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Livro 2, 11.11.

2017
Programação
09:00 Biologia e Meio Ambiente: Ciclos Biogeoquímicos e
Desequilíbrio Ecológico

10:00 Matemática: Análise Combinatória, Geometria e Porcentagem

11:00 Química: Termoquímica e Radioatividade

11:45 Dicas de Alimentação para a prova

12:00 Física: Eletrodinâmica

13:00 Estratégias de Prova

13:45 Natureza: Como Energia pode cair em Física,


Química e Biologia

14:45 Biologia: Engenharia Genética, Citoplasma e Organelas,


Teorias Evolutivas

15:30 Matemática: Macetes do Mendigo

16:00 Física: Ondas

/tamojuntoenem
17:30 Química: Radioatividade e Eletroquímica

18:20 Biologia: Respiração Celular

19:00 Matemática: Função Quadrática e Probabilidade

20:00 Relaxamento e Meditação

21:00 Encerramento

/tamojuntoenem
Biologia
01. Ciclos Biogeoquímicos 04. Citoplasma e Organelas
02. Desequilíbrio Ecológico 05. Teorias Evolutivas
03. Engenharia Genética 06. Respiração Celular

09:00 Oda e Bandeira


14:45 Oda e Nelson
18:20 Oda

01.
Ciclos Biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos descrevem a O ciclo do carbono está diretamente
passagem dos elementos químicos através relacionado com a duas reações metabólicas:
do ambiente, envolvendo sua utilização fotossíntese e respiração. Abaixo, pode-se
pelos organismos e posterior devolução, ver as reações simplificadas:
estabelecendo uma constante relação de Energia Solar
troca entre os seres e o ambiente.
Fotossíntese
Ciclo de Carbono
Glicose
Respiração celular

Partindo do CO2 atmosférico, ele poderá


ser fixado em matéria orgânica, a partir do
processo da fotossíntese, gerando glicose.
A “queima” da glicose pelos animais , no
processo da respiração celular, libera CO2
de volta para a atmosfera, renovando esse
gás na atmosfera. Processos de combustão
também liberam CO2 para a atmosfera,
sendo também responsáveis pela reposição
desse estoque.
Além disso, ao longo da cadeia alimentar, o
carbono vai sendo transferido de organismo
para organismo, através tanto de relações

/tamojuntoenem 4 Biologia - Ciclos Biogeoquímicos


alimentares, quanto da decomposição da A água líquida, presente na superfície
matéria orgânica. O carbono da matéria terrestre, sofre evaporação e vai a atmosfera
orgânica também pode formar reservatórios na forma de vapor d’água. Nas camadas
fósseis, que podem ser refinados na forma de mais altas da atmosfera, essa água se
combustíveis fósseis, cuja combustão libera resfria e condensa, formando nuvens que
grande quantidade de CO₂ para a atmosfera, liberam água líquida na forma de chuva.
sendo uma causa do efeito estufa. Essa água líquida pode permear o solo
e atingir uma rocha matriz impermeável,
Ciclo do Oxigênio formando reservatórios chamados lençóis
freáticos. No ciclo longo, os seres vivos
passam a participar, tendo em vista que
água é fundamental para a vida, e faz parte
do metabolismo destes seres. Plantas
liberam água para a atmosfera através
da evapotranspiração, principalmente, e
retiram água do solo através da absorção
pelas raízes. Os animais podem ingerir
água diretamente ou receber através da
cadeia alimentar, e liberam essa água para
o ambiente através de sua respiração,
O Ciclo do Oxigênio está diretamente ligado transpiração, excreção e no ato de defecar.
ao ciclo do carbono e às suas reações. O O₂
atmosférico é retirado através dos processos Ciclo do Nitrogênio
de respiração celular aeróbica dos seres
vivos, e liberado para a atmosfera a partir da
fotossíntese. O₂ também é fundamental para
o processo de combustão, sendo consumido
nesta reação exotérmica.
Na estratosfera, ocorre a formação do ozônio
(O₃), reação causada pela radiação UV. AA
camada de ozônio, inclusive, é fundamental
para a absorção dos raios UV, impedindo que
eles cheguem a crosta terrestre.

Ciclo da Água
O Ciclo Biogeoquímico da Água pode
ser dividido em dois: Pequeno Ciclo e O N₂ é o gás mais abundante na atmosfera
Grande Ciclo, sendo o Pequeno Ciclo sem terrestre, compondo cerca de 78% dela,
participação dos seres vivos. mas sua forma gasosa é utilizada, de forma
direta, por apenas poucos seres vivos, não
sendo diretamente absorvido por plantas e
animais, por exemplo. Os protagonistas deste
ciclo são as bactérias e cianobactérias, que
fixam o nitrogênio atmosférico em formas
utilizáveis. Inicialmente, bactérias fixadoras,
em especial do gênero Rhizobium, realizam
o processo de amonificação, fixando o
N₂ atmosférico na forma de NH₃, + amônia,
ou NH₄ , amônio. Essa amônia passa pelo

/tamojuntoenem 5 Biologia - Ciclos Biogeoquímicos


processo da nitrificação, realizado pelas
bactérias nitrificantes (especialmente do
gênero Nitrosomonas e Nitrobacter.),
sendo as Nitrosomonas responsáveis pela
nitrosação, isso é, conversão do NH₃ em NO₂
(nitritos) e as Nitrobacter convertem esse
nitrito, NO₂, em nitrato, NO₃, no processo
chamado nitratação. Esse nitrato já pode
ser assimilado pelas plantas, que o utilizarão
para formar seus aminoácidos e outros
compostos nitrogenados. Esse nitrogênio
O problema é que a ação antrópica intensifica
chega aos animais através da cadeia alimentar,
esse efeito, causando um aumento na
e o devolvem ao ambiente através de seus
temperatura média do planeta. A derrubada e
excretas nitrogenados. Tanto animais quanto
queimada de florestas contribui diretamente
plantas são decompostos, liberando de novo
para a intensificação do efeito estufa, já
amônia no ambiente. Bactérias desnitrificantes
que há liberação de CO₂ no processo de
são capazes de degradar o NO₃- e formar N₂,
combustão e a derrubada de árvores diminui
repondo os estoques atmosféricos.
a taxa de fotossíntese, processo responsável
pela remoção do CO2 da atmosfera. Além
02. disso, a queima de combustíveis fósseis libera
uma taxa de carbono que não estava antes
Desequilíbrio Ecológico circulante pela atmosfera, já que esteve fixado
por milhões de anos, agravando ainda mais
Ações antrópicas com liberação de poluentes esse problema.
podem causar severos desequilíbrios
ecológicos, gerando repercussões diretamente Entre os problemas diretamente relacionados
no funcionamento dos ecossistemas. Entre ao aumento da temperatura resultante do
estes desequilíbrios, pode-se destacar seis: efeito estufa, podemos citar o degelo das
efeito estufa, buraco na camada de ozônio, calotas polares, o aumento no nível dos
eutrofização artificial, magnificação trófica, oceanos, aumento da evapotranspiração
chuva ácida e maré negra. das plantas (o que poderia resultar em uma
savanização de florestas tropicais, como
Poluição Atmosférica a Amazônia), extinção de animais que
Efeito Estufa dependem de ambientes mais frios, extinção
O efeito estufa consiste em um fenômeno de espécies que dependem do ambiente
natural, fundamental para a manutenção para a regulação de sua temperatura, entre
da temperatura no planeta. É formada uma outros prejuízos.
barreira de gases, em especial o CO₂ e o CH₄,
que permite a retenção de raios infravermelhos Buraco na Camada de Ozônio
na Terra, aumentando a temperatura.

Esse processo é fundamental para a


manutenção da temperatura do planeta
porque ele é responsável pela retenção de
calor. Sem isso, as noites seriam absurdamente
frias, talvez impedindo até o desenvolvimento
de vida no planeta.

/tamojuntoenem 6 Biologia - Desequilibrio Ecológico


O oxigênio na forma de ozônio (O₃) forma econômico dos países envolvidos, teve boa
uma camada protetora da superfície terrestre, adesão, sendo considerado bem sucedido.
capaz de filtrar os raios UV. Os raios UV são
mutagênicos, podendo alterar a sequência Chuva Ácida
do DNA e causar mutações que podem
desenvolver problemas, como o câncer.
Podem causar dano aos olhos, resultando em
catarata, também.

O ozônio, no entanto, é um composto instável,


e reage facilmente com o Cloro.
A ação antrópica que influencia nesse efeito
é, principalmente, a utilização de gases CFC
(clorofluorcarbonetos), antigamente muito Devido a reação do CO₂ com a água, toda
utilizados em aparelhos de refrigeração e chuva é, naturalmente, ácida, com pH em
sprays aerossol. Esses gases CFC reagiam com torno de 5,5. Ainda assim, o fenômeno da
o ozônio, degradando-o, causando a rarefação chuva ácida refere-se a chuvas com pH ainda
da camada e expondo a superfície terrestre à menor, causadas pela emissão de poluentes
ação plena dos raios UV. industriais na atmosfera, como óxidos de
enxofre e nitrogênio. Estes poluentes, ao
Formando monóxido
Radical de cloro de cloro e oxigênio reagirem com a água presente na atmosfera,
quebra a ligação Cl O₂

UVB
da molécula de ozônio
+
Molécula de oxigênio
formam uma chuva ainda mais ácida que a
O e liberada na atmosfere

Cl
O₃
normal, com a presença de ácidos fortes como
Radiação UV remove
o átomo de cloro da
molécula de CFCs
o ácido nítrico e o ácido sulfúrico.
Átomo de oxigênio
Cl na atmosfera
CFC O₂ Cl
O
+
Produz oxigênio e Quebra ligação da molécula
Essa chuva ácida tem diversos efeitos, tanto
O de monóxido de cloro
libera radical de cloro
sobre o meio natural quanto sobre áreas
urbanas. No meio natural, pode causar
acidificação dos corpos d’água, resultando
na grande mortandade de seres aquáticos.
Além disso, há danos para a cobertura
vegetal por conta da destruição foliar, que
por consequência também deixa o solo
exposto a essas chuvas, causando a lixiviação
(processo erosivo de lavagem da camada
superficial) do solo.
Vale citar que esses gases não estão
relacionados ao aumento da temperatura No meio urbano, a chuva ácida pode causar
global, então não devem ser confundidos com problemas de pele, problemas respiratórios
gases estufa. Nem a camada de ozônio deve (com a formação de neblina ácida), além do
ser confundida com o fator causador do efeito desgaste de esculturas e demais estruturas
estufa. Os gases responsáveis são outros, da cidade.
como o CO₂ e o CH₄.
Substâncias destruidoras da camada de ozônio
são controladas por um tratado assinado por
150 países, o Protocolo de Montreal, que visava
a substituição do CFC por outras substâncias
que não agridem a camada de ozônio. O
Protocolo, por não interferir com o modelo

/tamojuntoenem 7 Biologia - Desequilibrio Ecológico


Poluição das Águas Magnificação trófica

Eutrofização Artificial

Na magnificação trófica há despejo de


poluentes não-biodegradáveis na água,
A eutrofização artificial ocorre quando há como DDT (pesticida), metais pesados,
despejo de poluentes biodegradáveis, como etc. Esses poluentes podem ser absorvidos
esgoto e fertilizantes, no meio aquático. pelo fitoplâncton, de modo que, por
A decomposição desse material orgânico por não ser biodegradável, ele tende a ficar
bactérias aeróbicas decompositoras libera acumulado no corpo desses seres, mesmo
nutrientes inorgânicos no meio, como sais que em doses pequenas. No entanto, o
minerais, induzindo um grande aumento da zooplâncton, que se alimenta de algas, irá
população de microalgas (blooming). Essas acumular gradativamente esse poluente
algas formam uma densa camada que impede no corpo, conforme for comendo algas.
a passagem de luz para níveis inferiores, Pequenos peixes, que se alimentam de
o que causa alteração dos níveis de O₂ zooplâncton, consumirão quantidades
dissolvido na água. A proliferação de peixes maiores de zooplâncton para satisfazer suas
no nível de consumidor primário também necessidades nutricionais, acumulando ainda
é expressiva, e a morte desses seres (tanto mais o poluente em seus corpos. Em resumo,
peixes quanto algas) agrava o problema da quanto maior for o nível trófico, maior a
falta de O₂. Com o tempo, não haverá O₂ ingestão do poluente não-biodegradável
dissolvido na água, causando a mortandade acumulado no corpo de seu alimento e,
de seres aeróbicos, em especial de peixes e portanto, maior o acúmulo do poluente no
outros animais. corpo desse ser vivo.
Numa cadeia alimentar fitoplâncton >
zooplâncton > peixes pequenos > peixes
maiores > gaivota, o poluente terá maior
acumulação no corpo da gaivota, o último
nível trófico.

Maré Negra

A decomposição destes aeróbicos se dará


por bactérias anaeróbicas, que liberam, como
produtos metabólicos secundários, gases
como o CH₄, um potente gás estufa.

/tamojuntoenem 8 Biologia - Desequilibrio Ecológico


A maré negra consiste em um derramamento Entre os processos de Engenharia Genética,
de petróleo, normalmente sobre o mar, pode-se destacar a clonagem, o DNA-
causado geralmente por petroleiros. Fingerprint e a transgenia.
A camada de petróleo formada é espessa e
impede a passagem de luz solar, afetando Clonagem
os autotróficos fotossintetizantes, como as A clonagem, como o nome indica, tem
algas. Isso interfere na cadeia alimentar, como objetivo a formação de um clone, um
já que os produtores começam a morrer indivíduo que é uma cópia geneticamente
e eles representam a base das cadeias. idêntica ao organismo original.
Isso diminui também o nível de oxigênio
dissolvido nessa região, podendo ocasionar O processo consiste na implantação do
um caso de eutrofização. Além disso, o núcleo de uma célula somática (2n) em um
petróleo pode formar pequenos aglomerados óvulo anucleado, para desenvolvimento
que precipitam, podendo ser absorvidos deste “zigoto”. O indivíduo clonado será o
pelas brânquias de peixes, causando sua doador do núcleo somático, não o doador
intoxicação e consequente morte. Pode do óvulo anucleado, já que o material
afetar também aves marinhas, já que suas genético está contido no núcleo.
penas são impermeabilizadas por uma
camada de óleo apolar que se mistura ao Técnica de Clonagem
petróleo e as deixa pesadas demais para voar, Núcleo
causando seu eventual afogamento.

Descarga Elétrica
Célula adulta
Óvulo não
fertilizado
Núcleo
Óvulo sem
Célula adulta
núcleo

Formação
de embrião

Por exemplo, se for removido o núcleo de

03.
uma célula somática de Derek e este núcleo
for implantado em um óvulo anucleado
de Meredith, e se a célula resultante
Engenharia Genética for implantada no útero de Callie para a
gestação, será originado um clone de Derek
Consiste em técnicas de manipulação com o DNA mitocondrial de Meredith. Callie
e recombinação direta do DNA, mais não tem influência genética sobre o clone,
especificamente dos genes, através de apenas em fatores congênitos.
um diversificado conjunto de técnicas, Um exemplo de clonagem bem sucedida
sendo este norteado pelo uso de enzimas em mamíferos foi a ovelha Dolly, o primeiro
de restrição capazes de cortar o DNA em mamífero a ser clonado.
segmentos específicos, quase como uma
“tesoura molecular”.

T T A A G
C
AT T C
GA

/tamojuntoenem 9 Biologia - Egenharia Genética


No entanto, ainda jovem, Dolly apresentou Na imagem anterior pode-se observar que
problemas relacionados à idade avançada, a amostra inicial, colhida em uma cena do
como artrose. Isso se deve ao fato de que os crime, é idêntica a amostra do suspeito 2,
cromossomos possuem porções conhecidas confirmando que o DNA deste suspeito 2
como telômeros, que desgastam com esteve na cena do crime.
o passar do tempo e são indicadores de Criança Mãe
Possível
Pai - I
Possível
Pai - II
envelhecimento celular. Como o núcleo de
Dolly foi proveniente de uma célula somática,
os telômeros já eram desgastados, causando
envelhecimento precoce.

DNA-fingerprint
A impressão digital de DNA, ou DNA-
fingerprint, é feita a partir do recorte de
trechos específicos do DNA com enzimas
de restrição, que serão separados através
da técnica de eletroforese. Todos os seres
possuem sequências de DNA distintas, que Outro exemplo é para testar paternidade. As
podem ou não ser similares, dependendo bandas da criança devem ser compatíveis com,
do seu grau de parentesco. A técnica de ao menos, um de seus genitores. Se uma banda
DNA fingerprint permite a análise disso. está em branco, o pai ou a mãe (ou ambos)
também devem ter uma banda em branco. Se a
banda for pintada, ou a mãe ou o pai devem ter
essa banda pintada. Na última banda, pode-se
observar que apenas o possível pai I e a criança
possuem a banda pintada, logo, o possível pai I
é pai dessa criança.

Transgenia

Fragmentos de DNA são colocados em


uma placa com um gel e, de acordo com
sua carga e tamanho, os fragmentos de
DNA tendem a migrar em direção ao lado
positivo, assumindo diferentes posições, Transgênicos, ao contrário do que muitos
representadas em forma de faixas (bandas). pensam, não são sinônimos de OGMs, ou
Cena do
crime
Suspeito 1 Suspeito 2 Suspeito 3 Organismos Geneticamente Modificados.
Uma forma correta de pensar seria dizer
que todo transgênico é um OGM, mas nem
todo OGM é um transgênico. Transgênicos
são, necessariamente, organismos que
receberam genes provenientes de uma
espécie diferente em seu genoma por
técnicas de engenharia genética, como o uso
das enzimas de restrição para a formação do
DNA recombinante. Se o gene veio da mesma
espécie, não é um transgênico.

/tamojuntoenem 10 Biologia - Egenharia Genética


04.
Se um humano A recebe o gene da insulina
humana de um humano B, ele não é
transgênico, é apenas um OGM. Agora, se
uma bactéria receber esse mesmo gene, ela Citoplasma e Organelas
será um transgênico. Esses genes passarão a
manifestar características da espécie doadora O citoplasma consiste no material contido no
na espécie receptora, então uma bactéria interior da célula, delimitado pela membrana
poderia sintetizar insulina humana, própria plasmática, e contém as organelas celulares.
para comercialização.

Transgênicos também podem ser utilizados


na agricultura, para a formação de linhagens
resistentes a pragas agrícolas e mais ricas em
nutrientes, entre outras características.
Há debates extensivos sobre possíveis
malefícios dos transgênicos, mas é importante
citar que a transgenia é uma técnica,
e há diversas linhagens de organismos
transgênicos, não sendo possível determinar É composto por uma porção viscosa (citosol,
que “transgênicos causam X doença”, como ou hialoplasma), onde ocorre a maioria
muitos alegam. A possibilidade mais real de das reações químicas necessárias para a
malefício causado pelos transgênicos, que já manutenção da vida. O fluido citoplasmático
é comprovada, é seu potencial alergênico. é composto principalmente por água,
Ao utilizar genes de uma espécie de camarão proteínas, sais minerais e açúcares, e pode
em uma planta de arroz para produção de armazenar, no caso de animais, gordura e
determinada proteína, por exemplo, pessoas glicogênio, estruturas de reserva energética.
com alergia a camarão poderiam ter alergia
também a esse arroz. Ainda assim, não há, até Organelas
a data, estudos que comprovem ligação entre
transgênicos e câncer, que é um dos fatores
mais falados.

