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Prescrição e Legislação

Relacionada aos
Fitoterápicos
PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS

A prescrição médica de fitoterápicos é feita para curar ou


amenizar doenças ou sintomas.

A maioria das prescrições médicas de “preparações


caseira” são feitas de forma oral ou em receitas cm as
denominações populares e a nomenclatura cientifica.

Na atualidade, com a comprovação cientifica do grande


potencial terapêutico de muitas plantas medicinais, o
fitoterápico passa a ater indicações e prescrição
semelhante aos demais medicamentos.

Ao prescrever fitoterápicos deve-se basear principalmente


na comprovação cientifica de sua eficácia, segurança e
efetividade
.
Na ausência de comprovação cientifica, usa-se os
conhecimentos populares mais antigos e comuns.

É importante investigar se a indicação das plantas é algo


antigo e que se mantem ao longo do tempo; se é usada
com esta indicação em muitos lugares e por muitas pessoas
e se os relatos de seu uso corroboram com sua eficácia e
segurança.
.
PRESCRIÇÃO PROPRIAMENTE DITA

Nomenclatura cientifica: deverá contar o gênero, o


epiteto especifico e s família a que pertence

Nome popular: deverá ser escrito ao lado do nome


cientifico, de forma clara. Ex: Lipia alba (Erva cidreira)

Modo de usar: explicar a via de uso do fitoterápico

Uso interno: para chás, sucos, sumos, xaropes, tinturas e


alcoolatura

Uso externo: para compressas, cataplasma, emplasto,


unguentos e pomadas

Modo de preparo: deverá ser feita uma descrição


detalhada quando se prescrever preparados fitoterápicos
para serem feitos em casa

Posologia: a quantidade, número de vezes ao dia e a


duração do tratamento deverá ser esclarecida OBS:
observar os cuidados especiais com idosos e crianças 
Administração: deve-se observar situações especiais,
descrevendo-as com clareza

Local de aplicação: nos casos de uso externo, deixar


explícito em que parte do corpo deverá ser aplicado o
medicamento
Temperatura: nos produtos de manipulação caseira
detalhar, por exemplo, se o chá deverá ser tomado frio,
morno ou quente

Relação com os hábitos: nos casos em que a


administração do fitoterápico exija condições apropriadas,
deverá constar na prescrição Ex: não fazer inalação ou
compressa quente em ambiente com corrente de ar

Internações medicamentosas: as interações de


fitoterápicos com medicamentos sintéticos ou
homeopáticos poderão resultar em potencialização de uma
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Plantas ricas em cânfora atuam como antídotos para a ação


do medicamento homeopático

A aspirina tomada com chá de sabugueiro leva a uma


potencialização da ação antitérmica, podendo levar a
hipotermia grave, sobretudo em crianças

As cápsulas de alho não devem ser consumidas com


anticoagulantes orais e aspirina. Uma outra interação é que
estas também podem reduzir a atividade dos antivirais
usados no tratamento da AIDS

O gengibre (Zingiber officinale) que reduz náuseas e cólicas


não deve ser utilizado com medicamentos anticoagulantes

O chá verde (Camellia sinensi) que atua como antioxidante


e hipocolesterolêmico, não deve ser usado junto com
drogas vasodilatadoras coronarianas ou com a
broncodilatador pulmonar

A valeriana (Valeriana officinalis), utilizada no tratamento da


insônia e ansiedade pode aumentar os efeitos adversos dos
benzodiazepínicos, reduzir a biodisponibilidade dos
fármacos e provocar hemorragias graves quando utilizada
juntamente com anticoagulantes orais e antiplaquetários
São descritas interações da Kava-kava com depressores do
SNC como etanol, benzodiazepínicos e anti-histamínicos
que, quando utilizados concomitantemente provocam
potencialização dos efeitos depressores caracterizados por
sedação, cansaço e diminuição dos reflexos
CONTRA-INDICAÇÕES

Crianças até 1 ano: salvo aquelas plantas


reconhecidamente sem efeitos tóxicos e adversos

Idosos: excluir plantas de ação reconhecidamente


hepatotóxica, nefrotóxica e hemorrágica

Gestantes: não devem usar. Os taninos são abortivos. As


plantas com intenso sabor amargo são abortivas, em sua
maioria

Outros grupos a considerar: diabéticos, portadores de


insuficiência renal, hepática ou cardíaca
LEGISLAÇÃO RELACIONADA AOS FITOTERÁPICOS

Normas oriundas do aparelho estatal definem parâmetros


relacionados aos medicamentos fitoterápicos

Como qualquer medicamento, estão sujeitos às normas


gerais que regulamentam a pesquisa, o registro, a
produção, a comercialização e o consumo dos
medicamentos

Algumas normas merecem que sejam ressaltadas

Resolução 196/96, do CNS: regularmente as pesquisas com


seres humanos

Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº33 de 19 de abril


de 2000: aprova o regulamento técnico sobre bas práticas
de fabricação e controle

Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 8/2004: da agência


nacional de vigilância sanitária, que dispões sobre o registro
de medicamentos fitoterápicos

Resolução- RE 88/2004 da ANVISA: estabelece a lista de


referências bibliográficas para a avaliação de segurança e
eficácia dos fitoterápicos
Resolução RE 89/2004 da ANVISA: estabelece a lista de
registro simplificado de fitoterápicos

Resolução RE 90/2004 da ANVISA: estabelece um guia para


a clínica a realização de estudos de toxicidade pré-clínica de
fitoterápicos
REGISTRO DE MEDICAMENTOS

Atividade principal pelo qual a autoridade sanitária avalia os


resultados das análises realizadas pelos fabricantes dos
produtos, em termos de sua segurança, qualidade e
eficácia, autorizando ou não sua comercialização

Medicamentos fitoterápicos no SUS:

Plantas medicinais usadas pela sabedoria popular e


confirmadas cientificamente
RDC 14/10- MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS

Obtidos com emprego exclusivo de matérias – primas ativas


vegetais, cuja eficácia e segurança são avaliadas por meio
de levantamentos etnofarmalógicos, de utilização,
documentações, tecnocientificas ou evidências clínicas

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