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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL


BACHARELADO EM ODONTOLOGIA
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA GERAL
PROF: JULIANE DIAS

SABRINA OLIVEIRA EZEQUIEL

ESTUDO DIRIGIDO

PATOS- PB
2023
RESUMO EM TÓPICOS:

 Farmacologia é o campo da ciência que estuda os efeitos dos fármacos e das


substâncias químicas no organismo vivo, incluindo humanos, animais e
microrganismos. A disciplina investiga diversos aspectos relacionados aos
medicamentos, desde sua origem e desenvolvimento até sua interação com
sistemas biológicos e seus efeitos terapêuticos ou adversos.

 A janela terapêutica é a faixa de doses (concentrações) de um fármaco que


produz resposta terapêutica, sem efeitos adversos inaceitáveis (toxicidade),
em uma população de pacientes. Para fármacos que apresentam pequena
janela terapêutica, é preciso efetuar estreito monitoramento de seus níveis
plasmáticos, a fim de manter uma dose efetiva, sem ultrapassar o nível
passível de provocar toxicidade.

 Diferença entre droga e fármaco: A palavra "droga" tem uma conotação


ampla e pode se referir a qualquer substância química, natural ou sintética,
que altera as funções fisiológicas do organismo. Já o termo "fármaco" é mais
especificamente utilizado para se referir a substâncias químicas que têm
propriedades farmacológicas e são utilizadas com o propósito de prevenir,
diagnosticar ou tratar doenças ou condições médicas. Os fármacos são
desenvolvidos e testados rigorosamente para garantir sua eficácia, segurança
e qualidade, e são administrados de acordo com protocolos médicos
específicos.

 E entre remédio e medicamento? Medicamento é um produto farmacêutico,


contendo um ou mais princípios ativos para tratar ou prevenir determinados
problemas de saúde. JÁ Remédio: utilizado de forma mais informal e
coloquial, refere-se a qualquer substância, medida ou prática que se acredita
ser capaz de aliviar sintomas, tratar doenças ou melhorar a saúde.

 O princípio ativo na farmacologia é a substância química responsável pelos


efeitos terapêuticos de um medicamento. Ou seja, é o componente da
formulação farmacêutica que tem ação farmacológica sobre o organismo, seja
para tratar, prevenir, aliviar ou diagnosticar uma doença ou condição médica
específica.

 Um placebo é uma substância ou tratamento inativo que não possui


propriedades farmacológicas específicas para tratar a condição médica em
questão. Geralmente, é utilizado em estudos clínicos como um controle para
avaliar a eficácia de um medicamento ativo. Além disso, o termo "placebo"
pode ser usado para descrever a resposta observada quando um paciente
experimenta melhorias em sua condição de saúde após receber um
tratamento inativo, simplesmente porque acredita que está recebendo um
tratamento eficaz.

 Tipos de efeitos

Terapêuticos – fármacos que dão origem aos medicamentos em um


determinado grupo terapêutico;

Laterais ou secundários – fármacos que proporcionam efeitos que não


concorrem com a melhoria da situação patológica a ser tratada. Entretanto,
eles podem ser adversos quando indesejáveis ou quando interagem com
outras formas desconhecidas que podem ser prejudiciais;

Reações adversas – a ingestão de certos fármacos pode ocasionar sintomas


indesejáveis, ou até mesmo toxicidade. Além disso, pode proporcionar
interações prejudiciais com outros princípios farmacêuticos usados
concomitantemente;

 Formas farmacêuticas sólidas, entre elas: cápsulas, comprimidos, drágeas,


granulados, pós, supositórios, anéis, adesivos, óvulos, pastilhas, tabletes,
filmes, dispositivos intra-uterinos, entre outros. Iremos comentar sobre os
mais conhecidos e mais utilizados. As vantagens das formas sólidas, em
geral, são possuir sabor agradável, ou mesmo, não apresentar sabor, além de
serem fáceis de deglutir, possui a dosagem correta e são portáteis. As
desvantagens são que, embora fáceis de engolir, para quem possui
problemas ou distúrbios de deglutição, ela é contraindicada, até porque, pode
apresentar diversos tamanhos. Outra desvantagem é a possibilidade de
causar irritação na mucosa estomacal, de acordo com a quantidade
administrada.

