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FARMACOTÉCNICA I

CONCEITOS & DEFINIÇÕES

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INSUMOS FARMACÊUTICOS

Também denominados de matérias primas,


constituem os diferentes itens presentes para a
preparação de um medicamento

Insumo Excipiente /
farmacêutico veículo
“Inertes”
Material de
acondicionamen
to

Outros
dispositivos
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MEDICAMENTO = ATIVO + INERTES

Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou


elaborado, com finalidade profilática, curativa,
paliativa ou para fins de diagnóstico. ANVISA

02
MATERIAL DEACONDICIONAMENTO (EMBALAGEM)

• Embalagem Primária: É a que está em • Embalagem Secundária:


contato direto com seu conteúdo possibilita total proteção do
durante todo o tempo. material de acondicionamento nas
condições usuais de transporte,
• Ex: ampola, bisnaga, envelope, estojo, armazenagem e distribuição.
flaconete, frasco de vidro ou de
plástico, frasco-ampola, cartucho, lata, • Ex: caixas de papelão, cartuchos de
pote... cartolina, madeira ou material
plástico ou estojo de cartolina e
outros.
• Não deve haver qualquer interação
entre o material de embalagem
primária e o seu conteúdo capaz de
alterar a concentração, a qualidade ou
a pureza do material acondicionado.
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DISPOSITIVOS QUE COMPLEMENTAM O MEDICAMENTO

• Rótulo
• Bula
• Aplicador
• Seringa
• Copo dosador
• Colher dosadora
• Lacre

04
REQUISITOS DE QUALIDADE
• Segurança: isto é, ter níveis aceitáveis de toxicidade, ser
incapaz de representar uma ameaça ao usuário;

• Eficácia: isto é, que atinge os efeitos propostos;

• Qualidade: A qualidade de um medicamento se mede pela sua


capacidade de exercer o efeito terapêutico que dele se espera.

• Esses requisitos estão diretamente relacionados a


parâmetros como identidade, pureza, teor ou potência,
propriedades químicas, físicas e biológicas ou do seu processo
de fabricação

Medicamentos : falando de qualidade / Adriana Mendoza Ruiz, Claudia Garcia Serpa Osório-de-Castro ; [organizadores Gabriela Costa Chaves... et al.]. - 1.ed. - Rio de Janeiro : ABIA,
É IMPORTANTE QUE O MEDICAMENTO APRESENTE:

• Administração eficiente;
• Aceitação do paciente (sabor, odor, cor e textura);
• Embalagem eficiente;
• Rótulos e bula claros e completos;

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EM UM PRODUTO MAGISTRAL É IMPORTANTE SE QUESTIONAR

1. Qual a finalidade terapêutica do medicamento?


• Analgésico, anti-hipertensivo...

2. Quem vai usar?


• Criança, idoso, diabético...

3. Qual a via de administração?


• Oral, tópica, parenteral...
06
Tipos de medicamentos
MEDICAMENTOS
POR QUE EXISTEMAS DIFERENTES FORMAS
FARMACÊUTICAS?

• Facilitar a administração;
• Garantir a precisão da dose;
• Proteger a substância durante o percurso pelo
organismo;
• Garantir a presença no local de ação;
• Facilitar a administração de medicamentos por
pacientes especiais.
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CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS

 Os medicamentos podem ser classificados de diversas maneiras:


 Quanto ao tipo (de acordo com sua composição)
 Quanto a apresentação
 Quanto ao local de aplicação
 Quanto ao uso (interno ou externo)
 Quanto a carga microbiana
 Quanto ao registro
 Quanto a classe terapêutica
Entre outras....
CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS - TIPO

• Medicamento Simples - aqueles preparados a partir


de 1 único fármaco.
• Suspensão de Azitromicina
• Pomada de Cetoconazol

• Medicamento Composto - são aqueles preparados a


partir de vários fármacos.
• Injetável de penicilina G + Estreptomicina
• Comprimido de Ácido Acetil Salicílico + Cafeína
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS QUANTO
CONSISTÊNCIA /APRESENTAÇÃO

Líquidas
• Soluções: aquosas, alcoólicas, colírios, nasais,
otológicas, hidroalcoólicas;
• Xaropes;
• Elixir;
• Suspensões.

