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FOTOSSÍNTESE

Biologia e Geologia 10º ano


Etapas da Fotossíntese
Pode ser dividida em 4 etapas:

Absorção de luz
Transporte de electrões que leva à redução do NADP+ a NADPH
Produção de ATP
Fixação do carbono, que é a conversão do CO2 em glícidos

As três primeiras etapas são catalisadas por enzimas da membrana do


tilacóide e decorrem na fase fotoquímica.

A última etapa também á catalisada por enzimas mas que se


encontram dissolvidas no estroma do cloroplasto - fase química.
Etapas da Fotossíntese:
1. Absorção da luz
A fotossíntese tem início com a absorção da luz por moléculas de clorofila
presentes nos tilacóides.

A energia luminosa absorvida excita os electrões da clorofila, os quais são


transferidos para um aceitador primário.

A clorofila excitada é instável e vai recuperar os electrões perdidos retirando-


os de molécula de água.

Ao removerem-se os electrões, as moléculas de água decompõem-se em iões


H+ e átomos livres de oxigénio (estes últimos unem-se para formar moléculas
de oxigénio que são libertadas para a atmosfera). Os iões H+ terão vários
destinos como veremos a seguir.

Esta decomposição da molécula da água é denominada por FOTÓLISE DA


ÁGUA.
LUZ

ÁGUA

Oxigénio 2 electrões 2 iões H+

Fotossistema
Atmosfera II H+ H+

Gradiente que
Reduzido permite o fluxo
NADPH de materiais para
o estroma
Etapas da Fotossíntese:
2. Transporte de electrões

Os electrões da clorofila ao serem excitados “saltam” para fora da


molécula.

Vão passando por uma cadeia de transportadores. Nestas cadeias, os


electrões são transferidos sequencialmente de um aceitador para
outro, libertando uma parte da energia captada sob a forma de luz.

O último aceitador de electrões é o NADP+.

Para onde vai a outra parte da energia?


Etapas da Fotossíntese:
3. Produção de ATP
A energia libertada pelos electrões na sua passagem pelos
transportadores é usada para “forçar” a passagem de iões H+ através da
membrana do tilacóide.

Os iões deslocam-se do estroma para o tilacóide, onde se acumulam.

Devido à sua alta concentração no tilacóide, os iões H+ tendem a difundir-


se para o estroma através de ATPsintetases incrustadas na membrana do
tilacóide. Estas ATPsintetases são como motores moleculares levando à
formação de ATP pela adição de grupos fosfatos ao ADP – a isto, chama-
se quimiosmose.

Como a energia usada no bombardeamento de iões H+ vem directamente


da luz, a produção de ATP a partir de ADP é chamada de fotofosforilação.
Pigmentos fotossintéticos e fotossistemas
A molécula responsável pela conversão de energia luminosa em energia
química é a clorofila a.

A clorofila b não é capaz de fazer esta conversão, por isso é um pigmento


acessório, tal como os carotenóides.

Na membrana do tilacóide dos cloroplastos, as moléculas de pigmentos


fotossintéticos encontram-se presas a proteínas presentes na bicamada de
fosfolípidos, formando complexos antena.

As várias centenas de pigmentos que compõem os complexos actuam como


antenas e captam a luz transferindo-a para duas moléculas de clorofila a que
funcionam como centro de acção. É aqui que se inicia a fotossíntese.

A este conjunto chama-se FOTOSSISTEMA.


Fluxo acíclico de electrões
Este processo utiliza os dois fotossistemas: I e II.

O processo tem início com a excitação da clorofila a do fotossistema II. A


clorofila doa um electrão com alto nível energético ao aceitador primário
(esta transferência faz com a clorofila adquira carga positiva (oxidada) e o
aceitador fique com carga negativa (reduzido) ).

A clorofila a é um poderoso agente oxidante, tendo uma forte tendência


para captar electrões de substâncias doadoras. É justamente esta “avidez”
por electrões que provoca a fotólise da água.

O aceitador primário vai transferir electrões para outros aceitadores que


compõem a cadeia de transportadores.
Fluxo acíclico de electrões
Durante o seu deslocamento pela cadeia de transportadores, os electrões
libertam energia que é usada para a produção do ATP.

O último aceitador de electrões vai mover-se na membrana do tilacóide


conduzindo um electrão ao centro de reacção do fotossistema I.

Este electrão vai também ser transportado por uma série de


transportadores até a um aceitador final – NADP+ .

Este passa para a sua forma reduzida (NADPH) ao associar-se a um ião H+ .

Assim, o fluxo acíclico de electrões envolve os dois fotossistemas: a


energia luminosa captada pelo fotossistema II é utilizada na síntese de
ATP, enquanto que a captada pelo fotossistema I é usada na produção de
NADPH.
Fluxo cíclico de electrões
No fluxo cíclico de electrões o fotossistema I actua de forma independente.

Neste caso, a energia captada por ele é utilizada na síntese de ATP e não na
produção de NADPH. Este processo fornece ATP adicional para outras
actividades celulares que necessitam energia.

