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BASES DE FARMACOLOGIA

E COSMETOLOGIA

UNIDADE I
INTRODUÇÃO
À FARMACOLOGIA
Elaboração
Marcus Vinícius Dias Souza

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4

UNIDADE I
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA...............................................................................................5

CAPÍTULO 1
FARMACOLOGIA GERAL – CONCEITOS FUNDAMENTAIS....................................................... 5
CAPÍTULO 2
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS......................................................................................... 12
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................15
INTRODUÇÃO
O presente Caderno de Estudos e Pesquisa foi elaborado com o objetivo de propiciar
conhecimento e direcionamento para os estudos em Farmacologia e Cosmetologia. A
disciplina visa a oferecer a fundamentação teórica necessária para a prescrição cosmética,
considerando a elaboração adequada do prontuário, o veículo, as incompatibilidades,
o pH, entre outros aspectos.

Cada capítulo foi pensado com base nas horas que você dedica ao trabalho destinado
às atividades educativas, bem como às práticas desenvolvidas no ambiente universitário.
No entanto, você é protagonista da história que estamos construindo, portanto, tenha
este caderno como direção, mas não se limite a ele.

A Farmacologia é uma ciência biomédica que estuda o comportamento de moléculas


ativas com finalidade de diagnóstico, cura ou tratamento de doenças. A Cosmetologia
é uma ciência farmacêutica que estuda o desenvolvimento de produtos para limpar,
alterar a aparência, perfumar e/ou corrigir odores corporais. Como integrar essas ciências,
a princípio tão antagônicas, para o estudo dos cuidados com condições inestéticas?

Basicamente, os conceitos de Farmacologia são aplicáveis em Cosmetologia: os


ingredientes cosméticos possuem mecanismos de ação semelhantes aos da pesquisa
com fármacos. Conhecimentos de Farmacologia são importantes para uma visão
ampliada e segura durante o planejamento da prescrição cosmética, especialmente
porque estamos tratando de prontuários individualizados, já que cada paciente é único
em suas necessidades estéticas.

Tendo em vista que nem sempre a disciplina Farmacologia é ofertada nos cursos
superiores da área da saúde, recomenda-se ao estudante que consulte as literaturas
referenciadas no fim do Caderno de Estudos para complementar conceitos e visualizar
mais exemplos práticos. Bons estudos!

Objetivos
» Estudar os elementos essenciais da Farmacologia Geral com suas bases moleculares.

» Observar o comportamento das substâncias ativas no organismo.

» Conhecer os elementos fundamentais de Cosmetologia.

» Elaborar corretamente a prescrição cosmética.

» Conhecer como funcionam os principais ingredientes cosméticos para vários


aspectos inestéticos, suas propriedades químicas e interações.

» Elaborar formulações individualizadas para cuidados cosméticos.

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INTRODUÇÃO À
FARMACOLOGIA
UNIDADE I

Capítulo 1
FARMACOLOGIA GERAL – CONCEITOS
FUNDAMENTAIS

1.1. Conceitos fundamentais


A Farmacologia é a ciência que estuda os mecanismos de ação das substâncias utilizadas
para diagnóstico, tratamento ou cura de doenças. Ela se dedica a entender como uma
substância é absorvida, como se dá a interação em seu sítio de ação, etapas de sua
biotransformação, todo o rearranjo do organismo para que ela seja eliminada.

O fármaco é uma droga que tem uma estrutura química já definida e, devido a imensos
estudos, são conhecidos os seus efeitos no organismo. Tem como finalidade o uso para
um efeito benéfico no organismo, como alívio da dor ou diminuição da inflamação. No
entanto, a droga pode causar um efeito diferente, como provocar efeitos tóxicos no
corpo humano. Pensando assim, podemos chegar à conclusão de que todo fármaco é
uma droga, mas nem toda droga é um fármaco.

A expressão “tratamento cosmético” é erroneamente utilizada entre profissionais do


ramo, considerando que apenas os fármacos, nas formulações de medicamentos,
são agentes de tratamento de doenças.

Medicamentos são produtos feitos a partir de fármacos que têm como objetivo um efeito
benéfico. São produzidos para fins comerciais com finalidade terapêutica. Para tanto,
essa produção não é de forma desordenada; existem normas e controle da fabricação
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e supervisão dos processos de
produção por um farmacêutico.

