Você está na página 1de 21

1

MÓDULO I
AULA 1
Histórico de encontros e conferências internacionais sobre o meio ambiente

Olá, sejam bem-vindos à primeira aula do curso Sustentabilidade na Administração


Pública.
Nesta aula faremos um breve histórico de encontros e conferências internacionais
sobre o meio ambiente e a sustentabilidade.

OBJETIVO:
Apresentar um breve histórico da questão ambiental e da sustentabilidade.

Para facilitar o estudo, esta aula está organizada da seguinte forma:

1. Introdução;
2. Sustentabilidade - Antecedentes Históricos;
3. O Clube de Roma;
4. A Conferência de Estocolmo;
5. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(CNUMAD), a Rio’92;
6. A Agenda 21 Global;
7. O Protocolo de Kyoto;
8. "Rio+10";
9. Marrakech Task Force (MTF);
10. "Rio+20";
11. A COP21;
12. A COP26;
13. Pense a respeito.

Ao final desta aula, esperamos que você tenha condições de:

 Conhecer o histórico de conferências internacionais sobre o meio ambiente e a


sustentabilidade.
2

2. Sustentabilidade: Antecedentes Históricos

Desde a década de 1960, o crescimento da população, as mudanças climáticas e o


aquecimento global fazem parte da agenda de discussões de diversos países. O planeta vive um
momento crítico em relação às questões ambientais e dá sinais muito claros de que não mais
suporta o ritmo atual de consumo de recursos naturais.
A poluição ambiental, em algumas regiões da Terra, chegou a níveis tão alarmantes
que o nascimento de crianças com graves problemas de saúde tornou-se comum.
Para agravar ainda mais o problema, diversas catástrofes ecológicas ocorreram nos
últimos anos deixando um saldo de milhares de mortes, além de prejudicar o clima e trazer
danos irreversíveis para o meio ambiente. Dentre essas catástrofes podemos citar:
 Seveso, Itália (1976) - Tanques de armazenagem na indústria química ICMESA
romperam, liberando vários quilogramas da dioxina TCDD (2,3,7,8-tetraclorodibenzo-
p-dioxina) na atmosfera. Devido à contaminação, 3.000 animais morreram e outros
70.000 animais tiveram que ser sacrificados para evitar a entrada da dioxina na cadeia
alimentar. Acredita-se que não tenha havido mortes de seres humanos diretamente
vinculadas ao acidente, mas 193 pessoas nas áreas afetadas sofreram de cloracne e
outros sintomas.
 Pensilvânia, Estados Unidos (1979) - Um dia após o acidente ocorrido na usina nuclear
de Three Mile Island, foi medida a radioatividade em volta da usina, que alcançava até
16 quilômetros com intensidade de até 8 vezes maior que a letal.

 Cubatão, Brasil (1984) - Vazamento de gasolina em um dos oleodutos da Petrobrás


que ligava a Refinaria Presidente Bernardes ao Terminal de Alemoa. O número oficial
de mortos é de 93, porém algumas fontes citam um número extraoficial superior a 500
vítimas fatais, dezenas de feridos e a destruição parcial da vila.

 Bhopal, Índia (1984) - 40 toneladas de gases tóxicos vazaram na fábrica de pesticidas


da empresa norte-americana Union Carbide. Mais de 500 mil pessoas, a sua maioria
trabalhadores, foram expostas aos gases e pelo menos 27 mil morreram por conta disso.
Cerca de 150 mil pessoas ainda sofrem com os efeitos do acidente e aproximadamente
50 mil pessoas estão incapacitadas para o trabalho.

 Chernobyl, Rússia (1986) - É considerado o pior acidente nuclear da história,


produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa
Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação
3

que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. Um relatório da ONU de 2005 atribuiu
56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com câncer da
tireoide. No entanto, um estudo feito em 2005 (quase 20 anos depois) aponta que
morreram de câncer entre 30.000 e 60.000 pessoas vítimas do vazamento de Chernobyl.

 Vazamento de Petróleo no Golfo do México (2010) - No dia 20 de abril de 2010,


ocorreu uma explosão na plataforma da British Petroleum Deepwater Horizon, no Golfo
do México. O acidente matou sete trabalhadores e desencadeou a liberação de
aproximadamente cinco milhões de barris de petróleo no oceano. Uma semana após o
acidente, foi relatada a morte de seis golfinhos e 40 tartarugas marinhas, além de várias
espécies de peixe. O petróleo espalhou-se por cerca de 1.500 km e, até os dias atuais,
compostos químicos do petróleo são encontrados na região.