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CLASSIFICAÇÃODASFORMAS FARMACÊUTICAS

Sólidas
• Pós: talco, envelopes;
• Cápsulas: gelatinosas (duras e moles) e
amiláceas;
• Comprimidos;
• Comprimidos revestidos;
• Drágeas;
• Supositórios;
• Óvulos.
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CLASSIFICAÇÃODASFORMAS FARMACÊUTICAS

Semissólidas:
• Pomada
• Pastas
• Gel
• Gel transdérmico
• Creme/gel
• Emulsões (Leite, Loções
cremosas e Cremes)

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FORMAS SÓLIDAS

 PÓ (Anvisa): forma farmacêutica sólida contendo um ou mais princípios ativos secos e com
tamanho de partícula reduzido, com ou sem excipientes.
FORMAS SÓLIDAS

 GRANULADOS (Anvisa): forma farmacêutica sólida contendo uma dose única de um ou mais
princípios ativos, com ou sem excipientes. Consiste de agregados sólidos e secos de volumes
uniformes de partículas de pó resistentes ao manuseio.
PÓ X GRANULADO
Pó (“mais fino”)

Granulado (“mais grosso”)


FORMAS SÓLIDAS

 COMPRIMIDOS (Anvisa): forma farmacêutica sólida contendo uma dose única de


um ou mais princípios ativos, com ou sem excipientes, obtida pela compressão de
volumes uniformes de partículas. Pode ser de uma ampla variedade de tamanhos e
formatos, apresentar marcações na superfície e ser revestido ou não.
COMPRIMIDOS

 (sem revestimento)
COMPRIMIDOS

 Revestidos
COMPRIMIDOS

 Dispersíveis
COMPRIMIDOS

 Liberação prolongada ou liberação retardada


COMPRIMIDOS

 Efervescentes
COMPRIMIDOS

 Sublinguais
COMPRIMIDOS

 Mastigáveis
FORMAS SÓLIDAS

 DRÁGEAS: são Formas farmacêuticas recobertas por diversas camadas de açúcar, ceras e
outros adjuvantes, que conferem proteção e resistência às agressões do ácido gástrico.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
PARA O USO DE
COMPRIMIDOS, DRÁGEAS
.

 Jamais quebrar ou partir qualquer tipo de comprimidos e drágea;


 Não mastigar (com exceção dos mastigáveis);
 OS COMPRIMIDOS DEVEM SER TOMADOS SEM SOFRER MUDANÇA FÍSICA.
FORMAS SÓLIDAS

 CÁPSULAS (ANVISA): forma farmacêutica sólida na qual o(s) princípio(s) ativo(s) e/ou os
excipientes estão contidos em invólucro solúvel duro ou mole, de formatos e tamanhos
variados, usualmente contendo uma dose única do princípio ativo. Normalmente é formada de
gelatina, mas pode também ser de amido ou de outras substâncias.
FORMAS SÓLIDAS

 Cápsula

O conteúdo interno de
uma cápsula pode ser um
pó, grânulos, pellets e até
mesmo líquido.
FORMAS SÓLIDAS

 SUPOSITÓRIO (ANVISA): forma farmacêutica sólida de vários tamanhos e formatos, adaptada para introdução
no orifício retal, vaginal ou uretral do corpo humano, contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos ou
dispersos numa base adequada. Os supositórios fundem-se, derretem ou dissolvem na temperatura do corpo.
FORMAS SÓLIDAS

 ÓVULO (ANVISA): forma farmacêutica sólida de dose única que pode ter vários
formatos, mas que é usualmente ovóide. Contém um ou mais princípios ativos
dispersos ou dissolvidos em uma base adequada. Adaptado para introdução no
orifício vaginal, fundem-se, derretem ou dissolvem na temperatura do corpo.
FORMAS LÍQUIDAS

 SOLUÇÃO (ANVISA): forma farmacêutica líquida límpida e homogênea, que contém um ou mais princípios
ativos dissolvidos em um solvente adequado.