Remédio tem um conceito um pouco mais amplo, pois abrange qualquer coisa que
faça o indivíduo se sentir melhor, desde um medicamento até uma massagem ou uma

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UNIDADE I | Introdução à Farmacologia

fisioterapia. Abrange fés e crenças, como a bênção de um pastor, ou o trabalho de uma


benzedeira, desde que faça o indivíduo se sentir melhor. Preparações caseiras também
são consideradas remédios, mas não medicamentos, como um chá, uma compressa.
Ou seja, os benefícios ao indivíduo podem vir de várias formas, por meio de métodos
químicos (medicamentos), físicos (massagem, radioterapia), preparações caseiras ou
qualquer outro procedimento. Com isso, podemos concluir que: todo medicamento é
um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento.

Outros componentes são colocados para melhorar a estabilidade, o sabor, facilitar a


administração e dar volume ao medicamento, entre outras funções. São chamados
de adjuvantes e são eles que dão forma e estado final ao medicamento e à sua forma
farmacêutica. Um mesmo princípio ativo, por exemplo, um diclofenaco de sódio,
pode ser apresentado em várias formas farmacêuticas distintas para diferentes vias de
administração ou na mesma via.

As substâncias usadas na fórmula para atingir a forma farmacêutica desejada, tendo


como função dissolver, criar uma suspensão, ou misturar os outros ingredientes para
facilitar a administração e dar volume e forma, podem ser chamadas de veículos
ou excipientes. Veículo é o nome dado à parte líquida da fórmula em que serão
dissolvidos o princípio ativo e os outros componentes da formulação; já excipiente é
o componente sólido, que não terá ação nenhuma no corpo, mas será o responsável
por dar volume e forma ao medicamento; geralmente esse excipiente é o talco
farmacêutico.

Os comprimidos são a forma farmacêutica mais comumente encontrada e quase todos


os fármacos estão nessa forma. O comprimido nada mais é que uma mistura de pós
e/ou grânulos, contendo o fármaco e seus adjuvantes, tudo passado por um processo
de compressão. Como exemplos de formas farmacêuticas sólidas temos ainda drágeas,
cápsulas, óvulos, pastilhas e supositórios.

Vamos conhecer as formas farmacêuticas semissólidas. São elas: pomadas, cremes, géis,
pastas, cataplasmas, emplastros.

Por via oral, a maioria das soluções líquidas é mais usada para crianças e idosos, devido
à fácil administração e deglutição quando comparadas a cápsulas e comprimidos.
Por serem líquidas, também admitem a variação de dosagem pela mudança do volume
a ser administrado. Exemplos de formas farmacêuticas líquidas: colírios, xaropes, elixires,
soluções injetáveis e emulsões.

Outras preparações podem ser encontradas entre as formas farmacêuticas. Existem


algumas diferenciadas, que não se enquadram em nenhuma das formas anteriormente

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citadas como aerossóis, sprays, adesivos transdérmicos, sabonetes, pirulitos


medicamentosos, chocolates com nutracêuticos, sorvetes entre outras.

Cosméticos podem ser considerados remédios?

Cosméticos não possuem finalidade terapêutica, portanto, não são remédios.

1.1.1. Farmacocinética – visão geral

A Farmacocinética é a parte da Farmacologia que estuda o comportamento do organismo


em relação ao fármaco, isto é, o que o organismo faz com o fármaco, como ocorre seu
processamento em termos de:

1. absorção;

2. metabolização;

3. distribuição;

4. eliminação do organismo.

Absorção: é como a substância ativa passa do local onde foi administrada para a
corrente sanguínea, sem que haja a sua desintegração.

Os cosméticos não possuem ação terapêutica, não são absorvidos pela pele.
Outro aspecto importante é que as moléculas ativas geralmente são muito grandes
para passar pela pele.

Metabolização: processo em que ocorrem reações químicas, tornando a molécula


realmente ativa e/ou mais facilmente absorvida, geralmente conferindo-lhe caráter
mais hidrossolúvel. O metabolismo dos medicamentos é a alteração química de
um medicamento promovida pelo corpo. Alguns medicamentos são alterados
(metabolizados) quimicamente pelo corpo. As substâncias resultantes do metabolismo
(metabólitos) podem ser inativas, ter uma ação terapêutica ou uma toxicidade
semelhante ou diferente do medicamento original.