 Rompimento da Barragem de Mariana - No dia 05 de novembro de 2015, a barragem


de Fundão da mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, rompeu-
se, causando uma grande enxurrada de lama. A lama devastou o distrito de Bento
Rodrigues, no município de Mariana, em Minas Gerais, destruindo casas e ocasionando
a morte de 19 pessoas, incluindo moradores e funcionários da própria mineradora. Além
das perdas humanas e materiais, a lama que escapou em razão do rompimento das
barragens provocou um grave impacto ambiental.
 Rompimento de barragem em Brumadinho – Em 25 de janeiro de 2019, foi o
maior acidente de trabalho no Brasil em perda de vidas humanas e o segundo maior
desastre industrial do século. Foi um dos maiores desastres ambientais da mineração do
país, depois do rompimento de barragem em Mariana. Controlada pela Vale S.A., a
barragem de rejeitos denominada barragem da Mina Córrego do Feijão, era
classificada como de "baixo risco" e "alto potencial de danos" pela empresa.
Acumulando os rejeitos de uma mina de ferro, ficava no ribeirão Ferro-Carvão, na
região de Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, estado de Minas Gerais. O
desastre industrial, humanitário e ambiental causou a morte de 270 pessoas, incluindo
cinco desaparecidas, em números oficiais divulgados em 3 de maio de 2022, com a
identificação da 265.ª vítima, mais de três anos depois do rompimento da barragem. A
ossada identificada havia sido encontrada pelos bombeiros no dia anterior e
encaminhada para perícia. A tragédia fez com que o Brasil se tornasse o país com o
maior número de mortes neste tipo de acidente, somando-se a outros dois desastres com
perdas humanas ou graves danos ambientais: o rompimento da barragem da Herculano
4

Mineração, em Itabirito (2014, com três mortes) e o rompimento da barragem em


Mariana (2015, com dezenove mortes).

3. O Clube de Roma

Em 1966 o industrial italiano Aurelio Peccei e o cientista escocês Alexander King


fundam o Clube de Roma.
Formado por um seleto grupo de profissionais liberais, empresários, diplomatas,
cientistas, educadores, humanistas, economistas e altos funcionários governamentais com o
objetivo de debater assuntos relacionados à política, à economia internacional e, sobretudo, ao
meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável, tendo cada participante se comprometido a
sensibilizar os líderes mundiais e os tomadores de decisão sobre as questões discutidas.

O Clube de Roma ganhou expressão mundial com a publicação, em 1972, do


relatório “Os Limites do Crescimento”, conhecido também como “Relatório do Clube de
Roma”, elaborado por uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts contratada pelo
Clube.
O relatório, que vendeu mais de 12 milhões de exemplares e foi traduzido para 30
idiomas, tornou-se um dos documentos sobre meio ambiente mais conhecidos no mundo.
O relatório abordou problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da
humanidade tais como energia, poluição, saneamento, saúde, ambiente, tecnologia e
crescimento populacional.
Ele demonstrou, por meio de programas de computador, uma prospecção sobre a
utilização indiscriminada dos recursos naturais, salientando que esse sistema tenderia a entrar
em colapso se uma modificação nas atitudes do ser humano não fosse iniciada imediatamente.
Com essa recepção positiva do relatório de 1972 e das questões abordadas, o Clube
de Roma, que veio a se tornar uma Organização Não Governamental (ONG) sem fins lucrativos,
5

passou a desenvolver e publicar outros relatórios sobre as questões ambientais globais


verificadas pelo grupo, com o objetivo de sensibilizar os governantes e líderes globais sobre a
interação delicada entre o desenvolvimento econômico da humanidade e a fragilidade da
natureza.
A partir disso, vários países criaram os respectivos Ministérios do Meio Ambiente
e instituições afins com o intuito de fiscalizar e preservar o meio ambiente.
A repercussão internacional do relatório foi muito grande, tanto que, no mesmo ano,
foi o principal objeto de discussão da 1ª Conferência Internacional sobre o Homem e o Meio
Ambiente, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), também conhecida como
Conferência de Estocolmo.