 As formas farmacêuticas líquidas podem ser divididas em xaropes, emulsões,


soluções, suspensões, injetáveis, extratos, tinturas, entre outros.As vantagens
dessas formas são o sabor mais adocicado, que traz mais adesão ao
medicamento, e à fácil deglutição, sendo bem aceito principalmente por
crianças e idosos. O sabor adocicado também é uma desvantagem, pois, por
carregar mais açúcares em sua composição, pessoas diabéticas devem
tomar cuidado redobrado.

 Formas gasosas usado com finalidades medicinais. Se apresentam em


aerossóis e sprays. Os aerossóis se caracterizam por um “nevoeiro não
molhante” constituído por micro gotas (cerca de 0,05 a 0,2 micrômetro de
diâmetro). Instituem uma suspensão coloidal onde a etapa dispersa é o
líquido e a etapa contínua é o gás. Os Sprays, por si, são parecidos com os
aerossóis, no entanto, possuem partículas maiores, de aproximadamente 0,5
micrômetro. Por esse fator, são classificados como “nevoeiro molhante”.

 A via de administração pode ser caracterizada como a maneira com que o


medicamento ou princípio ativo entra em contato com o corpo. Esse elemento
tem a ver com o objetivo do medicamento, o local de ação e o tipo de forma
farmacêutica. São várias as formas de administração de medicamentos, entre
elas estão: capilar, dermatológica, oral, bucal, epidural, inalatória (inalatória
por via oral ou nasal), irrigação, nasal, oftálmica, otológica, retal, intra-arterial,
intra-articular, intratecal, intramuscular, intradérmica, intrauterina, intravenosa,
sublingual, subcutânea, transdérmica, uretral e vaginal, entre outras.

 A via enteral é uma forma de administração de medicamentos, nutrientes ou


líquidos diretamente no trato gastrointestinal (GI) do paciente. Isso
geralmente envolve a administração por via oral ou através de tubos inseridos
no trato digestivo, como tubo nasogástrico, tubo nasoenteral ou gastrostomia.
Esses métodos são utilizados quando o paciente não consegue ingerir
alimentos ou líquidos por via oral devido a dificuldades de deglutição,
disfunções neurológicas ou outras condições médicas que impeçam a
alimentação oral adequada.

 A via parenteral é uma forma de administração de medicamentos, nutrientes


ou líquidos diretamente na corrente sanguínea, evitando o trato
gastrointestinal (GI). Isso geralmente é feito através da injeção de substâncias
diretamente em uma veia (via intravenosa), músculo (via intramuscular) ou
tecido subcutâneo (via subcutânea). A via parental é utilizada quando a
administração por via oral não é possível, como em situações de emergência,
quando o paciente está inconsciente, quando há problemas de absorção no
trato gastrointestinal ou quando a absorção oral é muito lenta ou
inconsistente.

 A classificação dos medicamentos é uma forma de organizá-los com base em


diferentes critérios, como sua composição química: simples ou composto;
Preparação: oficinal ou magistral; e prescrição que pode ser alopática que é
a mais utilizada e o seu princípio básico é combater as doenças com o uso de
medicamentos que produzam efeitos contrários aos sintomas. Os
medicamentos homeopáticos têm substâncias que causam os mesmos
sintomas produzidos pela doença, mas em doses extremamente reduzidas. O
objetivo é estimular o corpo a buscar o equilíbrio. A fonte pode ser de origem
animal, vegetal e mineral. A fitoterapia age partindo do mesmo princípio da
alopatia, a diferença principal é que os remédios fitoterápicos são de origem
exclusivamente vegetal.
 Biodisponibilidade refere-se à quantidade e à velocidade com que um
princípio ativo de um medicamento é absorvido e se torna disponível para
ação no local de interesse no organismo, geralmente na corrente sanguínea.
Bioequivalência refere-se à similaridade na taxa e extensão de absorção de
um medicamento comparado a outro medicamento contendo o mesmo
princípio ativo, quando administrado na mesma dose e forma farmacêutica,
sob condições semelhantes. Equivalência farmacêutica refere-se à
semelhança entre produtos farmacêuticos em termos de quantidade de
princípio ativo, forma farmacêutica, pureza e qualidade, bem como a ausência
de contaminantes ou impurezas.