Como estudaremos os cosméticos de uso interno, torna-se relevante abordar alguns


aspectos sobre o metabolismo hepático:

Alguns medicamentos são administrados em uma forma de metabólitos que necessitam


ser metabolizados (pró-medicamentos) para se tornarem ativos e, assim, terem os
efeitos desejados.

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É no fígado que os pró-medicamentos são convertidos em metabólitos ativos ou os


medicamentos ativos em formas inativas, pelas enzimas ali presentes.

O principal mecanismo do fígado para metabolizar medicamentos é através de um grupo


específico de enzimas do citocromo P-450. É a quantidade dessas enzimas que controla
a taxa de metabolização dos medicamentos. As enzimas têm uma capacidade limitada
de metabolização, elas podem ficar sobrecarregadas quando os níveis sanguíneos de um
medicamento ficam altos. Alguns fatores podem alterar as enzimas do citocromo P-450.
Se as enzimas forem afetadas ao ponto de diminuírem a quebra de um medicamento,
esse medicamento poderá ter o seu efeito aumentado, bem como os seus efeitos
colaterais. Agora, se o contrário acontecer, os efeitos desse medicamento serão
reduzidos, efeito chamado de indução. O resultado da indução leva a um aumento na
produção de metabólitos tóxicos.

Os recém-nascidos têm dificuldade de metabolizar certos medicamentos, por não terem


esse sistema de enzimas totalmente competente. Já os idosos têm essa capacidade
enzimática reduzida. Esses dois grupos precisam de doses menores por quilo de peso
corporal do que os jovens adultos e adultos de meia-idade.

Variações genéticas podem aumentar o risco de uma pessoa apresentar efeitos colaterais
de um medicamento e também lesões hepáticas.

Ocorre também o metabolismo de primeira passagem – fenômeno do metabolismo dos


fármacos no qual a concentração do fármaco é significantemente reduzida (e inativada)
pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica.

O efeito de primeira passagem é um evento positivo ou negativo? Em que situações


é positivo ou negativo?

Eliminação: todos os medicamentos são eliminados do organismo em algum momento,


intactos ou metabolizados. A maioria é eliminada pelos rins na urina. Alguns são
eliminados na bile. Também podem ser eliminados pelo suor, saliva, leite materno e ar
expirado.

Distribuição: após a absorção, o fármaco é levado até o seu alvo através da corrente
sanguínea. O fármaco pode, então, se distribuir do líquido extracelular (plasma) para
os líquidos intersticial e intracelular devido a propriedades tanto do organismo,
quanto propriedades físico-químicas da substância. Alguns fatores como o fluxo
sanguíneo, lipossolubilidade e redistribuição podem afetar a distribuição desse fármaco.
Essa ligação a proteínas plasmáticas deve ser fraca e reversível, uma vez que uma

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substância fortemente ligada a essas proteínas tem pouco acesso a locais de ação
intracelulares. Devido à barreira hematoencefálica, fármacos apresentam dificuldade
de acessarem o SNC.

Chamamos de biodisponibilidade a estimativa da velocidade e tempo gasto para uma


molécula chegar na corrente sanguínea, bem como qual a quantidade disponível.

Pesquise o que são pró-fármacos e qual a vantagem desse tipo de molécula sobre
os fármacos comuns.

São fatores que influenciam o sucesso terapêutico:

» forma farmacêutica administrada;

» como ocorreu a administração (via oral, via tópica, injetável – intramuscular,


intravenosa etc.);

» forma de movimento do fármaco no organismo.

A forma de movimento do fármaco no organismo está relacionada ao modo como a


molécula ativa entra na célula. São os três movimentos principais:

1. difusão (passagem) simples direta pela membrana, sem gasto de energia na forma
de ATP, comum para moléculas lipossolúveis;

2. difusão facilitada por canais iônicos (canais formados por proteínas carreadoras
que levam a molécula de fora para dentro da célula), sem gasto de energia;

3. transporte ativo por meio de canais proteicos, com gasto de energia.

1.1.2. Farmacodinâmica – visão geral


A Farmacodinâmica é a parte da Farmacologia que estuda como os medicamentos
afetam o organismo, quais as modificações são desencadeadas – o mecanismo de ação.