4. A Conferência de Estocolmo

Em Estocolmo – Suécia –, no período de 5 a 16 de junho de 1972, ocorreu a reunião


de 113 países e mais de 250 organizações não governamentais para participarem da Conferência
das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano, conhecida como
Conferência de Estocolmo.
A Conferência foi presidida pelo canadense Maurice Strong, tendo cobertura de
jornalistas do mundo inteiro. O evento foi uma atitude pioneira com o intuito de conscientizar
a sociedade sobre a premência de se melhorar a relação com o meio ambiente no que diz respeito
ao uso dos recursos naturais, lembrando que grande parte desses recursos além de não serem
renováveis, quando removidos da natureza em grandes quantidades, deixam uma lacuna, às
vezes irreversível, cujas consequências serão sentidas pelas gerações futuras.
O evento foi extremamente importante, pois representou o primeiro grande encontro
internacional, entre representantes de diversas nações, para a discussão dos problemas
ambientais e nela se consolidou e discutiu a relação entre desenvolvimento e meio ambiente.
A Conferência, apesar de atribulada, gerou um documento histórico, com 24 artigos
(infelizmente, com poucos compromissos efetivos), assinado pelos países participantes e teve
como um de seus principais desdobramentos a criação do Programa das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA), a primeira agência ambiental global.
A primeira proposta para resolução dessa questão, feita por representantes dos países
industrializados, foi a de “crescimento zero”. Obviamente tal solução não agradou aos países
menos desenvolvidos que pleiteavam sua própria industrialização para que seu
desenvolvimento se equiparasse ao dos países mais industrializados, passando a defender,
6

então, o "desenvolvimento a qualquer custo", o que causou uma bipolaridade no que se refere
à questão ambiental.

Como resultado, foi elaborada, entre outros documentos, a Declaração sobre o


Ambiente Humano, também chamada Declaração de Estocolmo, que orientava a humanidade
para a necessidade de aumentar o número de trabalhos educativos voltados para as questões
ambientais.

5. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento


(CNUMAD), a Rio’92
É nessa época que surge a ideia de harmonizar justiça social, crescimento
econômico e preservação ambiental através do conceito de “ecodesenvolvimento” para
estabelecer uma relação positiva entre desenvolvimento e meio ambiente.
O termo ecodesenvolvimento foi proposto por Maurice Strong e, em seguida,
ampliado pelo economista Ignacy Sachs, que, além da preocupação com o meio ambiente,
incorporou as devidas atenções às questões sociais, econômicas, culturais, de gestão
participativa e ética.
Como uma derivação do conceito, surgiu a ideia de desenvolvimento sustentável.
Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD),
presidida pela então primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, adotou o conceito
de Desenvolvimento Sustentável em seu relatório Our Common Future (Nosso Futuro
Comum), também conhecido como Relatório Brundtland.
7

Esse novo conceito foi definitivamente incorporado como um princípio durante a


Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - a Cúpula da
Terra de 1992 (Eco-92) – no Rio de Janeiro.
Em sua essência, o desenvolvimento sustentável também busca o equilíbrio entre
proteção ambiental e desenvolvimento socioeconômico e serviu como base principal para a
formulação do documento Agenda 21 Global, com o qual mais de 170 países se
comprometeram.
A premissa básica do Relatório Brundtland é: independentemente da existência
de atores sociais implicados na responsabilidade da degradação ambiental, a busca de soluções
seria uma tarefa comum a toda humanidade.
Ainda em 1972, a ONU criou o Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente - Pnuma, com o objetivo de coordenar as ações internacionais de proteção ao meio
ambiente e de promoção do desenvolvimento sustentável.
No Brasil, em agosto de 1981, foi sancionada a Lei Federal nº 6.938, que instituiu
a Política Nacional do Meio Ambiente. Esse diploma legal tem por objetivo a preservação, a
melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando a assegurar condições
ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:

I. Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o


meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II. Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III. Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV. Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V. Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI. Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII. Acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII. Recuperação de áreas degradadas;
IX. Proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X. Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do
meio ambiente.
8

A ONU criou, em 1983, a Comissão Mundial de Meio Ambiente e


Desenvolvimento (Unced), presidida pela primeira-ministra da Noruega Gro Harlem
Brundtland, com objetivo de estudar os problemas globais relacionados ao meio ambiente e ao
desenvolvimento.
Em 1987, a Unced lançou um documento chamado “Nosso futuro comum”, que
ficou famoso como “Relatório Brundtland”. Ele expõe que os problemas ambientais e a busca
pelo desenvolvimento sustentável estão diretamente ligados ao fim da pobreza, à satisfação
básica de alimentação, saúde e habitação, à busca de novas matrizes energéticas que privilegiem
as fontes renováveis e à inovação tecnológica.