Ainda assim, organismos transgênicos podem


ser prejudiciais aos ecossistemas. Se liberados
na natureza, esses organismos podem
levar espécies nativas à extinção, através
de exclusão competitiva. Além disso, o uso
constante e amplo de uma única linhagem de
transgênicos por diversos agricultores, seja
por seu potencial produtivo ou qualquer outro
motivo, diminui a variabilidade genética, então
uma praga ou mudança ambiental que não
seja favorável a essa linhagem poderá devastar
toda a cadeia de produção, visto que todas as
linhagens serão sensíveis a essa mudança.

/tamojuntoenem 11 Biologia - Citoplasmas e organelas


Retículo Endoplasmático Rugoso armazenamento, empacotamento e secreção
Formado por uma série de sacos achatados, de substâncias recebidas. Altamente
com ribossomos aderidos a sua membrana. desenvolvido em células de função
Também pode ser chamado Retículo secretora. Realiza a síntese de glicídios e
Endoplasmático Granuloso, ou Granular. Sua também forma lisossomos.
principal função é a síntese de proteínas, que
serão enviadas ao meio extracelular através
do Complexo Golgiense. Organela altamente
desenvolvida em células que secretam
hormônios proteicos, por exemplo.

Lisossomos
Bolsas membranosas que contém enzimas
Retículo Endoplasmático Liso digestivas capazes de realizar a digestão
Composto por cisternas membranosas, intracelular dos materiais que adentram essa
sem ribossomos aderidos à membrana (ao célula. Materiais fagocitados são digeridos
contrário do Retículo Rugoso) e apresenta pela fusão do fagossomo ao lisossomo,
mais de uma função. Sintetiza lipídios, age na formando assim um vacúolo digestivo para
desintoxicação do organismo (metabolização digerir aquele material. Os lisossomos também
de álcool, por exemplo, transformando-o em realizam o papel de autofagia, destruindo as
substâncias menos tóxicas ao organismo), organelas desgastadas para aproveitar sua
possível função de armazenamento, como matéria-prima (algo similar a um processo
nos vegetais, produzindo os vacúolos. de reciclagem intracelular), bem como a
apoptose, o processo de morte programada
da célula, como por exemplo no rabo do girino
durante sua transformação em adulto.

Mitocôndria
A mitocôndria é a usina energética da célula,
sendo responsável pela produção do ATP
através do processo da respiração celular.
A mitocôndria possui um DNA próprio, o
DNA mitocondrial, sempre idêntico ao DNA
mitocondrial materno, tendo em vista que as
mitocôndrias são sempre herdadas da mãe.
Teoriza-se que as mitocôndrias foram seres
procariontes que passaram a estabelecer
Complexo Golgiense uma relação simbionte com eucariontes.
Uma série de bolsas membranosas que Uma evidência é o fato do DNA mitocondrial
lembram pratos empilhados, age como ser circular, muito semelhante ao DNA
“correio” da célula, tem função de bacteriano em forma de plasmídeo, além dos

/tamojuntoenem 12 Biologia - Citoplasmas e organelas


ribossomos 70s (referência a seu tamanho), formação das fibras do áster. Também formam
comum também em procariontes, enquanto cílios e flagelos, estruturas de locomoção. A
os ribossomos de eucariontes possuem organização de microtúbulos no citoplasma
tamanho 80s. Além disso, possuem duas se dá pelo centrossoma, que é composto por
membranas, sendo uma a membrana original dois centríolos dispostos juntos, cada um com
da bactéria e outra a membrana oriunda do estrutura em forma de cilindro.
vacúolo fagocítico. A teoria que suporta essa
ideia é a Teoria Endossimbiótica. Ribossomos
Assim como os centríolos, não são
considerados como organelas por alguns,
tendo em vista que não são envoltos por
membrana. Sua função é a síntese de
proteínas. Os ribossomos acoplados ao RER
têm função de sintetizar proteínas para uso
externo da célula, enquanto ribossomos
livres no citoplasma sintetizam proteínas para
uso interno da célula.

Peroxissomos
Cloroplasto organelas esféricas responsáveis por
Organela presente em células vegetais, metabolizar o H2O2, um dos principais
também se encaixa na Teoria Endossimbionte, radicais livres. São vesículas repletas de
tendo sua origem similar a das mitocôndrias, catalase, uma enzima capaz de quebrar H2O2
sendo originalmente uma cianobactéria. A em H2O + O2 na seguinte reação:
função do cloroplasto é realizar fotossíntese, 2 H2O2 + Catalase -> 2 H2O + O2.
convertendo energia solar em energia
química. É no cloroplasto que está contido o Vacúolo
pigmento fotossintetizante das plantas, que organela encontrada na célula vegetal, com
confere sua cor verde, a clorofila. função de armazenamento de substâncias.
Pode armazenar açúcares, proteínas,
pigmentos, sais, água (auxiliando na regulação
de trocas hídricas), entre outras possibilidades.

Glioxissomos
Peroxissomo especial encontrado em células
vegetais, particularmente tecidos acumuladores
de gordura em sementes já em processo de
germinação, contém enzimas responsáveis
pelo início da quebra de ácidos graxos e sua
conversão em açúcares pela gliconeogênese.

Centríolos
Não envolvidos por membrana e, portanto,
não são considerados como organelas por
alguns autores, mas ainda são de fundamental
importância na célula animal, tendo em
vista que auxiliam na divisão celular e na
movimentação dos cromossomos com a

/tamojuntoenem 13 Biologia - Citoplasmas e organelas


05.
teorias evolutivas. Entre estas, três podem
ser destacadas: Lamarckismo, Darwinismo e
Neodarwinismo.
Teorias Evolutivas
Lamarckismo
Jean-Baptiste Lamarck foi um dos primeiros
a tentar explicar a evolução dos seres vivos.
Sua maneira de explicar a alteração de
características nos seres vivos, e a forma que
essas características eram passadas, foi a
Lei do Uso e Desuso e a Lei dos Caracteres
Adquiridos.

A Lei do Uso e Desuso diz que características


muito utilizadas pelo organismo se
desenvolvem, enquanto características pouco
utilizadas tendem a atrofiar e sumir. Para
Lamarck, o meio era um agente modificador.

Usando o clássico exemplo das girafas, se o


pescoço delas fosse curto demais, elas não
seriam capazes de se alimentar de árvores
altas. Por muito utilizarem o pescoço para
alcançar as plantas, este tende a crescer.

Até o século XVIII era defendida a ideia


do fixismo, ou seja, de que os organismos
não sofriam alteração ao longo do tempo,
permanecendo da mesma forma desde
o momento de sua criação. Desafiando o
fixismo, há a ideia do evolucionismo, que
descreve a alteração das características
hereditárias de uma população ao longo do
tempo, permitindo a diversificação dos seres
vivos. A ideia fixista é refutada por diversos Ao mesmo tempo, se um animal vive em
argumentos, como a presença de fósseis cavernas ou no subterrâneo, onde não tem
que permitem traçar uma linha evolutiva de acesso a luz, ele não precisa de olhos, então a
estudos embrionários comparados. Nestes tendência seria os olhos atrofiarem e sumirem.
estudos é possível avaliar a semelhança e A Transmissão dos Caracteres Adquiridos
diferença entre os desenvolvimentos de consiste na transmissão das características
seres mais ou menos aparentados, e de adquiridas pela lei do uso de desuso aos
análises genéticas, que permitem observar a descendentes, então os filhotes da girafa já
semelhança e diferença entre as sequências nasceriam com pescoços longos, por exemplo.
de bases nitrogenadas de diversos seres. Ambos os pontos são errôneos, já que a Lei
De qualquer modo, a forma de entender do Uso e Desuso tem falhas (os organismos
como os organismos se modificam ao longo podem se adaptar ao seu meio, mas apenas
do tempo mudou, de acordo com diversas dentro de um limite previamente estabelecido

/tamojuntoenem 14 Biologia - Teorias Evolutivas


pelo genótipo), e os caracteres adquiridos O Neodarwinismo, também chamado Teoria
não são transmitidos aos descendentes, já Moderna da Evolução, alia conhecimentos
que, como hoje sabemos, não constam na de Genética com a teoria evolucionista de
informação genética. Darwin, de modo que possa preencher as
lacunas deixadas pela falta de conhecimento
Darwinismo na época. Explica-se que as características
O naturalista inglês Charles Darwin discordava surgem na população através de mutações, e
da ideia de que o ambiente agisse como os caracteres hereditários são determinados
agente modificador. Para ele, o meio era um por genes, e esses genes seriam passados
agente selecionador. Darwin, então, postulou para a descendência através dos gametas.
a seleção natural que determinaria os seres O ambiente atua determinando mutações
mais aptos a sobreviver naquele ambiente, benéficas e prejudiciais, preservando
eliminando aqueles que fossem menos indivíduos cujas características sejam
adequados. No exemplo da girafa com árvores favoráveis (que então sobrevivem e passam
altas, para Darwin, girafas de pescoços curtos essas características à descendência através
morreriam, enquanto girafas de pescoço de seus gametas), eliminando mutações
longo seriam selecionadas positivamente por prejudiciais daquela população.
esse ambiente, prevalecendo.

06.
Respiração Celular
O objetivo da respiração celular aeróbica é
a obtenção de energia a partir da quebra de
glicose, na presença do gás oxigênio (O2).
A energia formada estará na forma de ATP,
adenosina trifosfato, uma molécula fundamental
para o metabolismo do corpo, já que o
rompimento das ligações fosfato (formando
ADP, adenosina difosfato) libera energia para a
execução de funções vitais. A respiração celular
A seleção natural é um mecanismo correto, pode ser dividida em três etapas: Glicólise,
mas Darwin não sabia explicar o surgimento Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória.
dessas características variantes (como
diferentes tamanhos de pescoço) e como Glicólise
essas características eram passadas para a A quebra da glicose (glicólise) consiste na
descendência. quebra de uma molécula de glicose (C₆H₁₂O₆)
em duas moléculas de piruvato (C₃H₄O₃), sendo
Neodarwinismo quatro H captados por 2 NADs (moléculas
carreadoras de hidrogênio). É um processo
anaeróbico e ocorre no citosol.

2 ADP + 2P 2 ATP

Glicose 2 ácido pirúvico


(6C) (3C)

2 NAD 2 NADH2

/tamojuntoenem 15 Biologia - Respiração Celular


A glicólise produz saldo de 2 ATPs, pois cristas mitocondriais (citocromos) e
produz 4, mas consome 2 para ser realizada. são transportados um a um por eles,
A glicólise é comum aos fermentadores e liberando elétrons e rendendo energia
aos aeróbicos. para o bombeamento de H+ para o espaço
intermembrana. Ao chegar no último
Entre a Glicólise e o Ciclo de Krebs, há uma transportador, o elétron vai para o último
fase preparatória na qual o piruvato perde um aceptor de elétrons, o oxigênio.
CO₂ e dois H são captados pelo NAD. Ele se Os H+ são bombeados através de uma
torna um acetil, que se combina a Coenzima A enzima que funciona como um canal de
(CoA) e entra, por fim, no ciclo. H+, conhecida como ATP-sintase. Isso faz
com que os H+ voltem ao espaço interno da
Ciclo de Krebs mitocôndria, a matriz mitocondrial. A ATP-
sintase produz ATP em massa conforme a
passagem de H+ por ela, produzindo uma
alta quantidade de ATP.
O papel do oxigênio é combinar-se com
estes H+, impedindo a acidose da célula e
formando água.
Equação geral da respiração:
C₆H12O₆ + 6 O₂� 6 CO₂ + 6 H₂O

Fermentação
A fermentação é um processo anaeróbico
que envolve a obtenção de energia a partir
Uma série de reações que modificam o da glicólise e subsequente formação de
piruvato em diversas moléculas, liberando produtos secundários que variam de acordo
2 GTP (uma molécula similar ao ATP), com o processo fermentativo. Há diversas
CO₂, NAD2H e FAD2H (outros carreadores formas de fermentação, mas as duas
de Hidrogênio, como NAD, porém com principais são:
menor rendimento energético). O CO₂ é Fermentação lática
descartado, enquanto o NAD2H e o FAD2H Devolução do H para o piruvato pelo
são usados na Cadeia Respiratória. O Ciclo NAD2H, formando lactato/ácido lático. É
de Krebs ocorre na matriz mitocondrial. realizada, principalmente, por lactobacilos
e pelas células musculares. Gera apenas 2
Cadeia Respiratória ATP. Pode ser empregada para fabricação
de iogurte.

Fermentação alcoólica
O piruvato sofre uma descarboxilação,
liberando CO₂. Isso origina uma molécula
de acetaldeído que receberá dois H
oriundos do NAD2aH, formando um
etanol. É realizada apenas por fungos,
principalmente por leveduras. Pode ser
utilizada para fabricação de combustíveis,
pães, massas, bebidas alcoólicas, entre
Os NAD2H e FAD2H passam aos outros produtos. O CO₂ liberado faz a
transportadores encontrados nas massa do pão crescer e o etanol pode ser
usado para consumo (cervejas, vinhos) ou

/tamojuntoenem 16 Biologia - Respiração Celular


Questões
Ciclos Biogeoquímicos
1) O vegetarianismo vem se tornando cada vez mais frequente na população brasileira. O
nutrólogo George Guimarães dá as seguintes dicas para um vegetarianismo saudável: “Coma
todas as leguminosas e oleaginosas que você quiser, mas coma menos do que três dos
seguintes exemplos: 1/2 xícara de feijão cozido; 100 g de tofu, 50 g de castanhas; 1 hambúrguer
de soja ou; 1 copo de extrato de soja diluído.”
Fonte: http://www.nutriveg.com.br/sobre-a-suficiecircncia-proteacuteica-da-dieta-vegana.html

Conforme o texto acima observa-se que o consumo de leguminosas é fundamental a este tipo
de dieta. Isso ocorre devido a sua:
a) grande quantidade de carboidratos de alta absorção.
b) alto teor protéico em comparação com outros vegetais.
c) abundância de óleos essenciais.
d) baixo teor de sódio.
e) digestão e absorção mais rápida do que os demais vegetais.

Desequilíbrio ecológico
2) Analise o texto a seguir:

“Carlos, um carioca bronzeado e musculoso de quase 50 anos, vive de alugar pranchas de stand
up na praia do Flamengo, banhada pelas águas poluídas da Baía de Guanabara e cenário de
algumas das competições aquáticas da Olimpíada no Rio. Carlos pede apenas 25 reais por 60
minutos e responde rotineiramente, e com raiva, as perguntas de seus potenciais clientes: “É
seguro navegar lá?", "E se eu cair na água?”.
A dúvida também ronda os cerca de 1.400 atletas de vela e windsurf que vão competir nas
águas da baía, que tem 412 km2 de superfície. Águas nas quais, segundo estudos recentes,
foram encontrados níveis muito altos de vírus e bactérias provenientes do esgoto, lançados sem
tratamento no mar. Níveis considerados insalubres em qualquer praia do mundo.”
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/28/deportes/1469730197_101846.html

A presença de altos índices de coliformes fecais nas águas da Baía de Guanabara indica seu
elevado grau de eutrofização. Uma característica biótica comum nestes ecossistemas é:
a) baixa concentração de oxigênio
b) alto teor de sais minerais
c) elevada turbidez da água
d) grande quantidade de fitoplâncton
e) temperaturas elevadas

/tamojuntoenem 17 Biologia - Questões


Teorias evolutivas

3) Ao longo da história dos Targaryen em Westeros, 18 de seus dragões foram mortos,


porém 10 dessas mortes foram causadas por outros dragões. Isto ocorreu durante a Guerra
Civil conhecida como A Dança dos Dragões, quando os Targaryen entraram em uma guerra
fratricida. Mas ainda assim restam 8 dragões cujas mortes foram causadas por homens, a maior
parte delas na guerra civil Targaryen.

Após esse terrível evento, o nascimento de dragões tornou-se cada vez mais raro, e aqueles
que nasciam não lembravam em nada o poder de seus antepassados, sendo criaturas pequenas
e fracas, até serem extintos. Isto até o surgimento de Daenarys Targaryen e seus três dragões.
Supondo que os dragões tenham de fato reduzido seu tamanho ao longo das gerações devido
a matança excessiva dos dragões maiores e mais poderosos, seria possível afirmar que tal
processo seria um exemplo de:
a) mutação orientada
b) seleção disruptiva
c) seleção direcional
d) recombinação gênica
e) deriva gênica

Engenharia genética

4) Um grupo de pesquisadores chineses tornou-se o primeiro a injetar numa pessoa células


que contêm genes editados usando a revolucionária técnica Crispr-Cas9. O time liderado pelo
oncologista Lu You, da Universidade de Sichuan, injetou as células modificadas num paciente
com um agressivo câncer de pulmão.

A edição de DNA com o Crispr é tida como um dos maiores avanços científicos recentes.
Após cientistas conseguirem aprimorá-la para uso prático em 2012, em 2015 sua popularidade
explodiu e seus usos são incontáveis. Já foi usado para alterar o genoma de embriões

/tamojuntoenem 18 Biologia - Questões


humanos, criar cães extramusculosos, porcos que não contraem viroses, amendoins
antialérgicos e trigo resistente a pragas.
Os pesquisadores coletaram células imunológicas do sangue do receptor e, em seguida,
desativaram nelas um gene usando CRISPR-Cas9. A técnica combina uma enzima para
recortar o DNA com uma guia molecular que pode ser programada para dizer à enzima
exatamente onde fazer o corte. O gene desativado pelos chineses codifica a proteína PD-1,
que normalmente bloqueia a resposta imune de uma célula -- os cânceres se aproveitam dessa
função da proteína para proliferar.
Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/cientistas-injetam-pela-1-vez-em-humanos-celulas-com-genes-editados.ghtml

A desativação de um dado gene como observado no teste acima determina que este:
a) aumente a síntese de RNA transportador
b) aumente a síntese de RNA ribossomal
c) aumente a síntese de RNA mensageiro
d) interrompa a síntese de RNA ribossomal
e) interrompa a síntese de RNA mensageiro

Citoplasma e Organelas
5) Foram fornecidas moléculas radioativas a uma linhagem celular secretora. A marcação radioativa
em suas organelas celulares foi aferida ao longo de 6 horas, sendo expressa no gráfico abaixo:
contagem de radiotividade

complexo golgiense
vesículas de secreção

minutos de incubação

A ordem destas organelas na via secretora bem como a natureza da substância secretada é:
a) complexo golgiense, vesícula de secreção, retículo granular; protéica
b) complexo golgiense, vesícula de secreção, retículo granular; lipídica
c) retículo granular, complexo golgiense, vesícula de secreção; protéica
d) retículo granular, complexo golgiense, vesícula de secreção; lipídica
e) vesícula de secreção, retículo granular, complexo golgiense; lipídica

/tamojuntoenem 19
/tamojuntoenem 20
desabou diante do olhar incrédulo do exército. Considere que a trajetória se mantém até o
dragão atingir o solo. O ponto v representa o vértice dessa parábola.

y v

2 6 x

Sabendo que no eixo x está representado o tempo, em segundos, e, no eixo y, a altura em


quilômetros atingida pelo dragão, a altura do dragão no momento em que foi atingido era:
a) 7000 m
b) 6950 m
c) 6900 m
d) 8000 m
e) 6800 m

3) A rainha Cersei (Lara, em Alto Valiriano), decidiu reproduzir o mapa de Westeros no piso de seu
castelo, para traçar sua estratégia de ataque contra a Casa Pitagórica. A escala utilizada para a
construção desse mapa foi de 1:40000.
Considere os pontos A, B e C marcados no mapa e as medidas AB=1600 km e BC=960 km, que
representam as distâncias reais entre esses pontos.

