Você está na página 1de 35

FORMAS

FARMACÊUTICAS
SÓLIDAS
Prof. Thiago Albuquerque
vantagens
MAIOR As formas farmacêuticas sólidas são mais estáveis devido a ausência de água ou de
ESTABILIDADE outro solvente.

DISPENSADAS Pós, granulados, cápsulas e comprimidos são mais fáceis de armazenar e


NA FORMA
COMPACTADA transportar por estarem na forma compacta.

PALADARES As formas farmacêuticas líquidas possuem sabor mais pronunciado que as sólidas, além
DESAGRADÁVEIS SÃO disso quando o fármaco se encontra no interior de uma cápsula ou comprimido revestido
MENOS EVIDENCIADOS o sabor desagradável é anulado.
DOSES PRECISAS E
MODIFICAÇÃO DA
As formas famacêuticas unitárias, tais como cápsulas e comprimidos, possuem doses mais
LIBERAÇÃO DOS precisas, além disso essas formulações facilitam o desenvolvimento de sistemas de liberação
FÁRMACOS modificada.
Pontos críticos
Para um fármaco ser absorvido quando veiculado na forma farmacêutica
sólida depende da desintegração desta e da dissolução do ativo. Fatores como
tamanho de partícula, solubilidade do fármaco e os adjuvantes utilizados
podem influenciar na velocidade de dissolução e consequentemente
biodisponibilidade. Portanto, esses pontos críticos devem ser cuidadosamente
monitorados.
pós
Pós quando utilizados como forma farmacêutica
final refere-se à mistura contendo o fármaco e
outros adjuvantes pulvéreos, cujo tamanho varia de
0,1 a 10 μm. Os pós podem ser usados como
intermediários na produção de granulados,
comprimidos e cápsulas ou ser dispensados na
forma de:
• Pós divididos → Sachês e flaconetes;
• Pós a granel;
• Pós para reconstituição;
• Pós para inalação;
• Pós-efervescentes;
• Pós para uso externo.
Preparo dos pós
TRITURAÇÃO
Na farmácia magistral usa-se gral e pistilo, já na indústria podem-se utilizar
equipamentos de moagem, moinho de facas, de martelos, por vibração, de bolas, de
pinos entre outros.

TAMISAÇÃO
Tamisação consiste na utilização de vários tamises com aberturas de malhas
diferentes. Os diversos tamises são encaixados uns nos outros de modo a formarem
uma coluna de peneiração, no topo estão os tamises de maiores malhas, diminuindo
a abertura da malha à medida que se caminha para a base.
Preparo dos pós

MISTURA
Pode ser realizada através de
espatulação, trituração e tamisação.
Esta etapa pode ser feita utilizando
misturadores de pós, como o
misturador na forma de V.
FATORES QUE INFLUENCIAM O FLUXO
TAMANHO DA
FORMA DENSIDADE
PARTÍCULA

Menor Esférica Mais denso

Pior fluxo Melhor fluxo Melhor fluxo


Granulados
Granulados são agregados sólidos de partículas cristalinas ou
amorfas que podem ser utilizados como forma farmacêutica
final (2 a 4 mm) ou como intermediário da fabricação de
comprimidos (0,2 a 0,5mm).

Grânulos possuem algumas vantagens quando comparados aos


pós, dentre elas destacam-se a menor segregação dos
componentes da mistura; grânulos possuem melhor fluxo e
melhor característica de compactação devido ao maior tamanho
de partícula e ocupam menos espaço.
Processo de granulação
Via Seca