Relatório Brundtland – Nosso Futuro Comum

Em 1983 foi criada, pela Assembleia Geral da ONU, a Comissão Mundial sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento - CMMAD, que foi presidida por Gro Harlem Brundtland,
na época primeira-ministra da Noruega e Mansour Khalid, daí o nome final do documento. A
comissão foi criada em 1983, após uma avaliação dos 10 anos da Conferência de Estocolmo,
com o objetivo de promover audiências em todo o mundo e produzir um resultado formal das
discussões.

O trabalho surgido dessa Comissão, em 1987, o documento Our Common Future


(Nosso Futuro Comum) ou, como é bastante conhecido, Relatório Brundtland, apresentou um
novo olhar sobre o desenvolvimento, definindo-o como o processo que “satisfaz as
necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas
9

próprias necessidades”. É a partir daí que o conceito de desenvolvimento sustentável passa a


ficar conhecido.
Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o
Relatório Brundtland aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os
padrões de produção e consumo, trazendo à tona mais uma vez a necessidade de uma nova
relação “ser humano-meio ambiente”. Ao mesmo tempo, esse modelo não sugere a estagnação
do crescimento econômico, mas sim essa conciliação com as questões ambientais e sociais.
O documento enfatizou problemas ambientais, como o aquecimento global e a
destruição da camada de ozônio (conceitos novos para a época), e expressou preocupação em
relação ao fato de a velocidade das mudanças estar excedendo a capacidade das disciplinas
científicas e de nossas habilidades de avaliar e propor soluções.

Entre as medidas apontadas pelo relatório, constam soluções, como:

 Diminuição do consumo de energia;


 Limitação do crescimento populacional;
 Garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;
 Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
 Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com
uso de fontes energéticas renováveis;
 Aumento da produção industrial nos países não industrializados com base em
tecnologias ecologicamente adaptadas;
 Controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades
menores;
 Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia);
 O desenvolvimento de tecnologias para uso de fontes energéticas renováveis
e o aumento da produção industrial nos países não industrializados com base
em tecnologias ecologicamente adaptadas.

Em âmbito internacional, as metas propostas são:

 Banimento das guerras;


 Proteção dos ecossistemas supranacionais, como a Antártica, oceanos, etc,
pela comunidade internacional;
10

 Implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela


Organização das Nações Unidas (ONU);
 Adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de
desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento);
 Medidas para implantação de um Programa de Desenvolvimento Sustentável.

Algumas outras medidas para a implantação de um programa minimamente


adequado de desenvolvimento sustentável são:

 Uso de novos materiais na construção;


 Reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
 Aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a
eólica e a geotérmica;
 Reciclagem de materiais reaproveitáveis;
 Consumo racional de água e de alimentos;
 Redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de
alimentos.
A médica norueguesa Gro Harlem Brundtland, que, à frente da Comissão Mundial
de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, coordenou a elaboração do
documento, diz que a humanidade está avançando. Mas ainda está longe de fazer o que é
necessário e a realidade impõe, de maneira contundente, a cooperação internacional.

“Em um mundo globalizado, estamos todos interconectados. Os ricos


estão vulneráveis às ameaças contra os pobres e os fortes, vulneráveis
aos perigos que atingem os fracos”.

Nesse cenário, ela preconiza o estabelecimento de um novo consenso de segurança.

“Não haverá paz global sem direitos humanos, desenvolvimento


sustentável e redução das distâncias entre os ricos e os pobres. Nosso
Futuro Comum depende do entendimento e do senso de
responsabilidade em relação ao direito de oportunidade para todos “.

