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NAJU, ME ATUALIZA!

JUNHO DE 2022

50 anos da Conferência de Estocolmo: como


as mudanças climáticas afetam o Brasil.

CONFIRA AS REPORTAGENS:

Chuvas no Brasil:as mudanças climáticas e


suas imputações.

Devido o excesso de chuvas no Brasil, o número de


mortos em desastres causados pelos temporais teve
um aumento expressivo.
Foram mais de 457 pessoas mortas nos primeiros 5
meses de 2022, de acordo com o levantamento da
Confederação Nacional de Municípios.
Em Recife, foram mais de 120 pessoas.
A capital pernambucana é a cidade brasileira mais
ameaçada pelas mudanças climáticas e pelo avanço do
mar. Esses dados foram divulgados pelo Painel
Intergovernaental das Mudanças Climáticas.
Para entender toda essa problemática é necessário
retornar para a primeira reunião na qual o clima foi
pauta.

50 anos da Conferência de Estocolmo

Ocorrida entre 5 e 16 de junho de 1972, a


Conferência de Estocolmo foi o primeiro evento
organizado com o foco nas discussões para
preservação do meio ambiente e da relação do homem
para com ele. A Conferência surge após o Clube de
Roma, criado em 1968. Esse grupo fez um relatório
chamado “Limites do Crescimento” que identificava 5
tendências globais preocupantes.
Alfred Pope
Foram Class 113 Advisor
países e diversas organizações
internacionais decididos a transmitir às novas
gerações a importância desse debate.
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homem ac.
com o meio ambiente não poderia ser Ana Júlia
parasitária ou acabaria ocasionando seu esgotamento @deuskdminhavaga

ambiental.
Outra pauta foi a qualidade do ar, poluído de forma
intensa desde a maquinofatura pela Primeira
Revolução Industrial.

Anotações

@deuskdminhavaga
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Conferências ambientais e as mudanças


climáticas.

Em 1972, já se discutia o uso do agrotóxico em larga escala e suas


consequências para a saúde humana.
O lançamento de metais pesados na natureza também foi um dos focos da
discussão.
A Conferência ficou dividida em dois grandes grupos, os preservacionistas e
os desenvolvimentistas.
Respectivamente, o primeiro grupo era composto por países já desenvolvidos e
ricos, encabeçado pelos Estados Unidos, principal país a defender os conceitos dos
preservacionistas. Por outro lado, o grupo contrário, eram os países em
desenvolvimento, liderados pelo Brasil nesta época.
O Brasil foi um país com papel decisivo em muitas discussões, afinal, em
pleno “milagre econômico”, os líderes da nação estavam focados no
desenvolvimento econômico ao invés da preservação ambiental.
Vale ressaltar que neste período ocorria o processo de expansão da fronteira
agrícola na Amazônia, impulsionada pelo governo militar com o Plano de
Integração Nacional.
Paralelo a isso, o crescimento industrial utilizava os combustíveis fósseis,
sobretudo o petróleo, logo, a redução do uso não era interessante para o Brasil.

Nessa convenção houve uma grande contribuição dentro da Declaração como,


por exemplo, a criação dos princípios para questões ambientais internacionais,
incluindo direitos humanos, gestão de recursos naturais, prevenção da poluição e
à elaboração do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Outro avanço nesta questão foi a publicação de um relatório sobre as
necessidades presentes e futuras ambientais, em abril de 1987, pela médica Gro
Harlem Brundtland, mestre em saúde pública e ex-Primeira Ministra da Noruega
A partir disso, foram evidenciadas importância em organizar um plano de
desenvolvimento sustentável que garantisse as futuras gerações suas
necessidades básicas (ar, água e fonte de alimentos) bem como a responsabilidade
em relação aos recursos ecológicos, padrões de consumo e os riscos causados os
sistemas naturais que sustentam a vida na Terra.
As amplas recomendações feitas pela Comissão levaram à realização de uma
nova Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
realizada em 1992 no Brasil.

Anotações

@deuskdminhavaga
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Conferências ambientais e as mudanças climáticas.

Desdobramentos da Conferência de Estocolmo


Várias nações se reuniram em 1985 para discutir a preocupação quanto


aos impactos causados pelo buraco na camada de ozônio, surgiu assim, a
Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio.
Essa convenção contribuiu para o surgimento do Protocolo de Montreal,
em 1987. Esse tratado entrou em vigor em 1989.
O Protocolo de Montreal exigiu cortes de 50% em relação aos níveis de
1986 tanto na produção quanto no consumo de cinco principais CFCs até
1999, com reduções interinas.
Ele ficou aberto para adesão dos países interessados e foi ratificado em 19
de março de 1990 e ao longo dos anos passou por revisões: Londres (1990),
Copenhague (1992), Viena (1995), Montreal (1997), Pequim (1999) e Kigali
(2016).

