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O complexo territorial natural está estreitamente relacionado com a teoria do


Geossistema. De forma precisa descreva a circulação da matéria na natureza

Segundo Smith (2018) cita que, a circulação da matéria na natureza, conforme descrita
pela teoria do Geossistema, envolve vários processos interconectados que permitem a
transferência e transformação de elementos e compostos químicos entre os componentes
bióticos e abióticos do sistema terrestre.

Na óptica Richter, (2002), a circulação da matéria na natureza envolve vários processos


interligados, incluindo a fotossíntese, a respiração, a decomposição e a transferência de
nutrientes entre os seres vivos e o ambiente abiótico. Por exemplo, na fotossíntese, as
plantas convertem dióxido de carbono e água em glicose e oxigénio, liberando este
último para a atmosfera. Posteriormente, os seres vivos consomem a glicose através da
respiração, liberando dióxido de carbono de volta ao ambiente. Além disso, organismos
decompositores quebram matéria orgânica morta em nutrientes, que são absorvidos por
plantas e outros organismos, reiniciando o ciclo. Este é apenas um dos muitos processos
que compõem a circulação da matéria na natureza.

Segundo Edumundo (2012), “os ecossistemas, a energia não é reaproveitada, pois tem
um fluxo unidireccional. Já a matéria circula nos ecossistemas sob diferentes formas,
sendo reutilizada através de ciclos, como o ciclo da água, o do carbono, o do oxigénio e
o do azoto”( p.71)

Ciclos biogeoquímicos

Os principais ciclos biogeoquímicos são:

 Ciclo do nitrogénio;
 Ciclo do carbono;
 Ciclo do oxigénio;
 Ciclo do fósforo;
 Ciclo da água.

Os ciclos biogeoquímicos são processos naturais que envolvem a circulação de


elementos químicos essenciais para a vida, como carbono, nitrogênio, oxigênio, fósforo
e outros, entre os componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (atmosfera, litosfera,
hidrosfera) da Terra. Esses ciclos incluem ciclos como o do carbono, do nitrogênio, do
fósforo, do oxigênio, entre outros.

Canali (2004) atesta que ao tomar a noção de geossistema como uma estrutura concreta
de operacionalização do conceito de paisagem, o mesmo pode ser visto como

“integrando os subsistemas potencial ecológico de determinado espaço no qual há uma


exploração biológica, podendo ser influenciado na estrutura e expressão espacial por
factores sociais e económicos” (p. 178).

Assim é factível afirmar que o geossistema tem por princípio balizador de estudo a
conectividade e totalidade dos sistemas naturais formadores do“todo” ambiente.

Em cada ciclo, os elementos passam por diferentes formas químicas e estados físicos,
movendo-se através de diferentes reservatórios, como o solo, a atmosfera, os oceanos e
os seres vivos. Por exemplo, no ciclo do carbono, o dióxido de carbono (CO2) é
absorvido pelas plantas durante a fotossíntese, passa pela cadeia alimentar quando os
organismos consomem as plantas, é liberado na respiração e na decomposição,
retornando à atmosfera. Da mesma forma, no ciclo do nitrogénio, o nitrogênio
atmosférico é fixado por bactérias no solo, utilizado pelas plantas para crescimento,
consumido por animais herbívoros e decomposto por microrganismos, liberando amônia
e nitratos de volta ao solo.

Esses ciclos são essenciais para manter o equilíbrio ecológico e garantir a


disponibilidade de nutrientes para os seres vivos na Terra.

Decomposição

Segundo Oliveira (1998), a decomposição da matéria é um processo fundamental na


reciclagem de nutrientes e na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas. Envolve a
quebra de matéria orgânica morta em substâncias mais simples, como nutrientes
inorgânicos, por meio da acção de organismos decompositores, como fungos, bactérias
e insectos.

Esses organismos secretam enzimas que degradam moléculas complexas, como


proteínas e carboidratos, em compostos mais simples, como dióxido de carbono, água e
nutrientes como nitrogénio, fósforo e potássio. Esses nutrientes são então
disponibilizados para as plantas e outros organismos, reiniciando o ciclo da matéria.

A decomposição da matéria também é importante para a manutenção da qualidade do


solo, pois ajuda a aerar e enriquecer o solo com nutrientes essenciais, promovendo
assim o crescimento das plantas. Além disso, a decomposição da matéria orgânica
contribui para a redução do acúmulo de resíduos no ambiente, tornando-a uma parte
crucial dos processos naturais que sustentam a vida na Terra.

Fotossíntese

A fotossíntese é o processo pelo qual as plantas, algas e algumas bactérias convertem a


luz solar em energia química, geralmente na forma de glicose, utilizando dióxido de
carbono e água. Esse processo é essencial para a produção de oxigénio na atmosfera e
para a sustentação da vida na Terra.

Respiração

A respiração é o processo pelo qual os organismos obtêm energia a partir da quebra de


moléculas de glicose, geralmente com a utilização de oxigénio. Nas células, a glicose é
oxidada para produzir dióxido de carbono, água e energia na forma de ATP (adenosina
trifosfato), que é utilizado para alimentar as actividades celulares. Existem dois tipos
principais de respiração: aeróbica, que requer oxigénio, e anaeróbica, que ocorre na
ausência de oxigénio.

Para Rodrigues (2001) afirma que forma precisa a circulação da matéria, destacando os
principais aspectos envolvidos:

Ciclo biogeoquímico

Os ciclos biogeoquímicos são as rotas pelas quais os elementos químicos essenciais,


como carbono, nitrogénio, fósforo e oxigénio, são transferidos entre os componentes
bióticos (organismos vivos) e abióticos (ambiente não vivo) do geossistema. Esses
ciclos envolvem processos como a fotossíntese, a respiração, a decomposição, a fixação
de nitrogénio, a erosão e a sedimentação.

Fluxos de energia
A energia solar é a principal fonte de energia para os ecossistemas terrestres. Através da
fotossíntese, as plantas convertem a energia solar em energia química, que é transferida
para os consumidores primários, como herbívoros, seguindo a cadeia alimentar. A
energia é gradualmente dissipada e perdida em forma de calor à medida que a matéria é
decomposta e metabolizada ao longo dos níveis tróficos.

Referências Bibliográficas

.Smith, J. (2018). Circulação da Matéria na Natureza. Editora

Odum, E. P. (1971). Fundamentals of ecology. (3rd ed.). Saunders.

Odum, E. P. (1997). Ecology: A bridge between science and society. Sinauer


Associates.

ODUM, E. P.; BARRET, G. W. Fundamentos de ecologia. São Paulo: Thomson


Learning/Pioneira.

PINTO-COELHO, R. M. Fundamentos em ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2000.

RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. [Cidade]: Guanabara Koogan, 2003.

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