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Ciclos biogeoquímicos

Respostas

Um Ciclo é um sistema constituído por dois ou mais reservatórios através dos quais uma grande
parte da matéria é transferida dentro do sistema de uma forma cíclica.

Os ciclos biogeoquímicos sao termos que descrevem os ciclos, globais ou regionais, de


elementos que fazem parte dos sistemas vivos, tais como C, N, S e P, com reservatórios que
incluem, o todo ou em parte, a Atmsofera, a Hidrosfera, a Litosfera e os organismos vivos (a
Biosfera).

Os ciclos não são todos semelhantes, como podemos ver abaixo pois cada tem processos
diferentes e tambem usam e produzem diferentes elemos e etapas.

Os ciclos podem ser divididos em varios grupos:

• Ciclo da agua envolve a evaporação da agua de rios, lagos e mares, bem como os
processos metabolicos dos seres vivos. Este ciclo acontece constantemente em todo o
mundo.

• Ciclo do oxigênio é o processo pelo qual elementos em diferentes formas químicas


passam do meio ambiente para os seres vivos e retornam ao ambiente. Esse ciclo
apresenta importantes processos, como a fotossíntese e a respiração.

A principal forma de produção de oxigênio é pelo processo de fotossíntese, realizado


pelos organismos autotróficos fotossintetizantes, como plantas e algas. Esses organismos
assimilam o dióxido de carbono (CO2) para a produção de matéria orgânica e liberam no
ambiente, como um dos produtos finais do processo, o gás oxigênio (O2).

O oxigênio liberado na atmosfera será utilizado por alguns organismos no processo


de respiração celular. Um dos produtos finais da respiração celular é o dióxido de carbono, que
será liberado no ambiente. Assim, podemos observar como os ciclos do oxigênio e do carbono
estão interligados. É importante destacar que o oxigênio produzido também participará da
formação da camada de ozônio.

• Ciclo do carbono é um ciclo biogeoquímico no qual o elemento carbono sai do meio


ambiente para os organismos vivos, retornando, em seguida, ao meio ambiente.
O carbono é um elemento que está presente na composição de todas as moléculas
orgânicas, essenciais para os seres vivos, além de alguns compostos inorgânicos. Na
atmosfera, o carbono está presente na forma de dióxido de carbono (CO2).

Ciclo do azoto o nitrogênio está presente nas moléculas de aminoácidos, constituintes


das proteínas, sendo, assim, um elemento essencial para os seres vivos, e constitui cerca de
78% da atmosfera. O ciclo do nitrogênio pode ser dividido em três etapas: Fixação,
Nitrificação e Desnitrificação.
Ciclo do fósforo é basicamente sedimentar embora possua uma fase gasosa. A principal forma
de assimilação pelos produtores é como sulfato inorgânico. O processo biológico envolve
microrganismos com funções específicas de redução e oxidação. A assimilação é mineralizado
em processo de decomposição.Podemos encontrar um grande reservatório de enxofre na crosta
terrestre e um menor na atmosfera. Assim, seu ciclo passa por etapas no solo, na água e na
atmosfera.

Para este trabalho vamos focar mais nos ciclos de água e carbono

Ciclo da água

A água é um dos elementos essenciais para a vida no planeta. Ela está presente na natureza em
três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. Em seu ciclo ela passa da fase líquida, presente
em rios e mares, por exemplo, para o estado de vapor por meio da evaporação.

Em camadas mais altas da atmosfera, o vapor da água condensa-se e volta à superfície na forma
líquida, num processo denominado precipitação. Entretanto, quando o resfriamento do vapor
de água ocorre excessivamente, após a condensação, ele solidifica-se e volta à terra na forma
de neve ou granizo.

Este ciclo apresenta três grandes reservatórios os Oceanos, a Atmosfera e os Continentes e


inicia-se nos oceanos, que corresponde a cerca de 97% da massa total da hidrosfera, onde
ocorre o fenómeno da evaporação da água oceânica, por influência da radiação solar incidente,
transferindo-a sob a forma de vapor para a atmosfera.

Intuitivamente conclui-se que todo este ciclo hidrológico é fortemente dependente da energia
proveniente do Sol, já que é a sua radiação a energia motriz de todo o sistema. Claro está que
a maior ou menor incidência da sua radiação na superfície terrestre, após atravessar toda a
atmosfera, irá condicionar a quantidade de água que sofre evaporação e, logo, condensação,
formando uma maior ou menor soma de nuvens que, consequentemente, irão dar origem a
precipitações mais ou menos intensas. Quanto maior for a quantidade de nuvens formadas na
atmosfera, menor será a incidência solar, já que estas promovem uma maior reflexão destas
radiações.

O tempo de residência é o tempo médio despendido por um átomo ou molécula dentro do


reservatório. Se o percurso desse átomo ou molécula é dependente de transporte físico, designa-
se também por Tempo de Trânsito.

Um reservatório corresponde a toda e qualquer quantidade de material com características


físicas, químicas ou biológicas, o qual, para efeitos de análise, se considera ser suficientemente
homogéneo. O seu conteúdo pode ser definido em termos de massa ou de concentração.

A quantidade de material transferido de um reservatório para outro por unidade de tempo


designa-se por fluxo, cujas unidades são massa por unidade de área por unidade de tempo,
quando os sistemas envolvem transporte de massa.
Uma das consequências mais devastadoras da actividade humana para o meio ambiente e, neste
caso, também para as águas pluviais, é a utilização de componentes poluentes. Neste contexto,
as chuvas ácidas são a manifestação desta actividade. Inicialmente nelas encontram-se alguns
gases que reagem com a água e outros compostos gasosos, formando novas espécies; tal é o
caso do CO2, SO2, NO2, HCl, conduzindo à formação de ácidos (como o H2CO3, H2SO4,
HNO3 e HCl) ou bases (como o NH4OH). A maioria dos compostos ácidos experimentam
forte dissociação, daqui resultando as águas ácidas, enriquecidas em SO42-, NO3-, Cl-, HCO3-
e H+.