Um fármaco precisa chegar em um alvo que consiste um local específico, em nível


molecular, onde o fármaco irá agir. Os principais alvos são:

» enzimas (podem ser inibidas ou ter sua atividade aumentada);

» moléculas transportadoras (podem ser bloqueadas ou ter sua atividade aumentada);

» canais iônicos (podem ser abertos ou fechados);

» receptores específicos: locais de ligação de substâncias endógenas onde fármacos


com estrutura química semelhante às substâncias endógenas se ligam.

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Quanto à ação nos receptores, pode ocorrer ligação do fármaco para simular o efeito
de uma substância endógena, no intuito de aumentar o efeito fisiológico causado por
esta, ativando o receptor e cascatas de sinalização dentro da célula. A esses fármacos
dá-se o nome de agonista.

Exemplo: o corpo libera naturalmente adrenalina na corrente sanguínea, que se liga


a seus receptores específicos em determinados órgãos. Existem moléculas para o
tratamento da asma, por exemplo, que possuem estrutura semelhante à da adrenalina,
para ligar-se aos mesmos receptores apenas nas vias aéreas e ativá-los, causando
dilatação para maior passagem de ar.

Podemos promover um sinergismo entre fármacos. Isso acontece quando associamos


na administração duas ou mais moléculas. Estas possuem a capacidade de potencializar
um único efeito, por mecanismos semelhantes ou diferentes. Para a acne, podemos
utilizar ativos diferentes com ação adstringentes e, assim, a produção de sebo pelas
glândulas sebáceas é diminuída mais eficazmente.

Os fármacos que se ligam a um receptor para bloquear a ação das substâncias endógenas
são chamados de antagonistas.

Natureza da atividade farmacológica: são diferenças existentes para receptores de


ação reguladora sobre funções fisiológicas. São classificadas em:

» antagonismo competitivo: quando duas substâncias disputam a ligação pelo


mesmo alvo. Vence a que tiver o melhor perfil químico para se ligar ao alvo;

» antagonismo químico: ocorre alteração da estrutura química de um fármaco, o


que causa perda da função original;

» antagonismo fisiológico: ocorre alteração da função de um fármaco por outro,


sem alteração da estrutura química;

» antagonismo farmacocinético: ocorre alteração dos parâmetros farmacocinéticos


(absorção, metabolismo, distribuição, excreção) de um fármaco por outro.

Como prevenir erros de prescrição conhecendo a natureza da atividade


farmacológica das substâncias?

É preciso um olhar farmacoterapêutico a fim de não administrar substâncias antagônicas,


pois estas teriam seus efeitos de certa forma anulados. Um efeito conhecido como
taquifilaxia – perda do efeito do fármaco – tem um risco de ocorrer quando esse
medicamento é administrado repetidamente, continuamente, pois este pode sofrer
alterações ou perder os alvos no organismo.

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Não é o mesmo caso da adaptação fisiológica. Esta caracteriza-se pela redução do


efeito de um fármaco devido à condição de homeostase que o organismo busca, o que
gera tolerância ao fármaco.

Como aplicar esses conceitos de farmacodinâmica em cosmetologia?

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Capítulo 2
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS

O processo inflamatório é uma resposta do organismo que se inicia nos vasos sanguíneos
em direção aos tecidos quando há lesão por qualquer agente etiológico. A inflamação
é benéfica, pois busca proteger o organismo através de mecanismos para destruição
e eliminação do agente etiológico, ao mesmo tempo em que busca o reparo da área
afetada.

Os processos inflamatórios precisam ser controlados, uma vez que, se forem exacerbados,
causam doenças como processos dolorosos, alergias, autoimunidades e destruição
tecidual. Temos disponíveis para o controle da inflamação os anti-inflamatórios não
esteroidais e os esteroidais.

São identificadas três fases principais da inflamação, porém estas não ocorrem numa
sequência fixa, elas podem existir simultaneamente.

1. Fase aguda de fenômenos vasculares: ocorre vasodilatação, aumento do fluxo


sanguíneo e da permeabilidade vascular, com extravasamento de proteínas e
outras biomoléculas.