O Relatório Brundtland apoia-se no tripé atividade econômica, meio ambiente e


bem-estar da sociedade e define o desenvolvimento sustentável como aquele que atende às
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as futuras gerações atenderem a
suas próprias necessidades.
11

Em 1992, vinte anos após a realização da primeira conferência sobre o meio


ambiente, representantes de cento e oito países do mundo reuniram-se no Rio de Janeiro para a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD),
também conhecida por ou ECO-92, que pode ser considerada o grande marco das discussões
ambientais globais.
Dentre os principais assuntos abordados na ECO-92, encontra-se a discussão de
como fazer com que os países em desenvolvimento tenham acesso às tecnologias não agressivas
ambientalmente e como fortalecer as instituições dedicadas aos estudos dessas tecnologias.

A intenção, nesse encontro, era introduzir a ideia do desenvolvimento sustentável.


Um modelo de desenvolvimento econômico menos consumista e mais adequado ao equilíbrio
ecológico.
A grande diferença entre as conferências de 1972 e de 1992 foi a presença maciça,
nesta última, de Chefes de Estado, fator indicativo da importância atribuída à questão ambiental.
Além da sensibilização da sociedade e das elites políticas, a Conferência teve como
resultado a produção de alguns documentos oficiais fundamentais:
 Carta da Terra;
 Convenção sobre Diversidade Biológica, tratando da proteção
da biodiversidade;
 Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, tratando da
redução da Desertificação;
 Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, tratando
das Mudanças climáticas globais;
12

 Declaração de Princípios sobre Florestas;


 Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; e a
 Agenda 21.

6. A Agenda 21 Global
A Agenda 21 Global foi construída de forma consensual, com a contribuição de
governos e instituições da sociedade civil de 179 países, em um processo que durou dois anos.
É um documento amplo que aborda diretrizes, bem como roteiros detalhados para
orientar governos, instituições das Nações Unidas e setores independentes em como efetivar a
proposta de proporcionar o desenvolvimento com maior qualidade de vida por meio da
preservação dos ecossistemas, mudando o rumo das atividades humanas no planeta.

Consiste num plano de ação formulado internacionalmente para ser adotado em


escala global, nacional e local por organizações do sistema das Nações Unidas, pelos governos
e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente.
Reflete um consenso mundial e um compromisso político que estabelece um
diálogo permanente e construtivo inspirado na necessidade de atingir uma economia em nível
mundial mais eficiente e equitativa.
Constitui a mais abrangente tentativa já realizada de orientação para um novo
padrão de desenvolvimento no século 21, cujo alicerce é a sinergia da sustentabilidade
ambiental, social e econômica, perpassando em todas as suas ações propostas.
A Agenda segue o princípio de “pensar globalmente, agir localmente” e enumera
os objetivos a serem atingidos pelas sociedades para atingir a sustentabilidade.
É um processo público e participativo que propõe o planejamento e a
implementação de políticas para o desenvolvimento sustentável por meio da mobilização de
todos os cidadãos na formulação dessas políticas. Além disso, está previsto o compartilhamento
dessas soluções pela sociedade, que deve analisar sua situação e definir prioridades em suas
13

políticas públicas, sempre tendo em vista o tripé da sustentabilidade (ambiental, econômica e


social).
Os governos têm a responsabilidade de facilitar a implementação deste processo
que deve envolver toda a sociedade.

Os objetivos da Agenda são:

 Parceria e conscientização: a Agenda 21 é um processo público e participativo para o


planejamento e a implementação das políticas e das ações para o desenvolvimento
sustentável. Nesse sentido, ela é um importante instrumento para a conscientização
ambiental e para a mobilização de cidadãos e cidadãs na formulação de políticas, na
consolidação da responsabilidade social e no fortalecimento dos mecanismos
participativos e democráticos.
 Comprometimento com soluções: é um documento que estabeleceu a importância de
cada país se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual
governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade
poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais.
 Definição de prioridades: a Agenda 21 resulta na análise da situação atual de um país,
Estado, município, região, setor, e planeja o futuro de forma sustentável. Este esforço
de planejar o futuro gera oportunidades para que as sociedades e os governos possam
definir prioridades nas políticas públicas.
 Questões sociais, ambientais e econômicas: a Agenda 21 não está restrita às questões
ligadas à preservação e à conservação da natureza, mas sim a uma proposta que rompe
com o desenvolvimento dominante, onde predomina o econômico, dando lugar à
sustentabilidade ampliada, que une a Agenda ambiental e a Agenda social, ao enunciar
a indissociabilidade entre os fatores sociais e ambientais e a necessidade de que a
degradação do meio ambiente seja enfrentada juntamente com o problema mundial da
pobreza.
 A responsabilidade dos governos: os governos têm o compromisso e a
responsabilidade de deslanchar e facilitar o processo de implementação em todas as
escalas. Além dos Governos, a convocação da Agenda 21 visa a mobilizar todos os
segmentos da sociedade, chamando-os de “atores relevantes” e “parceiros do
desenvolvimento sustentável”.
14