Existem vários tipos


de soluções: ELIXIR,
COLUTÓRIO,
SOLUÇÃO GOTAS,
SOLUÇÃO SPRAY,
SOLUÇÃO
INJETÁVEL.
Sabe aquele
medicamento líquido que
quando deixado em
FORMAS LÍQUIDAS
repouso ele separa o pó
do líquido?
Existem antiácidos e
antibióticos que
apresentam essa forma.

 SUSPENSÃO (ANVISA): forma farmacêutica líquida que contém partículas sólidas


dispersas em um veículo líquido, no qual as partículas não são solúveis.
FORMAS LÍQUIDAS

 SUSPENSÃO
FORMAS LÍQUIDAS

 EMULSÃO (ANVISA): forma farmacêutica líquida de um ou mais princípios ativos


que consiste de um sistema de duas fases que envolvem pelo menos dois líquidos
imiscíveis e na qual um líquido é disperso na forma de pequenas gotas (fase interna
ou dispersa) através de outro líquido (fase externa ou contínua). Normalmente é
estabilizada através de um ou mais agentes emulsificantes.
FORMAS LÍQUIDAS

 EMULSÃO
FORMAS LÍQUIDAS

 XAMPU (ANVISA): solução ou suspensão, contendo um ou mais princípios ativos, para aplicação na superfície do
couro cabeludo.
FORMAS LÍQUIDAS

 XAROPE (ANVISA): forma farmacêutica aquosa caracterizada pela alta viscosidade,


que apresenta não menos que 45% de sacarose ou outros açúcares na sua
composição. Os xaropes geralmente contêm agentes flavorizantes (que dão sabor a
formulação).
FORMAS SEMISSÓLIDAS

 POMADA (ANVISA): forma farmacêutica semissólida


para aplicação na pele ou nas membranas mucosas,
que consiste de solução ou dispersão de um ou mais
princípios ativos em baixas proporções em uma base
adequada.
FORMAS SEMISSÓLIDAS

 CREME (ANVISA): forma farmacêutica semissólida que consiste de uma emulsão, formada por
uma fase lipofílica e uma fase aquosa. Contém um ou mais princípios ativos dissolvidos ou
dispersos em uma base apropriada e é utilizado normalmente para aplicação externa na pele
ou nas membranas mucosas.
FORMAS SEMISSÓLIDAS

 GEL (ANVISA): forma farmacêutica semissólida com um ou mais princípios ativos,


que contém um agente gelificante para fornecer firmeza a uma solução ou dispersão
coloidal (um sistema no qual partículas de dimensão coloidal – tipicamente entre 1
nm e 1 mm – são distribuídas uniformemente através do líquido). Um gel pode
conter partículas suspensas.
QUANTO ÀCARGA
MICROBIANA:

• Estéreis
• Não estéreis

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO A VIA DE ADMINISTRAÇÃO
QUANTO A VIA DE ADMINISTRAÇÃO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO - CLASSIFICAÇÃO

Uso •

Via oral
Via bucal

Interno •

Via sublingual
Via gastrointestinal

• Via Cutânea (Tópico)

Uso •

Via Retal
Via Vaginal

Externo •


Via Oftlamica
Via Otológica
Via Nasal

Uso • Via Cutânea (Intradérmico)


• Injetáveis

Parenteral • Grandes Volumes


• Pequenos Volumes
Epidérmica(Pele)
Inalatória
Auricular
Tópica Intra-nasal
Oftálmica
Retal (Enemas)

Bucal
Enteral Oral
Sublingual
Retal
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Cutânea(Transdérmica)