A área do triângulo ABC é, em metros quadrados, igual a:


a) 384
b) 424
c) 530
d) 624
e) 768

4)PC Snow decide comemorar seu aniversário em grande estilo. Gabriel Snow, seu grande amigo,
decide inovar no momento da entrega do presente. Gabriel abre uma caixa na qual existem 12
ovos de mesma cor e tamanho e garante que no interior de dois desses ovos existe um bilhete
com os dizeres: “Foco, força e fé”, lema de sua casa.
Gabriel solicita, então, que PC retire, simultaneamente, 2 ovos dessa caixa. E diz: “Se você

/tamojuntoenem 21 Matemática - Questões


escolher pelo menos 1 ovo com o lema de minha casa, eu lhe darei seu verdadeiro presente: um
ovo de dragão”.

PC, animado com a possibilidade, faz uma breve oração aos deuses novos e antigos e, de olhos
ainda fechados, retira os dois ovos da caixa.
A probabilidade de que PC receba o tão sonhado presente é:
a) 7
22
b) 15
22
c) 10
22
d) 13
22
e) 11
22

5) Sabe-se que o limite máximo recomendado para o consumo de bebidas alcoólicas é de 30g de etanol
ao dia para homens, e metade, 15g, para as mulheres. A ingestão dessa quantidade não está associada
à temida “barriga de chope”. No entanto, o consumo acima de 48g pode ter interferência na dieta.
Independentemente das calorias de cada bebida alcoólica, é preciso avaliar também o teor alcoólico de cada
uma. A quantidade de álcool em gramas é obtida a partir da multiplicação do volume de álcool contido na
bebida pela densidade do álcool (d = 0,8 g/ml).
Com base nas informações e considerando que PC Snow consome 150 ml de vinho por taça e que o teor
alcoólico desse vinho era de 12%, para que a bebida não influencie em sua dieta, poderá consumir um número
máximo de taças igual a:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

6) O rei PC Snow, da Casa Pitagórica decidiu, junto a seus conselheiros, criar uma competição
entre seus melhores guerreiros.
Para tal, convocou seus arquitetos e engenheiros e ordenou que fossem construídas várias
arenas para a realização do torneio, com a ideia de que vários duelos pudessem ocorrer ao
mesmo tempo.
Com o objetivo de que a plateia pudesse assistir a vários duelos simultâneos, um arquiteto
propôs o seguinte projeto:
• Construção de uma arena central, que será um polígono regular.
• Sobre cada aresta da arena central serão construídos, externamente, polígonos regulares
congruentes, de lados iguais ao da arena central, de maneira que dois desses polígonos tenham

/tamojuntoenem 22 Matemática - Questões


um lado comum. Esses polígonos formarão arenas que “cercam” a arena central.
Um dos arquitetos apresentou o exemplo abaixo:

Arena
Central

Nessas condições, pode-se afirmar que o número de polígonos não semelhantes que podem ser
escolhidos para a arena central é:
a) Apenas um.
b) Apenas dois.
c) Apenas três.
d) Apenas quatro.
e) Há infinitas possibilidades para escolha do polígono.

7) Observe o gráfico que mostra as principais causas de morte em Westeros:

Casamentos Despencando
Lannisters Gota
Dragões Sombra de Monstros
Misteriosos
Caminhantes Brancos
Lobos Gigantes
45º Bando de assassinos
Javali
Explosão de Fogo vivo
Banheiros
Decapitação
Doenças sexualmente
Afogamento transmissiveis
Hipotermia Velhice
Envenenamento

Sabendo que os casamentos, os Lannisters, os dragões e os caminhantes brancos são responsáveis


por 48% das mortes, e que o ângulo assinalado mede 45⁰, o percentual desses grupos que
corresponde às mortes ocasionadas por algum membro da família Lannister, é, aproximadamente:
a) 6%
b) 15%
c) 21%
d) 22%
e) 26%

8) Luannerys, convocou os membros mais fiéis de seu exército, para organizar um ataque
surpresa à Casa de Linguagens. Luannerys não sabia ao certo quantos homens teria à disposição,
mas, após diversas tentativas de organizá-los em fileiras, observou que:

/tamojuntoenem 23 Matemática - Questões


Número de fileiras Número de homens por fileira Número de homens que sobram
x 25 24
y 50 49
z 70 69

Com base na tabela acima e sabendo que Luannerys convocou um número n de homens, maior
que 500 e menor que 900, a soma dos algarismos de n é igual a:
a) 21
b) 22
c) 23
d) 24
e) 25

9) A Fortaleza Vermelha possui sete enormes torres cilíndricas, coroadas por baluartes de ferro,
um imenso contraforte, salões abobadados e pontes cobertas, casernas, masmorras e celeiros, e
maciças muralhas de barragem cravejadas de guaritas para arqueiros.
Considere a figura abaixo, cujas medidas estão em metros e que representa uma dessas sete torres.
Os topos de duas torres iguais são formados a partir de um cilindro oco cada um (figura 1) que é
recortado até ficar com o formato observado na figura 2.
figura 1

h=4
d=3

d=5

Utilizando a aproximação π = 3, determine o volume de concreto, em m3, necessário para a


construção do topo de uma dessas torres.
a) 48
b) 40
c) 36
d) 24
e) 20

10) Após a vitória esmagadora da Casa Pitagórica na disputa pelo trono de ferro, Jesus decide tirar
férias em seu castelo piramidal regular. Vallad, da Casa de Linguagens, elabora, então, um plano
maquiavélico: encher a pirâmide de areia, na tentativa de soterrar Jesus!

8a

12b

/tamojuntoenem 24 Matemática - Questões


Para isso, decide transportar a areia usando um recipiente na forma de prisma regular. Se, a cada
transporte, Vallad levar o recipiente completamente cheio e despejar toda a areia na pirâmide, ela
estará completamente cheia quando ele despejar areia pela:
a) 32ª vez
b) 96ª vez
c) 128ª vez
d) 384ª vez
e) 1152ª vez

Fórmulas
1) Análise Combinatória

As escolhas são feitas


no mesmo conjunto?

Sim Não

Dos N elementos Princípio fundamental


disponíveis eu uso todos? da contagem

Sim Não

A ordem da seleção A ordem da seleção


importa? importa?

Sim Não Não Sim

Arranjo Combinação Permutação

Permutação: =

Combinação:

Arranjo:

Obs: P

2) Probabilidade

n(E) nº de casos favoráveis


P(A) = =
n(S) nº de casos possíveis

Probabilidade da união de dois eventos:

/tamojuntoenem 25 Matemática - Fórmulas


Probabilidade condicional:

Eventos independentes: Se A e B forem eventos independentes, então

Probabilidade complementar:

3) Razão e Proporção

Grandezas diretamente proporcionais: y = k.x

Grandezas inversamente proporcionais: y.x = k


D (desenho)
Escala: = = adimensional
R (realidade)
Aumento de x% = K . (1 + x%)
Porcentagem: Valor inicial
Desconto de x% = K . (1 - x%)

4) Cálculo de áreas e volumes

Figura Área Observação

Quadrado a2 a = lado

Retângulo bxh b = base, h = altura

Paralelogramo bxh

Losango D.d D = diagonal maior, d = diagonal menor


2

Trapézio B = base maior, b = base menor, h = altura

Triângulo (I)

Triângulo (II) θ = ângulo formado pelos lados a e b

Triângulo
Retângulo

Triângulo l = Lado
Equilátero fórmula da altura

Círculo πR 2 R = Raio
C = 2πR (comprimento circunferência)

2
Setor circular πR α α = ângulo do setor
(fatia da pizza) 360º

/tamojuntoenem 26 Matemática - Fórmulas


Figura Área Observação
Segmento circular A setor A triângulo
r

2 2
Coroa circular π(R - r ) Área entre duas circunferências concêntricas

Figura Área lateral Área da base Área total Volume

Cubo 4a 2 a2 6a 2 a3

Paralelepípedo 2(bc + ac) ab 2(bc + ac + ab) abc

Prisma n retângulos depende A l+ 2A B AB.h

Cilindro 2πRh πR 2 2A B+ A L AB.h

2 AB.h
Cone πRg πR AB+ A L
3

AB.h
Pirâmide n triângulos depende AB+ A L
3

2 4 3
Esfera 4πR πR
3

5) Funões afins e quadráticas


Função do 1º grau: y = ax + b

Coeficiente angular: a a

Função do 2º grau: y=ax2 + bx + c ou y = a (x-x1) (x-x2)

+
Fórmula de Bháskara: -b - b2 - 4ac
2a
-b , -∆
Vértrice: V = (xv,yv) =
2a 4a

6) Trigonometria / Relações métricas

c b

x
a

/tamojuntoenem 27 Matemática - Fórmulas


Teorema de pitágoras: a2 = b2 + c2

Principais triângulos pitagóricos

5 17

13 25

Trigonometria no triângulo retângulo


30º 45º 60º
b
sen (x):
a 1 2 3
sen
2 2 2
c
cos (x):
a 3 2 1
cos
b 2 2 2
tan (x):
c 3
tan 1 3
3

Triângulo egípcio

Trigonometria em um triângulo qualquer

Lei dos senos:

Obs: R = raio da circunferência circunscrita

Lei dos cossenos: a2 = b2 + c2 - 2bc cos(x)

/tamojuntoenem 28 Matemática - Fórmulas


Física
01. Eletrodinâmica 04. Energia Mecânica
02. Ondas 05. Hidrostática
03. Dinâmica

12:00 Leo e Beto


16:00 Leo

01.
Eletrodinâmica
esteja ele “conduzindo eletricidade” ou não.
Nosso objetivo é recordar acerca da corrente
elétrica. Queremos entender o que é que se
move através de um fio portador de corrente, e
por quê.
Mas para poder solucionar problemas de
circuito é necessário conhecer as definições
essenciais, as grandezas envolvidas e suas
Luminárias, sistemas de som, aparelhos de unidades.
micro-ondas, computadores e celulares são
alguns dos dispositivos importantes do nosso Corrente elétrica
dia a dia. Eles são conectados por fios ou por Uma corrente elétrica é um movimento
circuito interno a uma bateria ou a uma rede ordenado de cargas elétricas. Um circuito
elétrica. O que acontece dentro do fio que faz condutor isolado, como na Fig. 1a, está todo
com que a luz acenda? E por que isso ocorre? a um mesmo potencial e E = 0 no seu interior.
Dizemos que “a eletricidade flui através do fio”, Nenhuma força elétrica resultante atua sobre
mas o que tal afirmação significa exatamente? os elétrons de condução disponíveis, logo
E, igualmente importante, como nós sabemos não há nenhuma corrente elétrica. A inserção
o que ocorre? Simplesmente olhar para um de uma bateria no circuito (Fig. 1b) gera um
fio ligado entre uma bateria e uma lâmpada campo elétrico dentro do condutor. Este
de filamento não nos diz se alguma coisa se campo faz com que as cargas elétricas se
move ou flui. Tanto quanto podemos observar movam ordenadamente, constituindo assim
visualmente, o fio tem a mesma aparência, uma corrente elétrica.

/tamojuntoenem 29 Física - Eletrodinâmica


Figura 1a
i₁

E=0
i₀

a
i₂

i
Figura 1b

i E=0
/
i

i + Bateria - i
b) Em consequência da conservação da
carga, temos:
Definição: a intensidade de corrente é a
quantidade de carga Δq que atravessa um i0 = i1 + i2
plano em um intervalo de tempo Δt:
Essa relação básica de conservação – de
Δq que a soma das correntes que entram em um
i=
Δt nó deve ser igual à soma das correntes que
saem do mesmo nó – é chamada de lei de
Unidade: C/s = A (ampère).
Kirchhoff dos nós.
Elétrons em
movimento
i
c) O sentido convencional da corrente é o
- -
-
- - -
- -
- sentido no qual se moveriam os portadores
- - - A - - - - - de carga positiva, mesmo que os verdadeiros
- -
- - - - - portadores de carga sejam negativos.
- -
+ +
- -

Um fluxo de elétrons (cargas negativas) indo para direita


equivale a um fluxo de cargas positivas indo para a esquerda.

A corrente elétrica corresponde ao fluxo de sentido real sentido convencional

elétrons. Os elétrons vão para o polo positivo (movimento dos elétrons)

de um gerador (pilha ou bateria).


Símbolo de gerador
(de corrente contínua)
Obs.: Corrente contínua: os elétrons vão
em um único sentido. Corrente alternada:
+
- corresponde a uma corrente que oscila,
mudando de sentido com um dado período.
Fios de ligação
Resistividade e resistência
Os fios elétricos fornecem o “caminho” para
o movimento dos elétrons. O fio ideal não
Corrente elétrica e conservação de carga
possui resistência, não influencia o circuito.
a) Correntes, apesar de serem representadas
Um fio real oferece resistência à passagem
por setas, são escalares.
da corrente, já que há colisões constantes
i₁ entre os elétrons e os átomos que compõem o
material do fio, gerando calor. Esse processo
i₀
a em que a corrente elétrica gera calor é
chamado de efeito Joule (energia elétrica
se transformando em energia térmica). Na
i₂
prática, um material cuja função é oferecer

/tamojuntoenem 30 Física - Eletrodinâmica


uma resistência específica em um circuito é A tensão elétrica ou voltagem (U) é a energia
chamado de resistor (veja figura abaixo) e seu fornecida por unidade de carga. Esta voltagem,
símbolo em circuitos é: chamada de diferença de potencial (ddp)
R
elétrico, é que fornece energia a cada elétron,
obedecendo a seguinte relação, conhecida
como Lei de Ohm:

U = Ri
A despeito do seu nome, a lei de Ohm não é
uma lei da natureza. Sua validade é limitada
aos materiais cuja resistência R permanece
constante – ou muito próximo disso – durante
o uso. Materiais para os quais a lei de Ohm é
válida são chamados de ôhmicos. A figura (a)
mostra que a corrente através de um material
Em um condutor cilíndrico, como num fio, ôhmico é diretamente proporcional à diferença
a resistência depende da área A da seção de potencial aplicada. Dobrar a diferença de
transversal, do comprimento L e de um potencial dobrará a corrente. Metais e outros
parâmetro ρ (resistividade) característico de condutores são materiais ôhmicos.
cada material: A corrente é diretamente
Figura a proporcional à diferença
pL I
de potencial
R= Material
A ôhmico
A resistência é
R= 1
Unidades declividade

Grandeza Unidade (S.I.)


Resistência Ω (ohm)
Área m2 U
Comprimento m
Resistividade Ω.m Esta curva não linear
e não possui uma
Figura b I declividade constate
A resistência de um fio ou de um condutor Materiais
aumenta à medida que seu comprimento não-ôhmicos
Diodo
aumenta. Isto parece plausível, pois deve ser
mais difícil empurrar elétrons através de um
fio longo do que através de um fio mais curto.
Diminuir a área da secção transversal também
aumenta a resistência. De novo, isso parece
U
plausível porque o mesmo campo elétrico
pode empurrar mais elétrons em um fio largo
do que em um fio fino. Alguns materiais e dispositivos são não-
ôhmicos, o que significa que a corrente
Nota: é importante saber distinguir entre através do mesmo não é diretamente
resistividade e resistência. A resistividade proporcional à diferença de potencial
descreve apenas o material, e não qualquer aplicada. Por exemplo, a figura (b) mostra
pedaço particular do mesmo. A resistência o gráfico I versus U para um dispositivo
caracteriza um pedaço específico do condutor, semicondutor comumente usado chamado
dotada de uma geometria específica. A relação de diodo. Os diodos não possuem uma
entre a resistividade e a resistência é análoga resistência constante.
àquela entre a densidade e a massa.

/tamojuntoenem 31 Física - Eletrodinâmica


Energia Elétrica Potência
O gasto da energia elétrica está associada à A potência resulta do produto da diferença de
potência dos aparelhos e ao tempo em que potencial (U) pela corrente elétrica (i).
estes ficam ligados. Assim, Pot = Ui.
A potência é a razão entre a energia e o Pela Lei de Ohm, U = R i. Temos então que
intervalo de tempo.
U2
Pot = Ui = Ri2 =
Energia R
Pot = Energia
Associação de Resistores
A conta de luz é medida em kWh (quilowatt- Série
hora) e representa a potência (kW) e o tempo • Resistores percorridos pela mesma corrente.
de funcionamento do aparelho (hora). • A diferença de potencial do circuito (ddp) é
1 kWh = 1000 Wh = 1000 (J/s) x 3600 s = 3,6 x 10⁶ J a soma das ddp’s individuais de cada resistor.
• A resistência equivalente é a soma das
Um kWh é equivalente a 3,6x10⁶J resistências individuais.
• É um circuito com elementos dependentes.
Um relógio de luz residencial é o responsável Caso um falhe, o sistema para de funcionar.
pela cobrança de sua conta de luz. Ele registra i
Ubateria
i

a utilização da energia elétrica de uma casa.


Você pode facilmente medir o valor indicado
pelo relógio. i i
REq = R₁ + R₂ + R₃
R₁ R₂ R₃
Ubateria = U₁ + U₂ + U₃
O relógio de luz possui esta configuração
i i i i
U₁ U₂ U₃

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1

2 8 2 8 2
Paralelo
3 7 3 7 3 • Resistores submetidos a mesma diferença de
4
5
6 6 4 4
5
6 6 4 potencial.
5 5
• A soma das intensidades de corrente que
chegam no nó é igual a soma das intensidades
Este desenho pode ser encontrado nas contas de corrente que saem do nó.
residenciais. Relógios mais modernos possuem • O inverso da resistência equivalente é a
contadores/mostradores com números soma dos inversos das resistências individuais.
sequenciais e apresentam leituras maiores do • É um circuito independente. Mesmo com
que 5 dígitos. Relógios mais antigos possuem a falha de um elemento, os outros podem
apenas 4 mostradores e precisam de um fator continuar funcionando.
multiplicativo de 10.
icircuito icircuito
Ubateria

Os valores devem ser lidos sempre pelo menor


número onde está situado o ponteiro. icircuito icircuito
R₁

U₃ Rcircuito = i₁ + i₂ + i₃
R₂ i₁
0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1 U₂
Ubateria = U₁ = U₂ = U₃
R₃ i₂
1 1 1 1
2 8 2 8 2 = + +
U₁ REq R₁ R₂ R₃
i₃
3 7 3 7 3

4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
Obs.: Alguns casos são comuns na associação
em paralelo.
No exemplo acima o relógio marca: 1587.

