
Digoxina
Carbamazepina
Corticosteróides
o Interferência no metabolismo
Efeitos adversos
o Baixa toxicidade
o Doses altas
Mal estar epigástrico, cólica abdominal, náuseas, vômitos e diarréia
o Reações alérgicas pouco comuns: eosinofilia e febre
o Hepatite colestática
o Surdez transitória
o Alterações cardiovasculares raras: arritmias e taquicardia
o Tromboflebite (via parenteral)
CLORANFENICOL
Succinato de cloranfenicol
o Solúvel em água
o Hidrólise nos tecidos
Farmacocinética
o Adm. VO
TETRACICLINAS
Atividade antimicrobiana
o Bacteriostáticos para gram + e -
o Alguns anaeróbios, riquétsias, clamídias
Farmacocinética
o Absorção irregular no TGI
VO: permanência na luz intestinal excreção
Ligação com cátions divalentes prejudica absorção: leite e antiácidos
o Via parenteral
o Ligação a proteínas 40 a 80%
o Ampla distribuição nos tecidos e líquidos corporais
o Atravessam a placenta
o Secreção no leite materno
o Excreção bile e urina
Mecanismo de ação
o Penetram no microorganismo
o Células sensíveis
Concentração do fármaco
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Resistência
o Transmissão por plasmídios
o Uso disseminado X resistência
Indicações
o Mycoplasma pneumoniae, clamídias, riquétsias
o Infecções trato respiratório: bronquite e sinusite
o Cólera
o Infecções por clamídias
o Infecções urinárias, exacerbações da bronquite e leptospirose
Efeitos adversos
o Toxicidade direta do fármaco
o Alterações da flora bacteriana
o TGI
Náusea, vômito, diarreía
Alterações na flora
Distúrbios da função intestinal, prurido anal, candidíase
o Ossos e dentes
Durante a gravidez: depósito nos dentes em formação e deformidades ou inibição do crescimento
dos ossos.
o Hepatotoxicidade
o Toxicidade renal
4 - AMINOGLICOSÍDEOS
GENTAMICINA
Boa atividade em pH ácido e alcalino
Atividade antibacteriana:
o Gram -: Escherichia coli, enterobacter, Shigella, salmonella, Pseudomonas aeruginosa
o Gram +: estafilococos
Farmacocinética:
o Pouco absorvida VO
o Boa absorção IM
o Excreção: forma ativa (filtração glomerular)
o Pomadas e cremes = absorção variável
Posologia e vias de administração:
o Via parenteral e tópica
o IM e IV = doses de 3 a 5 mg / Kg / dia
Efeitos adversos:
o Náuseas, vômitos, cefaléia, proteinúria transitória, elevação do N plasmático, aumento de
transaminases
o Ototoxicidade:
Ocorre em 2% dos pacientes
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ESTREPTOMICINA
Solúvel em água
Espectro de ação
o Ativa contra Gram – e +
o Ativa contra o bacilo da tuberculose
o Bacteróides, clostrídios e riquétsias – resistentes
Atua por inibição da síntese da parede celular
Farmacocinética
o Via IM
o Liga-se 35% a proteínas
o 30% inativadas pelo organismo
o Excreção renal; bile – pequena quantidade
o Importância na tuberculose: concentra-se no pulmão
Esquema terapêutico da tuberculose
NEOMICINA
Infecções intestinais
o Shigella e E. coli
Cremes e pomadas
o Associada a corticosteróides e outros antibióticos
Atividade contra Gram + e -
REFERÊNCIAS
KATZUNG, BERTRAM G. Farmacologia básica e clínica. 9ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan,
2005.
RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTE, J. M. Farmacologia. 5ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997,
692p.