2. Fase tardia: ocorre infiltração de células do sistema imune como neutrófilos e outros
fagócitos por diapedese e migração dessas células para o local da inflamação, para
captura e destruição do agente causador da inflamação.

3. Fase de degeneração tecidual com fibrose.

O conhecimento das principais substâncias envolvidas na inflamação torna-se importante


para os estudos de farmacologia e cosmetologia, considerando que, conhecendo como
mediam os processos inflamatórios, pode-se planejar melhor os cuidados cosméticos
para diversas condições inestéticas associadas à inflamação, como a acne e as cicatrizes.

Independentemente se o agente etiológico é uma bactéria, um corpo estranho


ou radiação, os mediadores da inflamação dão uma uniformidade aos processos
inflamatórios.

Como é possível existirem diferentes tipos de inflamação se o processo é uniforme,


considerando que os mediadores envolvidos são geralmente os mesmos?

A depender da doença (ex.: alergias, neoplasias malignas, psoríase), apesar dos


mediadores serem quimicamente semelhantes, as associações fisiologicamente
programadas variam, inclusive em quantidade.

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Principais mediadores dos processos inflamatórios:

» Histamina: encontrada pré-formada na maioria dos tecidos corporais, tem sua


ação condicionada aos receptores onde se liga, a saber:

› Receptores H1 (várias regiões corporais): contração da musculatura lisa,


brônquios, bronquíolos; edema, eritema, prurido, aumento da secreção de
muco e da permeabilidade de capilares; indução de vômito.

› Receptores H2 (estômago): estimula a secreção de suco gástrico.

» TXA2 (Trombxano A2): faz vasoconstrição e estimula a agregação plaquetária.

» Fator de Agregação Plaquetária (PAF): estimula a agregação plaquetária, é


vasodilatador, aumenta a permeabilidade vascular e tem ação quimiotática (atração)
de células imunológicas para o local da inflamação.

» Bradicinina: ação vasodilatadora, aumenta a permeabilidade vascular, estimula a


contração do intestino.

Em que situações, ao se tratar de inflamação, é importante que haja contração do


intestino?

Em casos em que há parasitoses intestinais envolvidas, a contração do intestino é


importante para a eliminação do parasita nas fezes.

2.1. Prostaglandinas
» PGE2: reduz o limiar da nocicepção, tem ação sinérgica com substâncias
que causam dor por estimulação das terminações nervosas, causa febre e
broncoconstrição.

» PGI2: tem ação vasodilatadora e antiagregação plaquetária.

2.1.1. Leucotrienos
» LTB4 (leucotrieno B4): promove adesão, ativação e proliferação de células
imunológicas.

» LTC4 (leucotrieno C4): broncoconstritor.

» LTD4 (leucotrieno D4): vasodilatador.

» LTE4 (leucotrieno E4): vasoconstritor.

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UNIDADE I | Introdução à Farmacologia

Como o organismo organiza o processo inflamatório, considerando que alguns


mediadores possuem ações antagônicas?

A organização é regida pela programação do sistema imune; quando há falhas no


controle da imunidade, podem ocorrer doenças como as autoimunidades.

Pesquise nos tratados de imunologia os detalhes sobre as células e as substâncias


de origem imunológica envolvidas na inflamação. Você verá que é um processo
fascinante, apesar de complexo.

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São Paulo: Pharmabooks, 2009.

Tabela 2 – Prescrição Cosmética – elaborada pelo autor, 2013.

Tabela 3 – Modelo de Ficha de Registro de Acompanhamento de Pacientes – elaborada pelo autor, 2013.

Tabela 4 – Extratos Vegetais – elaborada pelo autor, 2013.

Tabela 5 – Manteigas Vegetais – elaborada pelo autor, 2013.

Tabela 6 – Óleos e Extratos Oleosos – elaborada pelo autor, 2013.

Tabela 7 – Extratos Glicólicos – elaborada pelo autor, 2013.

Tabela 9 – Óleos Essenciais – elaborada pelo autor, 2013.

Tabela 9 – Esfoliantes Físicos – elaborada pelo autor, 2013.

Tabela 10 – Tabela de Profundidade de Pellings – elaborada pelo autor, 2013.

Figura 1 – Esquema de Nutricosméticos, Cosmecêuticos e Nutracêuticos – elaborada pelo autor, 2022.

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