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1. Introdução......................................................................................................................2
Conclusão........................................................................................................................10
Bibliografia......................................................................................................................11
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1.
Introdução
O presente trabalho recomendado pela docência, da disciplina de Filosofia, visa falar
sobre a reflexão Mítico para Racional. Sabe-se que historicamente, a filosofia, tal como
a conhecemos, inicia com Tales de Mileto. Tales foi o primeiro dos filósofos pré-
socráticos, aqueles que buscavam explicar todas as coisas através de um ou poucos
princípios.
Talvez seja na diferença em relação ao pensamento mítico que vejamos como a filosofia
de origem europeia, na sua meta de buscar explicadores menos misteriosos do que as
coisas explicadas, tenha levado ao desenvolvimento da ciência contemporânea. Desde o
início, isto é, desde os pré-socráticos vemos a semente da meta cartesiana de controlar a
natureza.
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1.1 Conceito de mito
A palavra mito vem do grego mythos, que deriva de dois verbos: mytheyo, que significa
contar, narrar, e mytheo, que remete à conversar, contar, anunciar. De acordo com essa
significação, é uma narrativa que tenta explicar os acontecimentos e fenómenos da
natureza. Essa é a forma de pensamento que depende da autoridade e credibilidade do
poeta-rapsodo – pessoa escolhida pelos deuses para ter conhecimento sobre a origem de
todos os seres e coisas, e transmiti-las ao público.
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O pensamento mítico – consiste em uma forma pela qual um povo explica aspectos
essenciais da realidade em que vive, a origem do mundo, o funcionamento da natureza e
dos processos naturais e as origens deste povo deste povo, bem como seus valores
básicos. O mito caracteriza-se, sobretudo pelo modo como estas explicações são dadas,
ou seja, pelo tipo de discurso que constitui. O próprio termo grego mythos significa um
tipo bastante especial de discurso, o discurso fictício ou imaginário, sendo por vezes até
mesmo sinónimo de “mentira”.
Por ser parte de uma tradição cultural, o mito configura assim a própria visão de mundo
dos indivíduos, a sua maneira mesmo de vivência esta realidade. Nesse sentido, o
pensamento mítico pressupõe a adesão, aceitação dos indivíduos, na medida em que
constitui as formas de sua experiência do real. O mito não se justifica, não se
fundamenta, portanto, nem se presta ao questionamento, à crítica ou à correção. Não há
discussão do mito porque ele constitui a própria visão do mundo dos indivíduos
pertencentes a uma determinada sociedade, tendo, portanto um carácter global que
exclui outras perspectivas a partir das quais ele poderia ser discutido. Um dos elementos
centrais do pensamento mítico e de sua forma de explicar a realidade é o apelo ao
sobrenatural, ao mistério, ao sagrado, à magia. As causas dos fenómenos naturais,
aquilo que acontece aos homens, tudo são governadas por uma realidade exterior ao
mundo humano e natural, superior, misteriosa, divina, a qual só os sacerdotes, os
magos, os iniciados, são capazes de interpretar, ainda que apenas parcialmente.
É Aristóteles que afirma ser Tales de Mileto, no séc. VI a.C., o iniciador do pensamento
filosófico-científico. Podemos considerar que este pensamento nasce basicamente de
uma insatisfação como o tipo de explicação do real que encontramos no pensamento
mítico. De fato, desse ponto de vista, o pensamento mítico tem uma característica até
certo ponto paradoxal. Se, por um lado, pretende fornecer uma explicação da realidade,
por outro lado, recorre nessa explicação ao mistério e ao sobrenatural, ou seja,
exactamente àquilo que não se pode explicar, que não se pode compreender por estar
fora do plano da compreensão humana.
É nesse sentido que a tentativa dos primeiros filósofos será de buscar uma explicação do
mundo natural (a physis, daí o nosso termo “física”) baseada essencialmente em causas
naturais. A chave de explicação do mundo de nossa experiência estaria então, para esses
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pensadores. No próprio mundo, e não fora dele, em alguma realidade misteriosa e
inacessível.
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seres do nosso universo são naturais e que todo o conhecimento que se tem sobre o
universo só é possível com investigações científicas. O naturalismo é, “em oposição ao
sobrenatural ou espiritual, a ideia ou crença de que apenas as leis e as forças naturais
operam no mundo; em extensão, a ideia ou crença de que não existe nada além do
mundo natural”. Eles acreditam em um ou mais deuses transcendentes ao natural,
geralmente criador (és) da natureza. Os naturalistas defendiam a natureza, as
transformações que o mundo passava, o efémero.
Os filósofos naturais são aqueles que analisam questões relacionadas à natureza, como
de onde ou como surge o mundo. Esses filósofos romperam com a visão mítica e
religiosa da natureza que prevalecia na época, adoptando, desde então, uma forma
científica de pensar. Dentre os filósofos naturalistas encontram-se; Tales, Anaxímenes,
Anaximandro, e Heráclito.
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quanto de sua dissolução. Anaximandro foi discípulo de Tales de Mileto. O filósofo
procurou buscar o elemento fundamental de todas as coisas, denominando de ápeiron (o
infinito e o indeterminado), que representaria a massa geradora da vida e do universo.
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1.3. Disciplinas da Filosofia
Antropologia Filosófica – Investiga a natureza humana e a relação desta com as
sociedades e as culturas.
Ética (ou filosofia moral) – Estuda problemas relacionados com o modo como devemos
viver e com o que devemos valorizar. A ética abrange três áreas ou subdisciplinas
distintas: a metaética, a ética normativa e a ética aplicada. A metaética estuda problemas
mais abstractos, relacionados com a natureza da própria ética; a ética normativa estuda
diferentes sistemas éticos; e a ética aplicada estuda problemas práticos, como o aborto
ou a eutanásia.
O termo filosofia é de origem grega e significa “amor ao saber”, ou seja, a busca pela
sabedoria. De tal modo que, durante a transição do pensamento mítico para o racional,
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os filósofos acreditavam conseguir transmitir a mensagem dos deuses. Os deuses e as
entidades mitológicas serviam de inspiração para a filosofia nascente.
Por esse motivo, no início, a filosofia estava intimamente relacionada com a religião:
mitos, crenças, etc. Assim, o pensamento mítico foi dando lugar ao pensamento
racional, ou ainda, do mito ao logos.
É nesse contexto que surge a filosofia. A investigação sobre a natureza fez com que os
filósofos produzissem conhecimento. Inicialmente, a filosofia era uma cosmologia, um
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estudo sobre o cosmo (universo) tendo como base a razão ( lógos). Essa perspectiva de
pensamento se contrasta com a anterior, que era compreendida como uma cosmogonia,
explicação do cosmo a partir das relações que fizeram nascer (gonos ) as coisas. A
mesma distinção ocorre entre a teologia (estudo sobre os deuses) e a teogonia (histórias
sobre o nascimento dos deuses).
Conclusão
Ao realizar o trabalho com tanto que aprendi fui-me concluir assim que; a filosofia não
é somente o saber, também o amor da sabedoria, visto que com a vontade de saber mais,
mais se aprende, pois é de meira importância saber que muitas vezes conhecido como
“milagre grego”, o surgimento da filosofia não dependeu de um milagre. Foram uma
série de factores que conduziram à relativização do pensamento, à descrença
(desmitificação) e à busca de melhores explicações sobre a realidade.
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Bibliografia
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 5.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
CHÂTELET, François. Uma história da razão: entrevista com Émile Noel. 1.ed. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
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