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Mineiros - GO, 16 de novembro de 2022
Série/Turma: 3a série - Ensino Médio Professora: Daniela Disciplina: Biologia
Os Ciclos Biogeoquímicos
O trajeto das substâncias do ambiente abiótico (elementos físicos, químicos ou geológicos
do ambiente, por exemplo: água, solo, ar e calor) para o mundo dos seres vivos e o seu retorno ao
mundo abiótico completam o que chamamos de ciclo biogeoquímico.
Esta última é oxidada pelo processo de respiração celular, que resulta em liberação de CO2
para o ambiente. A decomposição e queima de combustíveis fósseis (carvão e petróleo) também
libera CO2 no ambiente.
Além disso, o aumento no teor de CO2 atmosférico causa o agravamento do "efeito estufa"
que pode acarretar o descongelamento de geleiras e das calotas polares com consequente
aumento do nível do mar e inundação das cidades litorâneas.
Assim, os ciclos biogeoquímicos são a retirada dos elementos químicos do ambiente, sua
utilização pelos organismos e sua devolução ao ambiente, estabelecendo uma constante troca de
matéria entre os seres vivos e o ambiente.
Ciclo da água
Ciclo da água.
A água presente na forma líquida na superfície terrestre sofre evaporação e passa para a
atmosfera. Em camadas mais altas da atmosfera, a água sofre resfriamento e condensa-se
formando nuvens. Após a precipitação da chuva, retorna para a superfície terrestre em sua forma
líquida.
A água é componente fundamental do corpo dos seres vivos, fazendo parte de seu
metabolismo e retornando ao ambiente pelos processos de excreção, transpiração e respiração.
As plantas liberam parte da água que absorvem através da evapotranspiração, quando perdem
água devido a abertura dos estômatos presentes nas folhas. Esse é um processo importante para
resfriar o corpo da planta, além de permitir a condução de seiva bruta das raízes até as folhas. Já
os animais liberam água por meio da transpiração, respiração, urina e fezes.
Ciclo do carbono
Ciclo do carbono
Para que o carbono das moléculas de CO2 fique disponível para os produtores e depois
consumidores e decompositores, ele deve ser fixado em moléculas orgânicas através de processos
autotróficos como fotossíntese e quimiossíntese. Por meio da respiração e fermentação, o CO2
retorna para o meio ambiente. O CO2 também é liberado para a atmosfera na queima de
combustíveis fósseis como carvão mineral, gasolina e óleo diesel. Vale lembrar que esse é um dos
principais mecanismos causadores do aquecimento global. Além disso, a queima de florestas é
outro meio de liberação carbono para a atmosfera.
Ciclo do oxigênio
Ciclo do oxigênio
O ciclo do carbono e do oxigênio são muito relacionados, tendo em vista que ambos fazem
parte dos processos de fotossíntese e respiração. A fotossíntese libera oxigênio para atmosfera,
enquanto a respiração o consome. Praticamente todo o oxigênio livre na atmosfera e na hidrosfera
tem origem biológica, no processo de fotossíntese. Ao chegar na estratosfera, o oxigênio é
transformado em ozônio (O3) por ação dos raios ultravioletas, formando um importante filtro contra
a entrada em excesso dessa radiação no planeta. A exposição em excesso a esse tipo de reação
pode causar câncer de pele e alterações genéticas por induzir mutações.
Ciclo do nitrogênio
Ciclo do nitrogênio.
Apesar do nitrogênio apresentar uma proporção aproximada de 79% na atmosfera, sua
forma gasosa não é utilizada de forma direta pela maioria dos seres vivos. Graças a isso, para que
o nitrogênio seja aproveitado, os seres vivos dependem de sua fixação por biofixadores. A
biofixação é realizada principalmente por bactérias e cianobactérias, que podem viver livres ou
associadas a raízes de plantas formando nódulos chamados de bacteriorrizas. Esses organismos
transformam N2 atmosférico em amônia (NH3).
A amônia produzida pelas bacteriorrizas é transferida para a planta, que agora pode usá-la
para sintetizar aminoácidos e nucleotídeos. Já a amônia produzida pelos biofixadores de vida livre
será transformada em nitrito e em nitrato pelas bactérias nitrificantes (Nitrossomonas e Nitrobacter).
O nitrato liberado pode ser utilizado pelas plantas. Os animais obterão o nitrogênio através da
alimentação. O nitrogênio retornará ao ambiente pela excreção e pela decomposição de
organismos mortos. Excretas nitrogenadas serão transformadas em amônia por organismos
decompositores. A amônia será transformada em nitrito e nitrato pelas bactérias nitrificantes ou em
nitrogênio pelas bactérias desnitrificantes. Assim, o nitrogênio retorna a atmosfera na forma gasosa,
permitindo a continuidade do ciclo.
O excesso dessas substâncias representa uma ameaça direta para os organismos vegetais
e animais presentes no ambiente. De forma resumida, a bioacumulação é o aumento de
concentrações de substâncias químicas em organismos biológicos ao longo do tempo.
Dos poluentes não biodegradáveis que se acumulam ao longo da cadeia, merecem destaque
os metais pesados, como o mercúrio, o chumbo e o cádmio, elementos frequentemente presentes
em processos industriais, no lixo eletrônico e garimpos irregulares (mercúrio). Também contribuem
para a magnificação biológica os compostos organoclorados, como o DDT e o BHC (inseticidas), o
cloreto de vinila, que são substâncias muito usadas na indústria, principalmente na produção de
plásticos e insumos agrícolas, e os organofosforados, também utilizados na produção de pesticidas
e são altamente tóxicos. O uso de muitas dessas substâncias como o DDT, já foi proibido por vários
países, exatamente devido ao alto teor de toxidez.