Inalatória
Indireta
Conjuntival

Rino orofaríngea

Parenteral Geniturinária

Direta

Intra-articular Intra-arterial Interdérmica Intratecal

Intraperitonial Intramuscular Intravenosa Subcutânea


VIA ORAL - VANTAGENS

 Facilidade de Administração
 Via de administração mais comum
 Distribuição do fármaco é lenta, evita-se a ocorrência de níveis sanguíneos
elevados de uma forma rápida.
 Menor probabilidade de efeitos adversos
 Possibilidade do uso de lavagem gástrica, em caso de intoxicação.
VIA ORAL - DESVANTAGENS

✓ Variação da taxa de absorção


✓ motilidade gastrointestinal
✓ fluxo sanguíneo esplênico
✓ tamanho das partículas e formulação
✓ fatores físico-químicos
✓ Efeito de primeira passagem
✓ Irritação da mucosa gástrica
Contra-indicação:
✓ náuseas e vômitos
✓ diarreias
✓ pacientes com dificuldades para engolir
VIA CUTÂNEA

 Vantagens:
 Minimiza a ocorrência de efeitos adversos sistêmicos (Uso Tópico)
 Evita o efeito de primeira passagem
 Desvantagens:
 Absorção pobre e errática
 Irritação local e alergias
 Fotossensibilidade
VIA CUTÂNEA

 Via Transdérmica (Uso Sistêmico)


 Alguns medicamentos podem ser administrados pela aplicação de um emplastro à pele.
 A via transdérmica permite que o medicamento seja fornecido de forma lenta e contínua,
durante muitas horas ou dias, ou mesmo por mais tempo.
 Além disso, a via transdérmica fica limitada pela velocidade com que a substância pode atravessar
a pele.
 Alguns exemplos são: nitroglicerina (para angina), escopolamina (contra o enjôo de viagem),
nicotina (para a cessação do fumo), clonidina (contra a hipertensão) e fentanil (para o alívio da
dor).
VIA RETAL

 É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister


medicamentoso.

 Empregada para administração de ação local ou sistêmica

 O revestimento fino do reto e a irrigação sanguínea abundante permitem uma absorção


rápida do fármaco.

• 50% do fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta.

 Vantagens:

• Pode ser usada quando o paciente não podem ingerir medicamento

• Boa opção para uso pediátirco

• Parte do medicamento não sofre efeito de primeira passagem

• Não produz irritação gástrica


VIA RETAL

 Desvantagens:
 Absorção errática e irregular
 Pode irritar a mucosa anal
 Pode desencadear o reflexo de defecação
 Muitos pacientes tem aversão por esta via
VIA INTRADÉRMICA
VIA SUBCUTÂNEA
IM DELTÓIDE
IM VENTROGLÚTEA
IM VASTO LATERAL
FORMAS FARMACÊUTICAS X VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

• Via Oral
– Sólidos Orais: Comprimidos , Cápsulas, Pós, Granulados (efervescentes, de Chocolate)

– Líquidos Orais: Soluções, Xaropes, Suspensões, Magmas, Géis, Emulsões

• Via Sublingual
– Sólidos: Comprimidos, Pastilhas

– Líquidos: Soluções, Sprays

• Via Cutânea - Transdérmica:


– Semi-sólidos: Cremes, Géis

– Especiais: Adesivos Transdérmicos (Discos , patches)

• Via Cutânea – Epidérmica:


– Semi-sólidas: Cremes, Loções, Pomadas, Pastas

– Líquidas: Soluções

– Sólidas: Pós
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO X FORMAS FARMACÊUTICAS

• Via Oftálmica, Conjuntival


– Semi-sólidas: Pomadas
– Líquidas: Soluções

• Via Cutânea – Epidérmica:


– Semi-sólidas: Cremes, Loções, Pomadas, Pastas
– Líquidas: Soluções
– Sólidas: Pós

• Via Auricular

– Líquidas: Soluções
FORMAS FARMACÊUTICAS X VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
 Via Nasal
 Líquidas: Soluções
 Semi-sólidas: Pomadas
 Especiais: Sprays

 Retal
 Sólidas: Supositórios, Cápsulas Retais
 Semi-solidas: Pomadas, Cremes, Gel (Pomada geléia)

 Via Vaginal
 Sólidos: Óvulos, Comprimidos vaginais, Cápsulas vaginais
 Semi-sólidas: Cremes, Pomadas, Gel (Pomada geléia)
 Soluções
QUANTO A ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA

• Produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na


Agência Nacional de Vigilância Sanitária e disponível no
mercado;

• São medicamentos de fórmula conhecida, de ação terapêutica


comprovável, em forma farmacêutica estável, embalado de
modo uniforme e comercializado com um nome convencional;

• Ex.: Aspirina®, Neosaldina®, Estomazil®.


