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A fisiologia é uma área da Biologia responsável em analisar o funcionamento físico, orgânico, mecânico e
bioquímico dos seres vivos. Etimologicamente o termo fisiologia originou-se a partir de dois termos gregos: physis =
funcionamento/natureza e logos = estudo/conhecimento. Assim, traduzindo literalmente seria, o estudo do
funcionamento ou conhecimento da natureza. Em suma, fisiologia é o estudo do funcionamento dos organismos vivos.
Conceito
A fisiologia é o estudo das actividades vitais ou seja a explicação, não só descritiva como também causal da
origem e funcionamento das estruturas dos seres.
O objecto da fisiologia é explicar claramente e por completo os processos que se dão no organismo segundo as
leis físicas e químicas conhecidas requerendo para tal, o uso de métodos físicos e químicos e recentemente a
informática.
Os primeiros estudos sobre o funcionamento dos organismos datam da antiga Grécia, porém, a partir apenas
do século XVI é que a fisiologia moderna começa a ganhar a forma. O estudo da fisiologia é dividido em fisiologia
animal e fisiologia vegetal.
Fisiologia vegetal – é a ciência que se propõe em explicar todos os processos da vida vegetal por meio de princípios
da física e da química. O objectivo básico é tentar explicar qualquer processo que se realiza na planta, com bases
químicas e físicas; isto é; a biofísica da planta.
Em 1771, o inglês Joseph Priestley descobriu que se um rato era colocado sob uma campânula juntamente
com uma vela acesa, depois de algum tempo o animal morria. Sua interpretação foi que o ar estava contaminado
devido a combustão da vela, a qual produzia “flogisto”. Quando ele substituiu o rato por uma planta, ela se
desenvolveu normalmente. Isto foi interpretado por ele como sendo devido à capacidade que têm as plantas de
purificar o ar, ou seja, de “desflogistá-lo”.
Ao tomar conhecimento das experiências de Priestley, o cientista holandês Jan Ingen-Housz (1730-1799),
deu continuidade ao trabalho e em 1779 concluiu que a “purificação do ar” feita pelas plantas dependia da luz e que
isto só ocorria nas partes verdes da planta (processos de fotossíntese). As partes não verdes (raízes, por exemplo)
comportavam-se de maneira idêntica aos animais.
Nesta época, o químico francês Antoine Lavoisier esclareceu o fenómeno da combustão, demonstrando que
neste processo o que ocorre é o consumo de oxigénio com consequente liberação de gás carbónico, colocando por terra
a teoria do flogisto.
O suíço Nicholas de Saussure (1804), chegou a conclusão de que a água era também um reagente da
fotossíntese. Além disto, ele demonstrou claramente que na presença de luz as plantas absorviam CO 2 e liberavam O2 e
que no escuro acontecia o inverso.
As contribuições dos alemães Julius Robert Meyer (1842) e Julius von Sachs (1864), (Fundador da
Fisiologia Vegetal Experimental), permitiram entender a fotossíntese, não só como um processo de trocas
Em 1930, Robert Willstaker, descreve a Estrutura da Clorofila, que é o principal peguimento que capta luz
em vegetais superiores.
Sete anos depois, isto é, 1937, Antony Krebs, descrevem o ciclo de Krebs - Ciclo de ácidos Tricarboxílicos;
O bioquímico inglês Robert Hill (1937), descobre a fotólise de água pelos cloroplastos isolados: Reacção de
Hill. Todo o O2 do ar (20%) é resultante (produto) da fotólise de água (Separação de hidrogénio do oxigénio), ele
demonstrou que preparações contendo fragmentos de folhas ou cloroplastos isolados, na presença de água, luz e de um
aceptor artificial de electrões ou de hidrogénio (oxalato férrico, cianeto férrico ou ferricianeto de potássio) podiam
provocar a liberação de oxigénio.