/tamojuntoenem 32 Física - Eletrodinâmica


Associação com apenas 2 resistores: o Para associação de resistores iguais, deve-
resultado do M.M.C fornece a fórmula do se dividir o valor do resistor pelo número de
produto sobre a soma (bastante prática) resistores presentes no circuito.

R₁ R

R₂ R

Par de resistores R
R₁ x R₂
REq =
R₁ + R₂

Questões
1) Atualmente, dando-se a devida atenção à política de preservação dos bens naturais, as lâmpadas
incandescentes vêm cedendo lugar para outros tipos de lâmpadas mais econômicas, como as
fluorescentes compactas e de LED (light-emitting diode). A eficiência das lâmpadas em geral pode
ser comparada utilizando a razão, considerada linear, entre a quantidade de luz produzida e o
consumo. A quantidade de luz é medida pelo fluxo luminoso, cuja unidade é o lúmen (Im).
A tabela abaixo apresenta algumas informações dos três tipos de lâmpadas citados (a menos da
potência da lâmpada fluorescente).
Potência (W) Eficiência energética (lm/W) Número de trocas em 5 anos
Incandescente 100 15 100
Fluorescente 60 20
LED 10 150 zero

Em uma residência, um morador quer decidir entre trocar 10 lâmpadas incandescentes de 100 W
por lâmpadas fluorescentes compactas ou por lâmpadas de LED, todas fornecendo iluminação
equivalente (mesma quantidade de lúmens). Admitindo que as lâmpadas ficam acesas, em média, 6
horas por dia e que o preço da energia elétrica é de R$ 0,20 por kWh, a economia mensal na conta
de energia elétrica dessa residência será de:

a) R$ 32,40 se o morador optar por lâmpadas de LED, que possuem a menor vida útil e a menor
eficiência.
b) R$ 58,60 se o morador optar por lâmpadas fluorescentes, que possuem eficiência maior do que a
das incandescentes e a menor vida útil.
c) R$ 27,00 se optar por lâmpadas de LED, que possuem a maior vida útil e maior eficiência maior do
que as incandescentes.
d) R$ 27,00 se optar por lâmpadas fluorescentes, que possuem eficiência maior do que as
incandescentes e vida útil intermediária.
e) R$ 32,40 se optar por lâmpadas de LED, que possuem menor vida útil, porém a maior eficiência.

/tamojuntoenem 33 Física - Eletrodinâmica


2) A Usina Hidrelétrica de Itaipu, um empreendimento binacional do Brasil e do Paraguai no rio
Paraná, é a maior em operação no mundo, com potência de 12.600 megawatts e 18 unidades
geradoras. A produção recorde de 2000 – 93,4 bilhões de quilowatts/hora – supriu 95% da energia
elétrica consumida no Paraguai e 24% da demanda brasileira.
Fonte: https://super.abril.com.br/comportamento/itaipu-energia-por-atacado

Nos sistemas de distribuição de energia elétrica, é desejável, por motivos de segurança e para
maior eficiência dos equipamentos, que:
a) a tensão seja relativamente alta tanto na usina de geração quanto nas residências e baixa nas
linhas de transmissão.
b) o comprimento dos cabos da redes de transmissão não sejam relativamente longos para evitar
perdas por efeito Joule.
c) a corrente seja relativamente baixa na usina de geração, baixa nas residências e que os cabos
das linhas de transmissão não sejam finos.
d) a corrente nas linhas de transmissão seja alta, já que a resistência dos cabos de transmissão é
baixa.
e) a tensão seja relativamente baixa tanto na usina geradora quanto nas residências e alta nas
linhas de transmissão para evitar perdas por efeito Joule.

3) Em 2010, pesquisadores do Instituto de Física da Unicamp desenvolveram os fios de cobre


mais finos possíveis, contendo apenas um átomo de espessura, que podem, futuramente,
serem utilizados em microprocessadores. O chamado nanofio, representado na figura, pode ser
aproximado por um pequeno cilindro de comprimento 0,5 nm (1nm = 10-9 m) e obedece à lei de
Ohm em primeira aproximação. Cadeias maiores contendo mais átomos possuem, portanto,
maiores comprimento. A seção reta de um átomo de cobre é 0,05 nm² e a resistividade do cobre
é 17 Ω • nm. Um físico da área de materiais nanoestruturados precisa estimar se seria possível
introduzir esses nanofios nos microprocessadores atuais.

E.P.M. Amorim e E. Z. da Silva, Ab initio study of linear atomic chains in copper nanowires, PHYSICAL REVIEW B 81, 115463 (2010).
(Adaptado).

200

18 0

160
R(ohm)

140

120

100

16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

I(mA)

/tamojuntoenem 34 Física - Eletrodinâmica


O gráfico a seguir exibe valores de resistência do nanofio em função da corrente que o percorre
quando submetido a uma determinada diferença de potencial.

A diferença de potencial aplicada e a corrente elétrica que percorre um nanofio de 0,5 nm de


comprimento, utilizando as informações e aproximações propostas, são, respectivamente, de
a) 2,5 V e 0,18 mA
b) 25 V e 18 mA
c) 34 V e 0,02 mA
d) 3,4 V e 20 mA
e) 2,5 V e 26 mA
Gabarito
1-D
2-E
3-D

02.
Ondas
Qualquer pessoa que já viu uma onda do mar
tem uma noção intuitiva de onda. Contudo,
uma onda do mar tem muitas variáveis e acaba
confundindo um pouco alguns estudantes.
Pense em uma onda comoa que ja omns dA

/tamojuntoenem 35
Ondas Periódicas - Características Outra forma de identificar o comprimento de
É preciso reconhecer algumas cavracterísticas onda é encontrar uma das figuras a seguir.
das ondas: o ponto mais alto é chamado de
crista e o ponto mais baixo é chamado de vale
ou depressão.
A distância do eixo central até o ponto mais alto
ou até o mais baixo é chamado de amplitude.
D Amplitude

Período T

A Dica: para não esquecer como é o


t
comprimento de onda, lembre-se do desenho
a seguir:
-A

D
Comprimento da onda
Velocidade
Crista de onda v Associe a figura a alguma coisa que possa
A lembrar: uma máscara, o símbolo de infinito,
x dois quibes, duas bolas de futebol americano,
-A
um par de olhos ou qualquer coisa que lembre
a figura.
Vale Observe que, mesmo que apareçam várias
A = amplitude. dessas figuras, o comprimento de onda possui
λ = comprimento de onda (distância entre duas cristas ou entre
dois vales). apenas aquele desenho.
T = período (duração de uma oscilação completa).

Muitos exercícios sobre ondas envolvem


apenas o uso da equação de velocidade.
É muito importante saber reconhecer o Na figura anterior, há dois comprimentos de
comprimento de onda. Para uma onda como onda.
a anterior, onde os vales e cristas podem ser
medidos com facilidade, não há problema em Grandezas envolvidas no estudo das ondas
identificar o comprimento de onda. Definições:
• Período(T): tempo necessário para completar
Agora imagine uma pedra lançada em um uma oscilação. Unidade (T) = s
lago. As ondas que se formam têm a aparência
de círculos concêntricos. As linhas das • Frequência (f): número de oscilações em um
circunferências correspondem às cristas. período definido. Unidade (f) = s-1 = RPS = Hz
Então o comprimento de onda é encontrado
como na figura a seguir. • Velocidade (v) = razão entre o comprimento
de onda e o período da onda.
1 λ v = λf
T= v=
f T

Fenômenos Ondulatórios

Reflexão
A reflexão ondulatória é a mesma da reflexão

/tamojuntoenem 36 Física - Ondas


da óptica geométrica. Há apenas uma análise Na corda livre não há inversão de fase, o pulso
diferenciada para alguns casos. retorna do mesmo modo, pois a parte livre não
oferece resistência.
Ângulo de incidência = ângulo de reflexão.

i r

i r Refração
Refração é o fenômeno caracterizado pela
mudança na velocidade da onda. Possui
a mesma estrutura da refração da óptica
geométrica, com mais alguns detalhes.
• Não há variação de frequência ou período
para uma onda que sofre refração. O
comprimento de onda é que varia de forma
diretamente proporcional à velocidade.
• Não é preciso mudança de direção ou de
Superfície meio para que ocorra refração. É preciso que
ocorram mudanças nas características do
Na reflexão pode ocorrer apenas mudança de meio para que a velocidade modifique. Por
direção. As outras grandezas se mantêm. exemplo, para uma onda do mar, basta mudar
a profundidade que teremos mudança de
Reflexão em cordas: pode ocorrer com uma velocidade, para uma onda sonora a velocidade
corda fixa a uma parede ou livre para oscilar. no ar quente é diferente do ar frio.
Ao produzir um pulso na corda, os pontos
vibram para cima e para baixo. Desse modo, o Refração em superfície
pulso tenta levantar e abaixar a corda. Quando
o pulso alcança a extremidade podemos ter
duas situações:
Na corda fixa há a inversão de fase, pois a
parede oferece resistência ao pulso que se
propaga e tenta "levantar" a parede. A parede
exerce uma força contrária (ação e reação) e o
pulso volta invertido. O desenho anterior ilustra ondas do mar, vistas
de cima, que atingem um banco de areia
(redução de velocidade).

Refração em cordas
A mudança de velocidade de uma onda
em uma corda ocorre quando há cordas de
densidades lineares diferentes.
Observe um pulso que se propaga de uma
corda grossa para uma corda fina.

/tamojuntoenem 37 Física - Ondas


Interferência
A interferência é o resultado da superposição
entre ondas. Pode provocar um aumento
na amplitude (interferência construtiva)
ou diminuição na amplitude (interferência
destrutiva).
Na corda fina o pulso refratado terá maior
velocidade e maior comprimento de onda. Interferência em cordas
Observe que há também o surgimento de um Fases iguais
pulso refletido que retorna na mesma fase (a As amplitudes se somam.
corda fina não oferece resistência, funciona
como reflexão de corda livre).

Observe um pulso que se propaga de uma


corda fina para uma corda grossa. Interferência construtiva

Fases opostas
As amplitudes se subtraem.

Na corda fina o pulso refratado terá menor


Interferência destrutiva
velocidade e menor comprimento de onda.
Observe que há também o surgimento de um
pulso refletido que retorna na fase oposta (a
corda grossa oferece resistência, funciona
como reflexão de corda fixa). Interferência em superfície
Imagine uma fonte vibrando na superfície de
A Lei de Snell também é válida, sendo seu um lago. Serão produzidas ondas circulares
uso através da relação de velocidade mais representadas por suas cristas no desenho a
comum. Na óptica seu uso comum é com o seguir.
índice de refração
v1
= λ1 = senθ1
v2 λ2 senθ2
r

Difração v

A onda contorna um obstáculo (ou abertura).


Só ocorre quando o comprimento de onda Agora imagine duas fontes (F1 e F2) produzindo
tem dimensões próximas do obstáculo (ou ondas iguais.
abertura).

Interferência construtiva
F1

F2
Interferência destrutiva

/tamojuntoenem 38 Física - Ondas


Os pontos indicados representam
interferências construtivas e destrutivas.
A fórmula que identifica a interferência é:
λ
|PF1 - PF2| = n
2
onde o PF1 é a distância do ponto até a fonte
F1 e PF2 é a distância do ponto até a fonte
F2. O valor n é um número inteiro (1, 2, 3...) O desenho a seguir ilustra uma onda que foi
e é o comprimento de onda. Para saber a criada a partir de uma oscilação horizontal. Ao
interferência no ponto deve-se descobrir se atravessar a fenda vertical, a onda é nula, pois
o n é par ou ímpar. Fontes em fase são fontes não há movimento vertical.
ligadas simultaneamente e em oposição de
fase há um atraso entre elas, geralmente o
exercício diz se estão ou não em fase.
Fontes em Fontes em
fase oposição de fase
N par Int. Construtiva Int. Destrutiva
Obs.: Uma onda luminosa que atravessa um
N ímpar Int. Destrutiva Int. Construtiva
polarizador ficará com apenas uma direção
de propagação. Se outro polarizador for
colocado de maneira transversal ao primeiro,
a onda luminosa não atravessará, ficando a
região comum entre os polarizadores sem luz.

(polarizadores cortados na vertical)


Polarização
A onda é forçada a se propagar em um único Girando um dos polarizadores, a área comum
plano. Só ocorre com ondas transversais. escurece.

Pense em uma pessoa sacudindo uma corda


presa em uma parede em um movimento
circular.

Girando 90o , não passa luz

Agora imagine que há uma fresta entre a


pessoa e a parede. Do lado da pessoa a corda
ficará girando, mas do outro lado da fresta, Acústica
a corda só poderá subir e descer. Assim será • Reflexão: Reforço, reverberação e eco.
criada uma onda transversal que se propaga • Batimento: sons de frequências próximas.
apenas na direção da fresta. • Ressonância: sons de frequências iguais
provocando aumento de amplitude.

/tamojuntoenem 39 Física - Ondas


• Timbre: permite diferenciar sons de Dica: Não é preciso decorar a fórmula se
frequências iguais. Timbre é o "desenho" da você perceber que o número do harmônico
onda. representa o número de "quibes" (metade do
• Altura: relaciona-se com a frequência. (som comprimento de onda) do desenho.
alto = som agudo; som baixo= som grave)
• Intensidade: relaciona-se com a amplitude
da onda. Razão entre potência e área. um harmônico

Unidade: W/m2.
Ondas estacionárias em tubos
Obs.: a unidade mais usada para intensidade • Aberto: forma ventre
sonora é o decibel que corresponde a uma • Fechado: forma nó
escala logarítmica.

•Efeito Doppler: mudança de frequência


(frequência aparente) causada pelo movimento
da fonte ou do observador da onda.

Ondas estacionárias
Ondas em corda de comprimento L A fórmula é a mesma da onda estacionária em
corda (e o raciocínio dos harmônicos também).
O tubo que é fechado em uma extremidade e
1º harmônico ou
fundamental
aberto na outra possui apenas os harmônicos
ímpares.
2º harmônico L


3º harmônico λ = 4L L=
4
1º harm

Na figura anterior pode-se deduzir uma


4L 3λ nλ
fórmula para cálculo do comprimento de onda λ=
3
L=
4
L=
4
( ) em função do comprimento da corda(L): 2º harm

L =n λ
2 λ=
4L
L=

5 4

onde n é o número do harmônico. 3º harm

Questões
1) Quando escutamos, com uma diferença de alguns minutos, dois sons, cujas frequências são muito
próximas, como 552 Hz e 564 Hz, temos dificuldade para distingui-los. Quando os dois sons chegam
aos nossos ouvidos simultaneamente, ouvimos um som cuja frequência é 558 Hz, a média das duas
frequências, mas percebemos também uma grande variação na intensidade do som, que aumenta
e diminui alternadamente, produzindo um batimento que se repete com uma frequência de 12 Hz,
a diferença entre as duas frequências originais, valor máximo de frequência de batimento que o
ouvido humano consegue perceber.

/tamojuntoenem 40 Física - Ondas


Os pinguins-imperadores, porém, emitem sons usando simultaneamente os dois lados do órgão
vocal chamado siringe. Cada lado produz ondas acústicas estacionárias na garganta e na boca do
pássaro. Experimentos mostram que o pinguim-imperador consegue perceber diferenças elevadas
em sons agudos, o que permite que sua voz seja identificada entre milhares de outros pinguins.
Supondo que um pinguim-imperador emita de um lado da siringe um som de 862 Hz e do outro
lado 742 Hz, uma fêmea da mesma espécie

a) será capaz de distinguir o companheiro, pois ouvirá um som nítido de frequência 802 Hz.
b) não será capaz de distinguir o companheiro, já que as frequências emitidas são relativamente
próximas.
c) será capaz de distinguir o companheiro, pois ouvirá uma frequência de batimento de 120 Hz.
d) não será capaz de distinguir o companheiro, pois as notas emitidas sofreriam interferência
destrutiva.
e) não será capaz de distinguir o companheiro, pois a frequência de batimento é maior do que 12 Hz.

2) Um terremoto de magnitude 7.1 na escala Richter atingiu o México na tarde do dia 19 de setembro
de 2017. O forte tremor foi sentido em 18 municípios, incluindo a Cidade do México e abalou a
cidade no mesmo dia em que era lembrado o 32º aniversário do grande terremoto de 1985, que
deixou milhares de mortos na capital mexicana.
Basicamente, os terremotos geram ondas sonoras que se propagam através da Terra, e são
chamadas de ondas sísmicas. Diferentemente de um gás, a Terra consegue suportar tanto ondas
sonoras transversais (tipo S) quanto ondas sonoras longitudinais (tipo P), como ilustra a figura abaixo.

Fonte: http://agarraaciencia.blogspot.com.br/2011/06/ondas-sismicas.html

Neste evento, duas ondas, P e S, propagaram-se com velocidades 4500 m/s e 7000 m/s,
respectivamente no percurso entre o epicentro, nos arredores de Axochiapan, até o sismógrafo na
capital mexicana.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2017/09/19/terremoto-cidade-do-mexico.html

/tamojuntoenem 41 Física - Ondas


Considerando que a primeira onda P chegou ao sismógrafo 10 s antes da primeira onda S, a distância
do epicentro até a estação sismológica foi de
a) 1890 km
b) 126 km
c) 315 km
d) 315 m
e) 250 m

3) Há 3500 anos, nativos das Ilhas Marshall, no Pacífico, começaram a explorar ilhas previamente
inabitadas da Oceania Remota (Melanésia Oriental, Micronésia e Polinésia). Através de mapas
feitos de treliça de bambu (como na figura abaixo), eles conseguiam localizar a posição das ilhas e a
distância a que estavam delas com razoável precisão.

Fonte: Genz, J., J. et al, 2009. Wave navigation in the Marshall Islands: Comparing indigenous and Western scientific knowledge of the
ocean. Oceanography 22 (2):234–245

Na medida em que se aproximam de uma ilha, as ondas reduzem a sua velocidade de propagação
ao passarem por regiões de água rasa. Isso ocasiona uma redução no comprimento da onda,
deixando as cristas mais próximas.

Fonte: Kenneth J. Lohmann et al, 2008, The sensory ecology of ocean navigation, Journal of Experimental Biology 211, 1719-1728.

Os fenômenos ondulatórios que permitiam os habitantes das Ilhas Marshall localizar as ilhas e
explorar os oceanos são
a) reflexão e interferência.
b) refração e ressonância.
c) polarização, difração e eco.
d) interferência, refração, polarização e ressonância.
e) reflexão, refração, difração e interferência.

Gabarito
1-C
2- B
3-E

/tamojuntoenem 42 Física - Ondas


03.
Tração ou Tensão
Tração: força que atua em fios, cabos e cordas.
Realiza a transmissão do movimento. Aponta
Dinâmica do corpo para a corda.

