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BIOLOGIA

Metabolismo Energético da
Célula

Professora: Luciana Alves Ranzula

Alunos(a): Gabrielly Paixão de Souza,


Kamyla Mendes da Silva ,
Maria Eduarda Romão Apolinário
tópicos abordados
1) Fotossíntese e Quimiossíntese (página 140)

- Energia para a vida (página 141)

- ATP, a "moeda energética" do mundo vivo (página 142)

- O processo da fotossíntese (página 143 a 148)


- Quimiossíntese (página 148)

Fermentação e Respiração Aeróbica (página 152)

- Fermentação como forma de obter energia (página 153)

- Tipos de fermentação (página 154)

- A respiração aeróbica (página 157 a 160)


Energia para a vida
A fonte primária de energia utilizada pela
maioria dos seres vivos é a luz solar. Os seres
fotos-sintetizantes (certas bactérias, algas e a
maioria das plantas) captam a energia luminosa
do Sol e, a partir dela, produzem glicídios, um
grupo de substâncias orgânicas capazes de
armazenar grandes quantidades de energia
potencial química.
Em uma visão simplificada, é como se a energia
luminosa empregada na síntese da molécula de
glicídio permanecesse "armazenada" nas
ligações químicas dessa substância. O rearranjo
das ligações, quando as células decompõem os
glicídios em substâncias mais simples, permite
que a energia seja disponibilizada para as
atividades vitais. Como veremos a seguir, esses
processos de
transterencia de energia que ocorrem nas
células vivas são intermediados por um
importante composto químico conhecido pela
sigla ATP.
ATP, a "moeda energética" do mundo vivo

Praticamente todos os processos celulares demandam energia, que as células obtêm a partir
de moléculas orgânicas que lhes servem de alimento. Nesse contexto, podemos perguntar: como
as células conseguem captar a energia proveniente do alimento, armazená-la temporariamente e
disponibilizá-la prontamente para os processos metabólicos? Para responder a essas questões,
vamos nos transportar ao mundo molecular.
A estratégia energética dos seres vivos consiste em transferir a energia liberada na quebra do
alimento para moléculas armazenadoras, capazes de circular livremente pela célula fornecendo
energia aos processos vitais. O principal responsável pelo armazenamento temporário de energia
intracelular é o trifosfato de adenosina, substância conhecida pela sigla ATP (do inglês, adenosine
triphosphate). Alguns cientistas comparam o ATP a uma "moeda energética", que circula dentro
da célula e custeia os gastos metabólicos.
Uma molécula de ATP resulta da união química de três componentes: uma base nitrogenada, a
adenina, um glicidio de cinco carbonos, a ribose, e três grupamentos fosfato. A molécula formada
por uma base nitrogenada e um glicídio unida a um ou mais fosfatos constitui um nucleotídio.
Os grupos fosfatos do ATP estão unidos entre si por ligações covalentes que liberam grande
quantidade de energia quando se desfazem; por esse motivo, essas ligações entre os fosfatos do
ATP são denominadas ligações de alta energia, sendo representadas pelo símbolo ~.
Quando o grupo fosfato terminal se separa do ATP, este se transforma em ADP (difosfato de
adenosina), um nucleotídio com dois fosfatos. Por sua vez, ao ter seu grupo fosfato termina
separado, o ADP transforma-se em AMP (monofosfato de adenosina).