30 anos da RIO92

A Rio92 ou Eco 92 aconteceu 20 anos após a primeira conferência


ambiental organizada pela ONU.
Conhecida como Cúpula da Terra, reunindo mais de 100 nações, nela, foram
estabelecidos 27 princípios básicos sobre o desenvolvimento sustentável.
Também foi proposto um documento chamado Carta da Terra, focado
nas questões ambientais.
Foi ressaltado a importância de focar nas especificidades de cada nação ao
cumprirem seu papel de preservação ambiental.

O que aconteceu depois da Rio92?

Na década de 90, o aquecimento global se tornou um problema em relação à


diplomacia, de modo a criar uma desarmonia entre Estados Unidos e União
Europeia.
Em 1997, o protocolo de Kyoto foi assinado em 1997, estabelecendo metas
claras.
Um novo acordo global em relação ao clima foi estimulado devido ao
grande aumento de emissões de gás carbônico proveniente da China e de
outros países emergentes.

Anotações

@deuskdminhavaga
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Conferências ambientais e as mudanças climáticas.

Em 2012, 20 anos depois da realização da Rio92, aconteceu no Rio de


Janeiro a Rio+20, considerada um fiasco, afinal, não resultou em nenhum
novo acordo relevante para a emissão dos gases responsáveis pelo efeito
estufa.
Em 2015, a COP21, um encontro que ocorre anualmente desde a década
de 90, resultou no Acordo de Paris, considerado um significativo avanço
nos limites para a emissão de gases. As metas foram estipuladas com
datas, também baseadas em cada realidade das nações.

OBS.: Vale lembrar que em 2017, Donald Trump retirou os Estados Unidos do
Acordo de Paris e o país só retornou ao acordo com a vitória de Joe Biden em 2021.

Em 2021, um relatório da ONU mostrou que Recife é a cidade brasileira


mais ameaçada pela emergência climática e a 16ª mais ameaçada no
mundo. E tudo isso corrobora para tragédias como as chuvas do mês de
junho.
Até o dia 8/6 já foram mais de 129 mortes em decorrência dos temporais e
dos deslizamentos.

A previsão climática já era de um inverno mais rigoroso na região


litorânea de Pernambuco, de acordo com a APAC.
As condições climáticas aliadas às intervenções humanas encontram um
cenário ideal para potencializar as tragédias.
Um controle urbano deficiente, o déficit habitacional, a remoção de
matas e o histórico de aterros dos mangues e suas áreas de drenagem,
prejudicam ainda mais esses efeitos.
De acordo com o professor especialista em recursos hídricos da
Universidade Estadual Paulista, Rodrigo Manzione, essas chuvas já são
resultado de um quadro de mudanças climáticas.
Vale ressaltar que o fenômeno da La Ninã está em curso.
Em uma entrevista para a Agência Brasil o professor reforça que essas
alterações no clima pressionam a capacidade das zonas urbanas de conter
e dar resposta a essas situações. “Eventos que ocorriam a cada dez, 20
anos, começam a ocorrer a cada cinco. Aí, não tem cidade que suporte”,
enfatizou.

Anotações

@deuskdminhavaga
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Conferências ambientais e as mudanças climáticas.

O Brasil também começa, segundo Mazione, a ficar exposto a situações


que não ocorreriam no passado.
Ele citou como exemplo os fortes ventos e os ciclones que atingiram Santa
Catarina nos últimos anos. "A gente pode ter eventos que até então
estavam em categorias mais baixas como furacões de classe mais baixa.
A gente não está livre desses fenômenos, como se acreditava no
passado”, alerta.
O professor acredita na importância de se pensar estratégias para
reduzir o impacto desses eventos no futuro. “Esse é o dilema, como a gente
vai responder a esse tipo de problema. Se a gente vai se prevenir e,
quando acontecer, a gente poder responder de uma forma mais eficiente e
poder minimizar as perdas de vida, materiais, econômicas”, diz.
O desafio, no entanto, é grande. Manzione ressalta que existem no país 8
milhões de pessoas vivendo em áreas consideradas de risco.

Desde novembro de 2021 o Brasil enfrenta um período conturbado no


que tange ao clima, desde as chuvas no norte de Minas e no sul da Bahia,
as chuvas que destroçaram a região Serrana e a baixada Fluminense, por
isso, é importantíssimo estar a par desses acontecimentos e suas causas.

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Anotações

@deuskdminhavaga

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