Força Peso N
É a força que o planeta (ou uma grande
massa) exerce sobre um corpo. No caso T
comum de um objeto na Terra, a força peso é m₁
a força que a Terra faz no objeto, atraindo-o
para o centro da Terra.
Seu módulo é calculado pelo produto:
P=mg m₁g T’
m₂
Força de uma superfície
Força de contato que o plano exerce sobre o
corpo (perpendicular ao plano – normal).
y m₂g
N

N Obs.: Se o fio é inextensível e tanto a polia


quanto o fio possuem massa desprezíveis,
Bloco podemos considerar que |T'|=|T|.
x
Força Elástica
A força elástica é a força que aparece em
molas, elásticos ou meios deformáveis. Uma
mg mg
força aplicada no meio elástico provoca uma
Dica: Na Lua, a aceleração da gravidade é deformação x (deslocamento em relação
menor (cerca de 6 vezes menor). Assim, os à posição de equilíbrio), tal que a força é
objetos lá possuem a mesma massa que na proporcional à deformação.
Terra, mas peso menor (caem mais devagar).
Fel x
Força normal em referenciais não-inerciais Para retirar o símbolo de proporcional, coloca-
Imagine Isaac Newton dentro de um elevador se uma constante k. Essa constante é chamada
sobre uma balança. A balança mede o peso de constante elástica e está relacionada com
aparente. a “dureza” da mola. Quanto maior o valor de k,
maior é a força necessária para deformá-la.
Assim a força elástica possui a forma:
Fel = kx
Obs.: A força elástica é, na verdade, uma força
restauradora, assim a expressão correta da
força elástica (Lei de Hooke) é F = - kx, onde o
sinal negativo indica que a mola faz uma força
contrária a que a seta provoca. Isto é, se você
comprime uma mola, ela faz força para fora (ao
contrário). Se você faz uma força esticando a
mola, ela faz uma força para dentro.

/tamojuntoenem 43 Física - Dinâmica


existe uma reação de igual intensidade, igual
direção e sentido oposto (no corpo que
produziu a ação).
É preciso ressaltar que as forças de ação e
reação:
• Atuam em corpos distintos;
• Não admitem resultante.

Diagrama de corpo livre num plano inclinado


e em polias
N Fat

θ
sin
mg

mg
θ

c
os
h

θ
L
mg
θ

Leis de Newton
• Primeira Lei de Newton – Lei da Inércia
Todo corpo em repouso ou em Movimento
Retilíneo Uniforme (MRU) tende a
permanecer em repouso ou em MRU até que
Força de atrito
uma força externa atue sobre ele.
A força de atrito é paralela ao plano – com
O conceito de inércia é um conceito
sentido contrário ao deslizamento ou à
importante: todo corpo que possui massa
tendência de deslizamento entre as partes.
possui inércia; inércia é a tendência dos
corpos de se opor ao movimento.

• Segunda Lei de Newton – Princípio


Fundamental da Dinâmica
A força resultante sobre um corpo é
diretamente proporcional à aceleração que
ele adquire.
FR = ma
É importante entender que se o corpo não está
n
em repouso ou em MRU, ele tem uma força fe F empurrão
resultante que é igual ao produto de sua massa
pela aceleração resultante.
FG Fres = 0
• Terceira Lei de Newton – Ação e reação
Para toda ação de uma força em um corpo, Diagrama de corpo livre

/tamojuntoenem 44 Física - Dinâmica


O atrito estático impede um objeto de trás. O chão reage fazendo uma força para
escorregar frente que é a força de atrito.
A expressão geral da força de atrito é Obs.4: Para uma situação como um livro em
repouso sobre uma mesa horizontal, a força
Fat = µN normal é a força do plano.
onde μ é coeficiente de atrito (depende do
N = F plano
material dos corpos em contato e do polimento
das superfícies) e N é a reação normal.

Obs. 1: Na equação entram os módulos das


forças, ou seja, seus valores absolutos, porque Em uma situação como a de um livro em
a força de atrito e a normal não são vetores repouso em um plano inclinado, onde há
paralelos. normal e força de atrito, a força do plano é a
soma vetorial dessas componentes.
Obs.2: Uma superfície pode ter atrito, mas pode
F plano
não ter força de atrito atuando. A força de atrito
é contrária ao deslizamento entre as partes ou F atrito
N
à tendência do deslizamento entre as partes.
Assim, se não há tendência de deslizamento,
não há força de atrito atuando. Por exemplo:
não há força de atrito atuando em um livro
repousando sobre uma mesa horizontal.
Obs. 5: O μ é adimensional (não tem unidades
Obs.3: A força de atrito não é necessariamente por ser o quociente entre duas forças) e
contrária ao movimento. Assim, quando você recebe o nome de coeficiente de atrito
faz uma força no chão para andar, essa força é estático (μe) na iminência do deslizamento, e o
para trás. Mas o chão não vai para trás. Seu pé de coeficiente de atrito cinético ou dinâmico
agarra no chão e o atrito é para frente. É o atrito (μc) quando já foi iniciado o movimento. A
que provoca o movimento. experiência mostra que, para um mesmo par
de superfícies, μe > μc.
Nos exercícios, se não for especificado μe ou
μc, utiliza-se simplesmente o coeficiente de
atrito μ e admite-se μe = μc.

Atrito estático Atrito cinético


f
2

Assim, em uma bicicleta, por exemplo,


Fe max = µen
costuma-se representar o atrito como na 3

figura abaixo. pu
rrão
fc = constante
µ en F em
=
fe

1 Declividade = 1

Fempurrão

Em repouso Acelerando

   
fe Fempurrão fe Fempurrão

  a
a=0
1. Primeiro o objeto não se move, portanto o atrito estático aumentou para se igualar,
em módulo, à força que empurra. Isso faz com que o gráfico cresça com declividade igual a 1
A força de atrito na roda dianteira é para trás,
2. O objeto começa a escorregar quando fc = fe max . A força de atrito diminui
pois a roda apenas rola pelo chão. Agora a roda quando o objeto começa a escorregar

traseira faz força no chão, empurra o chão para 3. A força de atrito cinético mantém-se constante enquanto o objeto estiver se movendo

/tamojuntoenem 45 Física - Dinâmica


Visão microscópica do atrito
Todas as superfícies, mesmo aquelas
completamente lisas ao toque, são muito
rugosas em escala microscópica. Quando dois a cent
objetos são colocados em contato, elas não
se ajustam inteiramente uma à outra. Em vez
disso, como mostra a figura abaixo, os pontos
mais altos de uma das superfícies empurram
os pontos mais altos da outra, enquanto os
A força resultante no movimento circular
pontos baixos não estabelecem contato
uniforme é análoga ao caso unidimensional e
algum. Somente uma fração muito pequena
é dada por
(tipicamente 10-4) das áreas superficiais está
realmente em contato. O grau de contato FRcp = ma cp = m v2
depende da intensidade da força com que as R
superfícies se empurram, motivo pelo qual as
onde m é a massa do corpo.
forças de atrito são proporcionais a N.

Dinâmica no movimento circular uniforme


04.
Energia Mecânica
Trabalho de uma força
Embora a ideia de trabalho pareça um gasto
de energia de uma pessoa, não usamos o
“trabalho de uma pessoa”. O trabalho é sempre
associado a uma força, por isso usamos o
trabalho de uma força. É o ato de transferir
energia a um corpo.
Para uma força constante que faz um ângulo
θ com o vetor deslocamento, o trabalho é
definido como:
W = Fd cosθ


F
No Movimento Circular Uniforme (MCU), a

v0 
aceleração em jogo é dada por v
θ
x
a cp = v2 m 
R d
e é chamada de aceleração centrípeta,
onde v é o módulo da velocidade e R é o No caso particular de uma força constante que
raio da curva executada. Essa aceleração é proporciona um deslocamento na direção da
responsável por mudar a direção e o sentido força, a expressão do trabalho toma a forma
da velocidade, porém não muda o seu
W = Fd
módulo. A aceleração centrípeta aponta para
o centro da trajetória circular.

/tamojuntoenem 46 Física - Energia Mecânica


Trabalho da Força Peso Uma força perpendicular à velocidade não
 modifica a velocidade, assim não transmitirá
v0 energia ao corpo.

mg  
 Wpeso = |F| |d| cosθ Por exemplo: um corpo sendo arrastado por
uma força F, em uma superfície rugosa, terá
d = mgh cos(0) trabalho da força normal igual a zero. Não há
 = mgh contribuição energética por parte da normal
v para que o movimento se realize (ou fazendo
 uma análise matemática o ângulo entre a força
mg
e o deslocamento é de 90o).
O trabalho da força peso não depende da 
trajetória, apenas da variação de altura. N

 F
fat

∆y  ∆x
mg

O trabalho da força de atrito, nesse caso, será


negativo, já que o ângulo entre a força de atrito
O trabalho realizado pela gravidade é igual nos quatro casos. e o deslocamento:
Watrito = - fa ∆x cos(180º)
Obs.: Se a força está a favor do movimento,
o trabalho é dito motor e leva sinal positivo. = - fa ∆x
Se a força está ao contrário do movimento, o
trabalho é dito resistente e leva sinal negativo. Trabalho de uma Força Elástica
Assim, o trabalho da força peso de um corpo A força elástica é uma força variável. Assim, seu
lançado verticalmente para cima será negativo trabalho é calculado pela área sob o gráfico.
na subida e positivo na descida.
Área = W
Trabalho de uma Força Perpendicular ao
Deslocamento WEl = (kx)x = kx2
A figura abaixo mostra a vista aérea de um 2 2
carro que faz uma curva. Como você aprendeu
no início do ano, uma força de atrito aponta 10
para o centro do círculo. Que valor de trabalho 9
o atrito realiza sobre o carro? Zero! 8
 7
v
Força (n)

6
5
4
3
2
1
0
0.04 0.08 0.12 0.16 0.20
 Enlogação (m)
Fat

Obs.: O deslocamento x é em relação ao


equilíbrio.

/tamojuntoenem 47 Física - Energia Mecânica


Potência
Epot g= mgh
Uma máquina é caracterizada não pelo
trabalho que efetua, mas pelo trabalho que • Potencial Elástica
pode efetuar em determinado intervalo de (é necessária a deformação no meio elástico)
tempo, donde surge a noção de potência. Por
exemplo, para um carro andar mais rápido, isto Kx2
Epot el =
é, percorrer mesmas distâncias em intervalos 2
de tempo menores, é necessário aumentar • Cinética
o ritmo de combustão do motor, ou seja, (é necessário que o corpo esteja em
aumentar sua potência, cuja expressão é movimento)
energia E mv2
P= = Ec =
intervalo do tempo ∆t 2
Obs.: Para a solução de exercícios de energia
A energia também pode ser substituída por é preciso pensar da seguinte forma: qual tipo
trabalho: de energia mecânica o corpo possui? Se
W tiver velocidade – tem energia cinética; se
P=
∆t tiver altura em relação a um referencial – tem
energia potencial gravitacional; se tiver mola
Unidade de Potência = J/s = W (watt) [também ou meio elástico deformado – tem energia
há o usual cal/s]. potencial elástica.
É comum também a citação do rendimento.
Imagine uma máquina que opera com 6000 Teorema da Energia Cinética
Watts (potência útil). É fornecida a ela 9000 Considere uma força constante F que atua
Watts (potência total), sendo que apenas sobre um corpo de massa m, na direção e no
6000 Watts a máquina será capaz de absorver, sentido do movimento e sendo F a sua força
dissipando em forma de calor ou som os 3000 resultante.
Watts restantes. O trabalho realizado é
O rendimento (η) é dado, portanto, por
W = F∆S = ma∆s
Potutil
Mas
Pottotal

Energia
Energia e Trabalho são grandezas de mesma Logo,
dimensão. Estão associados às forças que
de alguma forma proporcionam ou podem mv2
proporcionar movimento. W= m = = ∆Ecin
2 2 2
A energia mecânica é a soma das energias
potencial e cinética. A energia potencial pode
ser do tipo gravitacional (associada à força Conservação de Energia
peso) ou elástica (associada à força elástica). O Princípio da Conservação da Energia diz
que quando um número é calculado no
Emec = Ecinética + Epotencial início de um processo (o valor da energia),
ele será o mesmo no fim do processo. A
energia poderá sofrer mudanças na sua
• Potencial Gravitacional classificação, mas continuará sendo expressa
(é necessário um desnível em relação a um pelo mesmo número.
referencial)

/tamojuntoenem 48 Física - Energia Mecânica


Quando aplicamos o Princípio da d = 1,0 kg/L ou d = 1g/cm3 . No S.I. => d = 1,0 x
Conservação de Energia em sistemas 10³ kg/m³.
mecânicos, estamos dizendo que a energia
mecânica será mecânica até o fim do Pressão
processo, isto é, não será transformada em É a grandeza escalar que corresponde à razão
outra forma de energia. entre a resultante perpendicular (normal) das
forças e sua área de atuação.
Emec. inicial = Emec. final Fperpendicular
P=
A
Quando a energia mecânica se torna outra
forma de energia (usualmente calor), o sistema
é chamado de não-conservativo (aparecem
forças dissipativas como forças de atrito ou de F F
resistência do ar), mas observe que mesmo
um sistema chamado de não-conservativo é, A A
na verdade, um sistema conservativo quando
tratamos da totalidade das energias envolvidas. O fluido empurra a
área A com força F
Emec. inicial = Emec. final + calor Unidade de pressão = N/m² = Pa (Pascal).

Pressão de uma coluna de líquido (Pressão


05. Hidrostática)

Hidrostática
O estudo da hidrostática abarca alguns
h
conceitos simples, mas de utilidade variada.
Massa específica: É a grandeza definida pela Peso
razão entre a massa e o volume das substâncias
homogêneas (é uma característica do material Phidro = µgh
e costuma ser representada pelas letras μ ou ρ).
m
µ= v Teorema de Stevin

Densidade Absoluta (d): possui a mesma


razão que a massa específica, mas é usada hB
para qualquer corpo ou substância. Exemplo: B hA
∆h
uma garrafa de plástico pode mudar de
densidade à medida que a enchemos ou a A

esvaziamos de água, ou seja, a massa muda


para um mesmo volume. Consideremos um líquido incompressível de
massa específica μ, em equilíbrio no recipiente
d=m da figura.
v
Sejamos pontos A e B do líquido, situados a
Unidades de μ ou d: kg/m3. uma distância hA e hB, respectivamente, da
Obs.: é comum o uso de outras unidades superfície do líquido. Pode-se mostrar que
diferentes do Sistema Internacional. Por
exemplo, para a água: PA = PB +µg∆h

/tamojuntoenem 49 Física - Hidrostática


Obs.: Se o ponto B estiver na superfície do em uma força vertical para cima, denominada
líquido, a pressão exercida pelo ar é a pressão “empuxo”.
atmosférica, e a equação acima toma a forma
PA=Patm+μgh, onde h é a altura (desnível) Empuxo

entre a superfície e o ponto A.


Obs.: A pressão atmosférica suporta uma
coluna de 10 m de água. Isso quer dizer que
uma pessoa a 20 m de profundidade tem uma
pressão de aproximadamente 3 atm (1 atm do
ar e 2 atm pela água). Corresponde ao peso do líquido que possui
igual volume ao que o corpo ocupa quando
Vasos Comunicantes imerso (peso do fluido deslocado). Costuma-
Um líquido em equilíbrio hidrostático, contido se dizer que o empuxo corresponde ao peso
num recipiente conectado, sobe até a mesma do líquido deslocado.
altura em todas as regiões!
p0

A força resultante do fluido sobre o


cilindro é a força de empuxo FB
h líquido

Aumento de Fpara baixo


pressão

Fres= FB

Fpara cima

Fpara baixo > Fpara cima porque a pressãoé maior no fundo.


Logo, o fluido exerce uma força resultante orientada para cima.

Princípio de Pascal
Se uma força é feita em uma área de um
líquido incompressível, há uma pressão que é
transmitida para todos os pontos do líquido.
Isso significa que uma força F, feita em uma
área A, produz uma força 4F em uma área 4A,
isto é, a pressão transmitida é constante.

4F
F

líquido

Princípio de Arquimedes (Empuxo)


Um corpo imerso em um fluido desloca
um volume de fluido tal que a diferença de
pressão nas diversas profundidades resulta

/tamojuntoenem 50 Física - Hidrostática


Podemos enunciar o Princípio de Arquimedes: Dica: É importante perceber que o empuxo
“Um corpo total ou parcialmente imerso num é o peso do líquido que ocupa o espaço que
fluido recebe um empuxo igual e contrário ao passou a ser ocupado pelo corpo imerso.
peso da porção de fluido deslocado e aplicado 1kg de água é equivalente a 1 litro de água.
no centro de gravidade do referido fluido Assim, se um corpo imerso em água ocupa um
deslocado.” volume que era ocupado por 2 litros de água
Arquimedes de Siracusa, no seu livro “Sobre corpos flutuantes”
é equivalente a 2 kg de massa e, logo, 20 N de
(séc III A.C.)
peso. Esse é o valor do empuxo desse corpo.
Matematicamente:

E força empuxo
E = µiq Vimersog

/tamojuntoenem 51 Física - Hidrostática


Química
01. Termoquímica 05. Química Ambiental
02. Radioatividade 06. Reações Orgânicas
03. Eletroquímica

11:00 Allan e Xandão


17:30 Xandão e Carlos

01.
Termoquímica
Conceitos gerais “produtos” da reação, logo consideramos
A termoquímica é o estudo das trocas de que o calor liberado nessa reação tem sinal
energia, na forma de calor, envolvidas nas negativo na variação da entalpia, ou seja,
reações químicas e nas mudanças de estado menor que ZERO.
físico das substâncias. São dois os processos
em que há troca de energia na forma de calor: 2) Reações endotérmicas (∆H > 0)
o processo exotérmico e o endotérmico. São as que absorvem calor, como por exemplo:
A decomposição do carbonato de cálcio:
Em termos gerais: Termoquímica é o estudo CaCO3 + Calor � CaO + CO2
das quantidades de calor liberadas ou A síntese do óxido nítrico: N
absorvidas durante as reações químicas. 2 + O2 + Calor � 2 NO

Tipos de processos termoquímicos: Já nesses casos, veja que estamos


1) Reações exotérmicas (∆H < 0) considerando o calor como um “reagente”
São as que produzem ou liberam calor, como necessário ao andamento da reação. Aqui,
por exemplo: consideramos que o calor absorvido nessa
reação tem sinal positivo na variação da
A queima do carvão: C + O2 � CO2 + Calor entalpia, ou seja, maior que ZERO.
A combustão do metano (um dos gases estufa):
CH4 + 2 O2 � CO2 + 2 H2O + Calor Obs.: Lembramos que nem toda reação de
combustão tem como produtos CO2 + H2O,
Observe que, nesses exemplos, estamos isso acontece quando o reagente queimado
considerando o calor como se fosse um dos é um hidrocarboneto, assim sua combustão

/tamojuntoenem 52 Química - Termoquímica


completa gera CO2 + H2O e a incompleta gera Vemos que o gráfico 1 representa uma
CO + H2O. reação exotérmica, ou seja, identificamos
que a energia dos produtos é menor que
Existem alguns conceitos básicos, porém a energia dos reagentes, logo houve uma
importantes, da termoquímica e da liberação de calor. No cálculo da variação de
calorimetria, como por exemplo: entalpia (∆H), como a energia dos reagentes
é maior que dos produtos, sua variação
1 cal é quantidade de energia necessária para será numericamente MENOR que zero. Em
aquecer 1,0 grama de água pura em 1ºC (1 cal contrapartida, no gráfico 2 percebemos que a
= 4,8 Kj). energia do produtos é maior do que a energia
Entalpia (H) é uma grandeza física que mede a dos reagentes, logo houve uma absorção de
energia térmica de um sistema e sua unidade calor por parte dos reagentes. Então, quando
pelo sistema internacional é dado em Joule(J). calcula-se a variação de entalpia (∆H), por
Com o rompimento e reagrupamento das conta da energia dos produtos serem maiores,
ligações nas moléculas que geram esse calor, esta terá um valor positivo.
não há forma de se determinar a entalpia,
porém conseguimos determinar com precisão Cálculo da variação de entalpia
a variação de entalpia (∆H) que é a medida Na termoquímica, como havíamos dito, não é
da quantidade de calor liberada ou absorvida possível calcular a entalpia das reações, porém
pela reação, a pressão constante. conseguimos calcular com precisão a variação
da entalpia, ou seja, a diferença de calor dos
Gráficos termoquímicos produtos em relação aos reagentes.

