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Verde e Sustentável
Química e
Sustentabilidade: um
diálogo possível?
1. Início de conversa.
1Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (2010). Pós-doutora em Química pela Universidade
de São Paulo (2004) e pelo Centro de Pesquisas Ambientais - Helmholtz-Zentrum für Umweltforschung/UFZ
- Alemanha (2005). Atualmente é professora doutora da Universidade Federal de São Carlos junto ao
Departamento de Química (Associada), credenciada ao Programa de Pós-Graduação em Química e ao
Programa de Pós-Graduação em Educação. Tem experiência na área de Química e Educação, com ênfase
em Ciências do Ambiente (Química Verde e Química Analítica Verde) e Educação Química na perspectiva
Crítica (Ambientalização Curricular e Abordagem CTSA).
Os descasos ambientais e sociais (principalmente após a Segunda Guerra Mundial)
levaram o setor químico industrial a repensar suas ações e traçar novos objetivos e
estratégias para garantir a segurança socioambiental. Uma pesquisa realizada pela
Chemical Manufactures Association (CMA) na década de 80 do século passado, nos
Estados Unidos, mostrou que a visão negativa relacionada à Química perdia somente para
a indústria do cigarro. Essa percepção também foi observada no Brasil por meio de uma
pesquisa feita pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), caracterizando
a indústria química como uma atividade que envolve riscos e consequências à sociedade
(ZUIN et al., 2017).
Em 1991 foi lançado, nos Estados Unidos, o programa Rotas Sintéticas Alternativas
para Prevenção da Poluição pela agência ambiental norte-americana (Environmental
Protection Agency, EPA). Com o objetivo de apoiar pesquisas para a prevenção da
poluição no desenvolvimento dos produtos, o programa ocorreu após a publicação da Lei
de Prevenção à Poluição dos EUA. Em 1993, ele foi expandido e renomeado de Química
Verde e, em 1995, instituiu-se o programa presidencial norte-americano de premiação
desafio em Química Verde (The Presidential Green Chemistry Challenge Awards) para
reconhecer inovações em pesquisa, desenvolvimento e implementação de tecnologias
que minimizassem a geração de resíduos (CORRÊA; ZUIN, 2009).
Paralelamente, estabeleceu-se em 1993, na Itália, o Consórcio Universitário
Química para o Ambiente (Interuniversity Consortium Chemistry for the Environment–
INCA), reunindo pesquisadores para difundir diretrizes que visavam uma Química mais
limpa. Periodicamente, o INCA promove a Escola Internacional de Verão em Química
Verde, contando com a participação de estudantes de Química e de áreas afins de mais
de 20 países (CORRÊA; ZUIN, 2009).
3. Referências.
http://poca.ufscar.br/