O electrão emitido pela clorofila é captado pelo aceitador primário e


transferido para uma cadeia de transportadores até ao NADP+ .

No final, o electrão regressa ao centro de reacção do fotossistema I com


menor nível de energia.
Fase química
Os cloroplastos desempenham diversas actividades metabólicas. Nestes
organitos são sintetizados quase todos os aminoácidos que a planta
necessita para produzir as suas proteínas; além disso, os cloroplastos
produzem todos os ácidos gordos e carotenóides e, provavelmente todas
as bases azotadas que irão constituir os ácidos nucleicos e o ATP.

Entretanto, a actividade principal dos cloroplastos é a produção de


glícidos a partir de CO2, absorvido do ar, que ocorre numa série de
reacções químicas que compõem o Ciclo de Calvin.

Este ciclo ocorre no estroma do cloroplasto ou no citoplasma das bactérias


fotossintéticas.
Fase química: principais acontecimentos

A fixação do carbono ocorre pela reacção entre uma molécula de CO2 e


uma molécula de ribulose difosfato (RuDP). Esta reacção produz duas
moléculas de 3-fosfoglicerato (glícido com 3 carbonos). A enzima que
catalisa esta reacção é a rubisco.

No ciclo, que compreende uma série de reacções sequenciais das quais


participam o NADPH e o ATP produzido nas fotofosforilações, 6 moléculas
de CO2, reagem com 6 moléculas de ribulose difosfato, produzindo no final
2 moléculas de gliceraldeído 3-fosfato e regenerando as 6 moléculas de
RuDP.
Fase química: principais acontecimentos

Os átomos de hidrogénio provenientes das moléculas de água e


temporariamente armazenados no NADPH reagem com moléculas de
CO2, produzindo glícidos.

Para que estas reacções ocorram, é preciso haver energia, fornecida pelo
ATP. Nesta etapa não é necessária a participação directa da luz: basta que
a célula fotossintética esteja abastecida de ATP, NADPH e CO2.
Factores limitantes da fotossíntese
A intensidade fotossintética pode ser avaliada pela quantidade de
materiais produzidos ou pela quantidade de materiais utilizados.

Quanto maior for a taxa de oxigénio produzido, maior será a intensidade


fotossintética, assim como maior será o consumo de dióxido de carbono.

Logicamente, qualquer variação na disponibilidade dos intervenientes


implicará variações na taxa fotossintética.

Existem, por isso, FACTORES LIMITANTES - um factor é considerado


como limitante, sempre que a sua ausência ou reduzida quantidade
impeça ou reduza o rendimento de um processo, mesmo que todos os
outros se encontrem em condições óptimas.

Analisemos algumas situações…


Verifica-se que, qualquer que seja a intensidade luminosa , a taxa de
fotossíntese vai aumentando até estabilizar num valor máximo, com o
aumento de CO2.
Este valor máximo é influenciado pela intensidade luminosa a que
decorre a fotossíntese, sendo tanto mais elevado quanto maior for a
intensidade luminosa, porque a absorção de CO2 depende de reacções da
fase fotoquímica.
Qualquer que seja a intensidade luminosa, o rendimento fotossintético é
influenciado pela temperatura, tendo um rendimento máximo com uma dada
temperatura óptima e um rendimento mínimo a qualquer outra temperatura.
Quanto maior for a intensidade luminosa, independentemente da temperatura a
que se realiza, a taxa de fotossíntese também será maior, tornando-se a diferença
mais evidente à temperatura óptima.
A baixas intensidades luminosas, a variação da
temperatura a que se realiza a fotossíntese
praticamente não afecta a taxa de fotossíntese.
A intensidades luminosas mais elevadas o efeito
da temperatura é notório, sendo a taxa de
fotossíntese superior quando a planta se
encontra a uma temperatura mais elevada.

O tipo de planta também influencia a


fotossíntese. Uma planta de sol aumenta a taxa
de fotossíntese com o aumento da
luminosidade, até atingir um ponto óptimo de
luz; a planta de sombra, apenas aumenta a taxa
de fotossíntese para baixas intensidades
luminosas e se colocada a altas intensidades
luminosas o seu rendimento fotossintético
diminui, já que ocorre a desnaturação das
enzimas.
Dependendo da luz, do teor de CO2 e da
temperatura, a taxa de fotossíntese será
diferente. A taxa de fotossíntese será menor
quanto menor a temperatura.
Para uma mesma temperatura, a fotossíntese é
mais elevada para taxas de CO2 maiores; para
concentrações de CO2 iguais, a fotossíntese será
maior para valores superiores de temperatura.

Para um mesmo valor de intensidade luminosa,


a fotossíntese é mais intensa para valores de O2
mais baixos.
Factores limitantes da fotossíntese

Os factores limitantes da fotossíntese são:

- a luz;
- o CO2;
- a temperatura;
- água.

Como vimos, estes podem inter-relacionar-se afectando a taxa


fotossintética.

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