Definimos, então, a variação de entalpia (∆H)


Reação exotérmica 1
algebricamente como:

Entalpia
ΔH = Hprodutos - Hreagentes
Reagentes
Considere o seguinte exemplo, com todas as
Produtos substâncias no estado padrão:

H2(g) + 12 O (g)-5.5 () + 1)-2 (2a30 -2. )-9.5 (a -2.691-11.1 (a)0.8 (l)-9

Entalpia (kJ)
Caminho da reação
1
H₂ (g) + Oz(g)
2
Hinicial = zero
(estado inicial)

Reação endotérmica 2 ∆H = -286,6 KJ

Entalpia
H₂ O (l)
Hfinal = -286,6
Produtos (estado final)

Reagentes

Caminho da reação

/tamojuntoenem 53
Analisando o ∆H < 0 , concluímos que a • Ligação dos produtos é formada = libera
reação é exotérmica e que o sistema em calor, sinal negativo.
reação perde energia (calor) para o meio
ambiente. Consequentemente, o produto Exemplo 1:
final (H2O(l) ) ficará em um nível de energia Energia de ligação do composto CH4
mais baixo (- 286,6 kJ). 4.(C - H) = 4 . 412 = 1648 kJ
Podemos, então, provar o ∆H dado como:
∆H = Hprodutos - Hreagentes Exemplo 2:
∆H = HH2O - (HH2 + HO2) H2 + Cl2 � 2 HCl
∆H = -286,6 - (zero + zero) (H - H) (Cl - Cl) (CL - H)
∆H = - 286,6 KJ +436 KJ +242 KJ 2.(-431 KJ) = - 862 KJ
(absorvidos = positivo) (liberado = negativo)
Esse valor é chamado de entalpia (ou calor)
padrão de formação do H2O(l) e é representado Energia dos reagentes =
por ∆ H0f , em que o expoente zero indica o (+435kJ) + (+242kJ) = + 678 kJ
estado padrão das substâncias, e o índice f
indica que se trata da entalpia de formação. Energia dos produtos = - 862kJ

Definimos, então, que: ΔH = ΔHreagentes + ΔHprodutos


Entalpia (ou calor) padrão de formação de uma ΔH = +678 kJ + (-862 kJ)
substância é a variação de entalpia verificada ΔH = -184 kJ = reação exotérmica
na formação de 1 mol da substância, a partir
das substâncias simples correspondentes, Gráficos de Entalpia das formas alotrópicas
estando todas no estado padrão. Quando a substância simples apresenta
variedades alotrópicas, o valor H0 = 0 será
Entalpia de Ligação atribuído à variedade alotrópica mais comum.
Imagine dois átomos ligados e no estado Por exemplo, o oxigênio possui duas formas
gasoso. A quebra da ligação que une estes dois alotrópicas, a de gás oxigênio (O2) e a de ozônio
átomos sempre envolve absorção de energia. E (O3), o gás oxigênio é o mais comum, portanto,
a união destes dois átomos sempre envolverá a ele possui H0= 0 e o ozônio apresenta H0 ≠ 0.
liberação de energia.
Veja os gráficos desses alótropos:
Os processos de união e quebra são opostos,
mas sempre envolverão a mesma quantidade ∆H > 0
C (Diamante)
∆H > 0
O3 (ozIônio)

de energia quando estivermos falando da


mesma ligação. ∆H = 0
C (grafite) à 25ºC e 1 atm
∆H = 0
O2 (oxigênio) às 25ºC e 1atm

Em outras palavras:
A energia de ligação é a energia necessária para
quebrar 1 mol de ligações no estado gasoso. ∆H > 0
P (fósforo branco)
∆H > 0
S (monoclínico)

Ligação Energia de ligação ∆H = 0


P (fósforo vermelho) à 25ºC e 1 atm
∆H = 0
S (Enxofre rômbico) 25º e 1 atm

H-H + 436
C-H + 412
Cl - Cl + 242
Cl - H + 431 Lei de Hess
Em meados do século XIX, o químico Germain
Atenção! Hess descobriu que a variação de entalpia (ΔH)
• Ligação dos reagentes é quebrada = absorve de um processo dependia apenas do estado
calor, sinal positivo. inicial e do estado final da reação.

/tamojuntoenem 54 Química - Termoquímica


é o cálculo das quantidades de reagentes e/
ou produtos das reações químicas baseados
nas leis ponderais e proporções químicas. Na
estequiometria, temos que estar cientes das
informações quantitativas que uma reação
química pode representar. A estequiometria
Observe que a entalpia envolvida na
aplicada a termoquímica é basicamente feita
transformação de A para C independe se a
em cima de reações de combustão.
reação foi realizada em uma única etapa (A�C)
ou em várias etapas (A�B�C).
Exemplo 1:
Quantos quilojoules (KJ) são liberados na
A partir deste conceito, chegamos a conclusão
queima completa de 40g gás metano?
de que é possível calcular a variação de entalpia
(Massa atômica: C = 12; H =1; O =16)
de uma reação através dos calores das reações
Resolução:
intermediárias.
CH4(g) + 2O2(g) � CO2(g) + 2H2O(l)
Exemplo: ΔH=-889,5KJ/mol
A reação de combustão completa do carbono é
representada por: A queima de 1mol(16g) de CH4 liberam 889,5
KJ de energia
C + O2 � CO2 ΔHglobal = ?
16g de CH4 889,5 KJ de CH4
Sendo esta a sua reação global com valor de ΔH. 40g de CH4 x KJ de CH4
X = 2.223,75 KJ são liberados na queima de
Porém, sabemos que está equação acontece 40g de CH4
em duas etapas:

Etapa 1: C + 12 O2 � CO ΔH1 = -110,0 kJ Exemplo 2:


Etapa 2: CO + 12 O2 � CO2 ΔH2 = -283,0 kJ Sabendo que uma quantidade de metanol
liberou 2178,8KJ de energia, deseja-se saber
Portanto, conhecendo os valores de ΔH das quantos litros de CO2 nas CNTP foram
reações intermediárias, é possível chegar ao lançados para a atmosfera ao se queimar essa
valor de ΔH da nossa equação global, somando quantidade de álcool.
estas equações intermediárias e cortando os
reagentes com produtos iguais de reações Resolução:
distintas: CH3OH(l) + 3 O2(g) � CO2(g) + 2H2O(l)
2

Etapa 1: C + 1 O2 � CO ΔH1 = -110,0 kJ ΔH = - 725,6 KJ/mol


2
+ +
Etapa 2: CO + 1 O2 � CO2 ΔH2 = -283,0 kJ A queima de 1mol de CH3OH libera 725,6 KJ
2 de energia

Equação global: C + O2 � CO ΔHglobal = -393,0 kJ 1 mol de CH3OH 725,6 KJ de CH4


X mol de CH3OH 2.178,8 KJ de CH4
X = 3 mol de CH3OH são utilizados para gerar
Estequiometria por trás da entalpia de 2.178,8 KJ de energia
combustão
A proporção estequiométrica da reação de de
Cálculo estequiométrico ou estequiometria 1:1 em relação do metanol com o CO2, logo:

/tamojuntoenem 55 Química - Termoquímica


1 mol de CH3OH 1 mol de de CO2 se manifestaram – náuseas, tonturas,
3 mol de CH3OH y mol de CO2 vômitos e diarreias – em algumas horas,
Y = 3 mol de CO2 porém o diagnóstico correto e o alerta de
contaminação só veio duas semanas depois.
1 mol de qualquer gás nas CNTP ocupa um As casas próximas ao incidente precisaram
volume de 22,4L, sabendo isso: ser evacuadas e a limpeza e descarte de
materiais contaminados gerou mais de 6
1 mol de CO2 22,4 Litros de CO2 toneladas de lixo tóxico, que se encontram
3 mol de CO2 z Litros de CO2 em 12 contêineres lacrados com concreto e
Y = 67,2 Litros de CO2 são liberados na chumbo no município de Abadia de Goiás.
atmosfera com a produção de 2.178,8 KJ de
energia a partir da queima do metanol. Radioatividade
Radioatividade é o processo pelo qual

02.
núcleos atômicos instáveis perdem massa e
energia através de radiação, convertendo-se
em outro elemento.
Radioatividade Existem 3 típicas formas de radiação
nuclear. São elas:
O maior acidente radiológico do Brasil ·Radiação α (alfa) � Partículas idênticas a
e um dos maiores do mundo, o acidente um núcleo de Hélio, de carga +2 e contendo
com Césio-137 em Goiânia, completou 30 2 prótons e 2 nêutrons, totalizando número
anos em setembro de 2017. Motivado pela de massa 4;
curiosidade e falta de informações sobre ·Radiação β (beta) � Elétrons com energia
radioatividade, o acidente causou a morte cinética altíssima. Possuem uma unidade de
de quatro pessoas no ano do acidente, carga negativa e massa muito pequena;
por envenenamento radioativo, e mais de ·Radiação γ (gama) � Fótons de altíssima
100 pessoas até hoje por câncer e outras energia. Não possuem carga nem massa.
complicações relacionadas à exposição.

O Césio-137 é utilizado como fonte de


radiação γ em equipamentos radioterápicos
para tratamento de tumores. Um destes
equipamentos foi encontrado em 1987 por
catadores em uma antiga instalação do
Instituto Goiano de Radioterapia (IGR) e
repassado a um ferro-velho onde se fez o
desmonte da máquina e foi aberta a cápsula
de chumbo contendo aproximadamente 19
gramas de cloreto de césio radioativo, um
sólido semelhante ao sal de cozinha que, no Os três tipos de radiação são ionizantes e
escuro, emite um brilho azul. causam danos aos tecidos biológicos, sendo
a radiação γ a mais prejudicial devido ao
O material brilhante gerou interesse e seu alto poder de penetração. Por não ter
atraiu visitas de familiares e vizinhos à massa ou carga, ela viaja através da matéria
casa do dono do ferro-velho e o contato causando danos internos ao organismo. Este
com o sal de césio acabou por contaminar tipo de radiação é atenuado por camadas
parte da população da cidade. Os grossas e densas de matéria.
sintomas do envenenamento por radiação A radiação β é menos penetrante que a γ
e pode ser parada por finas camadas de

/tamojuntoenem 56 Química - Radioatividade


plástico ou metal. Causa danos superficiais edição de 2017 do Enem, ano em que o
como queimaduras, e sintomas mais graves acidente de Goiânia completa 30 anos.
quando uma fonte é ingerida.
A radiação α é pouco penetrante e Fusão e Fissão Nuclear
dificilmente causa sintomas por exposição Reações nucleares são um assunto
externa. Quando ingerida uma fonte desta intimamente ligado à radioatividade, pois
radiação, os sintomas podem ser graves. também envolvem transformações nos
núcleos dos átomos. As reações nucleares
Leis da Radioatividade podem ser de dois tipos:
Primeira Lei de Soddy (para decaimento α): ·Fissão � Quando um átomo grande é
quebrado em dois elementos menores,
z
X A � z-2YA-4 + 2α4 liberando muita energia;
· Fusão � Quando dois átomos pequenos se
Segunda Lei de Soddy (para decaimento β): combinam para formar um elemento maior,
z
X A � z+1YA + -1β0 liberando ainda mais energia.

O Césio-137 decai emitindo partículas β e, A grande liberação de energia pelos dois


portanto, obedece à segunda lei: processos permite que sejam usados para
55
Cs137 � 56Ba137 + -1β0 fins bélicos, em bombas de fissão ou fusão
nuclear, assim como para produção de energia
elétrica em usinas de fissão nuclear. Ainda não
Cinética Radioativa existem usinas de produção de energia via
Definimos o tempo de meia-vida (t1/2) fusão, porém existem pesquisas na área.
como o tempo necessário para que metade
dos núcleos presentes em uma amostra
radioativa se desintegre, ou seja, a cada 03.
vez que se decorrer o tempo de uma meia-
vida, a quantidade de núcleos radioativos Eletroquímica
será reduzida pela metade. Assim, podemos
A Eletroquímica é o ramo da química que
descrever o decaimento radioativo pela
estuda as reações de oxirredução que
seguinte fórmula:
envolvem transferência de elétrons por
m = m0/2n
meio de dispositivo conhecido como célula
1.0 1.00
eletroquímica.

0.8 Essas reações podem ocorrer de forma


espontânea, transformando a energia química
massa final/massa inicial

0.6 em energia elétrica, processo que chamamos


0.50
de pilha. Ou podem ocorrer consumindo uma
0.4
corrente elétrica, transformando essa energia
0.250 em energia química, processo que chamamos
0.4
0.125
0.0625
de eletrólise.
0.03125
0
1 2 3 4 5 Neste material, iremos dar um foco específico
Tempo (meias-vidas)
para dois processos dentro da eletroquímica
que são temas recorrentes quando o assunto
é vestibular, são eles: Metal de sacrifício e
O tempo de meia-vida do Césio-137 é
Galvanização.
de aproximadamente 30 anos. Isto pode
motivar uma questão sobre meia-vida na

/tamojuntoenem 57 Química - Eletroquímica


Metal de sacrifício o metal que se deseja proteger, evitando que
O que é um metal de sacrifício? haja contato entre esse metal e o ambiente.
É um metal utilizado para proteger outros Protegido, ele não sofre corrosão e a sua vida
de sofrerem o processo de oxidação. Isso útil é amplamente prolongada.
acontece porque o metal de sacrifício
utilizado é sempre mais reativo que o metal Esse processo faz a peça galvanizada perder
a ser protegido. Podemos observar essa parte da camada de zinco e entrar em contato
reatividade pelos potenciais de oxidação e/ou com o ambiente?
redução dos metais envolvidos no processo.
Sem problemas! Mesmo que uma lasca desse
Quanto menor o potencial de redução, maior Zinco seja retirada, o metal interior continuará
a tendência a sofrer oxidação e, portanto, protegido. Isso acontece porque o zinco
quanto maior o potencial de oxidação, maior a atua como metal de sacrifício, protegendo o
tendência a sofrer oxidação. material interno.

Exemplo: Fe+2 + 2e- � Fe Ered = - 0,44V


O casco de um navio feito de ferro sofre Zn+2 + 2e- � Mg Ered = - 0,76V
oxidação causada pela solução salina da água
do mar; a fim de proteger o ferro, o magnésio O Zinco possui menor potencial de redução
é utilizado como metal de sacrifício. que o Ferro, portanto, o Zinco tem maior
Com base nos potenciais de redução do ferro tendência a oxidar e irá sofrer esse processo
e do magnésio, prove a afirmativa acima. protegendo o Ferro.

Dados:
Fe+2 + 2e- � Fe Ered = - 0,44V 04.
Mg+2 + 2e- � Mg Ered = - 2,37V
Química Ambiental
É possível constatar que o Mg possui menor
+2
A Química ambiental estuda os processos
potencial de redução que o Fe+2, portanto, o
químicos que ocorrem na natureza e como
Mg tem maior tendência a oxidar que o Fe.
afetam a relação do homem com o meio.
Desde 1950, o homem alterou o meio
Sendo assim, o Mg pode ser utilizado como
ambiente mais do que em toda a história da
metal de sacrifício para o Fe, pois oxidará
humanidade. Assim, estudar como reduzir
primeiro, evitando a oxidação do ferro.
o impacto já existente ou prevenir novas
poluições é o objetivo da química ambiental.
Galvanização
Seguem, nesse resumo, algumas das mais
Um dos desafios da química no nosso
importantes alterações ambientais vivenciadas
cotidiano é evitar que determinados materiais
pelo homem.
metálicos sofram o processo de corrosão. A
corrosão faz com que os materiais percam
Aquecimento global
as suas propriedades, consumindo recursos,
É o fenômeno da intensificação do efeito
tempo e o próprio metal, gerando custos
estufa. O efeito estufa ocorre naturalmente
intermináveis com manutenções e trocas.
e permite manter uma faixa de temperatura
compatível com a vida. Isso porque a
Visando prolongar a vida útil desses materiais
radiação solar que passa pela atmosfera e
utilizamos o processo de Galvanização. A
incide sobre a superfície terrestre tende a ser
galvanização é um processo onde o aço ou
refletida de volta para o espaço. No entanto,
o ferro são recobertos por zinco e é formada
uma camada metalúrgica de proteção sobre

/tamojuntoenem 58 Química - Química Ambiental


na atmosfera, gases como o CO2 e o CH4 Chuva ácida
(chamados gases estufa) aprisionam parte Os combustíveis fósseis estão
desses feixes, ocasionando um aumento na frequentemente contaminados por impurezas
temperatura global. contendo enxofre e nitrogênio. A queima
dessas impurezas nos motores de veículos
ou em processos industriais libera óxidos
de enxofre (SO2 e SO3) e de nitrogênio (NO
e NO2), que são lançados para a atmosfera.
Na precipitação da água na chuva, ocorre a
reação desses óxidos com a água, formando
os ácidos nítrico (HNO3) e sulfúrico (H2SO4).
Essa precipitação ácida reduz o pH dos corpos
hídricos e do solo, além de provocar corrosão
Todavia, o aumento da emissão destes em monumentos e estruturas urbanas. Vale
gases, especialmente pela queima de lembrar que o CO2 em contato com a água
combustíveis fósseis após a revolução também produz um ácido, o ácido carbônico,
industrial, fez com que a temperatura se porém esse ácido é muito mais fraco que os
elevasse mais rapidamente. ácidos citados anteriormente.
Por estar em maior quantidade, o CO2 é o
principal gás do efeito estufa, emitido a partir
do processo de combustão, exemplificado
abaixo pela reação de combustão da gasolina.

