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MÓDULO I
Conceitos Básicos,
Normas de atendimento a receituários.
Conceitos Básicos
1) Medicamentos x Remédio
1.1) Remédio
Qualquer substância ou recurso utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e
mal-estar, de substância animal, vegetal, mineral ou sintética. Podendo ser procedimentos de fé ou
crença. Exemplos: fisioterapia, acupuntura, radioterapia, psicanálise etc.
1.2) Medicamento
É uma preparação que contém uma ou mais substâncias que ao ser ingerida, injetada ou aplicada
em alguma superfície do organismo, tem a capacidade de promover uma ação terapêutica. Os
medicamentos podem ser Alopáticos, Homeopáticos, Fitoterápicos ou manipulados.
1.2.3) Similar: De acordo com a definição legal, medicamento similar é aquele que contém
o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma
farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, mas pode diferir em
características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem,
rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou
marca. Medicamento similar é o medicamento autorizado a ser produzido após prazo da
patente de fabricação do medicamento de referência ou inovador ter vencido.
1.2.4) Intercambialidade: Significa que duas coisas diferentes podem ser usadas
alternadamente com o mesmo propósito sem que o resultado seja prejudicado.
Entende-se como “produto farmacêutico intercambiável”, o que apresenta a mesma
segurança e eficácia do medicamento de referência
1.4) Placebo
É uma substância inerte ou inativa, a que se atribui certas propriedades e que, ingerida,
pode produzir um efeito que suas propriedades não possuem.
1.5) Excipiente/Veículo
São substâncias que não tem ação terapêutica no organismo, mas que compõem o
medicamento. São utilizadas para dar forma e volume ao medicamento. Os excipientes
são utilizados nas formas farmacêuticas sólidas e os veículos nas formas
farmacêuticas líquidas.
Alguns medicamentos podem ser pedidos pelo médico para fins de exames laboratoriais,
sendo assim, não tendo nenhuma ação anterior.
2.1) Comprimidos: São formas farmacêuticas sólidas que possuem formato bastante
variável geralmente obtidas pela compressão, em equipamento específico, do(s)
fármaco(s) e de adjuvantes (excipientes) adequados. Exemplos: Dipirona, Loratadina.
2.3) Cápsulas: São formas farmacêuticas sólidas em que o princípio ativo e os excipientes
estão contidos em um invólucro solúvel duro ou mole, de formatos e tamanhos variados,
usualmente contendo uma dose única do princípio ativo. Normalmente é formada de
gelatina ou amido, mas pode também ser de outras substâncias.
OBS: É essencial informar ao paciente que ele deve agitar o frasco antes de usar.
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3.3) Emulsão: São formas farmacêuticas constituídas por duas fases líquidas imiscíveis,
em geral água e óleo, e que podem apresentar consistência líquida ou semi-sólida .Ela
contém pequenas partículas de um líquido dispersas em outro líquido. Geralmente, as
emulsões envolvem a dispersão de água em óleo. É necessário agitar antes de administrar.
Exemplos: Emulsão Scott, Simeticona emulsão.
3.4) Xarope: É a forma farmacêutica aquosa caracterizada pela alta viscosidade, que
apresenta não menos que 45% (p/p) de sacarose ou outros açúcares na sua composição,
que contêm uma ou mais substâncias químicas. São usadas principalmente para
substâncias com sabor muito desagradável e também para pacientes que têm dificuldade
de ingerir comprimidos (crianças e idosos, por exemplo).
3.4) Elixir: São preparações líquidas contendo álcool, açúcar, glicerol ou propilenoglicol.
Normalmente, apresenta como característica, o sabor do álcool. São menos viscosos e,
devido à presença de certa quantidade de álcool, são menos utilizadas atualmente.
Exemplos: Galenogal elixir, Decadron Elixir.
3.5) Injetáveis: Forma farmacêuticas constituídas por soluções ou suspensões
estéreis para administração parenteral. Exemplos: Diprospan, Dexa-Citoneurin
3.6) Aerosol: Forma farmacêutica embalada sob pressão, contendo um gás propelente e
princípios ativos que são liberados após ativação de um sistema apropriado de válvulas:
Exemplos: Clenil aerosol, Aerolin spray
4.3) Gel: Forma farmacêutica semi-sólida a base de água. Possui grande quantidade de água
na sua formulação, em que o princípio ativo encontra-se solubilizado em agente gelificante pra
fornecer firmeza a uma solução. Exemplos: Hirudoid gel, reparil gel.
4.3) Supositórios: São formas farmacêuticas semi-sólidas cujo princípio ativo se encontra
incorporado, fundido e moldado, em formato cilíndrico ou ovalado destinado à aplicação retal.
Exemplos: Supositório de glicerina, Proctyl supositório.
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2.2) Com retenção de receita: Portaria 344/98
Só podem ser vendidos com a apresentação da prescrição médica, pois são indicados
para problemas de saúde considerados graves e podem causar reações adversas
acentuadas, o que faz o acompanhamento médico ser essencial. Na maioria dos
casos, podem ser comprados com uma receita simples, mas há situações nas quais é
necessária a apresentação de receituário de cor branca em duas vias, sendo que uma
delas fica retida na farmácia (medicamento controlado).
2.2.2) Tarja Preta: São de venda e uso controlado, pois exercem ação sedativa ou
estimulante sobre o Sistema Nervoso Central. O grau de riscos à saúde é elevado e, por isso,
precisam ser administrados seguindo rigorosamente a indicação médica. Fazem parte deste
grupo os psicotrópicos – que só podem ser vendidos com receituário especial de cor azul.
Receituario B2: Usado para os anorexígenos: Exemplo Sibutramina
Atenção !!!!
Muita atenção na data de prescrição, pois a validade desses receituários tem o prazo de 30
dias a partir da data de emissão.
É imprescindível, num receituário , os seguintes dados:
Deve conter o nome do paciente;
O modo de uso da(s) medicação(ões) prescritas;
O nome do profissional prescritor, acompanhado do endereço de consultório (ou residência ou
instituição onde se deu o atendimento), data, assinatura e número de inscrição no seu
respectivo Conselho Profissional.
Sua confecção fica a cargo dos profissionais e instituições e podem ter modelo variado,
respeitando as informações exigidas conforme a legislação vigente.
Pode ser utilizada para prescrição de medicamentos de uso contínuo, mas estes devem ser
limitados ao uso por 60 dias.
Nos casos de antiparkinsonianos e anticonvulsivantes pode-se dispensar o tratamento para
180 dias. Nos casos do receituário B2 e receituários A1, A2 e A3 ficam limitados 30 dias.