 Um processo social: torná-la realidade é antes de tudo um processo social no qual todos
os envolvidos vão pactuando paulatinamente novos consensos e montando uma Agenda
possível rumo ao futuro que se deseja sustentável.

7. O Protocolo de Kyoto

Em 1997, na cidade de Kyoto, no Japão, foi assinado um novo componente da


Convenção Marco sobre Mudanças Climáticas: o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor no
dia 16 de fevereiro de 2005, logo após o atendimento às condições que exigiam a ratificação
por, no mínimo, 55% do total de países-membros da Convenção e que fossem responsáveis por,
pelo menos, 55% do total das emissões de 1990.
Durante o primeiro período de compromisso, entre 2008 e 2012, 37 países
industrializados e a Comunidade Europeia, considerados os responsáveis históricos pela
mudança atual do clima, comprometeram-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa
(GEE) para uma média de 5% em relação aos níveis de 1990. No segundo período de
compromisso, as Partes se comprometeram a reduzir as emissões de GEE em pelo menos 18%
abaixo dos níveis de 1990 no período de oito anos, entre 2013 e 2020. Cada país negociou a sua
própria meta de redução de emissões em função da sua visão sobre a capacidade de atingi-la no
período considerado.

O Brasil ratificou o documento em 23 de agosto de 2002, tendo sua aprovação


interna se dado por meio do Decreto Legislativo nº 144 de 2002.
Entre os principais emissores de gases de efeito estufa, somente os Estados Unidos
não ratificaram o Protocolo. No entanto, continuaram com responsabilidades e obrigações
definidas pela Convenção.
15

8. “Rio+10”

No ano de 2002, acontece a Conferência de Johannesburgo, conhecida como


“Rio+10”, na qual foi formada a “Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável” pelos
países participantes. O objetivo desse evento foi avaliar o progresso das metas determinadas na
ECO-92, principalmente com relação à Agenda 21, e verificar os resultados obtidos pelos
países participantes com a finalidade de propor alterações para que os objetivos ambientais
fossem alcançados.
O Plano de Implementação adotado nessa conferência destacou a promoção de
políticas de licitação sustentável como fundamentais para a promoção e difusão de produtos e
serviços sustentáveis do ponto de vista social e ambiental.

9. Marrakech Task Force (MTF)

A partir de 2003, a ONU, por meio da UNDESA (Departamento de Assuntos


Econômicos e Sociais das Nações Unidas) e do PNUMA (Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente), estimulou a criação de Grupos de Trabalho denominados Marrakech
Task Force (MTF) sobre diversas temáticas relacionadas à sustentabilidade, entre elas as
Compras Públicas Sustentáveis.
O Processo Marrakech, como ficou conhecido, é composto, hoje, por sete temas
e suas respectivas “forças tarefas”. Os MTF são grupos de trabalho voluntário e cooperativo
entre países membros da ONU que assumiram o compromisso de elaborar e executar um projeto
de fomento às políticas públicas, orientadas pelas recomendações do Capítulo III do Plano de
Implementação da Declaração de Johannesburgo sobre o Desenvolvimento Sustentável, que
16

propõe um marco de programas de 10 anos para a promoção de padrões sustentáveis de


consumo e produção.

O objetivo específico do Grupo de Trabalho sobre Compras Públicas Sustentáveis


é desenvolver e implementar ferramentas baseadas em sistemas eletrônicos que possam
estimular e induzir o consumo sustentável nos governos, tendo em vista as experiências já
implantadas com sucesso em todo o mundo.

10. "Rio+20"

Novamente com realização na cidade do Rio de Janeiro, dessa vez no ano de 2012,
a Rio+20 – ou Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável – reuniu um total
de 193 representantes de países e uma das maiores coberturas jornalísticas mundiais de toda a
história, sendo acompanhada dia a dia em todo o planeta.