O ATP é o principal fornecedor de energia para a realização de atividades


celulares, entre elas a síntese de substâncias orgânicas e vários outros tipos de
atividades metabólicas. Por exemplo, o ATP fornece energia para que as proteínas
transportadoras da membrana realizem o transporte ativo (relembre no capítulo 5).
Nas células musculares, é o ATP que fornece energia para o deslizamento de
filamentos proteicos uns sobre os outros, determinando a contração muscular. O
ATP também transfere energia para cílios e flagelos, possibilitando que essas
estruturas se movimentem.
Outra importante função do ATP é fornecer energia para as reações que levam à
síntese dos milhares de substâncias presentes nos seres vivos. Essas reações são
comandadas por enzimas que removem um fosfato terminal do ATP,
transformando-o em ADP. A quebra da ligação entre os fosfatos libera energia, que
é transferida para a reação química em questão.
O processo da fotossíntese
I. Vamos relembrar a equação geral da
fotossintese apresentada anteriormente: de um
lado, gas carbonico (CO2 e agua (H,O), os reagentes
do processo; de outro, glicidios (CHO e gas
oxigenio (O,, os produtos. como fonte de energia, a
luz.
Nas células vegetais, a fotossíntese ocorre no
interior dos cloroplastos. organelas
citoplasmáticas que contém clorofila e pigmentos
acessórios responsáveis pela captação da energia
da luz, além de todos os outros participantes do
processo fotossintético: enzimas, coenzimas,
cotatores etc.
(relembre a fig. 5.20 no capítulo 5). Nas bactérias
fotossintetizantes, a clorofila e outros pigmentos
fotossintetizantes localizam-se em estruturas
membranosas presentes no citoplasma.
"Construindo" a equação da fotossintese
Conhecer um pouco de história da ciencia ajuda-nos a entender como o
conhecimento cien• tífico é "construído pouco a pouco, como empreendimento
coletivo de inúmeros cientistas. A elaboração da equação da fotossintese é um
bom exemplo disso. Acompanhe, a seguir, um pouco da nistoria do conhecimento
sobre a fotossintese.
O primeiro pesquisador que estudou cientificamente a fotossíntese foi o químico
inglês Joseph
Priestley (1733-1804). Em um artigo de 1772, ele escreveu: "Fiquei muito feliz ao
encontrar aci-
denta mente um metodo de restaurar o ar viciado pela queima das velas e
descoorr pelo menos
um dos restauradores que a natureza emprega para essa finalidade: a vegetação".
Sabia-se, naquela época, que a queima de velas ou a respiração de animais em um
ambiente fechado "esgotavam o ar" tornando-o irrespirável e incompativel com a
vida. Priestley foi o pri meiro a observar que, se uma planta fosse introduzida em
um ambiente com o "ar esgotado", depois de aigum tempo o ar era restaurado e
tornava-se novamente resoiraven.
Ar "esgotado"
Ar "puro"
vespeare
Essa descoberta causou grande impacto no mundo científico da época; o fato de a
vegetação
"restaurar" o ar explicava por que a atmosfera permanecia respirável. sem se
deteriorar com a resoiracao de pessoas e de animais e com os processos de
combustao.
Outro passo importante na elucidação do processo da fotossintese foi dado em
1779, quando o médico holandes Jan Ingen-Housz (1730-1799) descobriu que, para
"restaurar o ar, as plantas precisavam ser iluminadas. Assim, acrescentou-se à
descoberta de Priestley um novo fator: a luz.
Ar "esgotado"
Ar "puro"
Os quimicos logo descobriram que o ar esgotado pela respiração dos animais
continha menos gás oxigênio (0,) e mais gás carbônico (CO) que o ar atmosférico.
As plantas, na presença de luz, invertiam essa situação. O fenômeno descoberto
por Priestley passou a ser expresso, então, de uma forma mais elaborada:
Ar rico em gás carbônico
PLANTAS Ar rico em gás oxigênio
(CO.)
(0)
A equação anterior sugere que as plantas decompoem CO, e liberam oxigénio na
forma de
O.. Mas onde teriam ido parar os átomos de carbono?
Em 1796, Ingen-Housz propós a hipótese de que as plantas usavam o carbono do
CO, para
elaborar suas próprias substâncias orgánicas; esse seria o principal papel da
fotossintese, segundo o cientista. Em sua opinião, a liberação de gás oxigênio era
apenas um subproduto do processo.
Quimiossíntese
Certas espécies de bactérias e de arqueas (estas últimas
antigamente chamadas de arqueobacté
rias) são autotroticas e produzem substâncias organicas por
meio da quimiossintese, processo que utiliza energia liberada
por reações oxidativas que ocorrem em substâncias inorganicas
simples.
Arqueas metanogênicas, por exemplo, obtem energia a partir da
reação entre gás hidrogênio