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MEDICAMENTO REFERÊNCIA

• O medicamento de referência é o medicamento inovador


registrado no órgão federal responsável pela vigilância
sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança
e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao
órgão federal competente, por ocasião do registro. A
eficácia e segurança do medicamento de referência são
comprovadas através de apresentação de estudos clínicos.

• Geralmente se encontra há bastante tempo no mercado e


tem marca comercial conhecida.
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MEDICAMENTO GENÉRICO

• É aquele que contém o mesmo fármaco (princípio


ativo), na mesma dose e forma farmacêutica e é
administrado pela mesma via e com a mesma
indicação terapêutica do medicamento de
referência.

• Apresenta a mesma eficácia, segurança e


qualidade que o medicamento de referência,
comprovadas por testes de bioequivalência,
sendo com este intercambiável.
46
MEDICAMENTO SIMILAR
• Medicamento similar é aquele que contém o mesmo ou os
mesmos princípios ativos, mesma concentração, forma
farmacêutica, via de administração, posologia e indicação
terapêutica;
• É equivalente ao medicamento referência, podendo diferir
somente em características relativas ao tamanho e forma do
produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem,
excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por
nome comercial ou marca.

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MEDICAMENTO MANIPULADO/MAGISTRAIS

 Os medicamentos manipulados são aqueles que são preparados mediante a


apresentação de uma receita médica de acordo com a necessidade da
pessoa. Esses remédios são preparados diretamente na farmácia por um
farmacêutico a partir de fórmulas padronizadas ou reconhecidas pela
ANVISA ou a partir da prescrição do médico, uma vez que pode haver
alteração na concentração do medicamento ou fórmula.
Curiosidade:
CURIOSIDADE
Você sabia que
Rx é a breviação
para a palavra
latina recipere ou
recipe, que
significa “faça
uso de”.
Formulação e
forma
INOVADOR farmacêutica
adequadas a via de
administração

Desenvolvimento Biodisponibilidade

Medicamento
Referência

Ensaios Eficácia e
Clínicos Segurança

Validação de
processo de Reprodutibilidade
fabricação
- Bioequivalência;
- Biodisponibilidade – velocidade e a extensão de absorção;
- Bioisenção; 48
- Equivalência farmacêutica;
INTERCAMBIALIDADE DEMEDICAMENTOS

• RDC nº 134/2003 - Estabeleceu critérios para a adequação dos


medicamentos similares (estudos comparativos com o medicamento
de referência;
• Equivalência farmacêutica;
• Perfil de dissolução;
• Bioequivalência/biodisponibilidade relativa, se aplicável ao
fármaco e forma farmacêutica.

• RDC Nº 58/2014 - Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto


à Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos para a
intercambialidade de medicamentos similares com o medicamento
de referência.
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BIODISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS
BIODISPONIBILIDADE

• Indica a velocidade e a extensão de absorção de um


princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua
curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua
excreção na urina.