O resultado foi a avaliação das políticas ambientais então adotadas e a produção de


um documento final intitulado “O futuro que queremos”, no qual foi reafirmada uma série de
compromissos.
17

11. A COP21
A COP21 - Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas foi
realizada em Paris, em 2015. Teve a participação de chefes de estado (ou representantes) de
197 países. O principal tema foi o clima e as mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa e
pelo aquecimento global.

Como resultado, temos o Acordo de Paris, que possui metas de redução de


emissões de gases de efeito estufa para todos os países, desenvolvidos e em desenvolvimento,
definidas nacionalmente conforme as prioridades e possibilidades de cada um. O objetivo é
reduzir o aquecimento global, para que até o ano de 2100 a temperatura média do planeta tenha
um aumento inferior a 2°C.
Participante da COP21 e do Acordo de Paris, o Brasil assumiu compromissos para
reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Entre esses compromissos, está a redução em 37%
nas emissões destes gases até 2025, ampliando a redução para 43% até o ano de 2030. Outro
compromisso assumido foi de ampliar a participação de fontes de energia renováveis (eólica e
solar, por exemplo) na matriz energética.
Contudo, de acordo com a ONU, em estudo publicado em 24 de janeiro de 2018,
intitulado “Trajetórias de mitigação e instrumentos de políticas públicas para o alcance das
metas brasileiras no Acordo de Paris”, o Brasil tem condições de reduzir em até 48% das
emissões de gases de efeito estufa até 2050. O evento marca a conclusão de um projeto de cinco
anos tocado pela ONU Meio Ambiente e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC).
O Brasil desenvolve uma série de ações a nível nacional, entre elas o
projeto “Opções de Mitigação de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Setores-Chave do
18

Brasil”, que analisou de que forma os principais setores nacionais como indústria, energia,
transportes, domicílio, serviços, agricultura, florestas, gestão de resíduos, entre outros, podem
ser peças fundamentais para o alcance das metas do Acordo de Paris no Brasil.

12 – A COP 26
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021 foi a 26.ª
conferência das partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(COP26), realizada entre 1 e 12 de novembro de 2021 na cidade de Glasgow, na Escócia.
A reunião foi originalmente agendada para novembro de 2020, mas a pandemia da
COVID-19 fez com que fosse adiada. A conferência incluiu também a 15.ª reunião das partes
do Protocolo de Quioto (CMP16) e a 2.ª reunião das partes do Acordo de Paris (CMA3).

O evento estava inicialmente programado para iniciar a partir de novembro de 2020


no SEC Center. Devido à requisição do local para a luta contra a pandemia de COVID-19, a
conferência foi adiada para 2021.
A conferência foi realizada com a participação de delegações de aproximadamente
200 nações, acompanhada por grandes manifestações de grupos ambientalistas.
Somente em Glasgow uma passeata reuniu cerca de 100 mil pessoas. No dia 13 de
novembro de 2021, foi assinado um compromisso internacional. O texto enfatizou a
necessidade de uma rápida redução nas emissões de carbono, pretendendo chegar ao objetivo
de 45% de redução até 2030 (em relação aos patamares de 2010), e em 2050 as emissões
deverão estar neutralizadas globalmente, significando que na data qualquer emissão adicional
deverá ser compensada por reflorestamento ou mecanismos de captura de carbono.
19

Contudo, o acordo não tem força legal e é apenas uma declaração de intenções, e
dependerá da vontade política dos países implementá-lo localmente.
Foi solicitado aos países que, até o fim de 2022, sejam apresentadas as novas metas
oficiais dos governos, pois até então as metas vigentes não eram capazes de conter o
aquecimento global no nível de 1,5º C, conforme o estabelecido no Acordo de Paris de 2015.
Pela primeira vez, uma conferência reconheceu explicitamente a necessidade de se
efetuar uma transição de combustíveis fósseis para os renováveis. Foram estabelecidas novas
regras para permitir o escrutínio público dos compromissos climáticos dos governos.