(H,) e gás carbônico (CO), com produção de gás metano (CH,).
Essas arqueas vivem em ambientes pobres em gás oxigênio
(anaeróbicos), tais como depósitos de lixo, fundos de pântanos
e tubos digestivos de animais. A equação que resume esse
processo é:
CO, + 4H, -> CH, + 2H,0 + energia
Outros exemplos de bactérias quimiossintetizan tes são as dos
generos Nitrosomonas e Nitrobacter,
que vivem no solo e tem importancia rundamenta na reciclagem
do elemento nitrogênio na Terra. As nitrosomonas obtêm
energia por meio da oxidação da amônia (NH) presente no solo,
transformando-a em ion de nitrito (NO;).
As nitrobactérias, por sua vez, utilizam o ion de nitrito (NO;),
oxidando-o a íon de nitrato (NO;).
As bactérias quimiossintetizantes conseguem viver em
ambientes desprovidos de luz e de matéria orgânica, obtendo a
energia necessária ao seu desenvolvimento por oxidações
inorgânicas. Além de um agente oxidan-te, essas bacterias
necessitam apenas de gas carbonico
e aqua, que constituem as materias ormas pard a
produção de glicídios.
Fermentação e Respiração Aeróbica
Fermentação como forma de obter energia
Certos fungos e bactérias adaptados a ambientes pobres em gás
oxigênio obtêm energia pela fermentação, processo em que
substâncias orgânicas são degradadas parcialmente, originando
moleculas orgânicas menores.
O fungo Saccharomyces cerevisiae, uma levedura
conhecida popularmente como fermento de padaria ou levedo de
cerveja, recorre à fermentação para obter energia quando o gás
oxigênio é escasso no
ambiente. Nesse orocesso. o levedo produz a coo etílico (etanol) e
gás carbônico como subprodutos. Os lactobacilos, bactérias que
fermentam o leite, utilizam a lactose do leite para obter energia e
produzem
acido latico como suboroduto.em celulas musculares
também pode ocorrer fermentação lática; isso acontece quando a
demanda de energia é muito grande e não há gás oxigênio suficiente
para sustentar a respiração celular.
A fermentação geralmente tem como ponto de partida uma molécula
de glicose, a qual é formada por 6 carbonos encadeados. Ao fim de
dez reações sequenciais, a glicose origina duas moleculas de uma
substância constituída por 3 carbonos, o ácido pirú-vico. O conjunto
de reações em que uma molécula de glicose é transformada em duas
moléculas de ácido pirúvico compõe a glicólise (do grego glykys,
doce,
açúcar, e lysis, quebra).
Apesar de a molécula de glicose ser altamente energética, ela é
bastante estável e não se degrada com facilidade. Por isso, as
reações iniciais do processo de glicólise têm por função "ativar" a
glicose, levando-a a reagir. A ativação ocorre pela transferência de
dois grupos fosfato de alta energia para a molécula de glicose; esses
fosfatos são provenientes de duas moléculas de ATP. Assim, para
iniciar a glicólise, a célula precisa "investir" o equivalente a 2 ATP por
molécula de glicose.
Tipos de fermentação
Dependendo do tipo de organismo fermentador, o ácido pirúvico produzido na
glicólise segue diferentes caminhos. Por exemplo, na fermentação alcoólica,
realizada por leveduras, o ácido pirú-vico transtorma-se em alcool etilico e gas
carbonico. Na fermentação latica realizada por bacterias como os lactobacilos, o
ácido pirúvico transforma-se em ácido lático. Confira as equações gerais desses dois
tipos de fermentação
Fermentação alcoólica
Glicose
Ácido pirúvico
СН,2%. - 2 CH, - CO - COOH + 4 H+ + 4 e- - 2 CH, - CH,OH + 2 CO,
Etanc
Gás carbônico
Fermentação lática
СН,°. -+ 2 CH, - CO - COOH + 4 H* + 4 e- - 2 CH, - CHOH - СООН
Glicose
Ácido pirúvico
Ácido latico
Na glicólise, além de ácido pirúvico, são liberados 4 íons de hidrogênio (4 H+) e 4
elétrons com alta energia (4 e -). Esses produtos são capturados por um aceptor de
hidrogênio (ou de elétrons) que participa da fermentação: o NAD* (do inglês,
nicotinamide adenine dinucleotide: dinucleo.
tidio de nicotinamida-adenina)
O NAD* é um aceptor de elétrons semelhante aos aceptores estudados na
fotossíntese: sua função e receber eletrons e ions de hidrogenio, transterindo-os
posteriormente para outras mo-
leculas que serao sintetizadas
Em uma das etapas da glicólise, duas moléculas de NAD* recebem elétrons e íons
H*, transformando-se em NADH. Veja na equação a seguir.
2 H* + 4 e + 2 NAD* -› 2 NADH
Na fase final da fermentação, os elétrons e os íons de hidrogênio capturados pelo
NAD+ são transferidos para o ácido pirúvico. Nessa reação, o ácido pirúvico
transforma-se em álcool etílico e gás carbônico (na fermentação alcoólica) ou em
ácido lático (na fermentação lática). (Fig. 8.2)
A respiração aeróbica