C8H18 + 25/202 � 8CO2 + 9H2O

Outro gás em menor quantidade na


atmosfera, mas com maior capacidade de
intensificar o efeito estufa, é o gás metano
(CH4), liberado a partir da fermentação
entérica (digestiva) do processo de digestão
da celulose nos ruminantes. Lixo
Ozônio
Resíduos não biodegradáveis, como plásticos
CFCs
8%
comuns (polímeros), latas e garrafas de vidro
levam centenas de anos para se decompor
12%
Contribuição relativa de
gases para o efeito estuda
Óxido nitroso
5% Dióxido de Carbono CO₂ na natureza. O acúmulo destes materiais
Metano CH₄

Clorofluorcarbonos (CFCs - artificial)


é prejudicial aos ecossistemas e deve ser
CO₂
Metano
15% 60% Óxido Nitroso NO evitado através de medidas ambientais
Ozônio O₃
apropriadas, como aterros sanitários e
incineração. Além da destinação correta dos
resíduos sólidos, preconiza-se o “Princípio
dos 3 Rs”: Reduzir, Reutilizar e Reciclar,
como esforço para minimizar a influência dos
resíduos sólidos na natureza.

Outros resíduos, como efluentes líquidos


industriais e gases tóxicos e poluentes, que
ao longo de décadas foram negligenciados
e lançados na natureza sem nenhum
tratamento, passam agora por maior controle

/tamojuntoenem 59 Química - Química Ambiental


dos órgãos ambientais. A fiscalização das Observe o processo:
empresas quanto ao cumprimento das
legislações ambientais visa reverter os danos Radiação U.V

F
ambientais causados pelo setor industrial ao Passo 1 Cl C Cl
Cl F
C Cl
meio ambiente. Cl Cl

Cl
Passo 2 O O
O O Cl
O
O

O
Cl O
Passo 3 Cl
O O

05.
Reações Orgânicas
Destruição da camada de ozônio
A camada de ozônio (O3) constitui uma Nós já conhecemos, em geral, como as
importante defesa contra a radiação reações com compostos inorgânicos ocorrem,
ultravioleta, altamente nociva aos seres bem como os mecanismos que utilizam e
vivos. Ocorre que alguns compostos a forma das equações que as representam.
catalisam a conversão do O3 em O2, entre Na química orgânica, já que a variedade de
eles o cloro atômico (Cl). O uso de produtos funções existentes neste ramo é muito maior
contendo CFCs (Clorofluorcarbonetos) em que na inorgânica, a quantidade de tipos de
refrigeradores e desodorantes spray elevou reação também é muito maior.
as concentrações de Cloro na atmosfera,
reduzindo as concentrações de ozônio. Tipos de reações que iremos ver:
A exposição aos raios ultravioleta está • Reações de adição
relacionada à maior incidência de câncer • Reações de substituição
de pele na população. Com a substituição • Transesterificação
progressiva dos CFCs por outras substâncias, o • Saponificação
processo de destruição da camada de ozônio • Reações de eliminação
foi amenizado, porém este fenômeno merece • Reações de oxidação
atenção e é constantemente monitorado.
Reações de Adição
Falando de uma forma genérica, as reações
de adição ocorrem quando adicionamos
um reagente (geralmente inorgânico) a um
composto orgânico, formando um único
produto.
Para que isso ocorra, é necessário sempre
haver uma ligação enfraquecida no reagente
orgânico, a qual se rompe, abrindo 2 valências
A reação de destruição da camada de ozônio livres. Ao mesmo tempo, o outro reagente
acontece porque os CFC’s chegam intactos adicionado ao orgânico também sofre uma
na camada mais alta da atmosfera, onde são cisão, e cada uma de suas partes se liga a uma
decompostos pela radiação ultravioleta, gerando valência livre do reagente orgânico.
radicais livres de cloro que desencadeiam a Veja o caso geral abaixo, em que a ligação
reação de destruição do ozônio. fraca é uma ligação pi:

/tamojuntoenem 60 Química - Reações Orgânicas


reagente
fracas, mais suscetíveis à ruptura.
adicionado X X
H H
π
C=C + X X H C C H Obs: O ciclo-hexano sofre deformação em
H H sua estrutura, adquirindo forma de bote/
reagentes H H
orgânicos com barco ou de cadeira, nas quais o ângulo, em
ligação fraca produto formado
(pi) vez de 120° (ângulo interno do hexágono), é
109°28’. Essa deformação angular compensa a
Importante à beça: tensão angular, e a ligação entre os átomos de
Quando o composto for alcadieno conjugado carbono deixa de ser fraca. Logo, não há tensão
(ou seja, em que 2 ligações duplas são angular em anéis com 6 ou mais carbonos.
intercaladas por 1 ligação simples) e participar
109˚28’
de uma reação de adição incompleta (com 1
120˚
mol de reagente com fórmula genérica X2),
ocorrerá a chamada reação 1,4, através da
qual o produto formado em maior proporção
sempre terá uma ligação dupla no lugar da
I. Hidrogenação catalítica
ligação simples que intercalava as duplas no
Ocorre com adição de H2 ao alceno, alcino,
alcadieno reagente.
cicloalcano ou benzeno;
Veja:
• Utiliza placa metálica de Pt, Ni ou Pd, que
H₂C = CH CH = CH₂ + X X H₂C CH = CH CH₂ absorve o H2, funcionando como catalisador
adição 1,4 X X de superfície;
• Só ocorre sob temperatura e pressão
Agora veja outro caso geral, em que a ligação
elevadas;
fraca é uma ligação tensionada em cadeia
• Em alceno, o produto formado é um alcano;
fechada:
H H
reagente
Pt
CH₂ adicionado
X X H₂C = CH₂ + H₂ H₂C CH₂
P,T
H₂C CH₂ + X X H₂C CH₂ CH₂
reagentes produto formado
orgânicos com
ligação fraca
• Em alcino, o produto formado pode ser um
(enfraquecida
por tensão angular)
alceno (caso se adicione 1 mol de H2, o que
configura uma hidrogenação parcial) ou um
alcano (caso se adicionem 2 mols de H2, o que
Opa, tensão angular?
configura uma hidrogenação total);
Essa teoria é chamada de “Teoria das tensões
Pt
de Bayer”. Entenda: todos os carbonos dos Parcial HC CH + H₂ H₂C = CH₂
ciclanos, por serem compostos cíclicos com P,T
ligações simples, possuem hibridização sp³,
cujos ângulos entre os pares eletrônicos H H
(geralmente nas ligações) devem ser 109°28’ Pt
Total HC CH + 2H₂ HC CH
para haver estabilidade, devido à geometria P,T
tetraédrica. No entanto, compostos de cadeia H H
fechada possuem geometria que segue o
• Em cicloalcano, o produto formado é um
padrão dos polígonos regulares, cada um com
alcano;
seus ângulos internos.

Exemplo: Ciclopropano � possui geometria Ni


triangular, cujos ângulos internos são 60°, valor + H₂
bem distante de 109°28’. Isso é o que gera uma P,T H H
tensão angular nessas ligações e que as torna

/tamojuntoenem 61 Química - Reações Orgânicas


• Em benzeno, assim como em alceno e • Em cicloalcano, o produto formado é um
alcino, cada mol de H2 provoca a ruptura de di-haleto saturado;
1 ligação pi, podendo formar cicloalceno ou
cicloalcano. FeCl₃
H
+ Cl₂
H H Cl Cl
Ni
+ 3H₂
P,T H H
III. Hidro-halogenação
H
• Ocorre com adição de HCl ou HBr
(genericamente: HX) ao alceno, alcino ou
Halogenação cicloalcano;
Esse tipo de reação é análoga a hidrogenação, • Não necessita de catalisador;
porém ao invés de se usar mol de hidrogênio Caso 1) Quando ocorre na ausência de
usaremos halogênios. Ocorre com adição de peróxido (peróxido de benzoíla, peróxido
Cl2, Br2 ou I2 ao alceno, alcino ou cicloalcano; de hidrogênio, etc), utiliza-se a regra de
markovnikov;
Obs1: F2 é tão reativo que gera uma reação
explosiva, a qual não produz haletos; a reação Opa, Markovnikov?
com o I2 é muito lenta, motivo pelo qual Diz que quando a ligação dupla for
quase não ocorre. Conclusão: vamos tomar assimétrica (isto é, o ligante de um lado da
como exemplos apenas cloração e bromação. dupla é diferente do ligante do outro), o
produto principal será aquele em que o H
Obs2: Não necessita de catalisador para alceno se adiciona ao carbono mais hidrogenado
e alcino, mas utiliza ácidos de lewis (FeCl3, da dupla, enquanto o halogênio se liga
AlCl3, etc) como catalisador para cicloalcano; ao menos hidrogenado. Como o produto
secundário (em que o halogênio se liga ao
OBS3: Em alceno, o produto formado é um carbono mais hidrogenado e o H se liga
di-haleto saturado; ao menos hidrogenado) é formado em
Cl Cl quantidade muito menor, considera-se a
formação apenas do produto principal.
H₂C = CH₂ + Cl₂ H₂C CH₂
Caso 2) Quando ocorre na presença
de peróxido, utiliza-se a regra de anti-
• Em alcino, o produto formado pode ser um Mvarkovnikov ou regra de Karasch-Mayo;
di-haleto insaturado (caso se adicione 1 mol
de X2, o que configura uma halogenação OPA, Karasch-Mayo?
parcial) ou um tetra-haleto saturado (caso se Diz que quando a ligação dupla for
adicionem 2 mols de X2, o que configura uma assimétrica e a hidro-bromação ocorrer na
halogenação total); presença de peróxido, o produto principal
Br Br formado será aquele em que o H se
adiciona ao carbono menos hidrogenado
Parcial HC CH + Br₂ H₂C = CH₂
da dupla, enquanto o bromo se liga ao mais
hidrogenado. Da mesma forma, o produto
secundário (em que ocorre o inverso) é
Br Br
formado em quantidade muito menor, motivo
Total HC CH + 2Br₂ HC CH pelo qual desconsideramos sua formação.
• Em alceno, o produto formado é um haleto
Br Br
saturado;

/tamojuntoenem 62 Química - Reações Orgânicas


Cl Cl
Alceno H Br
H₂C = CH₂ + HCl H₂C CH₂


simétrico peróxido
H₃C — C —

— CH + 2HBr  H₃C — C — CH


Obs.: Reação é análoga a hidrogenação e
H Br
halogenação Alcino assimétrico com peróxido (Total/Kharasch-Mayo)
Cl H

H₃C CH = CH₂ + HCl H₃C CH CH₂


Em cicloalcano, o produto formado é um
haleto saturado.
Alceno assimétrico sem peróxido (Markovnikov)
Br
H Br + HBr 
peróxido
H₃C CH = CH₂ + HBr H₃C CH CH₂ H

Alceno assimétrico com peróxido (Kharasch-Mayo)


Obs.: Ciclopentano e ciclohexano não
• Em alcino, o produto formado pode ser um sofrem hidro-halogenação.
haleto insaturado (caso se adicione 1 mol de
HX, o que configura uma hidro-halogenação IV. Hidratação
parcial) ou um di-haleto saturado com 2 • Ocorre com adição de água (para fins
halogênios ligados ao mesmo carbono (caso didáticos, vamos representá-la por HOH) ao
se adicionem 2 mols de HX, o que configura alceno, alcino ou cicloalcano;
uma hidro-halogenação total); • Só ocorre em meio ácido e sob aquecimento;
Br H
• Em compostos assimétricos, vale a regra de
Markovnikov;
+ HBr
HC = CH • Em alceno, há formação de álcool;

Alcino simétrico (Parcial) OH H


H-
Br H


+ 2HBr
HC = CH Alceno simétrico

Br H OH H

Alcino simétrico (Total) H+


Cl H

Alceno assimétrico (Markovnikov)

H₃C — C —
— —
— CH + HCl  H₃C — C —
— CH
Em alcino, há formação de enol, que entra
em equilíbrio dinâmico (tautomeria) com
Alcino assimétrico sem peróxido (Parcial/Markovnikov)
aldeído ou cetona;
Cl H
OH H O

H+
=

HC CH + HOH HC = CH HC CH₃
H₃C — C —
— CH + 2HCl  H₃C — C — CH

equilíbrio aldo-enólico

Cl H Alcino simétrico

Alcino assimétrico sem peróxido (Total/Markovnikov)


OH H O
H+
H Br
=

H₃C C CH + HOH H₃C C = CH H₃C C CH₃


peróxido equilíbrio ceto-enólico


H₃C — C —
— CH + HBr
—  H₃C — C —
— CH
Alcino assimétrico (Markonikov)

Alcino assimétrico com peróxido (Parcial/Kharasch-Mayo)

/tamojuntoenem 63 Química - Reações Orgânicas


• Em cicloalcano, há formação de álcool. deslocamento, que aprendemos na química
inorgânica.
H₂SO₄
+ HOH Obs: As reações de substituição
H OH
nos hidrocarbonetos são típicas de
hidrocarbonetos saturados (alcanos e
Obs: Ciclopentano e ciclo-hexano não ciclanos), mas também pode ocorrer no
sofrem hidratação. benzeno.

V. Reação de Grignard I.Halogenação


• Ocorre com a adição de haleto de magnésio Ocorre com adição de halogênios (Cl2 ou Br2,
(também chamado reagente de Grignard, uma vez que o F2 é reativo demais, sendo até
e com fórmula molecular RMgX, em que R explosivo, e o I2 tem reação lenta demais) aos
é um radical orgânico e X é um halogênio alcanos e ciclanos;
e sua ionização é: RMgX � R- + MgX+) e, O hidrogênio é substituído por um dos
posteriormente, de água a um composto que átomos do halogênio molecular;
contenha carbonila (aldeído ou cetona); Utiliza luz (λ) E calor (Δ) como catalisadores;
• Sempre há formação de um álcool e um Em alcano, os produtos formados são um
hidroxi-haleto de magnésio (de fórmula haleto de alquila e um hidrácido halogenado;
molecular MgOHX);
H
• Ocorre em 2 reações, entre as quais se λ
forma um composto intermediário; H C H + Cl Cl H₃C Cl + HCl

• Vejamos como ocorre a reação de adição H cloreto de ácido


cloro metila clorídrico
de cloreto de etilmagnésio ao etanal: metano

O- OMgCl
I. H₃C
= - +
C+ + CH₃CH₂ MgCl H₃C C CH₂Ch₃
Importante à beça:
H
reagentes de Grignard H produto intermediário Ao fazermos a cloração do metilbutano,
encontram-se os seguintes produtos com
suas proporções:
- +
OMgCl OH
+ - Cl
II. H₃C C CH₂CH₃ + HOH H₃C C CH₂CH₃ + MgOHCl H₂C CH CH₂ CH₃ + HCl (0,7%)
água
H H hidroxi-haleto CH₃
de magnésio
produtos intermediários ácool
Cl

H₃C C CH₂ CH₃ + HCl (90%)

CH₃
Reações de substituição H₃C CH CH₂ CH₃ + Cl₂
λ

Cl
Falando de uma forma genérica, as reações de CH₃
H₃C CH CH CH₃ + HCl (9%)

substituição são aquelas em que substituímos CH₃

um hidrogênio de um composto orgânico Cl

H₃C CH CH₂ CH₂ CH₂ + HCl (0,3%)


por algum grupo de outro reagente, que em CH₃

alguns casos será inorgânico e em outros


casos, orgânico. Como 90% dos produtos formados foram
com substituição em hidrogênio terciário,
Isso ocorre quando colocamos o substrato 9% em hidrogênio secundário e 1% em
(composto orgânico que terá um de seus H hidrogênio primário, conclui-se que a ordem
substituído) em contato com o reagente, em de reatividade do hidrogênio é a seguinte:
presença ou não de catalisador (a depender H terciário > H secundário > H primário
dos reagentes utilizados), e resulta em 2
outros compostos, funcionando de maneira Sendo assim, o produto principal de uma
análoga às reações de dupla-troca ou substituição em alcano será aquele em que

/tamojuntoenem 64 Química - Reações Orgânicas


o grupo substituinte se ligou ao carbono H₂O
SO₃H
H
menos hidrogenado ou também chamada de SO₃
H₃C CH CH₃ + HO SO₃H H₃C CH CH₃ + H₂O
regra anti-Markovnikov.
ácido água
Em cicloalcano, os produtos formados são propano ácido sulfúrico 2- propanossulfônico

um haleto de cicloalquila e um hidrácido


halogenado; Obs.: Existem sais derivados de ácido
Cl
sulfônico, obtidos pela substituição do H
H
+ Cl Cl
λ
+ HCl
do –SO3H por cátions metálicos, através de

ácido reações de neutralização. O detergente, por
ciclobutano cloro cloreto de
ciclobutila
clorídrico
exemplo, é composto por um sal de ácido
sulfônico, enquanto que o sabão é um sal de
Obs.: ácido carboxílico.
a. Lembrando que caso o catalisador, em
vez de luz e calor, fosse um ácido de Lewis, a IV.Esterificação
reação seria a de adição, e não substituição, • Ocorre entre um álcool e um ácido
como já vimos; carboxílico;
b. No ciclopropano, não ocorre a reação de • Há a reação de OH da carboxila de ácido
substituição, mesmo em presença de luz e com H da hidroxila de álcool;
calor; • Os produtos formados são um éster e uma
c. No ciclopentano e no ciclohexano, água.
não ocorre reação de adição, mesmo em O O
presença de ácido de Lewis, devido à pouca
=

=
R C +H O R R C + H₂O
tensão em seus aneis. O H O R

Ácido Álcool Éster


II. Nitração carboxílico
• Ocorre com adição de ácido nítrico
concentrado (HNO3) aos alcanos; V.Transesterificação
• O hidrogênio é substituído pelo grupo -NO2 • Ocorre entre um álcool e um éster;
do ácido; • Há a reação do radical do álcool com o
• Utiliza ácido sulfúrico (H2SO4) e calor (Δ) carboxilato do éster;
como catalisadores; • Utiliza ácido ou base forte como catalisador;
• Em um alcano, os produtos formados são • Os produtos formados são um outro álcool e
um nitroalcano e uma água. um outro éster.
H₂O
+
O H O
H NO2 R’OH + R’’OH +
H2SO₄
H3C CH CH3 + HO NO2 H3C CH CH3 + H2O R’’O R R’O R

Álcool Éster Novo Novo
propano ácido nítrico 2-nitropropano água Álcool Éster

VI. Saponificação
III. Sulfonação • Ocorre entre um éster (derivado de ácido
• Ocorre com adição de ácido sulfúrico graxo, isto é, de cadeia carbônica muito
concentrado (H2SO4) aos alcanos; longa) e o hidróxido de sódio ou de potássio;
• O hidrogênio é substituído pelo grupo – • Há a reação do sódio do hidróxido
SO3H do ácido; com o carboxilato do éster e da hidroxila
• Utiliza anidrido sulfúrico (SO3) como do hidróxido com o radical ligado ao
catalisador; carboxilato;
• Em um alcano, os produtos formados são • Utiliza meio aquoso;
um ácido sulfônico e uma água. • Os produtos formados são um sal sódico/
potássico de ácido carboxílico e um álcool.