14. Pense a respeito...

Desenvolvido pelo Centro de Política e Lei Ambiental da Universidade de Yale, em


conjunto com a Rede de Informação do Centro Internacional de Ciências da Terra da
Universidade de Columbia, uma equipe de pesquisa mede, a cada dois anos, o Índice de
Desempenho Ambiental (Environmental Performance Index - EPI na sigla em inglês), de 180
países, utilizando, para isso, 32 indicadores de desempenho em 11 categorias de questões sobre
saúde ambiental e vitalidade do ecossistema.
São avaliados índices, como poluição do ar e ecossistemas, recursos hídricos,
biodiversidade e habitat, recursos naturais produtivos, alteração no clima, água e saneamento,
entre outros.
Todos os dados são coletados através de organizações internacionais, institutos de
pesquisa, instituições de ensino e agências governamentais espalhadas pelo mundo.
Com esse trabalho de pesquisa e estatística, o EPI visa a fornecer uma base
quantitativa para “comparar, analisar e entender o desempenho ambiental de 180 países”.
Para isso, eles classificam esses países num ranking e avaliam o desempenho
ambiental usando os dados anteriores mais recentes para saber se houve alteração e calcular
essas pontuações.
O EPI divulgado em 2021 forneceu dados e indicadores de quão próximo cada país
pesquisado está de estabelecer metas de política ambiental, numa escala que destaca os líderes
e os retardatários medidos por seu desempenho. Além disso, ainda fornece orientações práticas
para os países que desejam avançar em direção a um futuro sustentável.
Ocupando o topo da lista, em primeiro lugar, ficou a Dinamarca. Em 2018 foi a
Suíça, em segundo lugar ficou Luxemburgo, seguido de Suíça, Reino Unido e França. Os 10
primeiros países do topo da lista são europeus. Os EUA ficaram em 24º lugar e a China em 120ª
posição (China e EUA são os países que mais emitem gases de efeito estufa no mundo).
20

Os 10 últimos países do ranking são: Haiti, Chade, Ilhas Salomão, Madagascar,


Guiné, Costa do Marfin, Serra Leoa, Afeganistão, Myanmar e, por último, Libéria.
Em relação especificamente ao Brasil, o EPI apontou que ficamos em 55º lugar. O
Brasil teve uma melhora no ranking, já que o EPI de 2018 apontava o país na posição 69ª.
Porém, fica a ressalva que os incêndios na Amazônia, assim como a atual pandemia de Covid-
19, não entraram nesse índice de 2020.
Embora no ranking geral o Brasil tenha ficado em 55º lugar, em algumas questões
pontuais o país ficou em posições bem abaixo:
 Pior pontuação: índice de habitat de espécie: 142º;
 Serviços do ecossistema: 120º;
 Crescimento de N2O – gás nocivo de efeito estufa: 116º;
 Perda de cobertura arbórea: 114º;
 Pescas: 113º;
 Camada de ozônio: 108º;
 Emissão de poluição: 100º; e
 Saneamento e água potável: 96º.
Mas nem só índices ruins foram atribuídos ao Brasil. No ranking individual, o
Brasil ficou em 1º lugar em proteção de áreas marinhas e em 17º em agricultura sustentável.
Todos esses índices e indicadores servem para mostrar onde os países estão errando,
onde estão acertando e o que precisa ser feito, mantido ou alterado, a partir da análise e troca
de experiências, estudos e resultados obtidos.
Os indicadores do EPI ajudam a “identificar problemas, estabelecer metas,
acompanhar tendências, entender resultados e identificar as melhores práticas políticas”.
Esses dados podem servir de base para ações governamentais e não governamentais
bem como orientar investidores que tenham interesse em fazer negócio em determinado país.
O princípio maior do EPI “é servir de ferramenta política de apoio aos esforços para
cumprir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e levar a sociedade
a um futuro sustentável”.

Pense a respeito. Prepare-se para o próximo módulo

Neste módulo você conheceu um breve histórico de encontros e conferências


internacionais sobre o meio ambiente.
21

Veja a seguir o que disse a médica norueguesa Gro Harlem Brundtland, que, à frente
da Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, coordenou a
elaboração do documento “Relatório Brundtland – Nosso Futuro Comum”. Nesse cenário,
ela preconiza o estabelecimento de um novo consenso de segurança.

“Não haverá paz global sem direitos humanos, desenvolvimento


sustentável e redução das distâncias entre os ricos e os pobres. Nosso
Futuro Comum depende do entendimento e do senso de
responsabilidade em relação ao direito de oportunidade para todos “.

No segundo módulo do nosso curso, você vai conhecer o que é


sustentabilidade/desenvolvimento sustentável e o que são os ODS.

Você também pode gostar