A respiração aeróbica é um processo em que moléculas orgânicas provenientes do alimento


são degradadas com a participação de gás oxigênio (O), levando à formação de gás carbônico
(CO,) e água (H,0); nesse processo, é liberada energia para a síntese de moléculas de ATP.
A equação geral da respiração aeróbica é:
CH,O, + 60,
Glicose
Gas oxigénio
6 CO, + 6 H O + energia no ATP
Gas carbonico
Aqua
Note que essa equação corresponde, quanto a reagentes e produtos, ao inverso da fotossin-tese.
Além disso, ela representa também a combustão total da glicose, com a diferença de que a
energia liberada na combustão ocorre na forma de calor e luz, enquanto na respiração aeróbica
grande parte dessa energia é armazenada nas moléculas de ATP.
A equação geral apresenta um resumo muito simplificado da respiração aeróbica. Na verda-de,
esta se compõe de diversas etapas enzimaticamente controladas, durante as quais a energia
potencial química da glicose é liberada aos poucos e armazenada nas moléculas de ATP.
Rendimento e etapas da respiração aeróbica
A respiração aeróbica tem rendimento cerca de 15 vezes maior que o da fermentação: enquanto
esta leva à produção de 2 moléculas de ATP por molécula de glicose, na respiração aeró-bica,
uma única molécula de glicose libera energia suficiente para a sintese de aproximadamente
30 moleculas de ATP.
A que se pode atribuir essa diferença de rendimento energético entre os dois processos?
A resposta esta no grau em que a glicose e degradada. Na fermentação, ocorre degradação
parcial e os produtos, como o álcool etílico ou o ácido lático, ainda têm muita energia acumulada.
Na respiração aeróbica, a cadeia carbônica da molécula de glicose é totalmente degradada a gás
carbônico e água, substâncias inorgânicas com pouca energia potencial química para liberar.
O alto rendimento da respiração aeróbica, associado à abundância de gás oxigênio na at-
mostera terrestre, Tez com que esse processo de obtencao de energia representasse uma grande
vantagem evolutiva, estando presente quase universalmente nos seres da biosfera: algas,
plantas, protozoários, animais e muitos fungos e bactérias.
A respiração aeróbica da glicose compõe-se de três etapas: glicólise, ciclo de Krebs e fosforilação
oxidativa. A glicólise ocorre no citosol, fluido que compõe o citoplasma; em células eucarió.
ticas, o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa ocorrem no interior das mitocôndrias (relembre a
Fig. 5.19 no capítulo 5).
Fase citoplasmática da respiração: glicólise
A glicólise é a fase preparatória da degradação da glicose, produzindo substâncias que entrarão
na mitocôndria para as reações seguintes, que envolvem o gás oxigênio. Como vimos, a glicólise
consiste na quebra da molécula de glicose em duas moléculas de ácido pirúvico', com saldo
líquido de duas moléculas de ATP. Na glicólise, formam-se também duas moléculas de NADH, a
partir do
NAD*, e são liberados elétrons e íons H*.
A glicólise não necessita de gás oxigênio para ocorrer. As etapas seguintes da respiração, porém,
só ocorrem se houver disponibilidade de gás oxigênio. Na falta dele, o ácido pirúvico é
transtormado, ainda no citosol, em ácido lático ou em etanol e gás carbônico, dependendo do tipo
de organismo.
Fontes:LIVRO BIOLOGIA MODERNA -volume-1
amabis-e-martho-PDF

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