/tamojuntoenem 65 Química - Reações Orgânicas


O O Assim, é possível fazer uma
água
monossubstituição de H do anel aromático
=

=
R C + NaOH R C +R O H
O R O Na+
- por um Br do Br2, mas também é possível
fazer a substituição de todos os H por Br,
Éster Hidróxido Sal sódico de Álcool continuando a reação da mesma forma.
de sódio ácido carboxílico
(sabão)
B) Nitração
Reação de substituição no anel aromático Ocorre a substituição de, no mínimo, um
Nas reações de substituição em anéis hidrogênio pelo grupamento NO2.
aromáticos, ocorre a substituição de pelo menos
um átomo de hidrogênio do anel aromático por
outro átomo ou grupo de átomos. CH₃ — H + HO — NO₂ — CH₃ — NO₂ + H₂O

H H
+ Alcano  Nitroalcano
H - H H A
- -
+ A B + HB
H H H H C) Sulfonação
H H
Ocorre a substituição de, no mínimo, um
As principais reações de substituição em anel hidrogênio pelo grupamento HSO3.
aromático são:
X₂
FeBr₃ / FeCl₃ X
(Halogenação) —————— 
X₂ Cl₂, Br₂
CH₃ — H + HO — SO₃H — CH₃ — SO₃H + H₂O
Halo-Benzeno

Alcano  Ácido sulfônico


HNO₃ H₂SO₄ NO₂
Nitração —————— 
Concentrado

Nitrobenzeno
D) Alquilação e acilação de Friedel-Crafts
H
+
H₂SO₄ SO₃
—————— 
SO₃H Tanto a alquilação quanto a acilação de
Sulfonação
Aquecimento
Friedel-Crafts usam o AlCl3 ou FeCl3 como
O Ácido Benzenossulfônicos
catalisadores da reação, que tem o papel de
R X AlCl₃
———— 
O
ajudar na formação do carbocátion.
Acilação de Friedel-Craft R
• Alquilação de Friedel-Crafts
H₂O

H + RCl AlCl₃ R + HCl


R — X AlCl₃ R ———
Alquilação de Friedel-Crafts ———— 

Hidrocarboneto  Hidrocarboneto
aromático aromático
A) Halogenação
CH₃ — H + Cl — Cl   CH₃ — Cl + H — Cl

Ocorre a substituição Alcanode pelo menos um


  Haleto • Acilação de Friedel-Crafts
hidrogênio pelos halogênios: F2, Cl2, Br2, I2. Segue as mesmas etapas, porém com um
Porém, a reação com F é muito enérgica e haleto de acila.
com I muito lenta, acontecendo de forma rara.
R — C — R AlCl₃ C — R + HCl
H + ———



Ex.: O O
Hidrocarboneto
Ceteno Aromática
aromático 

CH₃ — H + Cl — Cl  CH₃ — Cl + H — Cl
Reações de Eliminação
Alcano  Haleto Reações de eliminação nada mais são do
que reações que acontecem na saída de dois
átomos ou grupos vizinhos com a formação
de uma ligação dupla. Basicamente, existem

/tamojuntoenem 66 Química - Reações Orgânicas


quatro tipos de reação de eliminação: H₂C — CH₂
170º
–––– —
CH₂ — CH₂ + H₂O
a) Eliminação de hidrogênio (desidrogenação) H₂SO₄


A partir dos alcanos (existentes em grande H OH

quantidade no petróleo) obtemos alcenos, Álcool  Alceno

por isso essa reação é de grande importância Desidratação intermolecular (ocorre entre
na indústria petroquímica. duas molécula de álcool iguais ou diferentes,
Calor com formação de éter)
H₂C — CH₂ ————— CH₂ — CH₂ + H₂
Catalisador

140 ºC
CH₃ — CH₂ — OH + HO — CH₂ — CH₃ –––– CH₃ — CH₂ — O — CH₂ — CH₃ + H₂O
H H H₂SO₄

Álcool + Álcool  Éter

Alcano  Alceno

b) Eliminação de halogênios (de-halogenação) Se o reagente for um álcool de cadeia


Na eliminação de halogênios, que são maior, haverá também obediência à regra de
eletronegativos, usamos um metal por ser Saytzeff, como vemos no exemplo abaixo:
eletropositivo (geralmente Zinco), catalisado — CH — CH₃ + H₂O
CH₃ — CH —
Reação predominante sempre
produz o alceno mais ramificado

por um álcool: CH₂ — CH — CH — CH₃


— CH — CH₂ — CH₃ + H₂O
CH₂ — Menor quantidade de


produto(reação mínima)
H OH H
Álcool ou
H₂C — CH₂ + Zn ———— CH₂ — CH₂ + ZnBr₂

Obs.: Essa reação é comum para


Br Br
álcoois primários. Álcoois secundários
Di haleto  Alceno e principalmente terciários tendem a
desidratar-se intramolecularmente, tendo
c) Eliminação de halogenidretos: HCl, HBr, HI como produto os alcenos correspondentes.
(desidro-halogenação)
Esse tipo de reação é obtida por meio de • Desidratação de ácidos carboxílicos
KOH dissolvida em álcool. Faz sentido, Aqui, há formação do anidrido do ácido
pois é interessante usar uma base (KOH) correspondente:
para arrancar um ácido (HCl, HBr, HI...) de
O
uma molécula orgânica. Se seu reagente R — COO H ∆


R — C —
–––– O + H₂O
for um haleto de cadeias maiores, haverá R — CO OH P2O5 R — C ——

maior tendência de o hidrogênio sair do

O
Ácido Anidrido
carbono menos hidrogenado. Esta é a regra
de Saytzeff, que basicamente é o inverso Os anidridos cíclicos mais estáveis são
da regra de Markownikoff. Temos duas aqueles com 5 e 6 átomos de carbono, de
possibilidades para, por exemplo, o 2– acordo com a teoria das tensões de Baeyer:
bromo-butano, veja:
O
KOH —

CH₃ — CH — CH — CH₃ –––– — CH — CH₃ + HBr
CH₃ — CH —
— CH₂ — COOH ∆ CH₂ — C —
Álcool ––– O + H₂O

Esta reação é predominante P2O5 —


CH₂ — COOH —
CH₂ — C—
Br H
O

KOH
Ácido 1,4 - butanodióico
ou succinico
 Anidrido succínico

CH₂ — CH — CH₂ — CH₃ –––– — CH — CH₂ — CH₃ + HBr


CH₂ —
Álcool

Esta reação tem rendimento mínimo


H Br Obs.: Apenas o ácido fórmico não dá
anidrido.

Eliminações múltiplas
d) Eliminação de água (desidratação) Podem ocorrer reações de eliminação duas
Desidratação intramolecular (ocorre na vezes na mesma molécula, assim teremos a
própria molécula de álcool)

/tamojuntoenem 67 Química - Reações Orgânicas


O

——
CH₃ — CH —
— C — CH₃ + 3 [O] ––– CH₃ — C + O —
— C — CH₃



OH
-1 CH₃ Zero +3 CH₃ +2
Ácido Cetona

formação de uma ligação tripla ou de duas


O
ligações duplas, como vemos abaixo:

——
CH₃ — CH —
— CH₂ + 5 [O] ––– CH₃ — C + CO₂ + H₂O


H Br OH


Ácido carboxilico Gás carbônico
KOH
CH₃ — C — C — CH₃ –––– CH₃ — C — C — CH₃ + 2 HBr
Álcool O tipo de produto obtido depende da posição

H Br da ligação dupla:
Di-haleto  Alcino • Se • carbono for primário, produz CO2 e H2O;
• Se • carbono for secundário, produz ácido
Cl Cl
carboxílico;

Álcool
R — C — C — R + 2 Zn –––– R — C — C — R + 2 ZnCl2 • Se • carbono for terciário, produz cetona.

C Cl
c) Ozonólise
Tetra-haleto  Alcino

O ———— O O
O



——
Calor O₃ H₂O
CH₂ — CH — CH — CH₂ –––– — CH — CH —
CH₂ — — CH₂ + 2 H₂O — C — CH₃ ––CH₃ — CH — O — C — CH₃ ––– CH₃ — C
CH₃ — CH —
Zn
+ C — CH + H₂O₂
H₂SO₄



H

CH₃ CH₃ CH₃


-1 Zero +1 Aldeído +2
cetona
OH H H OH intermediário: Ozonito ou ozoneto

Di álcool  Dieno

Aqui, o zinco é utilizado para quebra da água


Reações de Oxidação oxigenada (H2O2), impedindo que ela oxide o
1) Oxidação em Alcenos (ligações duplas) aldeído para ácido carboxílico.
a) Oxidação branda Podemos perceber que:
É feita oxidante em uma solução aquosa diluída, • O carbono primário ou secundário da
neutra ou levemente alcalina, geralmente, ligação dupla produz aldeídos;
de permanganato de potássio. Indicamos o • O carbono terciário produz cetona.
agente oxidante por [O] e temos a formação de
um diálcool, também chamado de diol ou glicol: 2) Oxidação em Alcinos (ligações triplas)
a) Oxidação branda
CH₂ —
— CH₂ + [O] + H₂O –––– H₂C — CH₂
Utilizando o permanganato de potássio

-2 -2 -1 OH OH -1 (KMnO4) em solução aquosa neutra ou


Etileno-glicol levemente alcalina, os alcinos produzem
dicetonas, compostos orgânicos com duas
Obs: Reparem no aumento do nox do carbonilas secundárias:
carbono, ou seja, perda de elétrons,
caracterizando uma oxidação. — C — R + 2 [O] –––– R — C — C — R

R — C —


O O
b) Oxidação enérgica Zero Zero +2 +2

É feita usando-se como oxidante uma


solução aquosa de permanganato ou Obs: Caso R ou R’ for o hidrogênio nessa
dicromato de potássio em meio ácido (em extremidade, ocorrerá formação de um
geral H2SO4). aldeído.

O agente oxidante formado atacará o alceno, b) Oxidação enérgica


quebrando a molécula na ligação dupla e Essa oxidação é feita com aquecimento
produzindo ácido carboxílico e/ou cetona e/ de solução ácida de permanganato de
ou gás carbônico (CO2 ): potássio(KMnO4). Há quebra da cadeia
por completo, diferente da oxidação
O
branda, onde somente as ligações Pi(π) são
——

CH₃ — CH —
— C — CH₃ + 3 [O] ––– CH₃ — C + O —
— C — CH₃

quebradas e, por fim, formam-se ácidos



OH
-1 CH₃ Zero +3 CH₃ +2
Ácido Cetona
carboxílicos.
O
——

CH₃ — CH —
— CH₂ + 5 [O] ––– CH₃ — C + CO₂ + H₂O

OH
/tamojuntoenem 68 Química - Reações Orgânicas
Ácido carboxilico Gás carbônico
O O
Obs: Álcoois terciários não se oxidam; caso


as condições de oxidação sejam extremas, a


— C — R + 3 [O] + H₂O –––– R — C

R — C — + C — R

molécula irá quebrar-se.


OH HO
Zero Zero +3 +3

Obs: Caso R ou R’ for o hidrogênio, em vez 5) Combustão


de formação dos ácidos teremos CO2 e H2O. Em geral, os compostos orgânicos sofrem
combustão. Essa reação é uma oxidação
3) Oxidação de ciclanos e acontece com o rompimento da cadeia
A teoria das tensões dos anéis de Baeyer diz, carbônica, liberando grande quantidade de
resumidamente, que: energia e gerando como produto CO (se a
“Nos ciclanos, as valências devem ser reação for incompleta) ou CO2 (se a reação
entortadas ou flexionadas para fechar o for completa). O hidrogênio produz H2O, o
anel, e isso cria uma tensão que torna o anel nitrogênio produz NO ou NO2; e assim por
instável (ou seja, de fácil ruptura).” diante.
Anéis de 3 e 4 carbonos são quebrados Veja os exemplos:
com maior facilidade por conta dessa Combustão completa:
tensão. Oxidantes mais fortes como HNO3
7_
concentrado, KMnO4 em solução ácida, C₂H₆ + O₂ 2 CO₂ + 3 H₂O
2
conseguem quebrar também os anéis de 5
e 6 carbonos. Na quebra desses anéis, são
produzidos ácidos dicarboxílicos (diácidos): Combustão incompleta:
+ 5 [O] H00C CH₂ COOH + H₂O
Ácido malônico
5
_ O₂
+ 5 [O] HOOC CH₂ CH₂ COOH + H₂O C₂H₆ + 2 CO + 3 H₂O
Ácido succínico 2
+ 5 [O] HOOC CH₂ CH₂ CH₂ COOH + H₂O
Ácido glutárico

+ 5 [O] HOOC CH₂ CH₂ CH₂ COOH + H₂O O éter mais comum, o dietílico, é muito
Ácido adípico (fabricação de nylon)
inflamável e até explosivo. Sua combustão
Obs.: Uma importante diferenciação em relação completa segue o padrão de combustão
aos alcenos é que o KMnO4 , em solução aquosa e tem como produtos os mesmos das
neutra, não reage com os ciclanos. combustões orgânicas: CO2 e H2O.

4) Oxidação de álcoois C₂H₅ O₂ C₂H₅ + 6 O2 4 CO2 + 5 H₂O

Os oxidantes enérgicos, como KMnO4 ou


K2Cr2O7 em meio ácido, serão usados na Obs.: Os éteres (especialmente o éter
oxidação de álcoois, e seus produtos se dietílico), quando oxidados lentamente pelo
diferenciam pelo tipo de álcool que será oxigênio do ar, dão origem a peróxidos:
oxidado: primário, secundário ou terciário.
1_
C₂H₅ O C₂H₅ + O2 (ar) C₂H₅ O O C₂H₅
2

Primário
O O
[o] [o]
CH₃ CH₂OH CH₃ C CH₃ C
H OH

Álcool primário Aldeído Ácido carboxilico

Secundário
[o]
CH₁ CH CH₃ CH₃ C CH₃

OH O

Álcool secundário Cetona

/tamojuntoenem 69 Química - Reações Orgânicas


Checklist oficial para
o Enem
Tudo o que você precisa saber sobre a prova

01
Imprima seu cartão de confirmação de inscrição.
Não é obrigatório levar o cartão no dia de prova, mas ele contém as
informações importantes sobre o seu local de prova. Você pode consultá-lo e
imprimi-lo fazendo login na Página do Participante, no site do Inep!

02
Providencie caneta esferográfica preta de corpo transparente
Atenção: canetas de outros tipos não serão permitidas pelos fiscais de prova.

03
Tire da mochila canetas coloridas, lapiseiras, borrachas...
Você não poderá usar caneta de material não transparente, lapiseira, borracha,
livros, manuais, impressos, anotações ou dispositivos eletrônicos durante a prova.
Melhor deixar tudo isso em casa, né?

04
Documento de identidade original com foto e dentro da validade
Xerox, documento sem foto e/ou com a validade vencida não serão aceitos!

05
Certifique-se de que você sabe onde fica seu local de prova
Se você não tem certeza de onde ele fica, visite-o nos dias anteriores para saber
exatamente como chegar no local e calcule quanto tempo gastou no trajeto, para
não fazer feio no dia do Enem.

/tamojuntoenem 70 Checklist oficial para o Enem


06
Estabeleça um cronograma de horários para os dias de prova. Determine que horas
você deve acordar, quanto tempo pode levar para se arrumar e que horas precisa
estar com tudo pronto para sair de casa e chegar no local de prova às 12h, no
horário de Brasília (ou seja, com 1 hora de antecedência).

07
Coloque um alarme no seu celular para sair de casa. Se necessário, coloque um
alarme para cada atividade que você deve fazer antes de sair de casa. É essencial não
correr nenhum risco de perder a hora!

08
Chegue no local de prova com 1h de antecedência
Os portões serão fechados às 13h, no horário de Brasília. Para não passar
aperto e nem começar a prova desesperado, chegue ao local de prova com
1h de folga para se acalmar e se concentrar. A prova começará às 13h30.

09
Separe peças de roupa confortáveis para os dias de prova
O ideal são roupas leves e que não te incomodem de qualquer maneira durante as
(muitas) horas de prova.

10
Coloque todos os seus dispositivos eletrônicos na sacola vedada
Os fiscais de prova disponibilizam uma sacola plástica para você colocar todos
(todos mesmo!) os seus dispositivos eletrônicos e vedá-la. E você só pode abrir
assim que sair da prova! Guarde tudo com cuidado, para não correr o risco de ser
eliminado do exame.

/tamojuntoenem 71 Checklist oficial para o Enem


Técnicas de prova
para o Enem
Dicas para você mandar bem na hora do exame

No Enem, as provas que mais pontuam para a sua média geral são Redação,
Matemática e Português. Priorize estas áreas de conhecimento na hora de
realizar o exame.

A correção do Enem é feita através da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Isso


significa que se você acertar uma questão difícil e errar uma questão fácil, a
teoria aponta que você provavelmente chutou a questão difícil, concedendo
uma nota baixa para a questão, mesmo com o acerto. Portanto, o importante
é garantir o acerto de todas as questões fáceis e, com cuidado, responder as
questões difíceis. Não perca muito tempo com enunciados que parecem de
outro mundo: resolva o que você conseguir de primeira e depois, com calma,
volte nas questões impossíveis.

O Enem é uma prova que também avalia resistência dos candidatos. Você terá,
mais ou menos, 3 minutos para responder cada questão. Por isso, reforçamos
a dica de não perder tempo em enunciados que você considera difíceis. O
importante é chegar até o final da prova e garantir as questões fáceis - lide
com as questões problemáticas no final.

Reserve a última meia hora de prova para passar todas as respostas do seu
caderno de questões para o cartão de resposta. Confie, é a forma mais
garantida de preencher o documento sem atrapalhar a sua linha de raciocínio.

/tamojuntoenem 72 Técnicas de prova para o Enem


Como não surtar
durante a prova
Dicas de relaxamento para aquele momento de estresse
Antes de entrar no seu local de prova, faça um alongamento simples. Você
vai passar horas na mesma posição, então é importante entrar para a prova
com o corpo relaxado ao máximo. Faça movimentos leves e lentos com os
braços, pescoço e ombros como se estivesse se espreguiçando.

Respiração é tudo. Devagar e pontualmente, inspire e expire. Isso ajuda a


controlar a ansiedade e vai te deixar mais calmo para assimilar as coisas ao
seu redor.

Durante a prova, tente maneirar a sua tensão. Observe a necessidade dos


gestos que você praticar; por exemplo, a força com que você segura a
caneta pode denunciar um alto nível de nervosismo. Quando perceber isso,
faça uma pausa rápida para alongar os dedos e controlar a respiração.

- Tente deixar para depois os pensamentos que não são relacionados à


prova. Faça o mundo lá fora desaparecer e foque no seguinte: você se
preparou para o exame, está no seu local de prova e vai dar o seu melhor
para conseguir o que deseja. Pode parecer que não, mas dizer a si mesmo
que você é capaz melhora muito a autoconfiança.

VOCÊ É INCRÍVEL E VAI MANDAR MUITO BEM NO ENEM.


TAMO JUNTO!

Boa prova, vestibulando! <3

/tamojuntoenem 73 Como não surtar durante a prova

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