 Medicamento genérico é uma versão de um fármaco originalmente


desenvolvido por uma empresa, chamado medicamento de referência. Os
genéricos contêm a mesma substância ativa, na mesma dose e forma
farmacêutica, e passam por testes de equivalência para garantir eficácia e
segurança. Geralmente, são mais acessíveis financeiramente, contribuindo
para a disponibilidade de opções terapêuticas a preços mais baixos. A lei nº
9.787 , estabelece que o medicamentos genérico deve custar 35% menos
que os de referências.

 Não tem nome comercial, apresenta apenas a descrição do princípio ativo.


Ele só pode ser criado após 20 anos, quando a patente do "original" expira.
Para sua comercialização ser aprovada, um genérico precisa comprovar a
eficácia e segurança em testes de bioequivalência e biodisponibilidade.
Por que são mais baratos? Pois as indústrias não tiveram gastos com
pesquisas. Embalagem identificada com a letra “G”

 Medicamento Similar é aquele que contém o mesmo ou os mesmos


princípios ativos, e a mesma concentração, via de administração,
posologia, forma farmacêutica e indicação terapêutica. Possui o nome
comercial para não serem confundidos com o medicamento genérico.

 Medicamento de Referência é um produto inovador, registrado e


comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram
comprovadas cientificamente junto à Anvisa, por ocasião do registro.
PERGUNTAS E RESPOSTAS:

1- Quais são os medicamentos que geralmente requerem uma receita de


controle especial?

Resposta: Medicamentos como opioides, benzodiazepínicos, estimulantes e


alguns anabolizantes são exemplos de substâncias que geralmente requerem
uma receita de controle especial devido ao seu potencial de abuso,
dependência ou risco à saúde pública.

2- Quais são as diferenças entre uma receita de controle especial e uma


receita comum?

Resposta: Uma receita de controle especial é necessária para medicamentos


controlados, que têm maior potencial de abuso ou dependência. Ela possui
requisitos específicos, como impressão em papel especial e assinatura do
médico em duas vias, sendo uma retida na farmácia. Receitas comuns
referem-se a medicamentos não controlados e seguem padrões menos
rigorosos.

3- Qual é a definição de toxicologia e qual é o seu principal foco de estudo


dentro do campo da farmacologia?

Resposta: Estudo dos efeitos adversos dos medicamentos e outras


substâncias químicas no organismo, incluindo a identificação, prevenção e
tratamento de envenenamentos e intoxicações.

4- Como a farmacocinética e a farmacodinâmica se complementam no


estudo dos efeitos dos medicamentos no organismo?

Resposta: Essas duas áreas se complementam, pois a farmacocinética


determina a exposição do organismo ao medicamento, enquanto a
farmacodinâmica determina a resposta do organismo ao medicamento.
Combinando essas informações, é possível entender melhor a eficácia,
segurança e dosagem adequada dos medicamentos, bem como prever
efeitos adversos e interações medicamentosas.

5- Como a distinção entre oligantes endógenos e exógenos influencia os


processos fisiológicos e farmacológicos no organismo?

Resposta : a distinção entre oligantes endógenos e exógenos é


fundamental para compreender como os processos fisiológicos são
regulados e como intervenções farmacológicas podem ser usadas para
influenciá-los. Isso é essencial para o desenvolvimento de tratamentos
eficazes e seguros para uma variedade de condições médicas

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