Via Úmida
Cápsulas gelatinosas

As cápsulas possuem o ingrediente


ativo em um invólucro duro ou
mole (normalmente de gelatina), de
diversos tamanhos e formatos.
Além do ingrediente ativo as
cápsulas podem conter diluentes,
lubrificantes e agentes
desintegrantes.
Cápsulas gelatinosas
Cápsulas
gelatinosas
Cápsulas duras
As cápsulas duras são arredondadas nos extremos e possuem formas
cilíndricas. Possuem uma tampa (porção larga e curta) e um corpo (porção
mais longa que contém o ativo).
Cápsulas duras
Cápsulas moles
A cápsula destinada a acondicionar
líquidos é a capsula mole, esta
possui uma única parte, além disso,
o conteúdo encontra-se
hermeticamente selado em seu
interior. Existem cápsulas moles das
mais variáveis formas e tamanho,
contendo desde 0,2 até 5g.
Cápsulas moles
Na farmácia magistral o controle
Controle em em processo da produção de
processo cápsulas é realizado pelo peso
médio, para tanto, 10 unidades são
pesadas e calcula-se a média
aritmética. É aceito um desvio de
±10%, para cápsulas de até 300
mg e ±7,5% para cápsulas maiores
que 300 mg.
COMPRIMIDOS

Comprimidos são formulações sólidas, utilizadas para administração por via


oral, contendo um ou mais fármacos obtidos por compressão. Comumente
o comprimido deve ser desintegrado nos fluidos gastrintestinais e o
fármaco liberado e dissolvido para poder ser absorvido
comprimidos
Tipos de comprimidos
Tipos de comprimidos
Métodos de produção de comprimidos
excipientes
Na fabricação de comprimidos os excipientes utilizados podem dividir-se em: diluentes,
absorventes, aglutinantes, desagregantes, lubrificantes, molhantes, corantes, tampões, aromatizantes,
edulcorantes.

Critérios de qualidade
Desvios de qualidade

Capping ocorre quando há a separação da


coroa superior ou inferior do resto do
comprimido, já a laminação consiste na
separação do comprimido em diferentes
camadas horizontais. Estes problemas podem
acontecer logo após a compressão ou até 72
horas.
Desvios de qualidade

Picking é a perda de material da superfície


do comprimido, normalmente esta perda
ocorre pela adesão do material a punções da
máquina de compressão ou devido ao
desgaste destas. Outro fator que contribui
para esta perda é a umidade superficial
elevada ou grânulos úmidos
Ensaios de controle
de qualidade

O ensaio de uniformidade
de peso é realizado com
uma mostra de 20
comprimidos. Determina-se
o peso de cada comprimido,
depois, calcula-se a média.
Ensaios de controle de qualidade
O teste de desintegração verificará a cedência do fármaco, ou seja, a liberação do fármaco para ser
dissolvido no trato gastrintestinal. O ensaio é feito por meio de agitação do comprimido em meio
aquoso, registrando o tempo necessário para ocorrer à desintegração.
Ensaios de controle de qualidade

A resistência de um comprimido é avaliada pelo teste de dureza e friabilidade. Os comprimidos devem ser duros
suficientes para resistir à quebra durante a embalagem, o transporte e à manipulação, porém devem ser “moles” o bastante
para desintegrar ou dissolver após a administração.
Comprimidos revestidos e drágeas
Técnicas de revestimento

DRAGEAMENTO
Consiste na aplicação de soluções aquosas de sacarose. Este tipo de revestimento é
realizado com intuito de melhorar sabor, odor, facilitar a deglutição, além de proteger
o fármaco do meio.

REVESTIMENTO POR PÓS

O revestimento utilizando pós-insolúveis é realizado para modificar a liberação ou


para rápida liberação, controle da umidade e formação de películas protetoras. São
utilizados amido, carbonato de cálcio, goma arábica e talco.
Técnicas de revestimento

REVESTIMENTO POR IMERSÃO


Imersão dos comprimidos em um líquido, posteriormente o comprimido é seco em
bacia de revestimento. Esta técnica é muito demorada e pouco viável .

REVESTIMENTO POR PELÍCULA


Consiste na deposição de uma película fina e uniforme na superfície do substrato.
Neste processo utilizam-se polímeros em solução ou dispersos em água ou outro
solvente atóxico.
Sistemas de liberação modificada
Vantagens das formas farmacêuticas de liberação modificada

Você também pode gostar