As reacções do escuro foram também elucidadas durante a década de 1950. Isto deveu-se ao trabalho de mais
de 10 anos, realizado por um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, liderados por Melvin Calvin e Andrew
Benson. Eles descrevem a fixação de CO2 pelos cloroplastos e produção de glicose. Estes pesquisadores
demonstraram: qual era o composto aceptor de CO 2, como o CO2 era fixado, qual era o primeiro composto formado na
fotossíntese, como o composto aceptor de CO2 era regenerado e como os carboidratos, aminoácidos e outros
compostos orgânicos eram sintetizados durante este processo fisiológico. Como reconhecimento pela elucidação do
ciclo de redução do carbono na fotossíntese o professor Calvin recebeu o Prémio Nobel da Química de 1961.
Energia do Metabolismo
A energia define-se como a “capacidade de realizar trabalho”. Neste sentido, assume-se o conceito de
trabalho como a “aplicação de uma força através de uma determinada distância”. Já o metabolismo é definido como
sendo o conjunto das reacções químicas que ocorrem no organismo. Neste contexto, ao falarmos de energia do
metabolismo, queremos nos referir da força que impulsiona as reacções químicas que ocorrem a nível celular.
A vida é um sistema dinâmico e aberto: Dinâmico em relação à matéria e aberto quanto à energia. Pois, ocorre
a troca energética entre o meio e a planta, e transformações constantes do ATP (Adenosina Trifosfacto), que é a
considerado a moeda de troca que tem a função de armazenar, transportar e distribuir energia. Ela sofre uma divisão
hidrolítica; isto é, na presença da água em ADP e Pi.
+ ▲G - -▲G
ADP + Pi
30,51 - 7,3 kcal/mol
Kcal/mol
A formação do ATP liberta energia e sua decomposição consome energia. Neste processo de divisão da ATP para
ADP e Pi há formação de cargas fosfato e ADP, Pois a molécula de água dissocia-se e os seus iões tem como função
neutralizar essas cargas. Este processo é enzimático, regulado por enzimas especiais designadas ATP-ases, e ATP-
hidrolases. Em presença de ATP-ases, ADP transforma-se em ATP implica fixação ou aumento de energia. E sob
acção de ATP-hidrolase ATP divide-se em ADP-Pi e implica fornecimento de energia.
ATP-Hidrolases
ATP ADP + Pi
ATP-Ases
ADP + Pi ATP
Estrutura do ATP
O Trifosfato de Adenosina ou Adenosina Trifosfato do inglês (ATP), é um nucleotídeo, constituído pela base
nitrogenada adenina unido ao glícido ribose, que por sua vez se une a uma cadeia de três grupos fosfatos. As ligações
químicas entre os fosfatos do ATP são chamadas de ligações de alta energia e são representadas graficamente pelo
símbolo ~.
O mecanismo mas comum de fornecimento de energia para os processos celulares é a transferência de fosfato
do ATP para outras moléculas, o que provoca nelas as alterações necessárias á realização do trabalho celular. Por
exemplo, síntese de diversas substâncias, o fosfato é transferido para um dos reagentes, que adquire assim energia
necessária para se unir a outras moléculas e gerar os produtos.
Reacções redox
Estas reacções são muito importantes na vida sobretudo nas reacções fisiológicas. Trata-se de reacções
químicas em que há transferência de electrões entre as substâncias participantes. Nestas reacções há perda de electrões
por uma substancia reagente, processo chamado de oxidação, e adição simultânea desses electrões a outra substancia
reagente, processo chamado de redução.
Oxidação
D D+
Redução
A+e- A-
Transportadores de electrões
Estrutura do NAD
Outros transportadores de hidrogénio são Flavina. A flavina mais comum é a Flavina Adenina Dinucleótido
(FAD) que contém riboflavina ou vitamina B2 e resíduos de adenina.
Tipos de Metabolismo
Assimilação/Anabolismo - processos que integram a matéria e energia. São também chamadas reacções e
síntese, onde moléculas simples são unidas para formar moléculas mas complexas.
Por exemplo: União de aminoácidos para formar proteínas; o processo fotossintético.
Tipos de Alimentação
b) Organismos Heterotróficos - aqueles que tem com Fonte de carbono - compostos orgânicos.
c) Organismos Mixotróficos – aqueles que podem ser autotróficos ou heterotróficos dependendo das condições
ambientais em que se encontram.