• Utilidade na área da Farmacotécnica e Farmacologia;


• Avaliar a qualidade Farmacotécnica dos medicamentos;
• Avaliar interações entre fármacos;
• Determinar a influência de vários fatores fisiológicos e
patológicos (idade, alimentação, doença, em particular
insuficiências renal e hepática, etc.) no modo como o
fármaco é absorvido pelo organismo.
BIODISPONIBILIDADE

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https://luizcarlosfarmaceutico.webnode.com/news/fases-farmaceuticas/
FATORESQUE AFETAM A
BIODISPONIBILIDADE
• Via de administração;

• Medicamento
• Forma Farmacêutica;
• Características do fármaco (físico-químicas e farmacocinéticas);
• Formulação (excipientes);
• Mecanismo de Liberação;
• Processo de Fabricação;

• Indivíduo;
• Sexo; 52
• Idade;
• Estado de saúde;
MODULAÇÃO DA LIBERAÇÃO DE
FÁRMACOS

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Lullmann, H. et al. Color Atlas of pharmacology. 2 nd edition. New York, 2000.


FASES DA RESPOSTATERAPÊUTICA

Fase
farmacêutica
• Desintegração da • Absorção
formulação e
Fase
dissolução do • Distribuição farmacodinâmica EFEITO
princípio ativo • Biotransformação TERAPÊUTICO
• Excreção • Interação
• Viabilidade • Viabilidade Fármaco-
farmacêutica biológica
• Via de receptor
administração
Fase
Dose farmacocinética
Alguns fatores que podem influenciar a biodisponibilidade de fármacos administrados por
via oral
Propriedades físico- ✓ Tamanho da partícula
químicas do fármaco ✓ Forma cristalina ou amorfa, forma de sal, forma hidratada
✓ Lipo ou hidrossolubilidade, pH e pka

Características dos ✓ Excipientes, aglutinantes, revestimentos desintegrantes, lubrificantes;


excipientes e das ✓ Suspensores,Tensoativos, Flavorizantes, Corantes, Conservantes,
formas farmacêuticas estabilizantes
✓ Velocidade de desintegração (comprimidos), Tempo de dissolução do
fármaco a partir da forma farmacêutica
✓ Validade e condições de armazenamento

Fatores fisiológicos e ✓ Tempo de esvaziamento gástrico, tempo de transito intestinal


características do ✓ Anormalidade ou patologia gastrointestinal
paciente ✓ Conteúdo gástrico
✓ Outros fármacos
✓ pH intestinal, metabolismo do fármaco (no intestino e na primeira
passagem)
FATORES QUE PODEM ALTERAR A
DESINTEGRAÇÃO DA FORMA
FARMACÊUTICA E A DISSOLUÇÃO DO FÁRMACO

Estabilidade física e química

Polimorfismo Biodisponibilidade

Estabilidade da
Forma Farmacêutica

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• Dureza, ponto de fusão,
solubilidade, densidade,
grau de higroscopicidade,
reatividade no estado
sólido, estabilidade física,
estabilidade química...

• Velocidade de dissolução,
a densidade aparente e
verdadeira, a morfologia
do cristal, a compactação
e o escoamento do pó...

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https://www.unifesp.br/reitoria/dci/apresentacao/item/2248-drogas-prometem-melhor-qualidade-de-vida
FATORES QUE AFETAM ABIODISPONIBILIDADE DE FÁRMACOS

• Solubilidade
• Lipossolubilidade
Atravessam as membranas biológicas que são de
natureza lipoproteica;

• Hidrossolubilidade
Somente o fármaco dissolvido nos líquidos do TGI
podem ser absorvidos, o que necessita determinada
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hidrosolubilidade;
FATORES QUE AFETAM ABIODISPONIBILIDADE DE FÁRMACOS
• Excipientes

• Amido
 Desintegrantes (Favorecem a desintegração e dissolução);

• Estearato de magnésio
Dificultam a
dissolução;

• Comprimidos Revestidos
 Gastroresistentes, modulação da liberação do fármaco...
60
REFERÊNCIA

 ALLEN, Jr Loyd; POPOVICH, Nichola; ANSEL, Howard. Formas farmacêuticas e


sistemas de liberação de fármacos. 8. ed. Artmed, 2007.
 GILMAN, Alfred Goodman. As bases farmacológicas da terapêutica. 10. ed.
McGraw-Hill, 2004.
 DEF – Dicionário de especialidades farmacêuticas.
 ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível
em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em 09 fevereiro 2020.

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