Ciclo do carbono

O carbono retorna ao ambiente, na forma de dióxido de carbono (CO2), pelos seres vivos em
processos de respiração e decomposição. O homem contribui com o aumento do CO2 na
natureza por meio de ações como desmatamento, queimadas e uso de combustíveis fósseis.

Atraves da fotossíntese, os organismos autotróficos assimilam os compostos carbonatos,


transforma-os em matéria orgânica e transferem-na aos organismos heterotróficos por meio
da cadeia alimentar. Organismos que realizam a quimiossíntese também utilizam o carbono
para a produção de compostos orgânicos.

A quantidade de CO2 no reservatório oceânico depende dos seus fluxos de entrada e saída que
este estabelece com a atmosfera e com os sedimentos do fundo, por fenómenos de transferência
de massa como a difusão, a dissolução e a precipitação de compostos que englobam esta
molécula. Existem três principais processos, que controlam estes fenómenos: a bomba de
solubilidade, a bomba biológica e a bomba dos carbonatos.

Como o próprio nome indica, o primeiro tipo de bomba está relacionado com a solubilidade do
CO2 nas águas oceânicas, sendo que é tanto maior quanto mais baixa for a temperatura,
controlando a sua pressão parcial e o fluxo de transferência entre a atmosfera e os oceanos. A
bomba biológica está associada a processos biológicos em promovem a transferência de CO2
e, logo, carbono entre a atmosfera, os oceanos e os sedimentos. Através da fotossíntese o
fitoplâncton, organismos que proliferam na zona eufótica, consome CO2 dissolvido nas águas
marinhas, libertando também este composto via respiração. O dióxido de carbono é igualmente
utilizado para a formação de carapaças e conchas de organismos vivos, os quais, depois da sua
morte, sofrem decomposição, transferindo este gás de volta aos oceanos. As estruturas
inorgânicas dos mesmos acumulam-se nos fundos oceânicos, dando posteriormente origem a
sedimentos, promovendo uma remoção de CO2 do reservatório em causa, por precipitação de
CaCO3. Este processo altera a alcalinidade das águas, libertando parte deste constituinte para
a atmosfera – bomba dos carbonatos.

A demanda global pelas reservas limitadas de combustíveis fósseis da Terra tem aumentado
desde o início da Revolução Industrial. Os combustíveis fósseis são considerados um recurso
não renovável porque estão sendo usados muito mais rapidamente do que podem ser
produzidos pelos processos geológicos.

Quando os combustíveis fósseis são queimados, CO2 é liberado no ar. O aumento do uso de
combustíveis fósseis tem levado a níveis elevados de CO2 atmosférico.

O corte de florestas é também um dos principais contribuintes para o aumento dos níveis
de CO2. Árvores e outras partes de um ecossistema florestal sequestram carbono, e muito do
carbono é liberado como CO2 se a floresta é cortada.

Parte do CO2 extra produzido por atividades humanas é utilizado por plantas ou absorvido pelo
oceano, mas estes processos não contrabalançam completamente o aumento. Assim, os níveis
de CO2 atmosférico aumentaram e continuam a aumentar. Os níveis de CO2 naturalmente
aumentam e diminuem em ciclos de longos períodos de tempo, mas eles estão mais altos agora
do que jamais estiveram nos últimos 400.000 anos.

Tanto o aumento das temperaturas quanto o aumento de acidez podem prejudicar a vida
marinha e ambos têm sido relacionados ao branqueamento de corais.

O debate sobre os efeitos futuros do aumento da concentração de carbono atmosférico nas


mudanças climáticas tem como foco os combustíveis fósseis. Porém, os cientistas devem
considerar os processos naturais, como vulcões, crescimento vegetal, nível de carbono no solo
e respiração em seus modelos e predições do impacto futuro deste aumento.

Walker afirma que concentrações elevadas de CO2 na atmosfera aumentam o efeito de estufa,
aumentando a temperatura, e consequentemente, a taxa de meteorização de rochas silicatadas,
desenvolvendo um feedback negativo ao aumento de CO2 atmosférico. O aumento da
meteorização baixa a concentração do CO2 atmosférico e das temperaturas globais,
funcionando como um feedback negativo ao aumento da taxa de meteorização.

Esta hipótese fundamenta-se assim na utilização da meteorização como um termostato.

Bomba de Solubilidade do CO2: É um dos cde captura deste gás que está relacionado com a
sua solubilidade. Depende da temperatura da água e da sua quantidade na atmosfera, sendo a
sua solubilidade indirectamente proporcional à temperatura, e directamente proporcional à sua
quantidade na atmosfera. Após ser dissolvido, o CO2 fica disponível para ser absorvido pelo
fitoplâncton marinho sendo importante para a produção primária.

Grosso modo, está relacionado com a abundância de CO2 nesta zona dos oceanos. Ele não só
é inserido a partir da atmosfera de forma a haver um estado de equilíbrio entre os meios, como
também é um resultado da actividade biológica fotossintética existente em maior quantidade
em zonas superficiais.
Havendo CO2 nestas zonas a reacção que ele tem com as moléculas de água dão origem ao
ácido carbónico (por sua vez leve e de fácil dissociação) que liberta iões H+ para o sistema
juntamente com carbonato (CO3)-2.

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